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INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO ISABEL DE ESPANHA

Av. Senador Salgado Filho, nº 1579 - Passo do Sabão -Viamão/RS


Professora: Aline 2º Ano do E.M Disciplina: História
Atividade: Africanos no Brasil: dominação e resistência.

Nome: Turma:

1-(UFMG) – "Restituídas as capitanias de Pernambuco ao domínio de Sua Majestade, livres já dos inimigos que
de fora as vieram conquistar, sendo poderosas as nossas armas para sacudir o inimigo, que tantos anos nos
oprimiu, nunca foram capazes para destruir o contrário, que das portas adentro nos infestou, não sendo menores os
danos destes do que tinham sido as hostilidades daqueles."
("Relação das guerras feitas aos Palmares de Pernambuco no tempo do Governador D. Pedro de Almeida, de 1675
a 1678", citado por CARNEIRO, Edson. Quilombo dos Palmares. 2.ed. São Paulo: CEN, Col. Brasiliana, 1958.
v.302.)
O texto faz referência tanto às invasões holandesas ("... dos inimigos que de fora as vieram conquistar") quanto ao
quilombo de Palmares (“... o contrário, que das portas adentro nos infestou"). O quilombo de Palmares, núcleo de
rebeldia escrava no Nordeste brasileiro, alcançou considerável crescimento durante o período de ocupação
holandesa em Pernambuco. Mesmo após a expulsão dos invasores estrangeiros pela população local, o quilombo
resistiu a inúmeros ataques de tropas governistas.
a) Apresente uma razão para a ocupação holandesa do Nordeste brasileiro. R: A ocupação holandesa
aconteceu mediante a unificação das coroas portuguesa e espanhola. Nesse contexto, os
holandeses tiveram sua participação na indústria açucareira vetada pela Coroa Espanhola,
que visava utilizar da retaliação econômica como resposta à recente desanexação do
território holandês de seus domínios
b) Explique, com base em um argumento, a longa duração de Palmares. R: Os conflitos que marcam a
entrada dos holandeses no espaço colonial brasileiro foram de grande valia para que um
grande número de escravos escapasse de suas propriedades de origem. Com o
prolongamento dessas fugas, Palmares acabou agrupando uma grande comunidade capaz de
resistir às várias investidas organizadas contra este espaço. De tal maneira, podemos
compreender um dos motivos que explicam a durabilidade desse foco de resistência à
escravidão.

2-(UFRJ) – "(...) meu coração estremece de infinita alegria por ver que a terra onde nasci em breve não será
pisada por um pé escravo. (...) Quando a humanidade jazia no obscurantismo, a escravidão era apanágio dos
tiranos; hoje, que a civilização tem aberto brecha nas muralhas da ignorância e preconceitos, a liberdade desses
infelizes é um emblema sublime (...). Esta festa é a precursora de uma conquista da luz contra as trevas, da
verdade contra a mentira, da liberdade contra a escravidão."
(ESTRELLA, Maria Augusta Generoso e Oliveira. "Discurso na Sessão Magna do Clube Abolicionista", 1872,
Arquivo Público Estadual, Recife-PE.)
A escravidão está associada às diversas formas de exploração e de violência contra a população escrava. Essa
situação, embora característica dos regimes escravocratas, registra inúmeros momentos de rebeldia. Em suas
manifestações e ações cotidianas, homens e mulheres escravizados reagiram a esta condição, proporcionando
formas de resistência que resultaram em processos sociais e políticos que, a médio e longo prazos, influíram na
superação dessa modalidade de trabalho.
Entre as
a) Cite duas formas de resistência dos negros contra o regime da escravidão ocorridas no Brasil. R:
diferentes formas de resistência dos escravos podem ser mencionadas as fugas
coletivas, ou individuais, as revoltas contra feitores e seus senhores (que
poderia ou não ter o assassinato desses), a recusa em trabalhar, a execução do
trabalho de maneira inadequada, criação de quilombos e mocambos etc.
b) Explique um fator que tenha contribuído para a transição para o trabalho livre no Brasil no século XIX. R:
Um dos principais fatores que contribuíram, para o começo da mão de obra livre
no Brasil foi o fim da escravidão! ... A mão de obra escrava no Brasil vinha
sendo discutida e rediscutida, a muito tempo, desde revoltas, até leis que
tentaram se instaurar, durante muito tempo o Brasil quase acabou com a
escravidão. Ventre Livre, Eusébio de Queirós e por a fim a lei Aurea que libertou
os escravos em 1888... Então com isso, no Brasil os grandes proprietários de
terras das fazendas produtoras não possuiam mais a mao de obra escrava, e
por isso foram obrigatoriamente levados a contratar mão de obra livre, tanto de
brasileiros, quanto principalmente de estrangeiros que vinham para o Brasil,
como Italianos, Japoneses, Chineses, Alemães, etc.... Principalmente para o
interior nas produções de café para exportação!
3-(Unicamp-SP) – O escravo no Brasil é geralmente representado como dócil, dominado pela força
e submisso ao senhor. Porém, muitos historiadores mostram a importância da resistência dos
escravos aos senhores e o medo que os senhores sentiram diante dos quilombos, insurreições,
revoltas, atentados e fugas de escravos.

a) Descreva o que eram os quilombos. R: Quilombos eram onde os escravos que fugiam de seus
donos iam e formavam uma comunidade para sobreviver

b) Por que a metrópole portuguesa e os senhores combateram os quilombos, as revoltas, os


atentados e as fugas de escravos no período colonial brasileiro? R: Porque a Metrópole sabia que
iria perder muito dinheiro de impostos se todos os escravos não se submetessem e fugissem dos
seus donos.

4-(Portal Impacto) “A dinâmica da sociedade escravocrata refletiu enormes contradições entre seus
dois principais segmentos: senhores e escravos, ocasionando a formação de uma variada gama de
possibilidades de resistência entre aqueles que se viam cotidianamente, explorados.”

Sobre as possibilidades de resistência as quais o texto se refere não podemos afirmar:

a) Os escravos muitas vezes resistiam a escravidão implicitamente, através da manutenção de seus


hábitos e costumes.

b) A coartação foi um mecanismo para a aquisição da liberdade totalmente conflituosa, através da


qual se aumentavam a exploração e maus tratos aos escravos e estes acabavam explodindo em
sangrentas rebeliões contra os seus senhores.

c) A formação dos chamados agrupamentos familiares entre negros foi considerada uma forma de
resistência eficiente, através da qual negros conquistavam a liberdade beneficiados pelo sistema de
cooperação, compadrio e barganha.
d) Os movimentos de resistência escrava, nem sempre ocorriam de forma conflituosa, pois muitos
escravos manipulavam seus senhores dando-lhes bons exemplos, através da obediência e
principalmente muito trabalho, almejando o reconhecimento e a conquista da liberdade.

e) A formação dos quilombos ou mocambos era o maior exemplo de resistência coletiva,


representando o símbolo contra a escravidão no Brasil.

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