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O PLANO AGACHE
O debate sobre a arquitetura moderna no Brasil foi decisivo para que a
consciência urbana no Rio de Janeiro amadurecesse e resultou no seu primeiro
plano diretor, o Plano Agache. A escolha de Alfred Agache para desenvolver a
remodelação da cidade envolveu muitas questões que foram da política à
estética. O contexto era o final da década de 1920, quando a tensão em torno da
possibilidade de uma guerra mundial e a participação americana nas diretrizes
gerais do desenvolvimento do capitalismo colaboraram para que o modernismo
assumisse uma posição relevante no urbanismo. A racionalidade passou a ser o
elemento determinante nas mudanças urbanas.
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Donald Alfred Agache. Foto do Consulado Geral do Brasil em Paris,1939 – Wikimedia Commons.
O Rio de Janeiro, como capital do país, recepcionou esses debates e dividiu
opiniões. Havia a possibilidade de escolher entre a ousadia e a radicalidade
modernista de Le Corbusier ou o modernismo bem-comportado de Agache, que
valorizava o espaço urbano como capital e mercadoria através do processo de
verticalização, utilizando a novidade do “arranha-céu”. Agache foi o escolhido.
O Plano Agache possuía diretrizes distintas daquelas que até então motivaram
as alterações espaciais, pois definiu a estratégia de entrada da cidade na
estética modernista, que tinha como perspectiva o estilo art déco. O novo plano
não era uma unanimidade, e havia as pressões do Clube de Engenharia, que
criticava a escolha de engenheiros estrangeiros.
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Demolição total do morro do Castelo. Entre os escombros, é possível ver as ruínas da Igreja de
São Sebastião. Augusto Malta, 14/10/1922. Rio de Janeiro, RJ – Instituto Moreira Salles.
A derrubada do morro do Castelo criou um espaço novo e necessário para a
realização do grande evento de comemoração do Centenário da Independência
do Brasil, em 1922, além de liberar uma grande área para a especulação
imobiliária. A terra do desmonte aterrou uma área de enormes proporções na
baía da Guanabara, entre a praia de Santa Luzia e a praia do Russel, onde foram
construídos os grandes pavilhões da Exposição Internacional do Centenário da
Independência.
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Como consequência dessa conjuntura, Antônio Prado Júnior optou por contratar
um urbanista francês de renome internacional, que reunia as qualidades
suficientes para unir o modelo de cidade europeia com a renovação política que
estava sendo encaminhada, abrindo espaço para a burguesia urbana, ainda
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“Perspectiva aérea do centro monumental e dos bairros de intercâmbio e dos
negócios” (p.149). Imagem do livro Cidade do Rio de Janeiro: extensão-remodelação-
embellezamento. Prefeitura do Rio de Janeiro, 1930. Biblioteca Nacional.
Entretanto, por mais abertura que Agache tivesse para as novidades
modernistas, sua concepção de cidade ainda se configurava em concebê-la
como um organismo vivo, que seria a metáfora da própria vida humana, em que
o funcionamento da cidade seria representado pelo metabolismo corporal.
Assim, as praças, as avenidas e os jardins seriam os pulmões da cidade, o seu
sistema aeróbico. As ruas seriam como as veias do corpo humano e fariam
parte do sistema circulatório, tendo como função levar a vida até o coração da
cidade: o Centro. Por fim, o aparelho digestivo seriam os esgotos. Esse
mecanismo estrutural-funcionalista deveria ser baseado no bom funcionamento
de cada parte que compõe o sistema geral, realizando o objetivo da harmonia
entre as partes e o todo. A anomia ou disfuncionalidade do sistema geraria
“doenças” na cidade.
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Desenho do projeto que Alfred Agache para a praça do Castelo. – Imagem do livro Cidade do Rio de
Janeiro: extensão-remodelação-embellezamento. Prefeitura do Rio de Janeiro, 1930. Biblioteca Nacional.
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