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Síntese Histórica

Prédio Secretaria da Educação

Gabriela Dias de Oliveira

Belo Horizonte
2008
Gabriela Dias de Oliveira

Síntese Histórica
Prédio Secretaria da Educação

Fotografia da capa
Prédio da Secretaria de Educação em Construção
Autor: Raimundo Alves Pinto
Data: 1894-1896

Belo Horizonte
Setembro de 2008
Apresentação

Este texto tem por objetivo realizar uma síntese histórica da edificação que
em suas três primeiras décadas abrigou a Secretaria do Interior e,
posteriormente, a Secretaria de Educação. O edifício em questão encontra-se,
atualmente, em obras de adaptação para a implantação do Museu das Minas e do
Metal (MMM). Para criar uma narrativa que seja capaz de reconstruir as diversas
memórias do edifício, procuramos estabelecer um diálogo entre o histórico de
sua construção, os seus usos e funções sociais ao longo do tempo, com a história
da cidade de Belo Horizonte e da Praça da Liberdade. Por meio dessa interação,
acreditamos ser viável trilhar os caminhos da memória do referido edifício, com a
intenção de demonstrar ao público que, conhecer a história e a memória dessa
edificação, é também redescobrir tempos e movimentos da cidade capital.

1. A cidade planejada

Concebida e arquitetada em fins do século XIX, Belo Horizonte foi


inaugurada no ano de 1897 como a nova capital de Minas Gerais, em
substituição à colonial Ouro Preto. Planejada como uma cidade modelo,
predominava em seu projeto urbanístico linhas retas, na configuração das
avenidas que se cortavam formando um tabuleiro de xadrez. Na nova capital,
construída onde antes se localizava o Arraial do Curral Del Rey, tudo deveria ser
racionalizado: a movimentação de pessoas, bens e mercadorias deveriam estar
em consoância com o lema vitorioso do projeto republicano na sociedade
brasileira, ordem e progresso.1
Traçada na simetria linear da régua e pautada nos discursos autoritários
dos técnicos e engenheiros da Comissão Construtra da Nova Capital (CCNC), a
Cidade de Minas, projetava-se para o futuro, em contraposição à antiga capital,
que representava no imagináio popular a monarquia e todo passado vinculado à

1
DUARTE, Regina Horta. “À sombra dos fícus: cidade e natureza em Belo Horizonte”. Ambiente &
Sociedade, Campinas, v. X, n. 2, p. 25-44, 2007.
Portugal. 2 Apresentando-se como marco de uma era inaugural, a cidade, ao
mesmo tempo, delimitava lugares e práticas excludentes e elitistas em sua
própria malha urbana.3
De acordo com o projeto do engenheiro Aarão Reis, a planta da cidade
estava dividida em três áreas, a saber: a zona urbana, zona suburbana e uma
área rural. Segundo a descrição do engenheiro, essa subdivisão da cidade foi
organizada dentro dos parâmetros da beleza, conforto e salubridade:

foi organizada a planta da futura cidade dispondo-se na parte central, no


local do actual arraial, a area urbana de 8.815.382 m2, divididas em
quarteirões de 120 X 120m, pelas ruas, largas e bem orientadas, que se
cruzam em ângulos retos , e por algumas avenidas que as cortam em
ângulos de 45o. As ruas fiz dar a largura de 20 metros, necessária para a
conveniente arborização, a livre circulação de vehiculos, o tráfego dos
carris e os trabalhos da collocação e reparações das canalizações
subterrâneas. As avenidas fixei a largura de 35m, sufficiente para dar-lhes
a belesa e o conforto que deverão, de futuro, proporcionar á população.
Apenas á uma das avenidas – que corta a zona urbana de norte a sul, e
que é destinada à ligação dos bairros opostos – dei a largura de 50
metros, para construil-a em centro obrigado da cidade e, assim, forçar a
população, quanto possível, a ir se desenvolvendo do centro para a
peripheria. Como convém à economia municipal , à manutenção da
higiene sanitária, e ao prosseguimento regular dos trabalhos technicos.
Essa zona urbana é delimitada e separada da suburbana por uma avenida
do contorno, que facilitará a conveniente distribuição de impostos locaes,
e que, de futuro, será uma das mais apreciadas bellezas da nova cidade.
A zona suburbana, de 24.930.803 m2, – em que os quarteirões são
irregulares , os lotes de áreas diversas, e as ruas traçadas de
conformidade com a topographia e tendo apenas 14m de largura–
circunda inteiramente a urbana, formando varios bairros, e é por sua vez
envolvida por terceira zona de 17.474.619 m, reservada aos sítios
destinadosá pequena lavoura.4

A divisão física de Belo Horizonte proposta por Aarão Reis, acabou também
por definir uma hierarquia de espaços por onde se dividiam pessoas e habitações.
A zona urbana, área central da cidade, foi projetada para abrigar o centro
administrativo e comercial da nova capital. Essa região era circundada pela
Avenida do Contorno, desenhada como um grande cinturão para estabelecer
limites com a zona suburbana. As populações mais pobres viviam para além
dessa demarcação, numa área considerada perigosa e insalubre. Como nos
2
Cidade de Minas foi o primeiro nome da nova capital de Minas Gerais, que posteriormente veio a
chamar Belo Horizonte. Aarão Reis foi o engenheiro e urbanista paraense nomeado para fazer a
escolha do local apropriado para a construção dessa nova capital. Após esse levantamento,
permaneceu como chefe da CCNC, da qual foi afastado, e substituído pelo engenheiro Francisco
Bicalho.
3
MELLO, Ciro Bandeira. “A noiva do trabalho.” In: Dutra, Eliana (org). BH: Horizontes Históricos:
C/ Arte, 1996, p. 27-30.
4
APCBH. COMISSÃO Constructora da Nova capital. Revista Geral dos Trabalhos: publicação
periódica, descriptiva e estatística, feita com autorisação do Governo do Estado, sob a direcção do
Engenheiro Aarão Reis. Rio de Janeiro: H. Lombaerts & C., n.1, 107 p, abril de 1895.
informa Berenice Guimarães, nos anos iniciais da cidade capital, a zona
suburbana se caracterizava por um matagal entrecortado por cafuas, barracos e
barracões, desvelando a cidade real que se contrapunha à imagem da cidade
ideal, sonhada pelos republicanos.5
Não obstante, Belo Horizonte foi construída em meio a uma sociedade
convulsionada por novas técnicas e novas ciências, modernidade e beleza foram
características que nortearam o projeto de Aarão Reis e sua Comissão
Construtora. A organização do seu traçado geométrico, dentro dos limites da
Contorno, e a regulamentação da construção dos edifícios públicos e privados,
deveriam refletir na organização da vida cotidiana de seus cidadãos. Essa
organização almejada foi regulamentada por meio do Código de Posturas
implementado pela Prefeitura no início do século XX. Os Códigos de Postura
foram importantes instrumentos de racionalização e disciplinarização nos
grandes centros urbanos. No caso específico da nova capital, esse Código teve
um importante papel na conformação de uma população civilizada para a cidade
idealizada. Nesse sentido, além do planejamento do espaço físico, projetava-se,
do mesmo modo, a forma de seus habitantes fixarem materialmente e
culturalmente na cidade.6 Ao ser planejada para atender a demanda do mundo
moderno, a cidade deveria promover mudanças significativas na vida social e
cultural da sociedade mineira. O novo padrão de sociabilidade, voltado para o
espaço público, urbano e cosmopolita, fora inspirado nos modelos das cidades
européias. Destarte, as ruas, as avenidas e as praças de Belo Horizonte, com
suas dimensões monumentais, eram apropriadas para o estilo de vida smart, à
circulação da multidão e dos veículos.
A imagem proposta pelos idealizadores e fudadores de Belo Horizonte foi
também apropriada e difundida pelos textos de cronistas que viviam e visitaram
a cidade nos seus primeiros anos. Por meio de uma referência poética, a cidade
capital era apresentada aos leitores como civilizada e moderna. Monteiro Lobato,
Pedro Nava, Cyro dos Anjos, Paulo Mendes Campos e outros autores escreveram

5
GUIMARÃES, Berenice Martins. Cafuas, Barracos e Barracões: Belo Horizonte, cidade planejada.
Rio de Janeiro: IUPERJ, 1991. (Tese de Doutorado); LE VEN, Michel Marie. As Classes sociais e o
poder político na formação espacial de Belo Horizonte (1893-1914). Belo Horizonte: UFMG, 1977.
(Dissertação de Mestrado) e JULIÃO, Letícia. Belo Horizonte: itinerários da cidade moderna (1891-
1920). Belo Horizonte: UFMG, 1992. (Dissertação de Mestrado)
6
RODRIGUES, Marilita Aparecida Antunes. Constituição e enraizamento do esporte na cidade: uma
prática moderna de lazer na cultura urbana de Belo Horizonte (1894-1920). Belo Horizonte: UFMG,
2006. (Tese de Doutorado).
sobre a cidade. Nos anos 1920, Carlos Drummond de Andrade registrou as suas
impressões e experiências vivenciadas na capital mineira:

Por que ruas tão largas?


Por que ruas tão retas?
Meus passos tortos foram regulados pelos becos tortos de onde venho.
Não sei andar na vastidão simétrica implacável.
Cidade grande é isso?7

Nessa atmosfera, a Praça da Liberdade projetada para abrigar o poder,


extrapolou a sua função de origem e no limiar do século XX, tornou-se um lócus
indutor de sociabilidade, colocando-se como um dos principais pontos da vida
urbana moderna de Belo Horizonte.8

2. A praça na cidade: poder e sociabilidade

A praça dos namorados


É a praça do poder
Saudades de Ouro Preto lacrimejam
Entre penhascos de cimento...9

Belo Horizonte começou a ser edificada no ano de 1894, com a projeção


de ser construída em 4 anos. No dia 12 de dezembro de 1897, a capital mineira
era inaugurada dentro do prazo estipulado, mas com parte considerável dos
edifícios públicos e particulares ainda em construção. Em meio aos festejos,
chamava a atenção da população, a poeira das ruas sem calçamento e as obras
de grandes dimensões inacabadas. Nesse ano, a Praça da Liberdade que ainda
era um descampado, fora palco das comemorações da transferência da capital.
Avelino Fóscolo, escritor e contemporâneo dos acontecimentos, foi o primeiro a
retratar a mudança da sede do governo de Minas Gerais em um romance, A
Capital (1903). Em suas páginas, o escritor não deixou de registrar seu
depoimento, mesmo que sob a forma de ficção, acerca das festividades que
agitavam a cidade nessa ocasião. De acordo com a sua narrativa, os trens
vinham prenhes de gente e hotéis eram improvisados para receber os curiosos.

7
ANDRADE, Carlos Drummond. Boitempo. Rio de Janeiro: Sabia, 1968.
8
LEMOS, Celina Borges. “Construção simbólica dos espaços da cidade.” In: MONTE-MÓR, Roberto
Luís de Melo, et. al. Belo Horizonte: espaços e tempos em construção. Belo Horizonte:
CEDEPLAR/PBH, 1994.
9
ANDRADE, Carlos Drummond. “Praça da Liberdade sem amor”. Jornal do Brasil. 16 nov. 1974.
Uma multidão fervilhava pelas ruas em direção ao Palácio Presidencial para
assistir as solenidades oficiais. 10 As suas impressões sobre os partícipes das
comemorações na Praça da Liberdade foram também descritos no romance:

Os homens trajados de brim mineiro, as mulheres envoltas em vestes de


grandes ramagens, à moda tradicional, herdada de avós, o lenço de chita
em torno do pescoço e cruzando-se, preso por um alfinete de fantasia, no
peito; crianças, geófagas decerto, obesas, amarelas, orelhas
transparentes, iam arrastadas pela mão, vestindo calças curtas, mal
delineadas, deixando aparecer as pernas muito raquíticas, os pés enormes
resguardados por sapatões sem meias. Deslizavam por longe das
Secretarias, muitos admiradores, com aquele temor do rústico pelo
grandioso e ficavam embasbacados ante os coretos, elogiando as arcaris
de pinho e pano, extasiados ante as pinturas feitas às pressas, os
garlhadetes, as bandeirolas, as sanefas, os adornos policrômicos.
Depois foram surgindo: a sobrecasaca do funcionário público, a fatiola
preta do burguês vindo das cidades vizinhas pelo primeiro trem e os
corpos de polícia com as fardas escovadas, os botões brunidos e no
semblante uma certa expansão, a alegria irrompendo ao som do clarim, o
andar firme bem diverso da morosidade habitual ao soldado mineiro. As
músicas estrugiam, ondas de sons repercutiam ao longe, espraiando-se
no horizonte imenso a curiosidade, o movimento caracterizando as
multidões em expectativa pintavam-se bem naquela preamar de povo.11

No projeto original da CCNC, a Praça da Liberdade seria apenas uma


grande esplanda com o Palácio Presidencial ao fundo, sem nenuhma outra
repartição pública. Essa concepção foi alterada, ainda em sua fase de
palnejamento, pelo engenheiro Franciso Bicalho, que assumira o cargo após o
desligamento de Aarão Reis. Por decisão de Bicalho, as Secretarias do Estado
foram transferidas para as laterais da Praça, fazendo com que essa assumisse a
feição de centro admistrativo da cidade.
Como representação do poder, a praça foi idealizada e construída no ponto
mais alto dos limites da Avenida do Contorno, para onde convergiam diversas
das principais ruas da cidade. À época da inauguração, assim como grande parte
de outras construções da cidade, as três Secretarias – das Finanças, da
Agricultura, Comércio e Obras Públicas e do Interior – estavam inacabadas.
A Praça da Liberadade permaneceu até o ano de 1904 sem qualquer
ajardinamento. Durante esse período, era apenas uma esplanada de terra batida
e pouco frequentada pela população.12 O primeiro projeto paisagístíco implantou
um jardim em estilo romântico inglês. Nele foram utilizados como elementos de
composição, o coreto, os lagos e as pontes rústicas de cimento imitando troncos

10
Palácio Presidencial era o antigo no do Palácio da Liberdade.
11
FÓSCOLO, Avelino. A Capital. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1979, p. 167.
12
Circuito Cultural da Praça da Liberdade. <www.circuitoliberdade.mg.gov.br>
de madeira e alamedas com bancos. Nesse projeto foi também implantado o
duplo renque de palmeiras acompanhando a alemeda central e que até hoje
compõe o caminho até o Palácio. 13 Um elemento singular da Praça naquele
momento chamava a atenção: uma miniatura em concreto do Pico do Itacolomi,
para homenagear os ouro-pretanos nostálgicos. Drummond não deixou de
registrar as suas impressões sobre o monumento, como podemos ver pelo trecho
acima citado. Outro poeta, Ciro dos Anjos, narrou em suas memórias as
lembrança do monumento ao visitar Belo Horizonte em sua infância:

Na companhia das primas já moças, pecorri, de bonde, as ruas e passei


na Praça da Liberdade que me pôs de queixo caído com os lagos, pontes
rústicas e sobretudo, com a miniatura de concreto, do Pico do Itacolomi.14

Uma informação interessante do Circuito da Praça da Liberdade, é que


nesse período, a esposa de um dos governadores mandou retirar todas as
estátuas nuas de mármore que adornavam o local, alegando que as mesmas
eram um atentado ao recato.15
Com a implatação do projeto paisagístico, a Praça passa a ser não
somente o centro do poder, cívico e administrativo, que abriga as atividades
públicas e políticas do Estado, mas também um lócus de lazer. Circundada pelo
pelo Palácio do Governo e suas Secretarias, a Praça logo representaria um
espaço significativo para a ainda pequena sociedade belo-horizontina. No ritmo
das passadas apressadas dos funcionários públicos e do footing da população em
geral, a Praça se consolidou como lugar de encontro e festa.
Entre os anos de 1907 e 1941, além do Palácio e das Secretarias, a Praça
também sediou a filial do Instituto Oswaldo Cruz de Belo Horizonte,
posteriormente Fundação Ezequiel Dias (FUNED), em homenagem ao seu
primeiro diretor. A partir de 1918, o Instituto Oswaldo Cruz ficou conhecido como
o Instituto das cobras por abrigar o serpentário do Serviço Anti-Ofídico do Estado,
que se tornou atração turística entre os belo-horizontinos, tanto que foram
estabelecidos horários para a visitação pública – às quartas e sextas-feira. 16
Visitar o serpentário do Instituto Ezequiel Dias era também o passeio preferido

13
ALBANO, Celina et. al. A cidade na Praça: poder, memória, Liberdade. Trabalho apresentado na
VIII Encontro Anual da ANPOCS, São Paulo – Águas de São Pedro, 1984, p. 13.
14
ANJOS, Ciro dos. A menina do sobrado. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, p. 123.
15
Circuito Cultural Praça da Liberdade. <www.circuitoliberdade.mg.gov.br>
16
STARLING, Heloísa; GERMANO, Lígia Beatriz de Paula; MARQUES, Rita de Cássia (orgs.).
Fundação Ezequiel Dias: um século de promoção e proteção à saúde. Belo Horizonte: Editora UFMG,
2007.
de Dora Vivacqua, nome de nascimento da emblemática personagem Luz del
Fuego.
Em 1920, em virtude da visita dos reis belgas, acompanhado pelo então
presidente da República Epitácio Pessoa, a Praça da Liberdade passa por uma
nova reforma, tornado sua aparência muito próxima da atual. O novo projeto
modificou integralmente a paisagem dos jardins, mantendo apenas o coreto e o
renque de palmeiras na alameda central. O jardim inglês com curvas e canteiros
de formas livres e arredondadas foram substituídos por caminhos ortogonais e
formas geométricas inspirado no Jardim de Versailles.

Tambores
Evém o rei, na armadura do herói de Flandres.
Carece recebê-lo em francês, com todas as honras,
Ameniando a praça do poder.
Para longe os penhascos de mentira,
Os itacololumis nostálgicos,
O timbre ouro-pretano amortecido.
A divina simetria explode em rosas,
Repuxos à Le Nôtre
Sem Le Nôtre

Passa o Rei, passa a Rainha,


Passa a ilustre comitiva,
as festas belgas passam, e começa
o footing ritmado dos vestidos
Vitrina movente, vai e volta.17

Todavia, se a visita dos reis da Bélgica mudou os jardins da Praça, com ela
também se alterou a vida social na cidade: o governo forneceu sapatos novos
para as crianças da rede escolar do Estado, as professoras receberam uma ajuda
financeira para a compra de vestidos. Ainda sobre o cenário da festa - a Praça da
Liberdade - um fato curioso: sem gramado nos jardins da Praça, a solução
encontrada foi o plantio de alpiste, que por ser de crescimento rápido, atendia à
urgência da demanda.18 O poeta Ciro dos Anjos, mais uma vez relembra a Praça
em suas memórias, dessa vez já após a década de 1920:

No jardim da Praça da Liberdade – modelado pelo de Versalhes, não se


esqueça: - havia retretas aos domingos, invariavelmente aberta com a
Protofonia de “O Guarani”. E, melhor que a retreteta, o “footing”: na
alameda à direita de quem ia no rumo do Palácio, caminhavam rapazes e
moças de família; na esquerda, que passava ao pé do coreto, criadas e
soldados de polícia. Uma rua central, em meio ao renque de palmeiras

17
ANDRADE, 1974.
18
ALBANO, Celina et. al, 1984, p. 15.
imperiais separava sociedade e peble; democráticas as roseiras floriam
indiscriminadamente do lado preto e do lado branco. E como!19

Durante as décadas 1930 e 1940, a Praça da Liberdade passa sem grandes


transformações em seu espaço. Os usos sociais da Praça permanecem também
praticamente inalterados. A praça era ainda o local do footing, do namoro e da
conversa com os amigos.
Além do casal real belga e, antes mesmo de tornar-se um cartão-postal da
cidade, a Praça da Liberdade recebeu muitas outras visitas ilustres, como a do
médico sanitarista Oswaldo Cruz em 1897 e a de Santos Dumont, em 1903. Em
1931, os princípes reais da Inglaterra conheceram a Praça, naquela época já com
os seus jardins reformados no estilo francês.
Entretanto, importante ressaltar que, durante a década de 30, a Praça
sediou, na recém inaugurada Secretaria do Interior, o Comando Geral das Forças
Revolucionárias que cordenava as ações militares da Revolução de 30,
arregimentando voluntários e distribuindo armas e suprimentos. Nessa época, a
Praça foi alvo de um bombardeio aéreo, sem consequências, por um avião aliado
às forças federais. Durante o período do Estado Novo, a Praça foi palco de
inúmeros desfiles militares, paradas infantis, colegiais e sindicais.
Na década de 1950, o cenário da praça é transformado com construções
de Oscar Niemeyer – a Biblioteca Pública e o Edifício Niemeyer. As edificações
foram inaguradas em 1961. É também na década de 1960 que a Praça, mesmo
sem proteção patrimonial legal, resisti às propostas de reforma do seu espaço,
como a demolição do Palácio e a reforma “modernizante” de seus jardins. Mesmo
assim, os jardins da Praça sofreram mudanças com a redução de sua largura, a
eliminação da sua moldura de fícus e a remoção de postes de iluminação,
instalados em 1928. Essas medidas visavam a ampliação das vias ao seu redor,
para atender ao crescente fluxo de veículos. O conjunto arquitetônico da Praça
da Liberdade só veio a ser protegido pela legislação patrimonial em 1977, dois
anos após o tombamento do Palácio da Liberdade.
Ainda na década de 1960, a Praça tornou-se espaço de manifestações
políticas. 20 Destaca-se a greve dos mineiros da Mina de Morro Velho, que se
concentraram em frente ao Palácio da Liberdade, após uma caminhada a pé de

19
ANJOS, 1979, p. 238.
20
ALBANO, 1984, p. 21.
Nova Lima a Belo Horizonte, no ano de 1961. 21 A Praça foi também palco de
inesquecíveis manifestações populares, como as passeatas de protesto contra o
Golpe de 1964 e a ditadura. Ainda sobre os movimentos grevistas, que tomaram
a Praça como local de protesto, ressalta-se as manifestações de professores de
escolas públicas nas décadas de 1980 e 1990.
No final da década de 60 surge ainda uma outra novidade: a Feira de Arte
e Artesanato, popularmente identificada como Feira Hippie. Outras feiras
também surgiram na Praça e lá funcionaram até o ano de 1991, quando foram
transferidas para outros locais da cidade. A Feira Hippie, a mais famosa, foi
deslocada para a Avenida Afonso Pena, onde se encontra até os dias de hoje.
As feiras tiveram um importante papel na vida social da cidade, entretanto,
depedraram o paisagismo da Praça da Liberdade. Os jadins, os lagos, os
elementos artísticos e até mesmo a árvores de grande porte, foram prejudicadas
com a grande circulação de pessoas, em número bem superior ao comportado
pelo espaço. Em parceria com a iniciativa privada, a prefeitura de Belo Horizonte
revitalizou a Praça da Liberdade. O projeto da arquiteta Jô Vasconcelos visou
recuperar a Praça, tendo por parâmetro a reforma de 1920. A Praça da Liberdade
foi novamente entregue à população no ano de 1997, na ocasião da
comemoração do centenário da capital.

3. Da Secretaria do Interior à Secretaria de Educação

O prédio palnejado para sediar a Secretaria do Interior, foi posteriormente


ocupado pela Secretaria de Educação e, atualmente encontra-se em reformas
para abrigar o Museu das Minas e do Metal (MMM). O prédio, um dos
monumentos mais importantes e significativos do conjunto arquitetônico e
paisagístico da Praça da Liberdade, foi construído seguindo a tendência estilística
oficial adotada pela CCNC – a eclética, com predominância de elementos
neoclássicos do Segundo Império Francês. Dessa forma, a construção da
Secretaria do Interior, assim como a do Palácio Presidencial, refletia a influência
francesa na arquitetura da nova capital e, de modo mais amplo, a valorização de
um estilo europeu, basante difundido, aceito e valorizado à época.

21
ALBANO, 1984, p. 21.
O projeto da Secretaria do Interior, assim como do Palácio Presidencial, é
de autoria do engenheiro pernambucano José de Magalhães. Os trabalhos da
construção foram contratados por meio de tarefa de mão de obra, com os
construtores Joseph Lynch e Cassemiro Garcia. A pedra fundamental do edifício
foi lançada em 7 de setembro de 1895 e as obras tiveram início em 22 de
outubro do mesmo ano.22 Segundo as inforamções do historiador Abílio Barreto,
os trabalhos transcorreram rapidamente em 1896. No dia 24 de setembro desse
ano, já estavam feitos grande parte da alvenaria de pedra e tijolos, assim como
o respaldo do vigamento de ferro, que nessa época, bem como a a cobertura
metálica, estavam em viagem, vindos da Bélgica.
Em março de 1897, a escadaria em art noveau já estava instalada e o
revestimento das paredes exteriores, menos da fachada pincipal, quase
terminados. Os trabalhos de carpintaria, assentamento das guarnições e forro,
achavam-se também bastante adiantados. Nesse mesmo período, já haviam sido
iniciados os trabalhos de pintura e decoração, sob a responsabilidade do artista
Frederico Steckel. Encontrava-se também em conclusão o embarrotamento e
entarugamento de madeira para assentamento do assoalhos. As coberturas
definitivas já estavam instaladas nas laterais. Em virtude do adiantamento das
obras, os engenheiros encarregados, Manuel Couto e Pedro Sigaud, aventaram a
hipótese de se instalar provisoriamente o Tribunal da Relação no prédio. Em
meados do mesmo ano era ajustada a cobertura definitiva do 3º pavimento e os
andaimes foram retirados para a instalação do dito Tribunal. O jornal A Capital
publicou um artigo sobre a situação do prédio que abrigaria em seu 3º andar o
Tribunal da Relação, de acordo com a notícia da gazeta, as obras no 1º
pavimento eram as mais atrasadas:

(...) No primeiro pavimento, que, naturalmente, é o mais atrasado, já


estão também assentados os forros de madeira e alguns soalhos de
pinho-de-Riga. O revestimento esterior do edifício está adiantado, já se
tendo dado começo à pintura externa cor-de-rosa. Infelizmente ainda não
chegou da Europa a cúpula da parte central, que fica detrás do grande
arco do frontão, que dará ao edifício o aspecto monumental.23

Em agosto foi concluído o assentamento da parte metálica, realizada pelos


construtores Francisco Ferrari e Pedro Bachetta, sob a direção de Pedro Sigaud.

22
BARRETO, Abílio. Belo Horizonte: Memória histórica e descritiva – História Antiga e Média. Belo
Horizonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos Históricos, 1995, p. 384.
23
A Capital, 10/06/1987, p. 1, apud BARRETO, 1995, p. 507.
Em meados do mês, foram colocados a cúpula, o escudo do Estado e o Busto da
República. Na inauguração da cidade, esse edifício estava em acabamento.
No ano de 1900, o prédio da Secretaria do Interior era minuciosamente
descrito no Alamack da Cidade de Minas.

Este edifício está também situado na Praça da Liberdade. O seu conjunto


é simples e belo. O peristilo levantado em colunas coríntias e de mármore
sangüíneo, tirado da pedreira do Acaba-Mundo e aqui trabalhado, é
coberto por um terraço, formando o 2º pavimento. Este terraço é por sua
vez, encimado por uma cúpula de ferro, revestida de estuque, de esfera,
belamente decorada a óleo azul-celeste tendo ao centro, revestindo o vão,
o busto da esfinge da República, o que dá ao edifício uma singularidade
especial. A sua decoração interna é simples, porém elegante, salientando-
se a do salão nobre, que é esplêndido. O teto deste salão é uma obra
artística valiosíssima, assim também o assoalho, que é de mosaico e
madeira embutida. (...) O vão da escada é esplêndicdo, destacando-se à
entrada, as belas colunas, nas quais é perfeitamente reproduzido o
mármore. Tem esse edifício 3 pavimentos, medindo 42 m de frente, 26 m
de fundo e 22m 50 de altura e ocupa uma superfície de 1.902 m2.24

Em 1928 foi construído um anexo na parte posterior do edifício, criando-se


um pátio central. Após a Revolução de 1930, ocorre a mudança de
funcionalidade da edificação, que passa a abrigar a Secretaria de Educação,
criada pela Lei n. 1. 147, de 6 de setembro de 1930.25
No ano de 1960, o arquiteto Galileu Reis elaborou um projeto para a
construção de um anexo, visando a ampliação do edifício, sem interferir no
projeto original de fins do século XIX. Novas reformas foram realizadas nas
décadas de 1980 e 1990. Nessas duas ocasiões, as condições e restauração do
edifício foram amplamente documentada pelo setor de Levantamento de Bens
Culturais do Estado de Minas Gerais, com fotografias de diversos ângulos e
detalhes do prédio. Durante o V Curso de Especialização em Restauração e
Conservação de Monumentos e Conjuntos Históricos, realizado em 1982. Ivan
Costa foi o responsável pelo levantamento fotográfico do edifício ao longo de sua
existência. Essa documentação encontra-se arquivada no Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA).26

24
Almanack da Cidade de Minas. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, p. 19-20, apud BARRETO, 1995,
p. 513.
25
Ibidem, loc. cit.
26
IEPHA. Secretaria do Estado de Educação de Minas Gerias. V Curso de Especialização em
Restauração e Conservação de Monumentos e Conjuntos Históricos, Belo Horizonte, 1982.
4. Um monumento, várias memórias

A memória do prédio da antiga Secretaria da Educação ganha sentido se


entendida dentro do contexto da história da cidade de Belo Horizonte. Edifício e
cidade são construídos simultaneamente. À medida que a cidade cresce no
tilintar das ferramentas dos mestres de obras, na régua e no compasso dos
engenheiros e arquitetos; entre pedras, cal e andaimes, o prédio da Secretaria
da Secretaria do Interior – posteriormente Secretaria de Educação – vai
ganhando contornos mais nítidos e tomando a forma do monumento que hoje
conhecemos.
Concebida com a função de ser o centro administrativo do Estado, a nova
capital deveria estar localizada em uma região central, capaz de integrar as mais
diferentes cidades que compunham a Província de Minas Gerais. A posição
privilegiada, nessa perspectiva, foi um dos aspectos que justificou a escolha do
antigo Arraial do Curral Del Rey como o local para erigir a nova capital. Todo o
Arraial foi destruído para ceder espaço para a Cidade de Minas, a qual deveria
representar em sua estrutura física, a modernidade e civilidade desejadas para a
população que nela viria habitar. Dentro dessa cidade administrativa, o centro de
poder político, a Praça da Liberdade, ganhou atenção especial dos construtores,
como um dos locais mais importantes, senão o mais, a ser erigido dentro do
prazo de 4 anos, estabelecido para a inauguração da cidade. Um ramal férreo
ligando a Estação à Praça logo fora construído para facilitar o escoamento do
material para a construção do Palácio Presidencial e suas Secretarias.
Mesmo com as obras inacabadas à ocasião da inauguração, a Praça e todo
o seu conjunto arquitetônico começam a despontar como um importante espaço
para os belo-horizontinos. Nela foram celebradas os festejos inaugurais da
cidade. Após o seu ajardinamento, a Praça vai aos poucos sendo incorporada no
cotidiano da cidade como um local de encontro e lazer. Do andar apressado dos
funcionários públicos das Secretarias, aos namoros, as rodas de amigos e o
footing, a Praça vai se transformando em uma atração turística e local
obrigatório para quem viesse à nova capital de Minas.
Nesse sentido, entedemos que a memória do edifício da Secretaria de
Educação tona-se inteligível e dinâmica se contextualizada com a história da
Praça e de Belo Horizonte. Destarte, selecionamos textos de memorialistas,
crônicas e poemas inspirados na Praça da Liberdade, apontando os seus usos e
funções sociais através do tempo. Pedro Nava, dentro dessa perspectiva, é
considerado de fundamental importância, pois além de ter sido funcionário da
Secretaria do Interior, o escritor nos brinda em suas mémorias com descrições
pormenorizadas da Praça e do edifício no qual trabalhou:

Atravessei outro trecho de rua e achei-me diante de minha Secretaria.


Considerei sua fachada avermelhada. Parei defronte, contei os degraus de
sua escadaria – que como as do Palácio da Justiça e as das outras duas
repartições cogêneres da Praça da Liberdade invadindo e afiantando-se
pela calçada davam impressão de que o arquiteto tivesse errado a
colocação do risco. Colunas rosadas limitavam os três arcos da entrada.
Levantei os olhos: sobre elas, subindo, uma varanda e outros pilares que
sustentavam o teto das sacadas do Gabinete do Secretário: àquela hora
meu amigo Dr. Afonsinho estava lá em cima, trabalhando... Continuei, vi
que o terceiro andar recuava e que sobre ele, bem ao centro, havia uma
meia cúpula (que dava ao prédio redondos do que José Lins do Rego
chamava o estilo bunda) oca e pintada de azul, por dentro. Servia de
nincho para um busto da República. Ora essa! Então havia dois? Desses
ícones na Praça. Obliquei e fui verificar bem a do Palácio da Liberdade:
coroada de raios como a do Porto de Nova Iorque, aquela era a Liberdade.
Eu a ouvira quando procurava O Dr. Arthur Bernades e maravilhado com
suas palavras, não atentara na sua coroa radiária e simbólica. Voltei à
praça tomando mais ou menos à altura onde fica hoje o monumento ao
velho Bias, cujo busto está desrespeitosamente colocado num soclo que
parece, de confundir os transeuntes, uma entrada de mictório. Nesse
tempo isso não existia. Continuei descendo o lindo jardim de outrora. Um
pouco pelo caminho da pista central, com seu renque de palmeiras
imperiais sob as quais passeavam as moças elegantes no footing de
domingo. Quanto namoro começou ali, quanto casamento surgiu desses
namoros... Déa Dantas, Milton Campos... Do outro lado do renque das
palmeiras se repetindo e a a aléia dos pobres, do povinho, onde
passeavam as morenas e deleitáveis domésticas de Belo Horizonte. Havia
estudantes afccionados uns – ao lado da mulatas, outros – ao lado das
brancas. Havia também os ecléticos como Cisaplino, o Zegão, o Isador
que freqüentavam os dois. Tornei a me embrenhar no jardim ao lado do
Interior e das Finanças. Vi a moça de mármore se inclinando para olhar no
espelho líquido dum tanque; o repuxo com suas Três Graças e suas duas
sereias; o busto de Azevedo Júnior. Tudo envolto na luz de sangue diluído
que vinha da bola vermelha do sol – dum sol especial e próximo – se
destacando redondo, imenso, como feito a compasso e não alumbrando
quem o olhava. É que era setembro, tempo das queimadas, tempo da
fumaça e todo o céu japonês ficava denso, úmido, plúmbeo, assim cor de
tempestade. Atravessei diante do quarteirão onde termina João Pinheiro e
tomei o outro lado do jardim. Olhei muito a Secretaria de Agricultura, a
mais bonita das três e parecendo (vá lá!) um palácio francês – uma fatia
do Louvre? Uma ala de Chantily? Eu disse antes três secretarias porque
eram só três. A de Segurança não fora criada e seu palácio foi construído
muito depois (nesse tempo era só a Chefeatura de Polícia, era na rua da
Bahia e dependia da Secretaria do Interior). Eu andava do lado mais
bonito da praça. Já tinham tirado o Itacolomi e a fonte que havia em
frente à Agricultura (creio que na reforma para receber o Rei dos Belgas)
mas antes estava lá o Coreto teto de linhas orientais, pintado de prata –
ao instante recoberto duma camada pó de púrpura; o belo tanque onde
refletiam cada dia as cambiantes de céu mais lindo do mundo – àquela
hora cheio do sangue real do sol. Saindo dentre as folhas e galhos o perfil
violento e lupercal dum semideus – não era Pã, mas Bernardo Guimarães
em bronze. A tarde fabulosa só tinha duas cores – cinza e vermelho
quando desci a Avenida Brasil até Afonso Pena.27

O trecho acima transcrito foi publicado em Beira-Mar, cuja primeira edição


é de 1979. Pedro Nava viveu em Belo Horizonte na década de 1920 e registrou
afetivamente os apectos físicos, morais, políticos, históricos, sociais e
paisagísticos de um dos pontos mais tradicionais da cidade. Nesse mesmo livro,
Nava também descreveria com grande habilidade locais como O serpentário do
Instituto Oswaldo Cruz e a Rua da Bahia, via que nas primeiras décadas da
cidade capital concentrava o comércio mais chic e fazia parte do itinerário dos
funcionários públicos belo-horizontinos até a Praça da Liberdade. Pelas alamedas
da Praça e na Rua da Bahia dos anos 1920, se encontravam Nava e seus amigos:
Carlos Drummond de Andrade, Emilio Moura, Abgar Renault, Milton Campos,
Alberto Campos, João Guimarães Alves, João Alphonsus, Aníbal Machado,
representantes do movimento modernista mineiro.
Escritores como Arthur Azevedo, Victor Silveira, Djalma Andrade, entre
outros, também registraram as suas imprensões sobre a cidade e a Praça, sendo
este, portanto, um rico material para descobrir e resignificar a cidade à época de
cada um.28
As fotografias representam também importantes instrumentos para
compreender a construção de uma memória visual da nova capital de Minas. A
fotografia chegou à cidade junto com a CCNC, que a utilizou como documento e
propaganda. O Gabinete Fotográfico da Comissão Construtora registrou e
distribuiu as imagens que foram produzidas com a finalidade de preservar uma
mémoria do arraial quando transformado em cidade moderna. 29 Após a sua
inauguração, a cidade continuou a ser amplamente fotografada, embalada por
um discurso modernizante que percebia o retrato como a projeção de uma
cidade imaginada. Francisco Soucasaux, João Salles e Raimundo Alves Pinto são
alguns exemplos de fotógrafos que trabalharam para a CCNC, montaram seus
ateliês em Belo Horizonte e continuaram a registrar imagens da cidade que
crescia. Nesse conjunto documental, privilegiamos fotografias que focalizaram a
Praça da Liberdade e a Secretaria do Interior/Educação. As imagens em
movimento foram igualmente comtempladas, a fim de não se perceber os

27
NAVA, Pedro. Beira-Mar: memórias IV. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985, p. 29-30.
28
Ver o levantamento do texto de memórias sobre a Praça da Liberdade.
29
SOARES, Pedro Brito. A fotografia em estado latente, um retrato sem arquivos.
<http://br.geocities.com/minasminas2001/textos/atente.htm>
registros de memórias como algo estático e hermético, mas também na dinâmica
de seu processo de construção.30
Uma viagem por Belo Horizonte pode também ser um modo lúdico de
conhecer a história e a memória da Praça da Liberdade em seus diferentes
momentos. Uma possibilidade é apresentar a capital e a Praça através da história
e da memória da rua da Bahia.
A rua da Bahia, à época da construção da cidade, foi traçada como eixo
principal de ligação entre o centro administrativo – a Praça da Liberdade – e o
centro comercial que surgiu nos arredores da Praça da Estação, visto que,
grande parte do material de construção chegava por ferrovia. 31 Se a ferrovia
seguia pela rua Espírito Santo, os transeuntes e, mais tarde, os bondes subiam
pela rua da Bahia. Para os funcionários públicos, que seguiam de bonde até as
suas Secretarias, a rua da Bahia era o caminho. Após o expediente, os
funcionários afrouxavam as suas gravatas e desciam pela mesma rua à procura
de diversão e de um bate-papo nos diversos cafés e livrarias que ali se
localizavam. Os visitantes que chegavam à Belo Horizonte também percorriam
esse caminho para conhecer a Praça, um dos seus principais pontos turísticos.
Por sua posição geográfica estratégica, a rua da Bahia tornou-se ponto de
convergência do comércio mais sofisticado e um ativo centro cultural:

Todos os caminhos iam à rua da Bahia... Da rua da Bahia partiam vias


para os fundos do fim do mundo, para os tramontes dos acaba-minas... A
simples reta urbana... Mas seria uma reta? Ou antes, a curva? Era a reta,
a reta sem tempo, a reta continente dos segredos dos infinitos paralelos.
E era curva. A imarcescível curva, épura dos passos projetados, imanência
das ciclóides, círculo infinito....32

A importância da rua da Bahia na cidade está inextricavelmente atrelada à


história da Praça, por isso, propomos uma viagem por essa via, para que, assim
como os visitantes e moradores de Belo Horizonte, possamos chegar ao nosso
destino: a Praça da Liberdade.
Partindo da orientação de Pedro Nava, poderíamos percorrer o caminho da
Praça da Estação até a Praça da Liberdade, atavés de uma reta que misturasse
os tempos no espaço da cidade. A partir da Planta Geral da Cidade de Minas,
projetada por Aarão Reis, poderíamos apresentar a visão espacial dessa viagem.

30
Ver a listagem de fotografias e filmes sobre a Praça da Liberdade na cidade.
31
SALLES, José Bento Teixeira de. Rua da Bahia. Belo Horizonte: Conceito Editorial, 2005, p. 5.
32
NAVA, Pedro. “Evocação da Rua da Bahia”. In: Beira-Mar, 1985, p. 9.
À medida que iríamos avançando no caminho, apresentaríamos imagens e
anúncios dos locais que marcaram a mémoria da rua da Bahia e, pelos quais
passaram os funcionários públicos e transeuntes em geral, que fizeram dessa rua
o itinerário oficial até a Praça da Liberdade. O destaque seria para as principais
atrações no princípio do século XX: Bar do Ponto, Trianon, Elite, Café Estrela,
Leiteria Celeste, Colosso, Caçula, Teatro Municipal, Cine Metrópole, Grande Hotel.
Essas imagens poderiam ter entradas silmultâneas com fotografias atuais. Nesse
“jogo de imagens”, a Praça poderia se mostrada em diversos momentos e em
diferentes ângulos. Essa poderia ser uma maneira interativa de proporcionar um
diálogo entre passado e presente, demonstrando, ao mesmo tempo, como a
memória é seletiva e, não obrigatoriamente, obedece a uma lógica linear.
Levantamento documental

Iconografia

Museu Histórico Abílio Barreto (MhAB)

COLEÇÃO BELO HORIZONTE BH.CAP.1930-011

JARDIM DA PRAÇA DA LIBERDADE. AO


FUNDO, A SECRETARIA DO INTERIOR E DE
BH.CAP.1910-018
FINANÇAS.
FACHADA PRINCIPAL DA SECRETARIA DO
INTERIOR, NA PRAÇA DA LIBERDADE, ATUAL DATAS: 1920 E 1930

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DATA: PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XX. BH.CAP.1910-007
ANTIGO JARDIM DA PRAÇA DA LIBERDADE
BH.CAP.1940-007 ANTES DA REFORMA DE 1920. OBSERVA-SE
VISTA DAS FACHADAS PRINCIPAL E LATERAL UM LAGO E DOIS HOMENS COM A
DA SECRETARIA DE ESTADO DO INTERIOR, SECRETARIA DO INTERIOR EM DESTAQUE.
VENDO-SE, EM PRIMEIRO PLANO, PARTE
DATAS: 1905 E 1910
DOS JARDINS DA PRAÇA COM O PEQUENO
LAGO E A FONTE REPRESENTADA POR UMA
FIGURA FEMININA. BH.CAP.1945-004

DATAS: 1930 E 1940 VISTA DA FACHADA DO PRÉDIO DA


SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, NA
PRAÇA DA LIBERDADE. VÊ-SE EM FRENTE,
BH.CAP.1915-008
DOIS AUTOMÓVEIS.
JARDINS DA PRAÇA DA LIBERDADE EM
ESTILO INGLÊS ANTES DA REFORMA DE DATAS: 1940 E 1945

1920. AO FUNDO AS SECRETARIAS DAS


FINANÇAS E DO INTERIOR.
BH.CAP.1996-006
DATAS: 1905 E 1915 CARTÃO POSTAL COMPOSTO POR QUATRO
FOTOGRAFIAS REPRESENTANDO A

BH.CAP.1915-007 SECRETARIA DA FAZENDA, A SECRETARIA

EDIFÍCIO DA SECRETARIA DA AGRICULTURA, DE SEGURANÇA PÚBLICA, A SECRETARIA DE

ATUAL SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO, O PALÁCIO DA LIBERDADE E O

LOCALIZADA NA PRAÇA DA LIBERDADE EM CORETO DA PRAÇA, TODOS COM

BELLO HORIZONTE. ILUMINAÇÃO DE NATAL.

DATAS: 1908 e 1915 DATA: 1996


BH.CAP.1929-001 BH.CAP.1908-002
VISTA PARCIAL DA PRAÇA DA LIBERDADE FACHADAS PRINCIPAL E LATERAL DO
VENDO-SE EM PRIMEIRO PLANO OS JARDINS PALÁCIO DA LIBERDADE.
DA REFERIDA PRAÇA E EM SEGUNDO PLANO
DATAS: 1904 E 1908.
O PRÉDIO DA ANTIGA SECRETARIA DO
INTERIOR, QUE, POSTERIORMENTE, FOI
BH.CAP.1910-005
SEDE DO CENTRO DE REFERÊNCIA DO
JARDIM DA PRAÇA DA LIBERDADE ANTES DA
PROFESSOR, LIGADO À SECRETARIA
REFORMA DE 1920. NO PRIMEIRO PLANO,
ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. ATUALMENTE
LAGO COM ESTÁTUAS, PONTE E CORETO. AO
PASSA POR RESTAURAÇÃO PARA ABRIGAR O
FUNDO, O PRÉDIO DO PALÁCIO DA
MUSEU DAS MINAS E DO METAL. O EDIFÍCIO
LIBERDADE E O PRÉDIO QUE SERVIU À
FOI PROJETADO PELO ARQUITETO JOSÉ DE
INSPETORIA DE HIGIENE.
MAGALHÃES, E OBEDECEU AO PADRÃO
ARQUITETÔNICO ADOTADO EM TODAS AS DATAS: 1905 E 1910

CONSTRUÇÕES PLANEJADAS PELA


COMISSÃO CONSTRUTORA DA NOVA
BH.CAP.1910-002
CAPITAL – O ESTILO ECLÉTICO, COM
VISTA PARCIAL DA PRAÇA DA ESTAÇÃO. AO
PREDOMINÂNCIA DE ELEMENTOS
CENTRO, O EDIFÍCIO DA ESTAÇÃO DA
NEOCLÁSSICOS FRANCESES. SUAS OBRAS
ESTRADA DE FERRO CENTRAL DO BRASIL.
TIVERAM INÍCIO EM 22 DE OUTUBRO DE
1895, E AINDA SE ENCONTRAVAM DATAS: 1906 E 1910

INACABADAS NO MOMENTO DA
INAUGURAÇÃO DA CAPITAL, EM 12 DE BH.URB.1935-022
DEZEMBRO DE 1897. VISTA DA PRAÇA DA LIBERDADE TOMADA A

DATA: 1929 PARTIR DO PALÁCIO DA LIBERDADE.


OBSERVA-SE ALGUNS AUTOMÓVEIS,
PESSOAS E O CORETO NA PRAÇA, AO
BH.CAP.1948-003
FUNDO. À DIREITA, A SECRETARIA DE
VISTA PARCIAL DA PRAÇA DA LIBERDADE.
OBRAS PÚBLICAS.
VÊ-SE, À ESQUERDA, SECRETARIAS DO
ESTADO E, AO CENTRO, O LAGO E O DATAS: 1930 E 1935

CORETO.

DATA: 1948 BH.URB.1935-012


ESPELHO D'ÁGUA VISTO DO CORETO NA
PRAÇA DA LIBERDADE.
BH.CAP.1910-018
FACHADA PRINCIPAL DA SECRETARIA DO DATAS: 1925 E 1935

INTERIOR, NA PRAÇA DA LIBERDADE, ATUAL


SECRETARIA DE EDUCAÇÃO (PRIMEIRA BH.URB.1910-004
DÉCADA DO SÉCULO XX). PARTE DO ANTIGO JARDIM DA PRAÇA DA

DATAS: 1904 E 1910 LIBERDADE, NO QUAL SE DESTACA O "


ITACOLOMI ", DOIS SENHORES SOBRE UMA
PONTE DE PEDRAS E UM LAGO. AO FUNDO O
PRÉDIO DA SECRETARIA DE AGRICULTURA, BH.URB.1904-010
VIAÇÃO E OBRAS PÚBLICAS. FACHADAS PRINCIPAL E LATERAL DA ANTIGA
SECRETARIA DO INTERIOR,
DATAS: 1905 E 1910
POSTERIORMENTE DA EDUCAÇÃO E
ATUALMENTE CENTRO DE REFERÊNCIA DO
BH.URB.1983-001 PROFESSOR, EM SEGUNDO PLANO, PARTE
FACHADA DO PALACETE DANTAS, ATUAL DO ANTIGO GINÁSIO MINEIRO.
SECRETARIA DO ESTADO DA CULTURA.
DATAS: 1902 E 1904
DATAS: 1980 E 1983

BH.URB.1933-001
BH.URB.1920-010 PRAÇA DA LIBERDADE ONDE SE VÊ A
TRECHO DA PRAÇA DA LIBERDADE NA DIREITA O PRÉDIO DA SECRETARIA DA
ÉPOCA DE SEU PRIMEIRO JARDIM EM ESTILO AGRICULTURA E OBRAS PÚBLICAS E A
INGLÊS. APARECE TAMBÉM A SECRETARIA ESQUERDA AS SECRETARIAS DA FAZENDA E
DA AGRICULTURA, ATUAL VIAÇÃO E OBRAS INTERIOR. EM PRIMEIRO PLANO SE VÊ UM
PÚBLICAS. REGIMENTO DE CAVALARIA, OBSERVADO
DATAS: 1910 E 1920 POR UMA PEQUENA MULTIDÃO.

DATA: 11/1933
BH.URB.1915-004
VISTA PARCIAL DA PRAÇA DA LIBERDADE, BH.URB.1932-001
DESTACANDO-SE OS JARDINS, O PRAÇA DA LIBERDADE DESTACANDO-SE, AO
MONUMENTO AO PICO DO ITACOLOMI E OS FUNDO, DA ESQUERDA PARA A DIREITA , A
LAGOS. AO FUNDO, OBSERVA-SE, DA SECRETARIA DA AGRICULTURA E A
ESQUERDA PARA DIREITA, A SECRETARIA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E
DO INTERIOR E A SECRETARIA DE JUSTIÇA.
FINANÇAS.
DATA: 1932
DATAS: 1910 E 1915

BH.URB.1938-005
BH.URB.1904-014 JARDIM DA PRAÇA DA LIBERDADE, ONDE SE
VISTA DE PARTE DA FACHADA DO PALÁCIO OBSERVA AS SECRETARIAS DE SEGURANÇA
DA LIBERDADE, OBSERVANDO-SE, DA PÚBLICA E DE VIAÇÃO E OBRAS PÚBLICAS, À
ESQUERDA PARA A DIREITA, EM PRIMEIRO ESQUERDA.
PLANO, A ANTIGA SECRETARIA DO
DATA: 1938
INTERIOR, POSTERIORMENTE DA
EDUCAÇÃO, ATUALMENTE CENTRO DE
REFERÊNCIA DO PROFESSOR E SECRETARIA BH.ALB.15-015
DE FINANÇAS. VISTA DA PRAÇA DA LIBERDADE, VENDO-SE,
EM PRIMEIRO PLANO. OS JARDINS DA
DATAS: 1902 E 1904
PRAÇA. EM SEGUNDO PLANO, A FACHADA
DOS PRÉDIOS DA SECRETARIA DE ESTADO
DA EDUCAÇÃO E DA SECRETARIA DE DATA: 1897
ESTADO DE FINANÇAS.
BH.ALB.02-038
DATAS: 1940 E 1949 ASPECTOS DA FESTA INAUGURAL DA NOVA
CAPITAL REALIZADA A 12 DE DEZEMBRO DE
1897, NA PRAÇA DA LIBERDADE; VÊEM-SE
BH.ALB.15-013
POPULARES, AMBIENTE DESCONTRAÍDO, O
VISTA DA PRAÇA DA LIBERDADE, VENDO-SE
CORETO PARA AS HOMENAGENS E, AO
OS JARDINS DA PRAÇA, O CORETO E, À
FUNDO, A SERRA DO CURRAL.
ESQUERDA, PARTE DA SECRETARIA DO
INTERIOR E JUSTIÇA, ATUAL PRÉDIO DA DATA: 12/12/1897
ADVOCACIA GERAL DO ESTADO E POLÍCIA
CIVIL.
BH.ALB.07-136
DATAS: 1940 E 1949 PRÉDIO DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
SITUADO NA PRAÇA DA LIBERDADE.

BH.ALB.16-003 DATA: 1947


EM PRIMEIRO PLANO TEMOS VISTA PARCIAL
DOS JARDINS DA PRAÇA DA LIBERDADE E
BH.ALB.01-033
AO FUNDO O PRÉDIO DA ANTIGA SEDE DA
RANCHO DA PAPUDA. LOCALIZADO UM
SECRETARIA DO INTERIOR. ATUALMENTE
POUCO ABAIXO DO LOCAL ONDE FOI
ESTÁ SEDIADA NESTE PRÉDIO A
CONSTRUÍDA A PRAÇA DA LIBERDADE,
SECRETARIA GERAL DO ESTADO E POÍCIA
ENTRE A AV. JOÃO PINHEIRO E A RUA
CIVIL.
SERGIPE; A MORADORA DO RANCHO
DATAS: 1940 E 1949 APARECE JUNTO AO CASEBRE DE '' PAU-A-
PIQUE''.

BH.ALB.16-009 DATAS: 1894 E 1895


VISTA PARCIAL DOS JARDINS DA PRAÇA DA
LIBERDADE VENDO-SE EM SEGUNDO PLANO
BH.COT.1918-005
A SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E AO FUNDO A
POSSE DE RAUL SOARES NO CARGO DE
DIREITA A SECRETARIA DAS FINANÇAS.
SECRETÁRIO DO INTERIOR, VÊ-SE UM
DATAS: 1940 E 1949 GRUPO DE HOMENS E MULHERES POSANDO
PARA FOTO JUNTO AS ESCADARIAS DA
SECRETARIA DO INTERIOR. DESTAQUE PARA
BH.ALB. 02-039
RAUL SOARES NA PRIMEIRA FILEIRA AO
ASPECTOS DA SECRETARIA DA
CENTRO E DIVERSAS PROFESSORAS DA
AGRICULTURA EM CONSTRUÇÃO NA PRAÇA
CAPITAL.
DA LIBERDADE; VÊEM-SE OPERÁRIOS
TRABALHANDO, O PRÉDIO JÁ ESTRUTURADO DATAS: 1918
E CERCADO POR ESTACAS, DIVERSOS
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E UMA
BH.COT.1930R-032
CARROÇA PUXADA POR CAVALOS;
RENDIÇÃO DO 12º R.I. DO
ATUALMENTE, O PRÉDIO FUNCIONA COMO
EXÉRCITO,VENDO-SE A BANDEIRA BRANCA
SECRETARIA DA VIAÇÃO E OBRAS PÚBLICAS.
NO PAVILHÃO CENTRAL, SOLDADOS, BT.FOT.5-040
AUTOMÓVEIS E POPULARES. CONTEÚDO: SENHORAS E SENHORES,
PROVÁVEIS FUNCIONÁRIOS, EM FRENTE À
DATA: 1930
SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO NA PRAÇA DA
LIBERDADE.

BH.COT.1930R-092 DATAS: SEM DATA


MANIFESTAÇÃO NA PRAÇA DA LIBERDADE,
VÊ-SE AO FUNDO O CORETO DA PRAÇA E AS
BT.FOT.1.3-050
SECRETÁRIAS DA JUSTIÇA, DA SEGURANÇA
PALACE DANTAS NA PRAÇA DE LIBERDADE,
PÚBLICA E DE OBRAS PÚBLICAS.
A CONSTRUÇÃO ABRIGA ATUALMENTE A
DATA: 1930 SEDE DA SECRETÁRIA ESTADUAL DE
CULTURA.

BH.COT.1920-005 DATAS: 1920 E 1930


VISTA PARCIAL DA PRAÇA DA LIBERDADE,
ORNAMENTADA POR OCASIÃO DA VISITA DO
BT.FOT.1.2-035
PRESIDENTE EPITÁCIO PESSOA E DO REI
VISTA PARCIAL DA PRAÇA DA LIBERDADE,
ALBERTO DA BÉLGICA. AO CENTRO,
OBSERVAM-SE AS PALMEIRAS NA ALAMEDA
ORNAMENTO COM A FOTOGRAFIA DO
CENTRAL, ATUALMENTE ''TRAVESSIA'' É A
PRESIDENTE EPITÁCIO PESSOA.
DIREITA ATUAL SECRETARIA DE JUSTIÇA.
DATA:1920
DATAS: SEM DATA

COLEÇÃO CCNC
COLEÇÃO ANDRÉ CÉSAR

CC.ALB.01-056
AC.ALB.01-053
PROJETO DA SECRETARIAS DE GOVERNO,
FACHADA PRINCIPAL DA SECRETARIA DO
QUE FORAM CONSTRUÍDAS NA PRAÇA DA
INTERIOR REFLETIDA NO ESPELHO D`ÁGUA
LIBERDADE E ELABORADO PELA COMISSÃO
DE UM LAGO DA PRAÇA DA LIBERDADE. O
CONSTRUTORA DA NOVA CAPITAL.
EDIFÍCIO EM REFERÊNCIA É A ATUAL
DATAS: 1894 E 1895 SECRETARIA DA JUSTIÇA.

DATA:1934
COLEÇÃO BARÃO TIESENHAUSEN

AC.ALB.01-073
VISTA PARCIAL DA PRAÇA DA LIBERDADE.
BT.FOT.1.3-043
TOMADA DA SACADA DO PALÁCIO DA
CONTEÚDO: PRÉDIO DA SECRETÁRIA DA
LIBERDADE.
EDUCAÇÃO LOCALIZADO NA PRAÇA DA
LIBERDADE, EM FRENTE AUTOMÓVEIS. DATAS: 1930 E 1940

DATAS: 1940 E 1946


COLEÇÃO HÉLIO GRAVATÁ COLEÇÃO ABÍLIO BARRETO

HG.CAP.1924-003 AB.FOT.1925-019
PRÉDIO DA ANTIGA SECRETARIA DA CONTEÚDO: JARDIM DA PRAÇA DA
AGRICULTURA, LOCALIZADA NA PRAÇA DA LIBERDADE, VÊ-SE AO FUNDO A
LIBERDADE. FOI CONSTRUÍDA EM 1895, SECRETARIA DO INTERIOR E FINNÇAS.
SEGUNDO O PROJETO DO ARQUITETO DA
DATAS: 1920 E 1925
COMISSÃO CONSTRUTORA DA NOVA
CAPITAL, JOSÉ DE MAGALHÃES E DECORADA
POR FREDERICO ANTÔNIO STECKEL. A AVULSAS

SECRETARIA TEVE SUA DENOMINAÇÃO


ALTERADA EM 1935 PARA "SECRETARIA DA
VIAÇÃO E OBRAS PÚBLICAS" E EM 1992 CC.ALB. 01-056

PARA "SECRETARIA DO ESTADO DE PROJETO DA SECRETARIAS DE GOVERNO,

TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS". QUE FORAM CONSTRUÍDAS NA PRAÇA DA

OBSERVA-SE EM PRIMEIRO PLANO OS LIBERDADE E ELABORADO PELA COMISSÃO

JARDINS DA PRAÇA DA LIBERDADE. CONSTRUTORA DA NOVA CAPITAL.

DATAS: 1910 E 1924 DATAS: 1894 E 1895

CC.AL B.01-032
HG.CAP.1906-001
PROJETO DA FACHADA PRINCIPAL DO
PRÉDIO DA ANTIGA SECRETARIA DO
PALÁCIO PRESIDENCIAL ELABORADO PELA
INTERIOR SITUADO NA PRAÇA DA
COMISSÃO CONSTRUTORA DA NOVA
LIBERDADE, ONDE, ATUALMENTE, FUNCIONA
CAPITAL.
O CENTRO DE REFERÊNCIA DO PROFESSOR,
LIGADO À SECRETARIA ESTATUAL DA DATAS: 1894 E 1895

EDUCAÇÃO.

DATA: 1906 CC.FOT.1897-008


REPRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DE QUADRO
RETRATANDO ENGENHEIRO JOSÉ DE
HG.CAP.1945-002
MAGALHÃES, MEMBRO DA COMISSÃO
VISTA DA PRAÇA DA LIBERDADE TENDO EM
CONSTRUTORA DA NOVA CAPITAL.
PRIMEIRO PLANO JARDINS E O ESPELHO
D'ÁGUA LADEADO POR ÁRVORES. AO FUNDO DATAS: 1890 E 1897

O CORETO E 'A ESQUERDA PARTE DA


FACHADA DA ANTIGA SECRETARIA DO CC.FOT.1895 007
INTERIOR E DA JUTIÇA, ATUAL SECRETARIA PLANTA GERAL DA CIDADE DE BELO
GERAL DO ESTADO E POLÍCIA CIVIL, HORIZONTE (1895)
CONSTRUÍDA EM 1895 DE ACORDO COM O AUTOR: AARÃO REIS
PROJETO DA COMISSÃO CONSTRUTORA.

DATAS: 1940 E 1945


Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA)

SECRETARIA do Estado de Educação. V Curso de Especialização em Restauração


e Conservação de Monumentos e Conjuntos Históricos. Levantamento
fotográfico realizado por Ivan Costa, 1982.

IEPHA. Pasta Secretaria de Educação. Setor de Levantamento de Bens Culturais


do Estado de Minas Gerais. (Fotografias avulsas), s. d.

Arquivo Público Mineiro (APM)


(Acervo da Comissão Construtora da Nova Capital)

SA2 004 002


Palácio da Liberdade em fase inicial de constução. (entre 1894 e 1896)
Autor: Raimundo Alves Pinto

SA 004 003
Secretaria da Fazenda em construção (entre 1894 e 1896)
Autor: Raimundo Alves Pinto

SA2 004 004


Prédio da Secretaria de Educação em construção (entre 1894 e 1896)
Autor: Raimundo Alves Pinto

Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH)


(Coleção José Góes)

Rua da Bahia, décadas de 1910, 1920, 1930 e 1948.


Casa Bleriot, rua da Bahia, década 1920.
Biblioteca Universitária (BU/UFMG)
(Setor de Obras Raras)

REIS, AARÃO,; MINAS GERAIS. COMISSÃO CONSTRUCTORA DA NOVA CAPITAL. Album


de vistas locaes e das obras projectadas para a edificação da nova cidade. Belo
Horizonte?: s.n., 1896.

Livros

ARAÚJO, LAÍS CORRÊA DE; COLEÇÃO BELO HORIZONTE. Sedução do Horizonte.


Belo Horizonte: Centro de Estudos Historicos e Culturais. FJP, 1996. (Coleção
Centenário)
Garden Party na Praça da Liberdade, cerca de 1920, p. 82.
Praça da Liberdade em construção, 1897. Foto: Oswaldo Cruz, p. 91.
Interior do Bar do Ponto, cerca de 1920, p. 146.
Rotisseria do Bar do Ponto, 1940, p. 151.
Rosas da Praça da Liberdade, p. 206.

BELO HORIZONTE (MG). PREFEITURA. Cenas de um Belo Horizonte. Belo


Horizonte, 1994.
Construção do TeatroMunicipal, 1908, p. 25.
Palácio da Liberdade, década de 10, p. 30.
Rua da Bahia, 1899, p. 26.
Praça da Liberdade, década de 30, p. 31.
Bar do Ponto (Sobrado do Palacio Hotel), p. 61.
Anúncio Cine Odeon, 1914, p. 62.
Anúncios Parc Royal, 1912 e 1914, p. 63.
Anúncio Bar do Ponto, 1934, p. 64.
Casa Arthur Haas, 1914, p. 64.
Anúncio Trianon, 1914, p. 64.
Sede Revista Vida de Minas, esquina Bahia e Paraopeba (atual Augusto Lima), década de
1910, p. 66.
Rua da Bahia com Afonso Pena, década de 1940, p. 112.
Rua da Bahia, 1994, p. 112.
BELLO Horizonte: Bilhete Postal coleção Otávio Dias Filho. Belo Horizonte:
SEP/FJP/CEHC, 1997.
Cartão Postal Secretaria da Educação, 1903-1906, p. 8.
Cartão Postal Serpentário Instituto Oswaldo Cruz, 1921-1925, p. 14.
Cartão Postal Grande Hotel, 1903-1906, p. 31.
Cartão Postal Ponte Rústica Praça da Liberdade, 1903-1905, p. 39.
Cartão Postal Rua da Bahia com Goitacazes, 1903-1905, p. 41.
Cartão Postal Jardins da Praça, 1906-1909, p. 50.
Cartão Postal Secretaria Educação, 1910, p. 57 e 58.
Cartão Postal Arthur Haas, Rua da Bahia, 1913-1915, p. 68.
Cartão Postal Secretarias, 1913-1915, p. 71.
Cartão Postal Jardins da Praça da Liberdade, destaca para a réplica do Itacolomi,
1913-1915, p. 72.
Cartão Postal Passeio na Praça da Liberdade, 1913-1915, p. 73.
Cartão Teatro Municipal, 1911-1918, p. 94.

CAMPOS, Paulo Mendes. Belo Horizonte de Curral Del Rei a Pampulha. Belo
Horizonte: 1982.
Praça da Liberdade, s. d., p. 23.
Praça da Liberdade (destaque para o Pico do Itacolomi), ao fundo Secretaraia
Educação, s. d., p. 24.
Palmeiras da Praça, ao centro, o coreto, s. d., p. 25.
Interior Teatro Municipal, s. d., p. 47.
Alfaiataria Aquino, rua da Bahia, s. d., p. 54.
Casa Bleriot, rua da Bahia, s. d., p. 69.
Abrigo dos bondes, Afonso Pena com Bahia, s. d., p. 90.
Rua da Bahia, década de 1940, p. 93.
Desfile de cavalaria, liderado por Benedito Valadares em frente ao Palácio da
Liberdade, s. d., p. 114.
Grande Hotel, 1937, p. 122.

SILVA, Luiz Roberto da. Doce dossie de BH. Belo Horizonte: 1991.
Grande Teatro Municipal (Cine Metrópole), s. d., p. 63 e 138.
SILVA, Newton; D’AGUIAR, Antônio Augusto. Belo Horizonte: A cidade revelada.
Belo Horizonte: Fundação Emílio Odebrecht, 1989.
Rua da Bahia, década de 1920, p. 56.
Praça da Liberdade, 1932, p. 58.
Teatro Municipal, década de 30, p. 60.
Rua da Bahia, s. d., p. 44.

Filmografia

Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG


(DFTC/EBA/UFMG)

BONFIOLI, Igino. Cenas de Belo Horizonte na Campanha de Pedro Aleixo. S/d.

____________. Chegada do Dr. Artur Bernardes a Belo Horizonte. 26/10/1921.

____________. Comemorações – Antônio Carlos. S/d.

____________. Chegada dos reis belgas, 1920.

____________. Funerais do Governador do Estado de Minas, Dr. Raul Soares e Moura, em


06/08/24. 06/08/24.

____________. Getúlio Vargas em Belo Horizonte e letreiros para corso infantil. [1945].

____________. Semana da Pátria em Belo Horizonte – Parada da Juventude. S/d.

JUNQUEIRA, Aristides. Exma. Família Bueno Brandão. 1915.

Centro de Referência Audiovisual (CRAV)

1383/4 – Crescimento de Belo Horizonte ( título atribuído).


BH 100
Assunto: Matéria sobre o crescimento desordenado da capital mineira - BH , ameça patrimônios da
antiga Curral Del Rey. Alguns desses patrimônios foram demolidos para dar espaço a enormes
predios. Mas ainda restam algumas edificações do ínico da capital, como a Igreja da Boa Viagem,
Chafariz da Igreja da Boa Viagem. Imagens de BH,casas rustícas, Sede da fazdenda do Leitão
(Museu Abílio Barreto), prédio da secretária da agriculura, secretária da educação, secretária da
fazenda, Palacio da Liberdade, prédio da PBH, Museu Mineiro, Pampulha Edíficio Acaiaca, Afonso
Pena, Rainha da sucata. 1:04:00 - 1:09:32

1385/12 – Preservação da Praça da Liberdade (título atribuído)

Jornal Minas – Rede Minas

Matéria fala sobre a preservação da Praça da Liberdade, que foi construída junto com a capital.
Junto com a praça vieram a construção do Palácio da Liberdade e as secretárias do Estado, para
abrigar as sedes do poder. Nos passar dos anos, a praça deu espaço para novos estilos modernos,
como o Edificio Niemeyer e a Rainha da Sucata. Desde 1991, os responsavéis pela conservação da
praça são a prefeitura da cidade e uma mineradora. 1:05:11 - 1:06:51

863 – Minas, política, memória e missão

Aluízio Salles Jr.

Primeiro documentário de uma série sobre Minas Gerais. Este tem como tema a mineridade,
imagens antigas de Tancredo Neves, Jucelino Kubitschek e secretaria de Educação, imagens aéreas
de BH e do setor industrial de Minas

74/10 – Administração Municipal (telecinado)

Imagens de BH na década de 40, Av. Afonso Pena, Ginásio Inconfidência, Museu de Arte da
Pampulha, Palácio da Liberdade e Secretaria de Estado, Viaduto Sta. Tereza, Praça Raul Soares,
Praça da Liberdade, Instituto de Educação, Prédio dos Correios, Colégio Estadual, prédio da
prefeitura, Colégio Militar, Igreja de Lourdes, Faculdade de Odontologia, Universidade Católica,
Igreja São Francisco de Assis, Parque Municipal, Igreja da Boa Viagem, Edifício Acaiaca, Mineirão,
Minas Tenis Club, Iate Tênis Club.

Arquivo Público Mineiro (APM)

CST-Filme-009 – Documentário (1965)


Título: BH / Secretaria Municipal de Educação e Cultura
Apresentação do crescimento urbano e cultural de Belo Horizonte e do subdesenvolvimento
sociocultural. Reformulação e ampliação da rede de ensino, cadastramento escolar de alunos a
partir dos seis anos de idade, renovação do material didático, implantação de oficinas, arte
industrial, serviços comerciais, educação para o lar e agricultura, para auxiliarem na formação dos
alunos, inclusão de assistência médica, dentária e higiene são propostas realizadas pelo prefeito
Oswaldo Pieruccetti. (Imagens da Feira de Arte e Artesanato da Praça da Liberdade).

Memórias, crônicas e poesias

ANDRADE, Djalma. História Alegre de Belo Horizonte, Belo Horizonte: Imprensa


Oficial, 1947.

ARAÚJO, LAÍS CORRÊA DE; COLEÇÃO BELO HORIZONTE. Sedução do Horizonte.


Belo Horizonte: Centro de Estudos Historicos e Culturais. FJP, 1996.
LOBATO, Monteiro. “Belo Horizonte, a Bela”, p. 35.

RABELLO, MARQUES. “As Magnólias”, p.47.

VASCONCELLOS, Sylvio de. “Arquitetura Eclética Marca Belo Horizonte”, p. 112.

ALPHONSUS, João. “Nos primeiros tempos”, p.136.

ANJOS, Cyro dos. Remata-se o Painel, p. 160.

MIRANDA, Wander Melo. Belo Horizonte: a cidade escrita. Belo Horizonte: UFMG,
1996.
ANJOS, Cyro dos. “A Menina do Sobrado”, p. 112.

ANDRADE, Carlos Drumond de. “Jardim da Praça da Liberdade” (a Gustavo Capanema), p.


116.

NAVA, Pedro. “Chão de Ferro”, p. 122.

NAVA, Pedro. “Beira-mar”, p. 130.

ANDRADE, Carlos Durmond de. “A Visita do Rei”, p. 135.

______. “Hino ao Bonde”, p. 157.

PAES, Rômulo; HORTA, Gervásio. “Rua da Bahia”, p. 151.

PAES, Rômulo. “A vida é esta”, p. 154.

CAMPOS, Paulo Mendes. “Rua da Bahia”, p. 155.


______. “Belo Horizonte”, p. 182.
RESENDE, Otto Lara. “Segunda Mão”, p. 165.

JARDIM, Raquel. “Os anos 40”, p. 171.

Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA) – Setor de


Levantamento dos Bens Culturais do Estado de Minas Gerais. (Fragmentos
textuais)

AZEVEDO, Arthur. “Um passeio a Minas”. Minas Gerais, Belo Horizonte, 26/11/1901, p. 3.

LIMA, J. R. de. Almanack da Cidade de Minas. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1900, p.
19-20.

PINTO, Alfredo Moreira. Monographia de Belo Horizonte, em 1901. Belo Horizonte:


Imprensa Official do Estado de Minas Geraes, 1913, p. 1.

SILVEIRA, Victor. Minas Gerais em 1925. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1926.

Documentos textuais

Museu Histórico Abílio Barreto (MhAB)

CC Da 05/001

Contrato firmado com Frederico Stekel para a decoração do Palácio Presidencial e das
secretarias de Estado (cópia) - 18/12/1896.

CC Da 11/068

Ofício do chefe da Seção de Projeto do Escritório Técnico ao engenheiro-chefe interino


com a folha de medição dos trabalhos executados na esplanada do Palácio Presidencial -
07/05/1895.
Referências Bibliográficas

ALBANO, Celina et. al. A cidade na Praça: poder, memória, Liberdade. Trabalho
apresentado na VIII Encontro Anual da ANPOCS, São Paulo – Águas de São
Pedro, 1984.

ANDRADE, Carlos Drummond. Boitempo. Rio de Janeiro: Sabia, 1968

______. “Praça da Liberdade sem amor”. Jornal do Brasil. 16 nov. 1974.

______; WERNECK, Nisia Maria Duarte; SILVA, Luiz Henrique Horta; Coleção
Belo Horizonte. Rua da Bahia. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1996.

ANJOS, Ciro dos. A menina do sobrado. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.

ANDRADE, Djalma. História Alegre de Belo Horizonte, Belo Horizonte: Imprensa


Oficial, 1947.

ARAÚJO, Laís Corrêa de; Coleção Belo Horizonte. Sedução do Horizonte. Belo
Horizonte: Centro de Estudos Historicos e Culturais. FJP, 1996. 241p.
(Coleção Centenário)

BELLO Horizonte: Bilhete Postal coleção Otávio Dias Filho. Belo Horizonte:
SEP/FJP/CEHC, 1997.

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BARRETO, Abílio. Belo Horizonte: Memória histórica e descritiva – História Antiga


e Média. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos
Históricos, 1995.

BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da


modernidade. São Paulo: Cia das Letras, 1989.

BRESCIANI, Stella. Imagens da Cidade: séculos XVIII e XIX. São


Paulo:ANPUH/Marco Zero, 1993

CAMPOS, Paulo Mendes. Belo Horizonte de Curral Del Rei a Pampulha. Belo
Horizonte: 1982.

COMISSÃO Constructora da Nova capital. Revista Geral dos Trabalhos:


publicação periódica, descriptiva e estatística, feita com autorisação do
Governo do Estado, sob a direcção do Engenheiro Aarão Reis. Rio de Janeiro:
H. Lombaerts & C., n.1, 107 p, abril de 1895.
DIAS, Padre Francisco Martins. Traços históricos e descritivos de Belo Horizonte.
Edição fac-similar. Bello Horizonte: Tipografia de Bello Horizonte, 1997.
DUARTE, Regina Horta. “À sombra dos fícus: cidade e natureza em Belo
Horizonte”. Ambiente & Sociedade, Campinas, v. X, n. 2, 2007.

FÓSCOLO, Avelino. A Capital. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1979.

GÓES, Luis. O bar do ponto. Belo Horizonte: Ed. Luis Góes, 2000.

GUIMARÃES, Berenice Martins. Cafuas, Barracos e Barracões: Belo Horizonte,


cidade planejada. Rio de Janeiro: IUPERJ, 1991. (Tese de Doutorado)

IEPHA. Secretaria do Estado de Educação de Minas Gerias. IV curso de


especialização em restauração e conservação de monumentos e conjuntos
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JULIÃO, Letícia. Belo Horizonte: itinerários da cidade moderna (1891-1920). Belo


Horizonte: UFMG, 1992. (Dissertação de Mestrado)

LEMOS, Celina Borges. “Construção simbólica dos espaços da cidade.” In:


MONTE-MÓR, Roberto Luís de Melo, et. al. Belo Horizonte: espaços e tempos
em construção. Belo Horizonte: CEDEPLAR/PBH, 1994.

LE VEN, Michel Marie. As Classes sociais e o poder político na formação espacial


de Belo Horizonte (1893-1914). Belo Horizonte: UFMG, 1977. (Dissertação de
Mestrado)

MELLO, Ciro Bandeira. “A noiva do trabalho.” In: Dutra, Eliana (org). BH:
Horizontes Históricos: C/ Arte, 1996.

MIRANDA, Wander Melo. Belo Horizonte: a cidade escrita. Belo Horizonte: UFMG,
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NAVA, Pedro. Beira-Mar: memórias IV. Rio de Janeiro: Nova Fronteira

PINTO, Alfredo Moreira. Monographia de Belo Horizonte, em 1901. Belo Horizonte:


Imprensa Official do Estado de Minas Geraes, 1913.

PIRES, Aurélio. Homens e Factos de Meu Tempo. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1939.

RODRIGUES, Marilita Aparecida Antunes. Constituição e enraizamento do esporte


na cidade: uma prática moderna de lazer na cultura urbana de Belo Horizonte
(1894-1920). Belo Horizonte: UFMG, 2006. (Tese de Doutorado).

SALLES, José Bento Teixeira de. Rua da Bahia. Belo Horizonte: Conceito Editorial,
2005

STARLING, Heloísa; GERMANO, Lígia Beatriz de Paula; MARQUES, Rita de Cássia


(orgs.). Fundação Ezequiel Dias: um século de promoção e proteção à saúde.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.
SILVA, Luiz Roberto da. Doce dossie de BH. Belo Horizonte: 1991.

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