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COLÉGIO ESTADUAL DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS – HUGO DE CARVALHO RAMOS


ANO LETIVO 2023 3º BIMESTRE Lista de Exercícios/Revisão
Série Turma (s) Turno
2ª Série / Ensino Médio ⒻⒼⒽⒾⒿ MATUTINO
Professor: Hudson Oliveira Disciplina: História
Aluno (a): Nº da chamada:
Visto do Professor Nota da Atividade
Data: / / 2023 REVISÃO REVISÃO
Escola de Civismo e Cidadania
Atenção! Conteúdos de Prova - 3º Bimestre/2023: Implantação do Sistema Colonial no Brasil; Brasil Colônia: Economia
Açucareira; Brasil Colônia: Invasões Estrangeiras; União Ibérica e Holandeses no Brasil; Pré-Colombianos; História de Goiás:
1722 a 1930.
Onde estudar?
História:
• Livro: História Geral e do Brasil. Livro enviado via “WhatsApp”.
• Material disponibilizado no GR8 e na Mecanografia.
• Material trabalhado em sala.
A Lista de Exercícios abaixo se destina ao trabalho de revisão para a Prova e Simulado do 3º Bimestre de 2023.
A impressão é opcional.

QUESTÕES DISCURSIVAS:

Leia os textos a seguir, que mostram a visão de dois historiadores sobre as condições de vida dos escravizados durante o
período em que o Brasil foi colônia de Portugal. Depois, observe a imagem e responda às questões 1 e 2.

Texto 1
Nos engenhos, tanto nas plantações como dentro de casa, nos tanques de bater roupa, nas cozinhas, lavando
roupa, enxugando prato, fazendo doce, pilando café; nas cidades, carregando sacos de açúcar, pianos [...], os negros
trabalharam sempre cantando: seus cantos de trabalho, tanto quanto os de xangô, os de festa, os de ninar menino
pequeno, encheram de alegria africana a vida brasileira. Às vezes de um pouco de banzo: mas principalmente de alegria.
[...]
FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 31. ed. Rio de Janeiro: Record,
1996. p. 463.

Texto 2
Os escravos eram seres humanos oprimidos pelo mais duro dos regimes de exploração de trabalho. Não
escapavam ilesos às degradações impostas por este regime. Enfrentavam-nas com sofrimento, humor, astúcia e também
egoísmo perverso. Escravos agrediam escravos em disputas por mulher, para entregá-los a capitães do mato ou para
roubá-los. Mulheres escravas faziam da sedução sexual de homens livres o caminho para o bem-estar e a liberdade. [...]
várias delas conseguiram sair do sufoco da senzala.
GORENDER, Jacob. A escravidão reabilitada. São Paulo: Ática, 1991. p. 121.

DEBRET, Jean-Baptiste. Um jantar brasileiro. 1827. Aquarela sobre papel, 15,9 cm # 21,9 cm. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro.

QUESTÃO 01 - Que aspecto cada autor destaca ao analisar a escravidão africana na América portuguesa?

QUESTÃO 02 - A pintura de Debret relaciona-se mais com a visão de Gilberto Freyre ou com a de Jacob Gorender?
Justifique.

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QUESTÃO 03 - (Unesp) Caracterize os sistemas administrativos de capitanias hereditárias e de governo geral


empregados na colonização brasileira. Indique duas diferenças entre esses sistemas.

QUESTÃO 04 – (Unicamp) A união de Espanha e Portugal, em 1580, trouxe vantagens para ambos os lados. Portugal
era tratado pelos monarcas espanhóis não como uma conquista, mas como um outro reino. Os mercados, as frotas e a
prata espanhóis revelaram-se atraentes para a nobreza e para os mercadores portugueses. A Espanha beneficiou-se da
aquisição de um porto atlântico de grande importância, acesso ao comércio de especiarias da Índia, comércio com as
colônias portuguesas na costa da África e contrabando com a colônia do Brasil.
(Adaptado de Stuart B. Schwartz. “Da América Portuguesa ao Brasil”. Lisboa: Difel, 2003, p. 188-189.)

Segundo o texto, quais foram os benefícios da união ibérica para Portugal e para a Espanha?

QUESTÃO 05 – (Unesp) A produção açucareira [do Brasil] colonial exigiu, além da constituição de formas específicas
de trabalho, configuração peculiar da propriedade da terra.
(Vera Lúcia Amaral Ferlini, Terra, trabalho e poder.)

Identifique e analise essa “configuração peculiar da propriedade da terra”.

QUESTÃO 06 – (Ufmg) Leia este trecho, em que o personagem principal - Robinson Crusoé - rememora fatos por ele
vividos no século XVII:

“Pouco tempo depois do desembarque [na Bahia], fui recomendado pelo Capitão a um homem muito honrado,
semelhante ao mesmo capitão, que tinha o que vulgarmente se chama um Engenho, isto é, uma plantação e uma
manufatura de açúcar. Vivi alguns tempos em sua casa e por este meio me instrui no modo de plantar e fazer o açúcar.
Ora, vendo que comodamente viviam estes cultivadores e com rapidez se enriqueciam, resolvi-me a estabelecer-me e a
ser cultivador como os outros, se fosse possível obter licença; bem entendido que procuraria o meio de me fazer vir à
mão o dinheiro, que tinha deixado em Londres [...] [Importei da Inglaterra] panos, sedas, meias e outras coisas
extraordinariamente estimadas e procuradas neste país [e...] achei o segredo de as vender por alto preço, de sorte que
posso dizer que, depois de sua venda, ajuntei mais de quatro vezes o valor da minha carregação [...] o ano seguinte tive
toda a sorte de vantagens na minha plantação; colhi na minha própria terra cinquenta rolos de tabaco [que] estavam
bem acondicionados e prontos para quando a frota voltasse para Lisboa.”
DEFOE, Daniel. “Vida, e aventuras admiráveis de Robinson Crusoé, que contem a sua tornada à sua Ilha, as suas novas viagens, e as suas reflexões”.
Lisboa: Impressão de Aucobia, 1815. v. 1, p. 68-69 e 74. (Adaptado)

A partir dessa leitura e considerando outros conhecimentos sobre o assunto, identifique duas atividades econômicas de
caráter distinto desenvolvidas por Robinson Crusoé na Bahia.

QUESTÃO 07 – (G1 - cftce) Explique os motivos da Invasão Holandesa em Pernambuco em 1630.

QUESTÃO 08 – (Ufu) Após a leitura do trecho a seguir, faça o que se pede.

A denominação “invasões” holandesas projeta, com anacronismo extremo, um sentimento nacional para o
passado e inventa uma soberania brasileira herdeira de uma soberania portuguesa. Na prática mostra o que viemos a
nos tornar, jamais o que éramos no século XVII.
KARNAL, Leandro. “O testamento de Adão”. In: “História Viva - Grandes Temas (Mar português)”. Edição especial temática, n. 14, 2006. p. 85.

O que foram as chamadas “invasões” holandesas no contexto da América portuguesa do século XVII?

Leia o texto a seguir e responda às questões 9 e 10.

A invasão holandesa no teatro

“Calabar: o elogio da traição” é uma peça de teatro musicada, com texto e canções de Chico Buarque e Ruy
Guerra. A peça conta a história de Domingos Fernandes Calabar (1609-1635), senhor de engenho pernambucano que, à
época da invasão holandesa, se aliou aos estrangeiros contra os portugueses.

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Em 1973, a peça foi impedida de estrear. Nesse período, o Brasil era governado por militares, que, com a ajuda de
alguns setores da sociedade, haviam estabelecido uma ditadura no país. A censura a jornais, ao cinema, ao teatro, à
música e a outras produções artísticas era comum nessa época.
Esse é o assunto da reportagem a seguir.

Calabar não aparece em cena. Os feitos do personagem que se aliou aos holandeses contra os
portugueses são cantados por figuras também reais, como Mathias de Albuquerque, Felipe Camarão e Maurício
de Nassau. Mas a trama se debruça sobre a ligação entre ele, que conhecia as entranhas das matas brasileiras, e
os invasores vindos da Holanda, em meio a conflitos contra Portugal pela posse do Brasil. Por isso, segundo a
Censura, “os responsáveis pela peça se situam entre os que optariam de bom grado pela colonização holandesa
em detrimento dos portugueses”. [...]
O nome Calabar foi proibido de ser mencionado, pois, segundo eles [os militares], evocava traição.
FONSECA, Rodrigo. Marco da censura no Brasil, Calabar faz 40 anos com nova montagem. O Globo, 12 maio 2013. Disponível em:
<https://oglobo.globo.com/cultura/marco-da-censura-no-brasil-calabar-faz-40-anos-com-novamontagem-8363246>. Acesso em: 2 mar. 2018.

QUESTÃO 09 – Qual é o tema da peça teatral?

QUESTÃO 10 – De acordo com o texto, quais foram os argumentos dados pelos militares para censurar a peça teatral em
1973?

QUESTÃO 11 – (Ufrj) Por mais de um século o Brasil foi o principal exportador mundial de açúcar. De 1600 a 1650 o
açúcar respondia por 90% a 95% dos ganhos brasileiros com exportações. Mesmo no período em torno de 1700, quando
o setor açucareiro declinou, ele continuava a representar 15% dos ganhos do Brasil com exportações.
SKIDMORE, Thomas E. Uma história do Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 1998, p. 36.

Explique um fator, externo à América portuguesa, responsável pelo declínio relativo do setor açucareiro brasileiro na
segunda metade do século XVII.

QUESTÃO 12 – (Ufjf) Leia atentamente o trecho a seguir e, com base nele e em seus conhecimentos, responda ao que se
pede.

“Se pensarmos na história do Brasil (...) veremos que nenhum produto, ou atividade desaparece. Às vezes nem
mesmo decai, (...). Na verdade, o que aconteceu [no caso do açúcar] deve ser explicado por fatores que dizem respeito às
condições do mercado consumidor mundial, ao nível técnico da produção, à competitividade do produto...”
(LINHARES, M. Y. L. “História da agricultura brasileira”.)

Cite e analise dois fatores que levaram à chamada “crise do açúcar”, em meados do século XVII.

QUESTÕES DISCURSIVAS/GABARITO:

QUESTÃO 01 – Ao analisar a relação entre senhores e escravizados no Brasil colonial, Gilberto Freyre destaca mais a alegria dos
escravizados do que a violência a que estavam submetidos. Para Jacob Gorender, ao contrário, a escravidão africana no Brasil era
um regime opressor e degradante, que obrigava os escravizados a utilizar alguma astúcia e certa dose de egoísmo para continuar
sobrevivendo.

QUESTÃO 02 – A pintura de Debret relaciona-se mais com a visão de Gilberto Freyre. Os escravizados não são representados em
situação de maus-tratos; eles possuem boas roupas e boa aparência e parecem conviver pacificamente com os senhores.

QUESTÃO 03 – O regime de Capitanias tinha nomeação real e transmissão hereditária, bem como era caracterizado por uma
descentralização administrativa.
Já o sistema de Governo Geral tinha nomeação real e a autoridade do governador era real e centralizada e, por isso, se sobrepunha ao
poder dos capitães donatários.

QUESTÃO 04 – Portugal teria acesso às riquezas das colônias espanholas e a Espanha, por sua vez, acesso ao comércio das colônias
portuguesas na África, nas Índias e no Brasil.

QUESTÃO 05 - O texto de Vera Lúcia Amaral Ferlini remete ao Plantation, o modelo de colonização implantado no Brasil Colonial
que deixou marcas profundas em nossa história. O Plantation consiste em uma colônia de exploração através de latifúndio,
monocultura (açúcar), trabalho escravo e a economia visava o mercado externo. “Configuração peculiar da propriedade da terra” era a

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grande propriedade agrária uma vez que para produzir açúcar era imprescindível muita mão de obra, daí a escravidão e muita terra
para o plantio.

QUESTÃO 06 – A lavoura canavieira e a lavoura do fumo (tabaco), durante o período colonial do Brasil. Pode-se mencionar ainda o
comércio de manufaturas inglesas na colônia.

QUESTÃO 07 – A Invasão Holandesa em Pernambuco tinha como objetivos: o domínio das áreas produtoras do açúcar e
principalmente o resgate do controle da produção açucareira. É bom lembrar que devido a União Ibérica e paralelamente a luta de
independência dos holandeses para com a Espanha, esta por retaliação utilizou-se do embargo espanhol, que tinha como objetivo
arruinar economicamente a Holanda e acabar com o comércio que ela praticava com o açúcar brasileiro. Daí as invasões no Brasil, e
principalmente em Pernambuco.

QUESTÃO 08 – Período da presença holandesa no Nordeste do Brasil, primeiro em Salvador na Bahia (1624-25) e depois em
Pernambuco (1630-1654), em decorrência dos conflitos entre Holanda e Espanha no contexto da União das Coroas Ibéricas (1580-
1640) quando Filipe II, rei da Espanha, proibiu a participação holandesa no comércio do açúcar brasileiro para a Europa.

QUESTÃO 09 – A peça conta a história de Domingos Fernandes Calabar, senhor de engenho pernambucano que, à época da invasão
holandesa, aliou-se aos holandeses contra os portugueses.

QUESTÃO 10 – Os militares argumentaram que os responsáveis pela peça defendiam a traição de Calabar aos portugueses e os
censores consideravam que o nome “Calabar” lembrava essa traição.

QUESTÃO 11 – O(A) estudante deverá explicar que o declínio relativo do setor açucareiro da América portuguesa, a partir da
segunda metade do século XVII, deveu-se à concorrência da produção de açúcar implementada em diversas colônias europeias na
região caribenha (Martinica, Guadalupe, Jamaica, Barbados, dentre outras).
O declínio da economia açucareira no Brasil a partir da segunda metade do século XVII relaciona-se à expulsão dos holandeses do
Nordeste brasileiro em 1654. Estes ocuparam a região desde 1630 após terem sido privados do lucrativo comércio do açúcar brasileiro
na Europa, do qual eram os principais intermediários, pelo governo espanhol no contexto da União das Coroas Ibéricas. Após a
expulsão, passaram a produzir o açúcar em seus domínios nas Antilhas e negociá-lo a preços e condições mais vantajosos que o
produto brasileiro nos mercados europeus, contribuindo assim, para o declínio dessa atividade no Brasil durante o período colonial.

QUESTÃO 12 – O(A) estudante deveria citar e analisar dois fatores que levaram à crise do açúcar no século XVII no Brasil colônia,
entre eles: a expulsão dos holandeses do Nordeste e a consequente perda do monopólio açucareiro nas Antilhas e seu maior nível
técnico; o reaquecimento da produção e consumo de açúcar de beterraba na Europa; o endividamento dos senhores de engenho; a
lenta resposta da Coroa portuguesa para oferecer novos investimentos, dentre outras.

QUESTÕES OBJETIVAS:

QUESTÃO 01 – (Puccamp) Nos países de formação colonial a dimensão espacial adquire considerável potência na
explicação de suas dinâmicas históricas, pois a colonização é em si mesma um processo de relação entre a sociedade e
o espaço. A colonização envolve uma sociedade que se expande e os espaços onde se realiza tal expansão, implicando
apropriação da terra e submissão das populações autóctones defrontadas.
MORAES, Antonio Carlos R. Território e história no Brasil. São Paulo: Annablume/Hucitec, 2002, p. 112.

No início da colonização do território brasileiro, a Coroa portuguesa implementou o sistema das capitanias hereditárias
que

(A) adaptou um modelo já vigente em outras colônias portuguesas, acompanhado da distribuição de sesmarias, pelos
donatários, que também tinham o direito de cobrar tributos e utilizar a mão de obra indígena.
(B) foi idealizado pelo Conselho Ultramarino a fim de acelerar a exploração econômica e o povoamento, por meio
edificação de vilas e da adoção do modelo de plantation para viabilizar a exportação canavieira.
(C) facilitou a administração, pelo Governo Geral em exercício, do vasto território a ser colonizado, uma vez que
cada donatário era incumbido de zelar pelo cumprimento da lei, introduzir lavouras de cana e arregimentar mão
de obra local.
(D) fracassou do ponto de vista econômico e administrativo, uma vez que os donatários permaneceram em Portugal e
foram escassas as tentativas de povoamento, obrigando Portugal a dividir o território em dois vice-reinos, um ao
norte e outro ao sul.
(E) dividiu a faixa litorânea em lotes proporcionais às posses dos nobres que, como donatários, se dispuseram a
cultivá-los e habitá-los por meio da ação dos missionários jesuítas, uma vez que os indígenas ofereciam

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resistência à ocupação de suas terras.

QUESTÃO 02 – (G1 - ifba) De 1500 a 1822, o Brasil foi uma das colônias portuguesas. Umas das primeiras tentativas
de colonização do território foi a implantação das Capitanias Hereditárias, sobre as quais se pode afirmar que:

(A) todas as Capitanias fracassaram devido às poucas verbas oferecidas pela Coroa Portuguesa.
(B) as Capitanias Hereditárias não obtiveram sucesso econômico devido às rebeliões indígenas que reivindicaram a
posse da terra.
(C) as Capitanias de Pernambuco e de São Vicente tiveram êxito, porque os seus respectivos Capitães Donatários
não aceitaram as condições impostas pela Coroa Portuguesa.
(D) o gigantismo territorial, poucos recursos financeiros e altos tributos a serem pagos à Coroa Portuguesa foram
alguns dos motivos que contribuíram para que as Capitanias Hereditárias não prosperassem.
(E) a Carta Foral e a Carta de Doação davam amplos poderes aos Capitães Donatários, sendo este um dos motivos
que fizeram com que as Capitanias não tivessem o sucesso econômico esperado pela Coroa Portuguesa.

QUESTÃO 03 – (Enem) A originalidade do Absolutismo português talvez esteja no fato de ter sido o regime político
europeu que melhor sintetizou a ideia do patrimonialismo estatal: os recursos materiais da nação se confundindo com os
bens pessoais do monarca.
LOPES, M. A. O Absolutismo: política e sociedade na Europa moderna. São Paulo: Brasiliense, 1996 (adaptado).

Na colonização do Brasil, o patrimonialismo da Coroa portuguesa ficou evidente

(A) nas reduções jesuítas.


(B) no tráfico de escravos.
(C) no sistema de plantation.
(D) na catequização indígena.
(E) nas capitanias hereditárias.

QUESTÃO 04 – (Enem)

TEXTO I
E pois que em outra cousa nesta parte me não posso vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo Jesus a
todos que este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma
cruz que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela.
BARROS, J. In: SOUZA, L M. Inferno atlântico: demonologia e colonização: séculos XVI-XVIII. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.

TEXTO II
E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo
pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e bens que possuem souberam falar, também lhes houveram de ensinar a
dizer como os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para Portugal, porque tudo querem
para lá.
SALVADOR. F. V In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia.
das Letras, 1997 (fragmento).

As críticas desses cronistas ao processo de colonização portuguesa na América estavam relacionadas à

(A) devastação de áreas naturais.


(B) ocupação de terras indígenas.
(C) utilização do trabalho escravo.
(D) implantação de polos urbanos.
(E) expropriação de riquezas locais.

QUESTÃO 05 – (Puccamp) Do Brasil descoberto esperavam os portugueses a fortuna fácil de uma nova Índia. Mas o
pau-brasil, única riqueza brasileira de simples extração antes da “corrida do ouro” do início do século XVIII, nunca se
pôde comparar aos preciosos produtos do Oriente. (...) O Brasil dos primeiros tempos foi o objeto dessa avidez colonial.
A literatura que lhe corresponde é, por isso, de natureza parcialmente superlativa. Seu protótipo é a carta célebre de
Pero Vaz de Caminha, o primeiro a enaltecer a maravilhosa fertilidade do solo.
MERQUIOR, José Guilherme. De Anchieta a Euclides − Breve história da literatura brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977, p. 3-4
(adaptado).

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A colonização portuguesa, no século XVI, se valeu de algumas estratégias para usufruir dos produtos economicamente
rentáveis no território brasileiro, e de medidas para viabilizar a ocupação e administração do mesmo. São exemplos dessas
estratégias e dessas medidas, respectivamente,

(A) o comércio da produção das missões jesuíticas e a fundação da Companhia das Índias Ocidentais.
(B) a prática do escambo com os indígenas e a instituição de vice-reinos, comarcas, vilas e freguesias.
(C) a introdução da cultura da cana-de-açúcar com uso de trabalho compulsório e a instituição de um governo geral.
(D) a implementação do sistema de plantation no interior e a construção, por ordem da Coroa, de extensas fortalezas
e fortes.
(E) a imposição de um vultoso pedágio aos navios corsários de distintas procedências e a instalação de capitanias
hereditárias.

QUESTÃO 06 – (Enem) Ao longo de uma evolução iniciada nos meados do século XIV, o tráfico lusitano se
desenvolve na periferia da economia metropolitana e das trocas africanas. Em seguida, o negócio se apresenta como
uma fonte de receita para a Coroa e responde à demanda escravista de outras regiões europeias. Por fim, os africanos
são usados para consolidar a produção ultramarina.
ALENCASTRO, L. F. O trato dos viventes. São Paulo: Cia. das Letras, 2000 (adaptado).

A atividade econômica destacada no texto é um dos elementos do processo que levou o reino português a

(A) utilizar o clero jesuíta para garantir a manutenção da emancipação indígena.


(B) dinamizar o setor fabril para absorver os lucros dos investimentos senhoriais.
(C) aceitar a tutela papal para reivindicar a exclusividade das rotas transoceânicas.
(D) fortalecer os estabelecimentos bancários para financiar a expansão da exploração mineradora.
(E) implementar a agromanufatura açucareira para viabilizar a continuidade da empreitada colonial.

QUESTÃO 07 – (Unesp) O consumo dos alimentos nas propriedades de monocultura de cana-de-açúcar estava […]
baseado no que se podia produzir nas brechas de um grande sistema subordinado ao mercado externo, resultando em
uma grande quantidade de farinha de mandioca, feijões de diversos tipos, batata-doce, milho e cará comidos com
pouco rigor, além de uma cultura do doce, cristalizada na mistura das frutas com açúcar refinado e simbolizada,
popularmente, pela rapadura.
(Paula Pinto e Silva. “Sabores da colônia”. In: Luciano Figueiredo (org). História do Brasil para ocupados, 2013.)

O texto caracteriza formas de alimentação no Brasil colonial e revela

(A) a diferença entre a sofisticação da alimentação da população colonial e o restrito conjunto de alimentos
disponíveis na metrópole.
(B) o esforço metropolitano de diversificar a produção da colônia, com o intuito de ampliar as vendas de alimentos
para outros países europeus.
(C) a articulação entre um sistema de produção voltado ao atendimento das necessidades e interesses da metrópole e
as estratégias de subsistência.
(D) a separação entre as lavouras voltadas ao fornecimento de alimentos para os países vizinhos e as plantações
destinadas ao consumo interno.
(E) o interesse dos grandes proprietários de terras na colônia de produzir para o mercado interno, rejeitando a
submissão ao domínio metropolitano.

QUESTÃO 08 – (Albert Einstein - Medicina) Nos dois primeiros séculos de colonização, a empresa colonial giraria em
torno da cana: a formação de vilas e cidades, a defesa de territórios, a divisão de propriedades, as relações com
diferentes grupos sociais e até a escolha da capital.
SCHWARCZ, Lilia M.; STARLING, Heloisa M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015 (fragmento).

O excerto apresenta o avanço da produção de cana-de-açúcar no Brasil colonial como

(A) o estabelecimento de mecanismos reguladores da relação colônia-metrópole, que passava a funcionar a partir do
princípio da liberdade comercial.
(B) a definição de um perfil para a ação portuguesa na América, que incluiu a produção voltada ao mercado externo e
a consolidação da ocupação territorial.
(C) a adoção de uma sociedade de modelo feudal, que determinou a forte dependência da economia brasileira em
relação às grandes potências europeias do período.
(D) o deslocamento do eixo econômico da colônia, que avançou para o centro do território e passou a privilegiar a
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agricultura extensiva baseada em mão de obra indígena.


(E) a conformação de uma economia diversificada, que assegurava a expansão territorial e uma distribuição
equilibrada dos recursos metropolitanos nas áreas de colonização.

QUESTÃO 09 – (Famema) Havia muito capital e muita riqueza entre os lavradores de cana, alguns ligados por laços de
sangue ou matrimônio aos senhores de engenho. Havia também um bom número de mulheres, não raro viúvas,
participando da economia açucareira. Digno de nota até o fim do século XVIII, contudo, era o fato de os lavradores de
cana serem quase invariavelmente brancos. Os negros e mulatos livres simplesmente não dispunham de créditos ou
capital para assumir os encargos desse tipo de agricultura.
Stuart Schwartz. “O Nordeste açucareiro no Brasil Colonial”. In: FRAGOSO, João; GOUVÊA, Maria de Fátima (Orgs.). O Brasil Colonial –
Volume 2, 1580-1720. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014 (adaptado).

O excerto indica que a sociedade colonial açucareira foi

(A) organizada em classes, cuja posição dependia de bens móveis.


(B) hierarquizada por critérios diversos, tais como a etnia e riqueza.
(C) determinada pelos recursos financeiros, o que impedia a mobilidade.
(D) baseada na “limpeza de sangue”, portanto se proibia a miscigenação.
(E) apoiada no trabalho escravo, principalmente o dos lavradores de cana.

QUESTÃO 10 – (Enem) A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou a ser urdida em 1644 e explodiu em 13 de
junho de 1645, dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas de João Fernandes foi decretar nulas as dívidas que os
rebeldes tinham com os holandeses. Houve grande adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com esta proclamação
heroica.
VAINFAS. R. Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009.

O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa seiscentista foi o resultado do(a)

(A) fraqueza bélica dos protestantes batavos.


(B) comércio transatlântico da África ocidental.
(C) auxílio financeiro dos negociantes flamengos.
(D) diplomacia internacional dos Estados ibéricos.
(E) interesse econômico dos senhores de engenho.

QUESTÃO 11 – (Fgv) Leia o excerto de uma peça teatral, de 1973.

Nassau

Como Governador-Geral do Pernambuco, a minha maior preocupação é fazer felizes os seus moradores. Mesmo
porque eles são mais da metade da população do Brasil, e esta região, com a concentração dos seus quase 350 engenhos
de açúcar, domina a produção mundial de açúcar. Além do mais, nessa disputa entre a Holanda, Portugal e Espanha,
quero provar que a colonização holandesa é a mais benéfica. Minha intenção é fazê-los felizes… sejam portugueses,
holandeses ou os da terra, ricos ou pobres, protestantes ou católicos romanos e até mesmo judeus.
Senhores, a Companhia das Índias Ocidentais, que financiou a campanha das Américas, fecha agora o balanço
dos últimos quinze anos com um saldo devedor aos seus acionistas da ordem de dezoito milhões de florins.

Moradores

Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva!


Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. Calabar: o elogio da traição, 1976. Adaptado.

Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral faz referência, é correto afirmar que

(A) a felicidade prometida pelos invasores holandeses não pôde ser efetivada em função da lógica diplomática
presente na relação entre Portugal e Holanda, pois se tratava de nações inimigas desde o século XV, em virtude
da disputa pelo comércio oriental.
(B) a grande distância entre as promessas de tolerância religiosa e a realidade presente no cotidiano dos moradores da
capitania de Pernambuco deu-se porque os dirigentes da companhia holandesa impuseram o calvinismo como
religião oficial e perseguiram as demais religiões.
(C) as bases religiosas da colonização holandesa no nordeste brasileiro produziram uma organização administrativa
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que privilegiava a elite luso-brasileira, ao oferecer financiamento com juros subsidiados e parcelas importantes do
poder político aos grandes proprietários católicos.
(D) a presença da Companhia das Índias Ocidentais no nordeste da América portuguesa trouxe benefícios aos
proprietários luso-brasileiros, como o financiamento da produção, mas reproduziu a lógica do colonialismo, ao
concentrar a riqueza no setor mercantil e não no produtivo.
(E) as promessas dos invasores holandeses se confirmaram, e a elite ligada à produção açucareira e ao comércio
colonial foi amplamente beneficiada, principalmente pelo livre comércio, o que explica a resistência desses
setores sociais ao interesse português em retomar a região invadida pela Holanda.

QUESTÃO 12 – (Fgv) Os nativos americanos estavam isolados, vivendo em condições relativamente saudáveis. Quando
os europeus invadiram, trazendo consigo suas doenças endêmicas, as populações nativas não contavam com nenhuma
proteção de qualquer das imunidades adequadas. [...] Pouco tempo depois, a África começou a enviar suas doenças
tropicais diretamente às terras litorâneas da América. A febre amarela chegou com os navios de escravos.
(Nicolás Sanchez-Albornoz. “A população da América espanhola colonial.” In. Leslie Bethell (org.). História da América Latina: a América Latina
colonial, vol. II, 1999.)

O texto descreve um aspecto essencial do processo da colonização europeia da Idade Moderna, que

(A) impediu a extração de riquezas minerais por falta de mão de obra.


(B) revelou o emprego de armas bacteriológicas contra os índios rebeldes.
(C) implicou a transferência de trabalhadores assalariados para a América.
(D) restringiu a ocupação europeia do novo continente às faixas litorâneas.
(E) facilitou a conquista de povos pré-colombianos, principalmente nas regiões muito povoadas.

QUESTÃO 13 – (Unesp) O diabo parece ter sido estranho tanto para os tupis do Brasil quanto aos nauas, maias, incas
e demais povos americanos. O cosmos maia era neutro, as forças e os seres sagrados “não eram nem bons, nem ruins,
mas apenas caprichosos”. [...] A cosmologia das populações andinas não contava com a noção de mal personificada
num ser satânico [...].
SOUZA, Laura de Mello e. Inferno atlântico. Demonologia e colonização: Séculos XVI-XVIII. São Paulo: Companhia das Letras, 1993 (adaptado).

O excerto permite afirmar que

(A) a presença de representações do diabo no imaginário americano derivou do processo colonizador.


(B) os povos nativos americanos tinham uma visão religiosa binária e incompleta das forças que os afetavam.
(C) os sacrifícios humanos realizados por alguns povos nativos da América eram destituídos de significado religioso.
(D) a influência do catolicismo europeu na colonização da América facilitou a preservação de elementos religiosos
nativos.
(E) a carência da noção de mal nas culturas originárias da América indica a ingenuidade e a pureza dos povos
nativos.

QUESTÃO 14 – (Faap) O Brasil estava sob domínio ibérico de 1580 a 1640. Neste período os criadores de gado e os
bandeirantes, que buscavam metais e pedras preciosas, atravessaram a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas,
incorporando ao território brasileiro:

(A) Ceará, Piauí e Alagoas.


(B) Maranhão, Pernambuco e Bahia.
(C) Minas Gerais, Amazonas e Pará.
(D) Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
(E) Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

QUESTÃO 15 – (UnirG TO) Aqui não há estradas, apenas trechos; quando um habitante dos nossos sertões viaja pelo
estado, vendo no sul e nas imediações da capital aquelas estradas largas, munidas de boas pontes, lendo também nos
jornais de Goyaz as despesas feitas em consertos de estradas e pontes e nada se fazendo para o norte, lastima-se da sorte
e vai até desejar que seu torrão natal fosse ou à Bahia ou ao Maranhão, ou ao Pará.
FOLHA DO NORTE, n. 12, 1891 (adaptado).

O texto extraído do editorial do jornal Folha do Norte, de 1891, aponta problemas que mais tarde justificariam a luta pela

(A) separação política do norte de Goiás e a criação do estado do Tocantins.


(B) ampliação da rede ferroviária nos estados do Norte e Nordeste brasileiro.
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(C) proposição de uma nova capital para o país e a fundação da cidade de Brasília.
(D) criação de um plano de ocupação do sertão brasileiro e a Marcha para o Oeste.
(E) separação política do Brasil e a criação de um novo país composto por estados do Nordeste.

QUESTÃO 16 – (Ueg) Leia o texto a seguir.

“Aos goyanos, nobre estirpe dos bandeirantes”.

A frase citada é uma dedicatória que acompanha o Monumento do Bandeirante, localizado no centro de Goiânia. O
monumento foi um presente dos estudantes da Faculdade de Direito de São Paulo à inauguração oficial de Goiânia em
1942. Considerando o contexto da época, de forte valorização do bandeirantismo, a frase indica que os goianos

(A) são herdeiros dos indígenas goyazes, os habitantes originais do território.


(B) descenderam dos bandeirantes paulistas, os responsáveis por “descobrir” Goiás.
(C) resultaram de uma miscigenação étnica e cultural entre os indígenas e os europeus.
(D) originaram da nobreza portuguesa que estabeleceu uma civilização no sertão do Brasil.
(E) foram responsáveis por extirpar as influências do bandeirante da sua identidade cultural.

QUESTÃO 17 – (Ufsj) Ilha do Bananal, atual Estado de Tocantins, ano de 1750. Um grupo de homens descalços,
sujos e famintos se aproxima de uma aldeia carajá. Cautelosamente, convencem os índios a permitirem que acampem
na vizinhança. Aos poucos, ganham a amizade dos anfitriões. Um belo dia, entretanto, mostram a que vieram. De
surpresa, durante a madrugada, invadem a aldeia. Os índios são acordados pelo barulho de tiros de mosquetão e
correntes arrastando. Muitos tombam antes de perceber a traição. Mulheres e crianças gritam e são silenciadas a
golpes de machete. Os sobreviventes do massacre, feridos e acorrentados, iniciam, sob chicote, uma marcha de 1500
quilômetros até a vila de São Paulo – como escravos.
TORAL, A. e BASTOS, G. Os brutos que conquistaram o Brasil. In: Revista Superinteressante, abril de 2000. Disponível em:
<http://super.abril.com.br/historia/brutos-conquistaram-brasil-441292.shtml>. Acesso em: 09 set. 2023.

Ações desse gênero, ocorridas na América Portuguesa, eram frequentemente empreendidas pelos

(A) jesuítas ibéricos.


(B) invasores franceses.
(C) invasores holandeses.
(D) bandeirantes paulistas.
(E) funcionários da coroa portuguesa.

QUESTÃO 18 – (Ueg) O caso de uma Rosa Gomes, escrava do alferes José Gomes de Barros. Muita conhecida no
tempo [...], a escrava diligente havia juntado pecúlio para comprar quatro escravos a crédito, incluindo uma mãe e
filho. No entanto o alferes, seu senhor, não ajustava preço para a Rosa comprar a própria liberdade, lançando valores
fantásticos, irreais. Luís da Cunha, em ordem pública, interveio na pendenga, forçando José Gomes de Barros a
contratar com justeza a alforria da escrava, apontando-lhe vilmente “incorrer em ludibrio de sua honra e do caráter
de alferes da companhia de nobreza” por agir erradamente com a serva.
BERTRAN, Paulo (Org.). Notícia geral da Capitania de Goiás. Goiânia: UCG/UFG, 1996. p. 23-24.

O fato citado aconteceu em Vila Boa de Goiás, em 1783, durante a administração do governador Luís da Cunha Menezes.
Ele demonstra que, na sociedade goiana do século XVIII, havia

(A) uma concepção de escravidão que permitia ao escravo negro uma considerável margem de ação econômica.
(B) um modelo de administração pública na qual o governador das capitanias era uma figura meramente decorativa.
(C) um modelo de escravidão marcado pela concepção de que o escravo era juridicamente similar a um animal de
carga.
(D) uma concepção de escravidão que se legitimava não apenas na coerção física, mas também no direito
consuetudinário.
(E) um modelo de escravidão semelhante ao que existia na Roma Antiga, ou seja, onde a escravidão era uma
condição por dívida.

QUESTÃO 19 – (Ufg) Leia o texto a seguir.

Partindo de São Paulo a estrada segue em linha reta até a capital de Goiás; onde então começa a declinar para o outro
extremo da reta, ou Cidade Cuiabá. Desta forma os três pontos, São Paulo, Goiás e Cuiabá, representam os vértices de
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um triângulo proximamente retângulo, e isósceles, localizando Goiás no vértice do ângulo reto: e é visível que se
pouparia muito em tempo, despesas e fadigas, se houvesse uma forma de aproximar a hipotenusa do triângulo à direção
da estrada, o que não se deve supor impraticável.
D'ALINCOURT, Luiz. Memória sobre a viagem do Porto de Santos à cidade de Cuiabá. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1976 (adaptado).

Diante da estagnação econômica encontrada no interior do Brasil no início do século XIX, o autor do fragmento utilizou-
se de conceitos matemáticos ao elaborar uma proposta para o problema enfrentado. A proposta apresentada recorreu

(A) às funções trigonométricas, para comprovar a equivalência de distâncias entre São Paulo e as duas cidades
interioranas.
(B) aos princípios da geometria descritiva, para enfatizar o papel estratégico da cidade de Goiás na rede de
comunicações nacional.
(C) aos fundamentos da geometria analítica, para adaptar as coordenadas dos vértices do triângulo aos principais
polos econômicos do país.
(D) às noções de geometria plana, para diminuir as distâncias a serem percorridas entre sertão e litoral, reduzindo o
isolamento da região.
(E) ao teorema de Pitágoras, para propor um novo traçado para as estradas goianas, utilizando o conhecimento sobre
a regularidade topográfica do percurso.

QUESTÃO 20 – (Uft) Considere os fragmentos publicados no jornal “Folha do Norte”, em Porto Nacional, antigo Norte
de Goiás, entre os anos de 1891 e 1892:

“Aqui não há estradas, apenas trechos (...), quando um habitante dos nossos sertões viaja pelo estado (...) lastima-se da
sorte” (06/05/1891).
“Falta absoluta de um meio fácil e seguro para transportar gêneros a outros portos” (01/07/1891).
“Povo do Norte, olha a quem serve o teu dinheiro, trabalhe para viver nobremente na tua pobreza (...) o vampiro que
suga o teu sangue, repele-o para longe de ti” (15/06/1892).

De acordo com os fragmentos do referido periódico, é correto afirmar que as manifestações expressaram

(A) as opiniões contrárias ao transporte terrestre de mercadorias e apoio ao sistema de navegação dos rios no Norte de
Goiás.
(B) os interesses pelo domínio das atividades de navegação e rejeição às práticas de criação de gado na região Norte
de Goiás.
(C) as dificuldades no transporte das mercadorias e o alerta quanto aos impostos pagos pelos habitantes da região
Norte de Goiás.
(D) as dificuldades impostas pela metrópole portuguesa que, por meio do pacto colonial, cobrava impostos dos
habitantes do Norte de Goiás.
(E) as reivindicações em favor da integração política, apoio às decisões do governo, além da contrariedade aos
impostos pagos pelo Norte de Goiás.

QUESTÕES OBJETIVAS/GABARITO:

QUESTÃO 01 – [A]. QUESTÃO 02 – [D]. QUESTÃO 03 – [E]. QUESTÃO 04 – [E]. QUESTÃO 05 – [C].
QUESTÃO 06 – [E]. QUESTÃO 07 – [D]. QUESTÃO 08 – [B]. QUESTÃO 09 – [B]. QUESTÃO 10 – [E].
QUESTÃO 11 – [D]. QUESTÃO 12 – [E]. QUESTÃO 13 – [A]. QUESTÃO 14 – [D]. QUESTÃO 15 – [A].
QUESTÃO 16 – [B]. QUESTÃO 17 – [D]. QUESTÃO 18 – [A]. QUESTÃO 19 – [D]. QUESTÃO 20 – [C].

Felicidades!

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