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Evolução, Arquitetura e

Urbanismo no Brasil
ARQUITETURA E URB ANISMO
Plano de Ensino
EVOLUÇÃO, ARQUITETURA E URB ANISMO NO BRASIL
Conteúdo Programático
UNIDADE 01 Período Colonial
 Dos antecedentes;
UNIDADE 02
 Organização espacial dos centros Urbanos;
UNIDADE 03
 Arquitetura Religiosa;
UNIDADE 04  Arquitetura Oficial;
UNIDADE 05  Arquitetura Civil;
 Arquitetura Militar.
Conteúdo Programático
UNIDADE 01 Século XVII e XVIII
 Arquitetura Barroca;
UNIDADE 02
 Cidades de Mineração;
UNIDADE 03
 Técnicas construtivas tradicionais.
UNIDADE 04

UNIDADE 05
Conteúdo Programático
UNIDADE 01 Embelezamento Urbano
 O Novo Arrabalde de Saturnino de Brito;
UNIDADE 02
 A reforma de Pereira Passos no Rio de Janeiro;
UNIDADE 03
 Arquitetura Neoclássica e Eclética;
UNIDADE 04  Arquitetura no Brasil no fim do séc. XIX e séc. XX.
UNIDADE 05
Conteúdo Programático
UNIDADE 01 Século XX
 Interiorização e arquitetura de imigração - Santa Leopoldina e Santa Teresa;
UNIDADE 02
 Novas cidades: Belo Horizonte e Goiânia;
UNIDADE 03  Brasília – Construção e tipologias arquitetônicas;
 Arquitetura Moderna: Palácio Gustavo Capanema / Conjunto da Pampulha.
UNIDADE 04

UNIDADE 05
Conteúdo Programático
UNIDADE 01 A crise urbana
 Planejamento Integrado e superplanos nos anos 1970 e 1980;
UNIDADE 02
 A metropolização do Brasil;
UNIDADE 03  A cidade contemporânea no Brasil, sua realidade e seus desafios;
 Decadência das áreas centrais e os projetos de reabilitação urbana.
UNIDADE 04

UNIDADE 05
Objetivos de Aprendizagem:
1. Desenvolver o pensamento crítico em relação a composição do espaço urbano relacionando a
formação e o desenvolvimento da arquitetura e do urbanismo com a sociedade de seu tempo.
2. Compreender os aspectos culturais, econômicos e sociais que moldaram as cidades brasileiras e
suas tipologias arquitetônicas.
3. Diferenciar os períodos históricos e suas correspondentes tipologias arquitetônicas e urbanas.
4. Observar as estratégias de implantação e crescimento dos espaços urbanos.
5. Associar as manifestações culturais e sociais à arquitetura executada em cada época.
Habilidades e Competências
I. Ser capaz de associar as questões regionais com as tipologias arquitetônicas e o desenvolvimento
urbano.
II. Elaborar projetos urbanos e arquitetônicos que respeitem as contribuições das épocas passadas e
dialoguem com a cultura local.
III. Compreender como a formação das cidades influenciaram nos atuais problemas urbanos
e como estes impactam a sociedade atual.
IV. Entender como a arquitetura do passado lidava com as questões técnicas de construção, conforto
ambiental e funcionalidade prática.
V. Associar o desenvolvimento urbano aos problemas sociais e a nova organização metropolitana
(centro-periferia) das cidades contemporâneas.
Bibliografia
1. BASTOS, Maria Alice Junqueira. Pós-Brasília: Rumos da arquitetura brasileira. São
Paulo: FAPESP, Perspectiva, 2003.
2. BRUAND,Yves. Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo, Perspectiva, 1981.
3. DEÁK, Csaba; SCHIFFER, Sueli Ramos (orgs.). O Processo de Urbanização no Brasil. São
Paulo: EDUSP, 2004.

•ARANTES, Otília. Urbanismo em fim de linha. São Paulo: EDUSP, 2001.


•PRADO JÚNIOR, Caio da Silva. Formação do Brasil Contemporâneo: Colônia. São Paulo: Brasiliense,
1956.
•RUBANO, Lizete Maria. Hipóteses do real - concursos de arquitetura e urbanismo 1973-2011. São
Paulo:Vigliecca a Associados, 2013.
•SEGAWA, Hugo. Prelúdio da metrópole. 2 ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.
•VILLACA, Flavio. Espaço Intra-urbano no Brasil. 2 ed. São Paulo: Studio Nobel, 2001.
LEITURAS COMPLEMENTARES
COLIN, Sílvio. Técnicas Construtivas do Período Colonial. Imphic - Instituto Histórico, 2010.
Disponível em:
http://imphic.ning.com/group/historiacolonial/forum/attachment/download?id=2394393%3AUploadedFile%3
A16519
 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
Rio de Janeiro, n. 3, p. 264, 1939. Disponível em
http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/RevPat03_m.pdf
 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
Rio de Janeiro, n. 9, p. 383, 1945. Disponível em
http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/RevPat09_m.pdf
 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
Rio de Janeiro, n. 11, p. 314, 1947. Disponível em
http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/RevPat11_m.pdf
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
Rio de Janeiro, n. 13, p. 383, 1956. Disponível em
http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/RevPat13_m.pdf
Ocupação: vilas e cidades
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DOS NÚCLEOS URB ANOS
TEXTO 1: Dos antecedentes. IN: MENDES, C.; VERÍSSIMO, C.; BITTAR, W. Arquitetura no Brasil: De
Cabral a Dom João VI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2011, p. 10-43.
TEXTO II: TEXTO 2: A organização espacial dos centros urbanos. In: REIS FILHO, Nestor Goulart.
Evolução urbana do Brasil 1550-1720. São Paulo: Pini, 2000, p. 112-181.
Dos antecedentes
GRANDES NAVEGAÇÕES
(Portugal e Espanha)
Portugal – Aliança: Reis-Burguesia;
 Independência através da
Revolução de Avis: Estado Nacional
Absolutista governado por Dom João
I;
 Falta de cereais, especiarias, ouro e
pescado;
 Durante o séc. XV foram treinadas
as novas gerações de navegadores.
Dos
antecedentes
 Tratado de
Tordesilhas (1494):
Papa Alexandre VII;
 “Ocupar novas terras
significou também,
trazer novos
hábitos de viver, de
morar, novos
costumes e, ao
mesmo tempo, fundi-
los com a própria
tradição ou adaptá-
los a uma outra
realidade geográfica,
social e econômica.”
Dos antecedentes
Modelos de implantação das cidades nas colônias
1. Modelo Luso-mulçumano (Medieval)
2. Ordenações régias - D. Manoel I a D. João III (Renascentista)
a) Racionalidade renascentista, através da geometria e do zoneamento cartesiano;
b) O traçado geométrico de ruas e praças, com grandes eixos de circulação, favoreciam as
ações de escoamento de produção e guerra;
 Aconteciam de forma isolada e conjugada;
 Sempre em função dos objetivos políticos e econômicos de cada época e da memória afetiva
de seus idealizadores.
Salvador - Brasil
Lisboa - Portugal
Monchique - Portugal Ouro Preto - Brasil

As semelhanças entre as cidades podem ser identificadas tanto na implantação como na adoção
de alguns partidos arquitetônicos.
Implantação Medieval – Olinda, Pernambuco Implantação Renascentista – São Miguel das
Missões, RS
Da Ocupação
 A topografia e a vegetação eram muito
distintas de Portugal. Mata atlântica cobrindo
boa parte do litoral e subindo por grandes
serras;
 Atendendo à objetivos mercantilistas e a
busca por lucro, o soberano de Portugal
decreta a implantação de Vilas e Cidades;
 Os colonizadores trouxeram Leis, as quais
asseguravam o controle da Metrópole;
 Mais para o Nordeste havia pouco relevo e
facilidade de ocupação, ao sudeste a Serra do
Mar dificultava a ocupação.
Serra do Mar – Litoral do Rio de Janeiro
Das Capitanias,Vilas e Cidades
 Dentro da tradição urbana clássica e ibérica
somente o poder Régio podia criar cidades;
 As cidades contavam regalias, direitos e
prestígio formal;
 Já as Vilas eram núcleos de menor
importância política;
 Homens podiam criar cidades e pedir ao Rei
que as reconhecessem.;
 Martin Afonso de Souza criou as duas
primeiras vilas do Brasil: São Vicente e
Piratininga.
Vila de São Vicente – São Paulo (Baixada Santista)
Primeira cidade do Brasil: São Salvador da Bahia de todos os Santos -1549

Tornou-se Capitania Real – recomprada pela Coroa para fundar o Governo Geral.
PROTEÇÃO: Inicialmente murada com muralhas de
madeira e depois com muros de pedra. Cale óleo de
baleia.
Selecionaram-se embocaduras e delta de rios e baías
capazes de oferecer portos seguros (estratégicos).

Muralhas da Fortaleza de
Salvador dividida em Santo Cruz em Niterói-RJ
cidade alta e baixa.
Engenhos: Produção açucareira
 A agroindústria açucareira geraria
outro tipo de ocupação, de
características rurais;
 Grandes latifúndios com: Casa
Grande, senzalas, capelas, área de
transformação da cana (Engenho);
 A casa grande era o centro social,
familiar, de decisões políticas e
atividades econômicas;
 A escravidão africana gerava ais
lucros que a indígena.
Funcionário a passeio com sua família – Debret
(séc. XIX).
Fazenda de Engenho. (Fonte Vauthier,
1975)
1- Capela;
2- Casa Grande (Proprietário);
3- Hóspedes;
4- Casa do engenho;
5- Cavalariças;
6- Casa do bagaço;
7- Forno;
8- Cocheira;
9- Refinaria-destilaria;
10- Olaria;
11- Senzalas;
12- Casa do feitor.
Núcleos Urbanos
 Era comum o senhor de
engenho manter uma residência
no núcleo urbanizado, que era
frequentada em durante os
festejos religiosos.
 Nos núcleos urbanizados havia
a câmara dos homens bons
(poder político): no pavimento
térreo ficava a cadeia e acima a
câmara.
 Denominada: Casa de Câmara e
Cadeia.

Centro histórico de Rio das Contas – Bahia.


Núcleos Urbanos
 As vilas e cidades era importantes
entrepostos de comercialização da
produção açucareira;
 A condição de vila permitia a
existência da Casa de Câmara e
Cadeia (vereadores);
 As cidades podiam ter “pelourinho”;
 A existência de uma praça com
(Igreja matriz, Câmara e Cadeia e
pelourinho) tornou-se referência para
toda vida social da cidade colonial.
Mariana - MG
Organização Espacial
ASPECTOS URBANOS:As Ruas
 Elementos definidores:
1. Alinhamento do Casario;
2. Largos.
 Elementos de interligação:
1. Escadarias, passadiços, viadutos.
 Estreitas e Tortuosas.

Passadiço: Diamantina - MG
PARATY - RJ
Organização Espacial
ASPECTOS URBANOS:As Ruas
 Limite público x privado:
edificações
 Balcões, sacadas, muxarabis e
rótulas: garantiam a privacidade
e o contato do particular com o
público.

Paraty - RJ
Organização Espacial
ASPECTOS URBANOS: Praças
RELIGIOSAS X PRAÇA CÍVICAS
1. Plaza Mayor ou Plaza de Armas:
Matriz ou Catedral + principais
prédios públicos

2. Largos,Terreiros ou Adros:
Igrejas

Ouro Preto - MG
Organização Espacial
ASPECTOS URBANOS:
AS PRAÇAS
 centro de reunião da vida urbana, em que se realizavam
cerimônias cívicas e toda sorte de festividades: religiosas e
recreativas.
 Serviam ainda aos mercados e às feiras.
 Nelas se localizavam os principais edifícios: casa de câmara e
cadeia, casa dos governadores, igreja matriz.
Organização
Espacial
PRAÇAS
Dois edifícios principais se
defrontam, um em cada
extremidade da praça: Casa de
Câmara e Cadeia e Palácio dos
Governadores.
A forma da praça é irregular, não
há um eixo retilíneo. As ruas
laterais e nas extremidades são
assimétricas.
Terreiro de Jesus – Pelourinho, Salvador - BA
Organização Espacial
TRAÇADO
Quanto ao desenho:
 Leyes de Índia
 Centros maiores: geometrização (ex: Salvador, Rio de Janeiro e Belém). Eram
minoria;
 Centros menores: organicidade (ex:Vitória, Olinda). Predominou até começo
do sec. XVIII;
 Casas de Câmara, Igreja ou Conventos: Adros, praças e terreiros

VALORIZAÇÃO DAS ÁREAS LIVRES DE REUNIÃO DE PÚBLICO

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