Você está na página 1de 103

Unidade II

Unidade II
5 URBANISMO

A cada dia cresce a urgência de repensar o futuro das cidades e seu crescimento sustentável,
inteligente, inclusivo e humano. Vimos anteriormente que arquitetura é, além de construção, uma
atividade coletiva, como mostram as figuras a seguir. Tanto na construção do homem primitivo para
homenagear os mortos, em que um único homem jamais conseguiria construir sozinho (A) como no
Museu do Amanhã (B), construção do século XXI.

A) B)

Figura 57 – Dólmen da Cerqueira, em Couto Esteves, Portugal (A) Museu do Amanhã no Rio de Janeiro, RJ (B)

A cidade que queremos também é fruto de um conjunto de atividades coletivas da sociedade civil
organizada, que será protagonista na gestão das cidades.

Estamos em plena quarta revolução industrial em todo o mundo com a Indústria 4.0, Engenharia 4.0,
ou seja a convergência entre informação, eletrônica, tecnologia da informação e hardware. Esse novo
cenário, influenciado pela chamada internet das coisas e pelas mudanças no mercado de automatizações,
está totalmente ligado à transição e à nova forma de as empresas tomarem suas decisões, com base nas
condições de um mercado que está cada vez mais ágil e dinâmico, com muitas e profundas reflexões.
Vivemos a era de incertezas.

Mudanças significativas ocorrerão nas relações entre pessoas, empresas, países, no trabalho, no
comércio, na economia, na política, enfim, em todas as atividades da vida humana.

E se o Brasil e o mundo estão mudando, ficando cada vez mais complexos e difíceis, é fácil
compreender por que também a construção civil precisa evoluir e se adaptar às novas exigências da
sociedade em geral.

72
ARQUITETURA E URBANISMO

Os investimentos públicos e privados em infraestrutura urbana (telecomunicações, energia,


saneamento básico e transportes) tiveram quedas significativas desde os anos 1970.

As cidades crescem mais rápido do que antes e tornam‑se cada vez mais atrativas para as pessoas.
No Brasil mais de 80% da população vive em espaços urbanizados. A aceleração dos processos de
urbanização eleva o consumo dos recursos naturais a níveis nunca vistos e resulta na consequente geração
de poluição e resíduos. As cidades, com suas atividades, serviços e transportes, consomem por volta de
40% dos recursos naturais extraídos e 50% da produção de energia, contribuem com aproximadamente
50% dos resíduos sólidos e são responsáveis por até 75% das emissões de gás carbônico.

A cidade com desenvolvimento sustentável caracteriza‑se não somente pelas condições adequadas
da economia como também pela busca da adequação ambiental e social. As soluções a serem alcançadas
para essa finalidade deverão ter como base o consenso democrático dos vários atores que compõem a
vida urbana e estar alicerçadas em uma visão generalista, plural e técnica das disciplinas que interagirão
na formulação desses projetos.

Contribuir efetivamente na formulação e construção dessas soluções é papel de urbanistas,


arquitetos, projetistas, contratantes e contratados. A busca por esse objetivo cabe a todos os envolvidos
no projeto e na construção do ambiente edificado. Amplia‑se a importância do planejamento
e do projeto para a produção e uso dos espaços construídos, apresentando‑se como ferramentas
imprescindíveis para a redução de impactos socioambientais negativos na fabricação dos materiais
de construção, na produção em canteiro de obra, na implantação do empreendimento, na operação
da edificação, na sua demolição e na deposição dos resíduos finais.

Se, por um lado, há a fusão de várias tecnologias da informação em todas as áreas do conhecimento —
como a plataforma BIM (Modelagem da Informação da Construção) — e em toda a cadeia da construção
civil, por outro, há regiões pelo mundo afora em seus diferentes graus de desenvolvimento tecnológico.
Em pleno século XXI há populações sem acesso à água tratada, à rede de esgoto; à coleta de lixo —
apesar da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei no 12.305 de 2 agosto de 2010) — e ao transporte
público — mesmo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587 de 3 janeiro de 2012).

O homem civilizado passou a viver em aglomerados urbanos que se tornaram cidades, metrópoles,
megacidades e cidades globais, e hoje o estado da arte do urbanismo é a smart city, ou seja, a cidade inteligente.

O planejamento e a gestão das cidades inteligentes abrangem a logística com a integração dos
modais de transporte e a conectividade da informação entre a população, o prestador de serviços de
transporte e o Poder Público. Também engloba a sustentabilidade com o uso racional de recursos, a
destinação de resíduos, a eficiência energética, as alternativas ao transporte a combustão, a arquitetura
inteligente e a construção verde.

As ferramentas para o desenvolvimento econômico e social das cidades inteligentes são o


cooperativismo, a economia circular e a economia criativa. Além do desenvolvimento das pessoas por
meio da educação e da capacitação tecnológica da população.

73
Unidade II

Figura 58 – As revoluções industriais

5.1 Breve histórico da urbanização do Brasil

Antes da chegada dos portugueses ao Brasil havia milhares de povos indígenas que habitavam nosso
território. Ao contrário dos povos pré‑colombianos, como as civilizações inca, maia, astecas e toltecas, os
índios não utilizavam a pedra nas construções, mas a arquitetura de suas aldeias adequava‑se também à
sua cultura e ao clima. Os índios viviam em aldeias que tinham de quatro a dez ocas. No centro da aldeia
existia a ocara – a praça, o ponto de encontro e dos rituais.

Figura 59 – Desenho de uma oca do arquiteto e urbanista Lúcio Costa

Quando os portugueses aqui chegaram, trouxeram um modo de vida e de construção muito diferente
do empregado pelos índios. Ainda assim, as construções portuguesas no Brasil buscaram se adaptar ao
nosso clima.

O primeiro tipo de construção que se multiplicou no Brasil foi o engenho, uma fazenda organizada
em torno de um único produto: a cana‑de‑açúcar. Uma fazenda de engenho era um pequeno retrato
da sociedade existente no Brasil colonial. Havia a máquina de engenho, dedicada à moagem da cana e à
fabricação do açúcar na qual trabalhavam os escravos, e havia a sede da fazenda, chamada de casa‑grande,
na qual habitavam o senhor‑de‑engenho e sua família. Próximo à casa‑grande localizava‑se a senzala,
a qual abrigava os escravos. Tratava‑se de um sistema patriarcal, ou seja, o poder era concentrado no
senhor‑de‑engenho.

74
ARQUITETURA E URBANISMO

Figura 60 – Ruínas da casa‑grande do engenho de Santa Bárbara (SE)

As primeiras vilas e cidades começaram a se desenvolver ainda no período colonial. São Vicente,
em São Paulo, foi a primeira vila, fundada em 1532. Salvador foi a primeira cidade e também
a primeira capital, fundada em 1549 por Tomé de Souza, primeiro governador‑geral do Brasil.
A partir daí, deu‑se o início do desenvolvimento de uma rede urbana que estruturou a ocupação e
o desenvolvimento do País. Em sua maioria, essas vilas e cidades foram implantadas no litoral. Elas
tinham função portuária e serviam para escoamento dos produtos coloniais e entrada dos artigos
provenientes de Portugal.

A) B)

Figura 61 – Centro histórico de Salvador, Bahia, um dos mais importantes exemplares


do urbanismo ultramarino português (A). Edifícios dos séculos XVI ao XIX, nos quais se
destacam os conjuntos monumentais da arquitetura religiosa, civil e militar (B)

O País era eminentemente agrário, convivendo com o primeiro sistema político, as capitanias
hereditárias. Tudo era subordinado à Coroa portuguesa.

75
Unidade II

A urbanização do Brasil teve início graças a um novo ciclo econômico com a extração de ouro e de
pedras preciosas. Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal tratou de organizar
sua extração e de estabelecer a cobrança de impostos. A descoberta de ouro e o início da exploração de
minas nas regiões auríferas (Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás) provocaram uma verdadeira “corrida
do ouro” para essas regiões. Vários empregos surgiram, diversificando o mercado de trabalho na região
aurífera. Igrejas foram erguidas em cidades como Vila Rica (atual Ouro Preto), Diamantina, Mariana,
Cuiabá e Vila Boa de Goiás.

A) B)

Figura 62 – Cidade histórica de Ouro Preto (MG). Final do século XVII e


início do século XVIII. Declarada patrimônio mundial pela Unesco

A) B)

Figura 63 – Centro histórico de Diamantina (MG). Século XVIII. Patrimônio mundial


pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco)

Em função de seu papel na história, os núcleos urbanos históricos atuavam como “cidades polo” em
todas as regiões do País. Em sua maioria, mostram a influência portuguesa e mantêm cenários urbanos
ainda bem preservados, palcos de manifestações culturais tradicionais. Têm sua formação relacionada a
processos históricos, como a exploração econômica com o cultivo de cana de açúcar, algodão, café ou
fumo e da extração da borracha, além da mineração de ouro e diamantes no interior.

76
ARQUITETURA E URBANISMO

Figura 64 – São Luís (MA), cidade patrimônio mundial da humanidade pela Unesco.
Conjunto arquitetônico do centro histórico composto por mais de mil casarões seculares, revestidos
por azulejos portugueses. Reúne um acervo com mais de mil prédios construídos entre os séculos XVIII e XIX

Muitas dessas cidades também foram marcadas pelas lutas para a expulsão de invasores e consolidação
da ocupação portuguesa, expansão das fronteiras para além do Tratado de Tordesilhas, lutas separatistas
regionais e pela independência nacional.

A) B)

Figura 65 – Primeira capital do atual estado de Sergipe, São Cristóvão foi fundada em 1590, sendo
considerada a quarta cidade mais antiga do Brasil. Durante a invasão holandesa, de 1630 a 1654, a
cidade foi praticamente destruída. A Praça São Francisco é um conjunto monumental composto
de edifícios públicos e privados que representam o testemunho único do período durante o
qual as coroas de Portugal e Espanha estiveram unidas, entre 1580 e 1640

As cidades e os núcleos históricos representam as referências urbanas do Brasil. Nelas é possível


vivenciar os processos de transformação do País, por meio da preservação de expressões próprias de
cada período histórico.

Com a independência em 1822, o Brasil experimentou um novo processo econômico agrário e novas
formas de urbanização e de incremento em sua infraestrutura interna. Desembarcaram no País muitos
profissionais ligados à construção civil com domínio de técnicas e linguagens arquitetônicas próprias que
enriqueceram o repertório nacional. Destacaram‑se os profissionais ingleses e franceses que integraram
as equipes projetistas e construtoras de estradas de ferro, portos, canais, pontes metálicas e até de
edifícios públicos e particulares, como teatros, mercados, pavilhões e palacetes.

77
Unidade II

Nas últimas décadas foram reconhecidos como Patrimônio Cultural Brasileiro conjuntos urbanos
construídos em períodos mais recentes, testemunhos do processo de industrialização pelo qual o País
passou a partir do final do século XIX, a exemplo da Vila Ferroviária de Paranapiacaba em Santo
André (SP) ou com linguagens arquitetônicas e urbanísticas características do século XX, a exemplo
do conjunto arquitetônico e urbanístico art déco de Goiânia (GO), da Vila Serra do Navio (AP) e do
conjunto urbanístico de Brasília (DF), símbolo internacional do Movimento Moderno, que recebeu o
título de Patrimônio Mundial Cultural concedido pela Unesco.

Figura 66 – Vila Ferroviária de Paranapiacaba/Santo André (SP)

Figura 67 – Goiânia (GO)

Alguns novos materiais, como o aço, começaram a ser utilizados como elemento estrutural.
No início do século XX surgiu um novo material, o concreto armado, que transformou a maneira de
projetar edifícios. O concreto armado é um material da construção civil que se tornou um dos mais
importantes elementos da arquitetura do século XX. Ele é usado nas estruturas dos edifícios. Trata‑se do
78
ARQUITETURA E URBANISMO

concreto reforçado por uma armadura metálica, que é responsável por resistir aos esforços de tração,
enquanto o concreto em si já resiste à compressão. Isso possibilitou a verticalização das cidades, ou seja,
a construção de edifícios mais altos e também com vãos cada vez maiores.

O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou uma intensificação
do processo de verticalização das grandes cidades com um forte aumento do número de domicílios na
categoria apartamento.

Figura 68 – Verticalização

Saiba mais

Antes da verticalização, verifique como surgiu, como era a cidade de São


Paulo, assistindo ao vídeo Entre Rios. Documentário sobre a urbanização de
São Paulo e sobre os rios da capital paulista. O vídeo foi realizado em 2009.

ENTRE rios. Dir. Carlos Silva Ferraz. Brasil: Coletivo Madeira, 2009. 25 minutos.

No século XX, a arquitetura começou a receber cada vez mais influência de novas técnicas e
processos de construção mais complexos, como o concreto armado e o protendido, pós‑tensionado ou
pré‑tensionado, o emprego de materiais pré‑fabricados e painéis modulados, janelas que vão do piso ao
teto e cortinas de vidro nas fachadas inteiras.

Em 1956, iniciou‑se a construção da cidade de Brasília, com o Plano Piloto Urbanístico projetado por
Lúcio Costa e arquitetura de Oscar Niemeyer.

79
Unidade II

Figura 69 – Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, arquitetos e urbanistas

Figura 70 – Projeto do plano piloto de Brasília

Figura 71 – Plano piloto de Brasília

80
ARQUITETURA E URBANISMO

Figura 72 – Brasília: criada pelos arquitetos e urbanistas Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.
Foi declarada patrimônio mundial pela Unesco em 1987

Junto com essas novas tecnologias surgiu uma nova linguagem arquitetônica que transformou a
função e o aspecto das edificações no Brasil: a arquitetura moderna, um movimento muito importante
no mundo todo por utilizar uma técnica moderna de construção.

A) B)

Figura 73 – Cartão‑postal da avenida Paulista (São Paulo/SP) em 1902 (A) e avenida Paulista com o edifício
do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) à esquerda e o Parque Trianon à direita em 2014 (B)

Foi engendrada outra característica construtiva de nossa arquitetura moderna que a fez única
no mundo: a maneira de trabalhar o concreto armado. Esse tipo de estrutura, graças à utilização de
vergalhões e telas de aço, permitia a realização de formas curvas e sinuosas, possibilitando uma excelente
junção entre a técnica, a arte e nossas características regionais. Oscar Niemeyer soube fazer uso desse
potencial. Ele dizia que as curvas e as linhas sinuosas dos edifícios que projetava, como a igreja de São
Francisco de Assis, em Belo Horizonte (MG), eram uma lembrança das montanhas de Minas Gerais, uma
homenagem ao seu povo e ao seu clima (PEREIRA, 2009).

81
Unidade II

Figura 74 – Igreja de São Francisco de Assis em Belo Horizonte (MG)

5.2 Desenvolvimento urbano, ambiental e sustentável

A partir da década de 1950, houve um crescimento acelerado da população brasileira, observado nos
grandes centros urbanos em decorrência do processo de industrialização do País. Em um curto período
de tempo, o Brasil deixou de ser rural para tornar‑se predominantemente urbano.

Segundo o último censo do IBGE de 2010, mais de 80% da população brasileira vive em cidades.
O Brasil tem mais de 190 milhões de habitantes, sendo que 84 de cada 100 habitantes moram em área
urbana. A ONU prevê ainda que em 2030 a população urbana brasileira passará para 91%.

O modelo de desenvolvimento urbano brasileiro não induz o crescimento com igualdade e


sustentabilidade. Os locais de trabalho e lazer se concentram nas zonas mais centrais enquanto a maior
parte da população reside em áreas remotas. Além disso, há uma valorização maior dos terrenos em
áreas mais desenvolvidas, o que obriga a população pobre a ocupar áreas cada vez mais distantes,
desprovidas de infraestrutura.

Figura 75 – Ponto de acúmulo de lixo residencial sem adequação arquitetônica à sua função

82
ARQUITETURA E URBANISMO

A dispersão territorial das cidades faz com que a quantidade e a distância dos deslocamentos diários
sejam elevadas, o que torna a população altamente dependente dos sistemas de transporte. Os ônibus
urbanos são os responsáveis pela maior parte das viagens e ficam sujeitos aos congestionamentos.
A falta de qualidade do transporte público coletivo, por sua vez, faz crescer a migração dos usuários para
o transporte individual motorizado (automóveis e motos).

Figura 76

Os automóveis particulares, que se multiplicam em progressão geométrica, são apenas uma das
facetas desse modelo de cidade que vem se replicando no País. Durante anos os investimentos em
mobilidade urbana privilegiaram o transporte individual, com obras de ampliação do sistema viário,
construção de pontes, túneis e viadutos.

Ao longo da nossa história não houve política permanente e consistente de desenvolvimento


urbano organizado. A expansão das cidades foi determinada principalmente por dois processos: o
interesse de rentabilidade da indústria imobiliária e a necessidade de acomodação legal ou ilegal da
população de renda mais baixa, que ocorreu predominantemente nas periferias.

As soluções aplicadas eram imediatistas, com enfoque de curto prazo, e visavam resolver problemas
pontuais e de forma segmentada. A aplicação de recursos em transporte público coletivo e em
infraestrutura para o transporte não motorizado foi retomada recentemente, tendo em vista a crise de
mobilidade instalada em grande parte das cidades brasileiras.

Tomando como base a expansão da população das maiores cidades do País no período entre
1950‑2010, que foi de 48 milhões de pessoas, pode‑se avaliar o grau do crescimento físico dessas áreas.
Adotando uma densidade populacional de 10 mil habitantes por km² (100 habitantes por hectare), a
área urbanizada dessas regiões metropolitanas aumentou de 789 km² para 5.611 km², fazendo com que
o raio médio das áreas (se fossem circulares) triplicasse, com grande impacto nas distâncias percorridas
pelas pessoas.

Em setembro de 2015, foram adotados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que são
uma agenda mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o desenvolvimento sustentável.
Contempla 17 objetivos, divididos em quatro dimensões principais: social; ambiental, econômica e
83
Unidade II

institucional e 169 metas, envolvendo temáticas diversificadas, como erradicação da pobreza, segurança
alimentar e agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água
e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis,
proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo,
infraestrutura e industrialização, governança e meios de implementação.

Figura 77 – ODB Agenda mundial da ONU

As transformações sociais e econômicas ocorridas nas últimas décadas no País tiveram grande
repercussão no território nacional e, em especial, nas grandes aglomerações urbanas brasileiras. Essas
mudanças tiveram impacto na sociedade e na estrutura política, econômica, cultural e espacial do Brasil,
sendo percebidas de diversas formas, inclusive por meio do mapeamento das manchas urbanas.

O segundo projeto, já realizado pelo IBGE de forma pioneira em 2005, retorna alinhado às necessidades
da Agenda 2030, realizada em 2015, e dos ODS, estabelecidos pela ONU sobre o desenvolvimento
sustentável, assim como da Nova Agenda Urbana, pactuada na III Conferência das Nações Unidas sobre
Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável – Habitat III, realizada em 2016 (IBGE, 2017).

Figura 78 – As dimensões do Brasil: um país continental

84
ARQUITETURA E URBANISMO

De acordo com o texto de referência da etapa municipal, “A Função Social da Cidade e da Propriedade:
Cidades Inclusivas, Participativas e Socialmente Justas”, da 6ª Conferência Nacional das Cidades, quando
pensamos nas nossas cidades, é preciso lembrar que, num país continental como o Brasil, os 5.570
municípios, muito diferentes entre si, variam em diversos aspectos:

• De cidades com pouca população (a menor tem 822 habitantes) à cidade de São Paulo,
sexta cidade mais populosa do mundo – com população com 11.253.503 pessoas no último
censo do IBGE (2010) e população estimada em 2018 em 12.176.866 pessoas –, passando
por cidades médias, que funcionam como polos regionais e atraem população em busca de
oportunidades e de qualidade de vida.

• De cidades isoladas a cidades integradas, que fazem parte de grandes aglomerações urbanas e
regiões metropolitanas.

• De cidades com dinâmica populacional negativa a cidades que ainda crescem muito e muito
rápido, como aquelas impactadas por grandes empreendimentos de infraestrutura e localizadas
nas fronteiras agrícolas.

• De cidades com economia de base agrícola a cidades industriais ou cidades com economia
centrada na prestação de serviços, como é o caso de pequenas cidades turísticas.

O relatório “Etapa 04 – Estudo dos Instrumentos Urbanísticos”, celebrado entre a Prefeitura Municipal
de Campinas (SP) e a Fundação para a Pesquisa em Arquitetura e Ambiente (Fupam), constata que numa
sociedade com uma distribuição de renda extremamente desigual como a brasileira, em que os 10%
mais ricos concentram 45% da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres ficam com apenas 18%
(FUPAM, 2014), a apropriação do espaço urbano ocorreu também de maneira bastante desigual, com
enormes diferenciações socioespaciais, reflexos dessa concentração.

O Brasil do século XXI é um país urbano, constituído por metrópoles e aglomerações


urbanas que polarizam uma rede urbana com cidades médias e pequenas, dos mais diferentes
tamanhos. Esse conjunto de cidades está distribuído por seu território de forma hierarquizada
e desequilibrada, mais concentrado no litoral e com grandes disparidades econômicas, sociais e
culturais, que refletem a própria sociedade brasileira.

A partir de 1960, ano da inauguração de Brasília, o percentual da população urbana cresceu


de 45,8% do total de 70 milhões de habitantes em 1960 para 84,47% do total de 191 milhões de
habitantes em 2010, crescimento exponencial que resultou na explosão e inchamento das metrópoles,
em especial no Sudeste, e na desordenada e agressiva ocupação dos territórios do Centro‑Oeste e de
parcela da região Norte.

85
Unidade II

Figura 79 – Áreas urbanizadas das concentrações urbanas com mais de 300 mil habitantes

Uma nova rede urbana vem sendo construída no Brasil, com clara identificação de “ilhas de
produtividade” e eixos de desenvolvimento, resultantes de fatores diversos, decorrentes da identificação
e aproveitamento de vocações locais ou regionais, aumentando a importância de cidades de porte
médio. É o caso do sul do Pará, com a exploração de minérios em Canaã dos Carajás; da produção
de soja, milho e arroz na região de Sinop, Lucas do Rio Verde e Sorriso, em Mato Grosso e de Jataí,
Mineiros e Rio Verde, em Goiás; da indústria fármaco‑química, no eixo Brasília – Goiânia; e das cidades
universitárias, como São Carlos e Botucatu, no interior de São Paulo, entre outras.

Ao longo dos últimos cinquenta anos houve idas e vindas de migrantes, ao lado da modernização e
diversificação das atividades econômicas, refletindo alterações nas prioridades nacionais e influindo em suas
estratégias de desenvolvimento. Esses fatores influenciaram as condições de crescimento e características
urbanas do Brasil, cujo processo de ocupação do território mantém sua dinâmica de expansão territorial
com forte articulação interna da rede urbana, sob a liderança de São Paulo, grande metrópole nacional.
Seguem o Rio de Janeiro e Brasília como metrópoles nacionais e mais nove metrópoles regionais.

Figura 80 – Rio de Janeiro (RJ): paisagem cariocas entre a montanha e o mar

86
ARQUITETURA E URBANISMO

Observação

No dia 1º de julho de 2012, o Rio de Janeiro (RJ) se tornou a primeira área


urbana no mundo cuja paisagem urbana teve valor universal reconhecido.
Sua inscrição na categoria de Paisagem Cultural, pelo valor universal
excepcional, foi um passo importante para consolidar as ações de proteção
e preservação de uma interação única entre a cultura e a natureza, em uma
metrópole densamente ocupada (RIO…, [s.d.]).

Figura 81 – Áreas urbanizadas das concentrações urbanas com mais de 100 mil habitantes

Em relação ao meio ambiente, o art. 225 da Constituição da República Federativa do Brasil estabelece
que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo‑se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê‑lo
e preservá‑lo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL, 1988).

O foco do desenvolvimento urbano sustentável é a busca de melhores condições de vida perdidas ou


prejudicadas pelo crescimento urbano desordenado.

Todos os atores do planejamento territorial – administradores públicos, responsáveis por tomadas de


decisão, planejadores, projetistas, incorporadores ou moradores – devem ser mobilizados no sentido de que
os empreendimentos realizados sejam integrados a seus territórios, com impactos o mais controlados possível
sobre o meio ambiente e a sociedade, focando no desenvolvimento econômico e social.

Em dezembro de 2016, no 12º ConstruBusiness: Investir com Responsabilidade, foram lançados os


desafios em serviços urbanos para 2022, em que, entre outros assuntos, foram apresentadas as seguintes
tendências demográficas.

87
Unidade II

Entre 2000 e 2010, a população brasileira cresceu a uma taxa média de 1,20% ao ano, passando de
173,4 milhões, em 2000, para 195,5 milhões, em 2010. Entre 2010 e 2016, o crescimento demográfico
declinou com relação aos anos anteriores, atingindo a taxa de 0,88% ao ano.

A tabela a seguir traz a trajetória projetada da população brasileira no período de 2010 a 2022,
conforme metodologia do IBGE (2017). As regiões Sul e Sudeste terão taxas de expansão demográfica
em torno de 0,70% ao ano, e as populações das regiões Norte e Centro‑Oeste crescerão acima da média:
1,33% ao ano e 1,40% ao ano, respectivamente. O Nordeste brasileiro é a região cuja população deve
crescer em ritmo menor nessa comparação temporal.

A região Norte terá quatro estados com crescimento populacional superior a 1,5% ao ano nesse
período: Acre, Amapá, Roraima e Amazonas. O Distrito Federal, devido a movimentos migratórios
intensos nos últimos anos, manterá a maior taxa de crescimento da população: 2,11% ao ano entre
2010 e 2022. A projeção de crescimento da população do estado de São Paulo (0,78% ao ano) está muito
próxima à da média nacional (0,79% ao ano). Piauí e Rio Grande do Sul são os Estados que apresentam
as menores projeções de expansão demográfica: 0,25% ao ano e 0,33% ao ano, respectivamente.

Tabela 3 – Estimativas de população por unidade da


Federação, em pessoas e taxa de variação média anual

2010 2016 2022 (%)


Norte 16.206.409 17.707.783 18.983.716 1,33%
Rondônia 1.663.49 1.787.279 1.890.155 1,07%
Acre 734.447 816.687 890.220 1,62%
Amazonas 3.604.165 4.001.667 4.349.811 1,58%
Roraima 460.678 514.229 562.288 1,67%
Pará 7.638.340 8.272.724 8.789.130 1,18%
Amapá 686.189 782.295 872.187 2,02%
Tocantins 1.419.100 1.532.902 1.629.925 1,16%
Nordeste 54.506.351 56.915.936 58.717.795 0,62%
Maranhão 6.603.880 6.954.036 7.189.442 0,71%
Piauí 3.142.946 3.211.411 3.239.829 0,25%
Ceará 8.569.783 8.964.432 9.272.899 0,66%
Rio Grande do 3.264.647 3.474.998 3.655.233 0,95%
Norte
Paraíba 3.819.237 3.999.415 4.141.161 0,68%
Pernambuco 8.985.658 9.410.772 9.759.391 0,69%
Alagoas 3.231.836 3.358.527 3.444.654 0,53%
Sergipe 2.120.052 2.265.779 2.392.601 1,01%
Bahia 14.768.312 15.276.566 15.622.585 0,47%
Sudeste 82.392.683 86.356.952 89.589.414 0,70%
Minas Gerais 20.134.742 20.997.560 21.646.641 0,61%
Espírito Santo 3.697.243 3.973.697 4.215.796 1,10%

88
ARQUITETURA E URBANISMO

Rio de Janeiro 16.074.006 16.635.996 17.078.778 0,51%


São Paulo 42.486.692 44.749.699 46.648.199 0,78%
Sul 28.099.409 29.439.773 30.567.727 0,70%
Paraná 10.728.961 11.242.720 11.666.293 0,70%
Santa Catarina 6.351.418 6.910.553 7.435.729 1,32%
Rio Grande do Sul 11.019.030 11.286.500 11.465.705 0,33%
Centro‑Oeste 14.292.945 15.660.988 16.888.857 1,40%
Mato Grosso do Sul 2.486.257 2.682.386 2.853.969 1,16%
Mato Grosso 3.049.348 3.305.531 3.523.288 1,21%
Goiás 6.155.266 6.695.855 7.170.021 1,28%
Distrito Federal 2.602.074 2.977.216 3.341.579 2,11%
Brasil 195.497.797 206.081.432 214.747.509 0,79%

Fonte: ConstruBusiness (2016, p. 53).

6 INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO URBANO

As legislações urbanas e ambientais relacionam‑se diretamente ao exercício profissional do arquiteto


e urbanista, nos mais variados campos de atuação, desde o projeto de um edifício até planos e projetos
urbanos nas mais diversas escalas.

O Estatuto da Cidade e a Lei Nacional de Reforma Urbana foram resultados da dedicação de arquitetos
e urbanistas que remonta à década de 1960. Naquele período, ocorreu o Seminário de Habitação e
Reforma Urbana no Hotel Quitandinha, em Petrópolis (RJ), promovido pelo Instituto de Arquitetos
do Brasil (IAB) em 1963, em que foram propostas ideias para um crescimento urbano mais justo e
sustentável, para compor o projeto das Reformas de Base do governo do presidente João Goulart. Mas,
com o golpe militar de 1964, seria inviabilizada a realização dessas reformas.

Os temas da reforma urbana reapareceriam nos anos 1970 e 1980, numa época de abertura
lenta e gradual, em que os movimentos sociais aos poucos ganhavam mais visibilidade e relevância
política. As suas reivindicações eram apresentadas como direitos, com o objetivo de reverter as
desigualdades sociais.

No final da década de 1980, esse debate foi retomado, então protagonizado pelo Movimento
Nacional pela Reforma Urbana, criado em janeiro de 1985, que agregou inúmeros movimentos sociais e
entidades profissionais. Foi reunida uma série de organizações da sociedade civil, movimentos, entidades
de profissionais, organizações não governamentais e sindicatos. Entre eles a Federação Nacional
dos Arquitetos, Federação Nacional dos Engenheiros, Federação de Órgãos para Assistência Social e
Educacional (Fase), Articulação Nacional do Solo Urbano (Ansur), Movimento dos Favelados, Associação
dos Mutuários, Instituto dos Arquitetos, Federação das Associações dos Moradores do Rio de Janeiro
(Famerj), pastorais, movimentos sociais pela moradia, entre outros. Um dos resultados dessa mobilização
foi a inclusão de uma emenda popular sobre a política urbana, protocolada pela Federação Nacional dos
Arquitetos e Urbanistas (FNA) e incluída na Constituição Federal de 1988 (arts. 182 e 183).

89
Unidade II

Nesse período, a Igreja Católica também contribuiu ao lançar o documento “Ação Pastoral e o Solo
Urbano”, no qual defendia a função social da propriedade urbana. A essa altura, o panorama urbano
brasileiro já era outro. Marcadas por um êxodo rural altíssimo entre 1940 e 1991, quando a população
urbana passou de 31,2% a 75%, as cidades brasileiras cresceram desprovidas de infraestrutura mínima.

Figura 82 – Favela no morro de Santo Antônio (RJ)

Em 1986, o Movimento Nacional pela Reforma Urbana define o conceito da reforma urbana como
uma nova ética social que condena a cidade como fonte de lucros para poucos em troca da pobreza de
muitos. Assumem‑se a crítica e a denúncia do quadro de desigualdade social, considerando a dualidade
vivida em uma mesma cidade: a cidade dos ricos e a cidade dos pobres; a cidade legal e a cidade ilegal.
A reforma urbana condena a exclusão da maior parte dos habitantes da cidade.

O principal objetivo da reforma urbana se consolida e concerne ao direito à cidade que se


caracteriza pela gestão democrática e participativa das cidades; pelo cumprimento da função social
da cidade; pela garantia da justiça social e de condições dignas a todos os habitantes das cidades;
pela subordinação da propriedade à função social e pelas sanções aos proprietários nos casos de não
cumprimento da função social.

Após doze anos de mobilização, foi aprovado o Estatuto da Cidade, que trouxe novos instrumentos
para tratar das disparidades socioespaciais das nossas cidades. A criação do Ministério das Cidades em
2003 trouxe de volta à agenda do governo federal a discussão sobre a política urbana e o destino das
cidades. A última proposta de política urbana implementada pelo governo federal se deu no regime
militar (1964‑1985). Com a crise fiscal que atingiu o País em 1980 e a falência do sistema financeiro da
habitação e do sistema financeiro do saneamento, a política urbana e as políticas setoriais formuladas
e implementadas pelo regime militar entram em colapso. Desde 1986 a política urbana estava dispersa
no âmbito do governo federal.

De acordo com a página inicial sobre desenvolvimento urbano do Ministério das Cidades, o modelo
de urbanização brasileiro produziu nas últimas décadas cidades caracterizadas pela fragmentação do
espaço e pela exclusão social e territorial. Grande parcela das cidades brasileiras abriga algum tipo
de assentamento precário, normalmente distante, sem acesso, desprovido de infraestruturas e de
90
ARQUITETURA E URBANISMO

equipamentos mínimos. O que representa a realidade de muitos brasileiros residentes de grandes


cidades, sem acesso a sistemas financeiros formais de habitação e a espaços regularizados e urbanizados;
brasileiros que acabam ocupando as chamadas áreas de risco, como encostas e locais inundáveis.

Figura 83 – Áreas de risco

Para minimizar esses problemas e colaborar para a transformação desse modelo de urbanização, o
Ministério das Cidades priorizou o apoio ao planejamento territorial urbano e à política fundiária dos
municípios. Dessa forma, a Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano (SNDU) tem como missão
implantar o Estatuto das Cidades.

Para cumprir sua missão, a SNDU conta com seis áreas de atuação: apoio à elaboração de Planos
Diretores, regularização fundiária, reabilitação de áreas centrais, prevenção e contenção de riscos
associados a assentamentos precários, acessibilidade e conflitos fundiários urbanos.

A urbanização de assentamentos precários corresponde a um conjunto de projetos inseridos no


Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) que visam à urbanização de áreas ocupadas irregularmente,
seja do ponto de vista jurídico, seja do ponto de vista urbanístico, e que apresentam deficiências de
infraestrutura e de acessibilidade, popularmente conhecidas como favelas (PAC…, [s.d.]).

Figura 84 – PAC: urbanização de assentamentos precários

91
Unidade II

A criação do Conselho das Cidades no ano de 2004 representa a materialização de um importante


instrumento de gestão democrática da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU). Ele é um
órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva, integrante da estrutura do Ministério das Cidades
e tem por finalidade estudar e propor diretrizes para a formulação e implementação da PNDU, bem
como acompanhar a sua execução.

Na sequência, apresentamos o histórico das principais legislações nacionais para o desenvolvimento


urbano até as legislações urbanas municipais.

6.1 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – capítulo II,


Da Política Urbana (arts. 182 e 183)

A Constituição Federal de 1988, no art. 182, instituiu que cabe aos municípios o estabelecimento da
política de desenvolvimento urbano; o Plano Diretor Municipal fixado em lei é o principal instrumento
dessa política (BRASIL, 1988). No capítulo da política urbana, a Constituição incorporou a tese da função
social da cidade e da propriedade urbana, advinda da discussão da reforma urbana iniciada nos anos 1960.
A Constituição define o Plano Diretor Municipal como obrigatório às cidades com mais de 20 mil habitantes.

Lembrete

Como vimos, na década de 1960, o Brasil passou por um processo de


urbanização e crescimento econômico acelerados com todas as mazelas
decorrentes. No ano da fundação de Brasília, o percentual da população
urbana era de 45,8% do total de 70 milhões de habitantes.
6.1.1 Função social da cidade

A função social da cidade está prevista no art. 182 da Constituição Federal e sua compreensão está
ligada a algumas ideias básicas:
• a cidade é um bem comum que pertence ao conjunto de sua população;
• a cidade é produto do esforço de todas e todos, e não só de alguns grupos;
• a cidade deve oferecer qualidade de vida de forma equilibrada a todas e todos;
• a cidade deve oferecer oportunidades aos mais pobres, em variadas dimensões — cultura, lazer,
saúde, educação, transporte, moradia, infraestrutura, entre outros.
Pode‑se dizer que a cidade cumpre sua função social quando o acesso a bens, serviços, equipamentos,
espaços públicos, sistemas de transporte e mobilidade, saneamento básico e habitação se dá de forma
relativamente equânime pelo conjunto da população, e de forma justa e democrática. Pode‑se dizer que
a função social da cidade envolve o direito a ter uma vida individual e coletiva digna e prazerosa e a
participar das decisões relativas à cidade, inclusive por meio da criação de novos direitos (CONFERÊNCIA
NACIONAL DAS CIDADES, 2017, p. 28).
92
ARQUITETURA E URBANISMO

6.1.2 Função social da propriedade

De acordo com a Constituição (art. 182, parágrafo 2º), “a propriedade urbana cumpre sua função
social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor”
(BRASIL, 1988).

A Constituição Federal, ao mesmo tempo que garante o direito de propriedade, em seu art. 5º,
determina que a propriedade deve atender à sua função social.

Dessa maneira, não compreende a visão das cidades como meras porções territoriais, mas como
locais de realização de direitos. Moradia, trabalho, mobilidade, saneamento e lazer devem beneficiar
todos os seus habitantes e não estar a serviço da acumulação do capital.

Para atender à função social da cidade é preciso que seus componentes, em especial a propriedade
urbana, seja ela pública ou privada, também cumpram com a sua função social. Isso significa que o
direito à propriedade urbana deve estar submetido à função social da propriedade (CONFERÊNCIA
NACIONAL DAS CIDADES, 2017, p. 29).

6.2 Estatuto da Cidade – Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001

O Estatuto da Cidade é a lei federal que regulamentou o capítulo da política urbana da Constituição
Federal. A lei estabelece princípios e diretrizes que orientam a aplicação de um conjunto de instrumentos
de planejamento urbano. O principal instrumento é o plano diretor que orienta o desenvolvimento
urbano das cidades e estabelece os parâmetros para que a propriedade urbana cumpra sua função social
(ESTATUTO…, [s.d.]).

Figura 85 – Estatuto da Cidade

O Estatuto da Cidade define instrumentos da política urbana e da gestão democrática da cidade,


tais como: zonas especiais de interesse social, a transferência do direito de construir (do potencial
93
Unidade II

construtivo), a outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso, o IPTU progressivo no


tempo, as operações urbanas consorciadas, estudo de impacto de vizinhança, o direito de preempção,
a regularização fundiária e a gestão orçamentária participativa. É importante destacar que o conteúdo
do Estatuto da Cidade deve estar contemplado no Plano Diretor Municipal, que pode conter exigências
mais restritivas do que a lei federal.

É obrigatório que um proprietário, no momento que desejar vender seu terreno, oferte, nas mesmas
condições de mercado, um terreno à prefeitura antes que a qualquer outro interessado. Por essa razão,
também é conhecido como direito de preferência.

Para a obtenção de terras pelos municípios para os mais diversos fins, a serem adquiridas nas
condições reais de mercado, sem qualquer tipo de sobrevalorização ou morosidade decorrentes de
processos de desapropriação (DIREITO…, [s.d.]).

Figura 86 – Direito de preempção

A Reurb é o procedimento por meio do qual se garante o direito à moradia daqueles que residem
em assentamentos informais localizados nas áreas urbanas. Consiste no conjunto de medidas jurídicas,
urbanísticas, ambientais e sociais destinadas à incorporação dos núcleos urbanos informais ao
ordenamento territorial urbano e à titulação de seus ocupantes (REGULARIZAÇÃO…, [s.d.]).

Figura 87 – Regularização Fundiária Urbana (Reurb)

94
ARQUITETURA E URBANISMO

A demarcação urbanística é o procedimento administrativo pelo qual o Poder Público, no âmbito da


regularização fundiária de interesse social, demarca imóvel de domínio público ou privado, definindo
seus limites, área, localização e confrontantes, com a finalidade de identificar seus ocupantes e qualificar
a natureza e o tempo das respectivas posses. É por meio da demarcação que se identifica a natureza da
posse e delimita precisamente a área que será objeto da regularização fundiária (DEMARCAÇÃO…, [s.d.]).

Figura 88 – Demarcação urbanística

O objetivo do Estatuto da Cidade é garantir o direito à cidade como um dos direitos fundamentais
das pessoas para que todos tenham acesso às oportunidades que a vida urbana oferece.

A execução da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU) tem o apoio do Estatuto das
Cidades, fundamentado em princípios que estimulem processos participativos de gestão territorial,
que ampliem o acesso à terra urbanizada e regularizada, e que, sobretudo, beneficiem grupos sociais
tradicionalmente excluídos. O Estatuto estabelece que a política urbana deve ser objeto de um
planejamento extensivo, envolvendo planos de ordenamento do território integrados entre si, nas
escalas nacional, estaduais, regionais, metropolitanas, municipais e intermunicipais. Também define
quais cidades são obrigadas a elaborar o plano diretor que difere de um município para outro, em
função de diversos fatores, tais como: a região em que o município se insere, o bioma, a extensão do
território e a área urbanizada, a aglomeração urbana da qual eventualmente o município faça parte, o
tamanho da população, os padrões de urbanização, os aspectos econômicos, entre outros.

A seguir apresentamos alguns dos instrumentos da política urbana e da gestão democrática da


cidade definidos no Estatuto da Cidade:

6.2.1 Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis)

Conjunto de objetivos e metas, diretrizes e instrumentos de ação e intervenção para o setor


habitacional, o Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) deve ser elaborado pelos Estados e
municípios para que possam ter acesso aos recursos do FNHIS. O PLHIS foi instituído pela Lei nº 11.124,
de 16 de junho de 2005 (PLANO…, [s.d.]).

95
Unidade II

Figura 89 – Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS)

Fundo de natureza contábil, o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) foi instituído
pela Lei nº 11.124, de 16 junho de 2005. Visa garantir a implantação descentralizada da Política Nacional
de Habitação. Os recursos do FNHIS serão repassados, a título de transferência obrigatória, da União
para os governos locais, Estados, Distrito Federal e municípios (FUNDO…, [s.d.]).

Figura 90 – Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS)

Saiba mais

Para saber mais sobre o Programa Minha Casa Minha Vida, consulte:

CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (CBIC). Perenidade


dos programas habitacionais. Brasília: CBIC, 2016. Disponível em: <https://
cbic.org.br/wp‑content/uploads/2017/11/Perenidade_dos_Programas_
Habitacionais_2016.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2018.

96
ARQUITETURA E URBANISMO

O Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) é um fundo contábil de natureza financeira criado por meio
do Decreto no 103, de 1991, e ratificado pela Lei no 8.677, de 1993, com recursos destinados a financiar
projetos de relevante interesse social nas áreas de habitação popular, sendo permitido o financiamento
nas áreas de saneamento e infraestrutura, desde que vinculados aos programas de habitação, bem como
equipamentos comunitários. A partir de 2004, os recursos do FDS passaram a lastrear as operações
do Programa Crédito Solidário e, em 2009, com o lançamento do Programa Minha Casa Minha Vida,
passaram a lastrear, também, as operações da modalidade PMCMV Entidades (FUNDO…, [s.d.]).

Figura 91 – Fundo de Desenvolvimento Social (FDS)

PMCMV Entidades é uma modalidade do Programa Minha Casa Minha Vida com atuação em áreas
urbanas. As operações são realizadas com recursos de transferências do Orçamento Geral da União ao
Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).

Serve para prover habitação para famílias com renda mensal até R$1.600,00, organizadas em
cooperativas habitacionais ou mistas, associações e demais entidades privadas sem fins lucrativos,
habilitadas pelo Ministério das Cidades (PMCMV…, [s.d.]).

Figura 92 – PMCMV Entidades

97
Unidade II

Saiba mais

Para saber mais sobre o Programa Minha Casa Minha Vida consulte:

CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (CBIC). Perenidade


dos programas habitacionais. Brasília: CBIC, 2016. Disponível em: <https://
cbic.org.br/wp‑content/uploads/2017/11/Perenidade_dos_Programas_
Habitacionais_2016.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2018.

Surgiram na década de 1980, portanto pré‑estatuto, as primeiras experiências de Zeis no Brasil,


primeiro na cidade do Recife (1983), em seguida em Belo Horizonte (1985).

A cidade de Diadema (SP) inovou ao demarcar áreas vazias como estoque para a produção de
unidades de habitação de interesse social, sendo seguida por outros municípios do ABC (municípios do
setor sudeste da região metropolitana de São Paulo, sendo eles: Santo André, São Bernardo do Campo,
São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra).

Pelo Estatuto (inciso V, art. 42-A), a demarcação de Zeis passa a ser necessária para o estabelecimento
de diretrizes para a regularização fundiária de assentamentos urbanos, assim como a previsão de áreas
para habitação de interesse social para os municípios incluídos no “cadastro nacional de municípios
com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas, processos
geológicos ou hidrológicos” (BRASIL, 2001).

Observação

A cidade do Recife (PE) foi uma das pioneiras na criação do


instrumento Zeis, com o intuito de preservar a comunidade de baixa
renda em regiões de forte pressão do mercado imobiliário, devido à
grande quantidade de assentamentos e favelas localizados nas áreas
centrais da cidade (FUPAM, 2014).

6.2.2 Transferência do Direito de Construir (TDC)

A Transferência do Direito de Construir confere ao proprietário de imóvel, por lei municipal, a


possibilidade de exercer em outro local ou vender o direito de construir previsto nas normas urbanísticas
e que ele ainda não utilizou.

O instrumento de Transferência do Direito de Construir tem como finalidade compensar o proprietário


de imóvel situado em área onde houve limitações ao direito de construir. Tais limitações podem ocorrer nos
casos em que o Poder Público Municipal, em prol do interesse público, limita a construção das edificações
para a preservação de áreas ambientais e de especial interesse histórico, cultural, paisagístico ou social
(TRASFERÊNCIA…, [s.d.]).
98
ARQUITETURA E URBANISMO

Figura 93 – Transferência do Direito de Construir (TDC)

O Estatuto da Cidade é inspirado no Regulamento de Urbanismo da França adotado em 1970, sendo


continuamente atualizado com base nas necessidades de gestão territorial dos municípios e regiões francesas.

Lembrete

O Estatuto das Cidades apoia os municípios na execução da PNDU, com


base em princípios que estimulam processos participativos de gestão territorial
e ampliam o acesso à terra urbanizada e regularizada, principalmente
beneficiando grupos sociais tradicionalmente excluídos. Estabelece que a
política urbana deve ser objeto de um planejamento extensivo, envolvendo
planos de ordenamento do território integrados entre si, nas escalas nacional,
estaduais, regionais, metropolitanas, municipais e intermunicipais. Define
quais cidades são obrigadas a elaborar o Plano Diretor que difere de um
município para outro, em função de diversos fatores, tais como: da região
em que o município se insere, do bioma, da extensão do território e da área
urbanizada, da aglomeração urbana da qual eventualmente o município faça
parte, do tamanho da população, dos padrões de urbanização, dos aspectos
econômicos, dentre outros.

No Brasil, presenciamos um dilema inicial que provocou amplo debate: a necessidade de conciliar a
preservação de imóveis históricos e áreas verdes com o direito que seus proprietários tinham de realizar
ali a edificabilidade prevista no Plano Diretor e na Lei de Zoneamento, já que essas iniciativas (preservar
e construir) são antagônicas.

Para resolver esse dilema, foi instituída como instrumento jurídico‑urbanístico a transferência do
direito de construir, mediante a qual o proprietário de um imóvel histórico ou área verde (ambos com

99
Unidade II

vistas à preservação) aceita a classificação do imóvel como “bem patrimonial da cidade” (embora ainda
em poder do proprietário) e recebe um certificado com o potencial edificável, que pode ser utilizado em
outro local, seja pelo próprio proprietário, seja por terceiros.

No contexto norte‑americano, esse instrumento (Transfer of Development Rights – TDR)


permite ao proprietário de um terreno rural ou imóvel protegido pelo interesse histórico transferir
o potencial construtivo não utilizado para outro terreno ou imóvel receptor. Desde os anos 1970,
cidades como Nova Iorque e Chicago vêm se utilizando desse instrumento para ressarcir os
proprietários de eventuais perdas financeiras e preservar as características de interesse, sejam elas
pelo valor cultural, sejam pelo ambiental.

Transferência do direito
de construir

Transferir o potencial
construtivo não utilizado para
outro imóvel receptor

eet
Str

Figura 94 – Esquema de funcionamento do Transfer of Development Rights

No Brasil, a cidade de São Paulo foi uma das pioneiras na utilização da transferência do potencial
construtivo. A Lei nº 9.725, de 2 de julho de 1984, permitiu a transferência de 60% do potencial construtivo
não utilizado de imóveis tombados pelo patrimônio histórico, podendo chegar até a 100% caso o imóvel
preservado fosse destinado a atividades com fruição do público (SÃO PAULO, 1984).

O tombamento é um ato administrativo realizado pelo Poder Público que coloca sob a tutela pública
os bens móveis e imóveis, públicos ou privados que, por suas características históricas, artísticas, estéticas,
arquitetônicas, arqueológicas, ou documental e ambiental, integrem o patrimônio cultural nacional,
estadual ou local. O tombamento não retira a propriedade do imóvel e nem implica seu congelamento,
permitindo transações comerciais e eventuais modificações, previamente autorizadas e acompanhadas,
além de auxílio técnico do órgão competente (TOMBAMENTO, [s.d.]).

100
ARQUITETURA E URBANISMO

Figura 95 – Tombamento

Um dos primeiros imóveis a se utilizar desse instrumento foi a Casa das Rosas, imóvel tombado em 1985
pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo
(Condephaat). Localizada na avenida Paulista, região na época com o maior coeficiente de aproveitamento da
cidade (4,0), a transferência do seu potencial para um terreno adjacente possibilitou a preservação desse bem
tombado, assim como a harmonização com o novo edifício comercial espelhado e a fruição pública no térreo,
através do jardim de rosas da casa que liga os dois terrenos.

Figura 96 – Casa das Rosas em São Paulo

O Plano Diretor pode, de acordo com o Estatuto da Cidade, autorizar o proprietário de imóvel urbano,
privado ou público, a exercer em outro local ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir
previsto no Plano Diretor ou em legislação urbanística dele decorrente, quando o referido imóvel for
considerado necessário para as seguintes funções:

• Implantar equipamentos urbanos e comunitários.

• Preservá‑lo, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social
ou cultural.

• Servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de


baixa renda e habitação de interesse social.
101
Unidade II

Saiba mais

São Paulo foi uma das pioneiras na utilização da transferência do direito


de construir, instituído originalmente ainda na década de 1980. Conheça os
detalhes desse instrumento em:

FUNDAÇÃO PARA A PESQUISA EM ARQUITETURA E AMBIENTE (FUPAM).


Estudos dos instrumentos urbanísticos: atualização e adequação da
regulamentação urbanística de Campinas. Campinas: Fupam, 2014. Disponível
em: <http://www.campinas.sp.gov.br/arquivos/seplama/estudo_instrumentos_
urbanisticos_p04_r03_consolidado.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2018.

6.2.3 A Outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso

A Outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso (OODC) permite que se construa mais
do que o autorizado pelos parâmetros básicos de zoneamento (até o limite máximo definido pela lei) ou
se altere o uso do imóvel existente (igualmente dentro do limite definido pela lei), mediante pagamento
ao governo municipal, calculado como uma contrapartida em relação aos benefícios desse acréscimo
ou alteração. Feita a contribuição, o governo expedirá a outorga. O resultado dessa arrecadação não
pode ser utilizado para financiar as despesas correntes do governo, mas sim para novos investimentos,
especialmente em habitação social, equipamentos comunitários, preservação do ambiente e mobilidade.

A Outorga Onerosa do Direito de Construir e de alteração de uso (OODC) é um instrumento que utiliza
o conceito de solo criado. Assim, o direito do proprietário de edificar está restrito ao coeficiente único ou
básico definido no Plano Diretor. Qualquer edificação acima desse coeficiente somente será permitida
em áreas predefinidas e mediante uma contrapartida paga ao Poder Público Municipal. O instrumento
pressupõe que o direito de propriedade engloba o direito de construir, mas este último é limitado pelo
coeficiente único ou básico de aproveitamento. Assim, direito de construir é separado do direito de
propriedade e é estabelecido pelo Poder Público (OUTORGA…, [s.d.]).

Figura 97 – Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC)

102
ARQUITETURA E URBANISMO

Observação

Apesar de sua utilização nas operações interligadas e nas operações


urbanas, a OODC só veio a ser regulamentada na cidade inteira em São
Paulo no PDEMSP 2002, após a sua definição no Estatuto da Cidade, Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, que consolidou a utilização do
conceito do solo criado em nível nacional (FUPAM, 2014, p. 55).

Potencial
adicional de
construção

Contrapartida

Figura 98 – Exemplificação da Outorga Onerosa do Direito de Construir

Saiba mais

Conheça melhor a Outorga Onerosa do Direito de Construir em:

FURTADO, F.; BIASOTTO, R.; MALERONKA, C. Outorga Onerosa do Direito


de Construir: caderno técnico de regulamentação e implementação.
Brasília: Ministério das Cidades, 2012. v. 1. (Coleção Cadernos Técnicos
de Regulamentação e Implementação de Instrumentos do Estatuto
da Cidade). Disponível em: <http://www.caumg.gov.br/wp‑content/
uploads/2016/06/Outorga‑Onerosa_DireitodeConstruir_Vol1.pdf>.
Acesso em: 15 dez. 2018.

6.2.4 IPTU progressivo no tempo

O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) progressivo no tempo é uma consequência de um outro
instrumento, chamado Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios (Peuc). Ambos são previstos
pela própria Constituição Federal (art. 182), regulamentados pelo Estatuto da Cidade e adotados em
São Paulo a partir de 2002, pelo Plano Diretor Estratégico (PDE).

103
Unidade II

O Peuc é um instrumento urbanístico por meio do qual a prefeitura obriga o proprietário a fazer uso
do seu imóvel, fixando um prazo para isso acontecer, de acordo com os critérios estabelecidos no Plano
Diretor. O IPTU progressivo no tempo é a penalidade aplicada ao proprietário de terreno urbano pouco
ou não aproveitado que, decorrido o tempo estipulado pelo Peuc, não dá uso ao seu imóvel. A pena é o
aumento anual da alíquota de IPTU do imóvel enquanto for descumprida a obrigação de fazer melhor
uso desse terreno. A desapropriação com títulos da dívida pública permite ao Poder Público, mediante
o pagamento com títulos da dívida pública, incorporar o imóvel objeto de Peuc ao patrimônio público.
Como é uma penalidade, também é conhecida como desapropriação‑sanção (PARCELAMENTO…, [s.d.]).

Figura 99 – Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios (Peuc)

Trata‑se basicamente de combater a ociosidade de imóveis nas regiões da cidade dotadas


de infraestrura básica. Tal ociosidade normalmente decorre de atitudes especulativas, quando os
proprietários aguardam condições vantajosas financeiramente para comercializá‑los. O Poder Público
notifica os proprietários para que, no prazo de um ano, apresentem projeto de edificação no terreno ou
ainda de ocupação da construção, quando esta já existe. Não cumprida tal obrigação, aí então entra em
cena o IPTU progressivo, até que ela seja atendida.

A progressividade se dá na alíquota; em outras palavras, se considerarmos um imóvel cujo valor venal seja
de R$ 1 milhão, e a alíquota de 1%, o IPTU exigido seria de R$ 10 mil. Entretanto, notificado o proprietário e
este não dando um uso ao imóvel, no ano seguinte a alíquota subirá para 2%, e o resultado é uma cobrança
de R$ 20 mil; no 2º ano, alíquota de 4% e R$ 40 mil devidos, até o limite de cinco anos ou alíquota de 15%.

104
ARQUITETURA E URBANISMO

Função social da propriedade


IPTU Progressivo no Tempo

Enquanto o proprietário do imóvel não se adequar às


obrigações para que seu imóvel cumpra a função social
da propriedade o seu IPTU irá aumentar anualmente:

1º 2º 3º 4º 5º
ANO ANO ANO ANO ANO
PAGAMENTO: PAGAMENTO: PAGAMENTO: PAGAMENTO: PAGAMENTO:
IPTU + 2%* IPTU + 4%* IPTU + 8%* IPTU + 15% IPTU + 15%

x2 x2 x2 Limite máximo
* Valores exemplificativos 15%

Elaboração: SMDU, 2014

Figura 100 – IPTU progressivo no tempo adotado por São Paulo

6.2.5 Operação Urbana Consorciada (OUC)

Em muitos casos, a outorga onerosa faz parte de um instrumento mais amplo e complexo
denominado Operação Urbana Consorciada (OUC), mediante o qual se projetam os cenários desejados
para as intervenções em um determinado bairro, incluindo as novas densidades desejadas, a listagem de
infraestrutura e equipamentos requeridos para atender a população residente e o eventual incremento
em face da OUC, estimando‑se o custo de implantação e as contrapartidas financeiras.

As OUCs são um cenário para operações de parceria entre o Poder Público, o setor privado e as
comunidades locais afetadas pela intervenção. Feita a estimativa de custos, define‑se o valor básico das
outorgas, comercializadas em alguns casos através de Certificados de Potencial Adicional de Construção
(CEPACs) que começam a ser vendidos no início da operação, e não somente quando de sua utilização,
para que se obtenham os recursos requeridos por aquelas intervenções. Os valores arrecadados são
direcionados exclusivamente para os investimentos descritos na operação urbana e só podem ser
utilizados com essa finalidade.

Observação

O conceito de operação urbana surge em São Paulo na década de


1980. Baseado na ideia do solo criado, cuja experiência já se testava em
São Paulo através da operação interligada, o instrumento surgiu para
possibilitar a parceria do Poder Público com a iniciativa privada no processo
de urbanização, tendo em vista a crise financeira do estado brasileiro no
final da década de 1980 (FUPAM, 2014, p. 40).

105
Unidade II

Aprovação da
Operação Urbana
Instituição do A Lei do Aprovação da do Faria Lima
Plano Diretor de Desfavelamento Operação Urbana Lei nº 11.732
Desenvolvimento define as do Anhangabaú
Integrado – PDDI Operações Lei nº 11.090/91 Aprovação da
Lei nº 7.688/71 Interligadas Operação Urbana
1971 1986 Lei nº 10.209/86
1991 1995 Água Branca
Lei nº 11.794/95

Primeira Lei de Aprovação do Plano Aprovação da Lei


1972 Parcelamento, Uso 1988 Diretor da Cidade, que 1992 Orgânica do Município, 1997
e Ocupação do instituiu a Comissão que prevê, no art. 152, Aprovação
Solo – LPUOS do Normativa da Legislação a Operação Urbana da Operação
município de São Urbanística (CNLU) com como um instrumento Urbana Centro
Paulo Lei nº 7.688/71 competência para “aprovar de intervenção pública Lei nº 12.349/97
projetos de Operação na cidade
Urbana“. Lei nº 10.676/88

Aprovação da
Operação Urbana
Consorciada
Faria Lima Lei nº
13.769/04

Aprovação do Ocupação Urbana


Estatuto da Consorciada Rio
Cidade Lei Federal Verde‑Jacu Lei nº
nº 10.257/01 13.872/04
Aprovação da Alteração do
Aprovação Aprovação da Lei Operação Urbana programa de
da Operaçao de Parcelamento, Consorciada Água investimentos da
Urbana Uso e Ocupação Branca OUCFL
Consorciada do Solo (LPUOS) Lei nº 15.893/13 Lei nº 16.242/15
2001 Água Espraiada 2004 Lei nº 13.885/04 2013 2015
Lei nº 13.260/01

O Plano Diretor
2002 Estratégico aprovado 2011 2014 2016 Aprovação da Lei
pela Lei nº 13.430 Alteração do programa de Aprovação do de Parcelamento,
trouxe significativas investimentos da OUCAE Plano Diretor Uso e Ocupação
transformações no Lei nº 15.416/11 Estratégico‑PDE do Solo (LPUOS)
que diz respeito às Lei nº 16.050/14 Lei nº 16.402/16
Alteração do programa de
Operações Urbanas, investimentos da OUCFL
refere ao seu conceito, Desvinculação de CEPAC Revogação
abrangência e à sua Lei nº 15.519/11 da Operação
operacionalização Urbana Consorciada
Rio Verde‑Jacu
Lei nº 16.492/16

Figura 101 – Linha do tempo das operações urbanas na cidade de São Paulo

6.2.6 Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)

A Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispôs sobre a política nacional de meio ambiente, definiu
o estudo de impacto ambiental como instrumento da política nacional do meio ambiente. O avanço
na instituição do estudo de impacto ambiental como mecanismo de gestão ambiental se deu com a
implementação de diversas resoluções que avançaram na democratização do instrumento, estabelecendo
as diretrizes para a realização de audiências públicas e o acesso das comunidades interessadas nos assuntos
de impacto ambiental.

O Estudo de Impacto da Vizinhança (EIV) é o instrumento que engloba um conjunto de estudos responsáveis
por apontar os potenciais impactos causados pela instalação de um determinado empreendimento ou
atividade na região.

106
ARQUITETURA E URBANISMO

O instrumento fornece subsídios ao Poder Público para decidir sobre concessão da licença, negá‑la ou
ainda condicioná‑la à implementação de medidas mitigadoras ou compensação do impacto. É importante
ressaltar que, embora possa contemplar aspectos ambientais na sua elaboração, o EIV não substitui a
elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação
ambiental (ESTUDO…, [s.d.]).

Figura 102 – Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)

O EIV juntamente com o EIA constam como instrumentos de gestão urbana‑ambiental, previstos na
alínea VI do art. 2º do Estatuto da Cidade (BRASIL, 2001). Segundo o estatuto, a lei municipal definirá os
empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração do
estudo prévio de impacto de vizinhança para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação
ou funcionamento a cargo das municipalidades (art. 36).

Observação

Apesar de o município de Porto Alegre não dispor de norma exigindo e


disciplinando o estudo do impacto de vizinhança, ele possui um conjunto
de normas municipais bastante inovadoras acerca das regras de uso e
ocupação do solo (FUPAM, 2014, p. 77).

6.3 Estatuto da Metrópole – Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015

O Estatuto da Metrópole estabelece diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução das
funções públicas de interesse comum em regiões metropolitanas e em aglomerações urbanas instituídas
pelos Estados. A lei prevê ainda normas gerais sobre o plano de desenvolvimento urbano integrado
e outros instrumentos de governança interfederativa e critérios para o apoio da União a ações que
envolvam governança interfederativa no campo do desenvolvimento urbano.

107
Unidade II

Trouxe o conceito das operações interfederativas, que supõem uma ação conjunta e coordenada
entre duas ou mais esferas de governo sobre o mesmo território do conjunto metropolitano, seja ele
urbano, seja ele rural. O estatuto estabelece diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução
de políticas públicas em regiões metropolitanas e aglomerações urbanas instituídas pelos Estados,
incentivando a integração de ações entre os municípios e prevê a governança interfederativa, ou seja,
o compartilhamento de responsabilidades entre entes da federação no planejamento e execução de
ações para o cumprimento dessas políticas públicas ou ações cuja realização não possa ser efetivada no
âmbito de um município apenas.

A lei define as aglomerações urbanas como unidade territorial urbana constituída pelo
agrupamento de ao menos dois municípios limítrofes, caracterizada por complementaridade
funcional e integração das dinâmicas geográficas, ambientais, políticas e socioeconômicas; e a
região metropolitana como a unidade territorial constituída da continuidade do território, a qual,
em razão de sua população, relevância política e socioeconômica, tem influência sobre a nação ou
sobre uma região que configure, no mínimo, a área de influência de uma capital regional, conforme
os critérios adotados pela Fundação IBGE.

O Senado aprovou em 28 de maio de 2018 a prorrogação do prazo para Estados e municípios de


regiões metropolitanas apresentarem os Planos de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), que se
tornaram obrigatórios com o Estatuto da Metrópole. O novo limite é 31 de dezembro de 2021. O prazo
original para apresentação dos PDUIs se encerrou no dia 12 de janeiro de 2018, mas apenas sete das 20
maiores regiões metropolitanas do País haviam concluído o documento.

7 LEIS URBANÍSTICAS MUNICIPAIS

Além das leis federais e estaduais, os municípios possuem leis próprias, como o Plano de Mobilidade
Urbana e o Plano de Saneamento Básico Municipal; porém, neste livro‑texto, abordaremos os
instrumentos do marco regulatório da política urbana do município de São Paulo (maior metrópole
brasileira), que são: o Plano Diretor Estratégico (PDE), a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo
(LPUOS) e o Código de Obras e Edificações (COE).

7.1 Plano Diretor Municipal

O Plano Diretor é o principal instrumento instituído pelo Estatuto da Cidade. É uma lei municipal
que deve ser revista, pelo menos, a cada dez anos e deve expressar a construção de um pacto social,
econômico e territorial para o desenvolvimento urbano do município.

Tem a função de organizar o funcionamento e o crescimento de todo o território municipal


por um período de dez anos. Por meio do Plano Diretor, é possível integrar os demais instrumentos
que, quando implementados, fazem com que se cumpra a função social da cidade e da propriedade
(PLANO..., [s.d.]).

108
ARQUITETURA E URBANISMO

Figura 103 – Plano Diretor

O Plano Diretor é um documento regulamentador do planejamento e ordenamento do território de um


dado município. Está definida a organização municipal do território, em que se estabelece a referenciação
espacial dos usos e atividades do solo municipal através da definição de classes e categorias relativas
ao espaço, identificando as redes urbanas, viárias, de transportes, de equipamentos e de captação, os
sistemas de telecomunicações, o tratamento e abastecimento de água, entre outras (PARA…, [s.d.]).

Observação

Segundo consta no texto A Função Social da Cidade e da Propriedade,


publicado na Sexta Conferência Nacional das Cidades, o Estatuto da Cidade
institui que o Plano Diretor deve ser construído de forma participativa, com
a colaboração de órgãos colegiados e a realização de audiências para toda a
população interessada, entre outros instrumentos de democratização da gestão
das cidades a serem utilizadas, conforme seu art. 43. No texto há ainda a menção
da Resolução no 25, aprovada pelo Conselho Nacional das Cidades, na qual são
estabelecidas orientações e recomendações para a elaboração de planos diretores
seguindo o processo participativo.

É no Plano Diretor que os moradores definem o que querem para a sua cidade e quais são as regras
que devem ser seguidas para que a propriedade urbana cumpra sua função social.

O Plano Diretor é obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes; integrantes de regiões
metropolitanas e aglomerações urbanas, onde o Poder Público Municipal pretenda utilizar o Parcelamento,
Edificação e Utilização Compulsórios (Peuc), o IPTU progressivo no tempo e a desapropriação com títulos
da dívida; integrantes de áreas de especial interesse turístico, ou inseridas na área de influência de
empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional, ou
então incluídas no Cadastro Nacional de Municípios como áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos
de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos.
109
Unidade II

No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de
transporte urbano integrado compatível com o Plano Diretor ou nele inserido.

O Plano Diretor é um conjunto de princípios e regras orientadoras e indutoras do ordenamento e


da ocupação físico‑territorial‑ambiental do município, visando a que a cidade seja acessível e justa ao
conjunto de seus habitantes. Pode ser entendido como elemento definidor dos objetivos e diretrizes
estratégicas e globais do desenvolvimento urbano e rural da cidade. O Plano Diretor pode definir, por
exemplo, que um imóvel vazio ou subutilizado não está cumprindo a sua função social e associar
obrigações e penalidades ao proprietário desse imóvel. Isso tudo deve ser pactuado no processo de sua
elaboração e contribuir para a realização da função social da cidade.

Também é preciso lembrar que, pela Constituição Federal, somente o Plano Diretor pode definir se
uma propriedade urbana está cumprindo ou não sua função social. Esse é o mecanismo existente hoje
na legislação para propiciar que o interesse da coletividade se sobreponha ao interesse individual.

Apesar de grande parte dos municípios enquadrados nos critérios de obrigatoriedade estabelecidos
pela Constituição e pelo Estatuto da Cidade ter elaborado e aprovado o Plano Diretor, isso não tem
garantido cidades participativas, inclusivas e socialmente justas.

Saiba mais

Uma nova cultura urbana entende o cidadão como ponto central e


respeita e atende sua percepção do que é melhor para a comunidade. Uma
nova cultura urbana, em que as cidades são pensadas no longo prazo e
com o objetivo de tornarem‑se mais amigáveis, mais seguras; locais em
que o cidadão possa apropriar‑se do espaço público e onde seja garantida
a continuidade das ações independente do titular da gestão. Consulte um
guia para contribuir com os municípios na elaboração de um Plano de
Desenvolvimento Estratégico (PDE):

INSTITUTO JAIME LERNER. Por uma nova cultura urbana: guia ilustrado.
Brasília: CBIC, 2017. Disponível em: <https://cbic.org.br/wp‑content/
uploads/2017/11/Cartilha_Por_Uma_Nova_Cultura_Urbana_2017.
pdf>. Acesso em: 17 dez. 2018.

7.1.1 Plano Diretor Estratégico (PDE) do município de São Paulo – Lei nº 16.050,
de 31 de julho de 2014

Conforme seu art. 1o, a Lei no 16.050 dispõe sobre a política de desenvolvimento urbano, sobre
o sistema de planejamento urbano e sobre o Plano Diretor Estratégico do município de São Paulo e
aplica‑se à totalidade do seu território.

110
ARQUITETURA E URBANISMO

Figura 104 – São Paulo é a maior cidade do Hemisfério Sul

A lei define a Política de Desenvolvimento Urbano como um conjunto de planos e ações cujo
objetivo é ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e o uso socialmente justo
e ecologicamente equilibrado e diversificado de seu território, de forma a assegurar o bem‑estar e a
qualidade de vida de seus habitantes.

De acordo com a lei, o Sistema de Planejamento Urbano corresponde ao conjunto de órgãos, normas,
recursos humanos e técnicos cujo objetivo é coordenar as ações referentes ao desenvolvimento urbano,
de iniciativa dos setores público e privado, integrando‑as com os diversos programas setoriais, visando
à dinamização e à modernização da ação governamental.

Princípios do PDE
Para estabelecer uma cidade plural,
com justiça social e equilibrada, o
Plano Diretor tem como princípios:

Função social da cidade

Função social da
propriedade urbana

Função social da
propriedade rural
Equidade e inclusão
social e territorial
Direito à cidade

Direito ao meio ambiente


ecologicamente equilibrado

Gestão democrática

Figura 105 – Objetivos do Plano Diretor Estratégico do município de São Paulo

Conforme o 3º parágrafo do art. 1o da lei, o Plano Diretor Estratégico é o instrumento básico da


Política de Desenvolvimento Urbano do Município de São Paulo, determinante para todos os agentes
públicos e privados que atuam em seu território.

111
Unidade II

Para organizar a cidade, o Plano Diretor Estruturação Macroáreas Redução da


dividiu‑a em macrozonas e macroáreas, metropolitana vulnerabilidade urbana
e recuperação ambiental
áreas homogêneas que orientam, ao nível
do territorio, os objetivos específicos de
desenvolvimento urbano e a aplicação dos
instrumentos urbanísticos e ambientais.
Urbanização Controle e qualificação
consolidada urbana e ambiental
Macrozonas

Macrozona de Estruturação Qualificação da Contenção urbana


e Qualificação Urbana urbanização e uso sustentável

Macrozona de Proteção e Redução da Preservação dos


Recuperação Ambiental vulnerabilidade urbana ecossistemas natunais

Figura 106 – Elementos estruturantes do ordenamento territorial do município de São Paulo: macrozonas e macroáreas

7.2 Lei de Zoneamento

A legislação de uso e ocupação do solo define o que pode ser feito em cada terreno por meio
do estabelecimento de normas e parâmetros detalhados sobre vários aspectos das construções,
incluindo tanto a relação da edificação com seu entorno (recuos, número de pavimentos, altura
máxima) quanto sua configuração interior (insolação, ventilação, dimensão de cômodos), caso o
município não estabeleça um código de obras. Além dos parâmetros de ocupação, a lei estabelece
os usos possíveis para determinadas áreas da cidade, de forma a evitar convivências desagradáveis,
causando incômodos e conflitos entre os usos (LEI…, [s.d.]).

Figura 107 – Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos)

A Lei Nacional de Parcelamento do Solo, Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, dispõe sobre os
parâmetros mínimos a serem seguidos na elaboração, aprovação e registro de parcelamentos do solo
112
ARQUITETURA E URBANISMO

(loteamentos, desmembramentos e remembramentos) em todo território nacional. Os municípios possuem


leis de parcelamento, uso e ocupação do solo que podem ser mais restritivas em relação à lei federal.

Exemplo de aplicação

Procure conhecer a Lei de Zoneamento do seu município. Então desenhe o mapa da sua cidade e
divida‑a em zonas de uso e ocupação do solo do jeito que você acha que deveria ser. Proponha, exercite
sua cidadania participando com sugestões de melhoria e soluções.

7.2.1 Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS) do município de


São Paulo – Lei nº 16.402, de 22 de março de 2016

A Lei de Zoneamento dispõe sobre o parcelamento, o uso e a ocupação do solo no território do


município de São Paulo de acordo com o Plano Diretor Estratégico (PDE).

Reconhecer a
cidade real

Incentivar a produção
Incentivar atividades de habitação
econômicas

Incentivar a produção de
edificações sustentáveis
Obter melhor
aplicabilidade da lei

Estimular o retrofit
das edificações

Figura 108 – Seis objetivos da Lei de Zoneamento do município de São Paulo

A seguir apresentamos os parâmetros utilizados segundo o glossário da própria lei para entender os
termos utilizados na Lei de Zoneamento da prefeitura do município de São Paulo.

7.2.1.1 Parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo

A Lei de Zoneamento define parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo e a aplicação


desses parâmetros no território. O número de zonas, bem como sua variação na cidade é resultado da
necessidade de diversificar esses parâmetros conforme os diferentes bairros e regiões do município.

113
Unidade II

7.2.1.2 Parâmetros de ocupação do solo

Os parâmetros de ocupação são aqueles que tratam da forma como os edifícios e instalações
serão implantados no lote ou mesmo da restrição à ocupação por construções. Por exemplo,
são estabelecidas regras relativas à quantidade de área construída permitida (coeficiente de
aproveitamento); à forma como os edifícios podem se espalhar ou se concentrar no lote (taxa
de ocupação); à altura que os edifícios devem ter (geralmente a altura deriva de uma relação com
a largura da via); à posição que os edifícios podem ter no lote (recuos frontais, laterais e de fundo);
à necessidade de garantir qualidade ambiental (taxa de permeabilidade, vegetação, coberturas
verdes etc.) entre outras regras.

Coeficiente de Taxa de ocupação


aproveitamento

Dimensões mínimas e Gabarito


máximas do lote

Figura 109 – Porções do território nas quais incidem parâmetros específicos

A seguir, algumas definições:

• Área computável: área considerada nos cálculos dos índices.

• Área não computável: área não considerada nos cálculos dos índices.

• Coeficiente de aproveitamento: é o quanto pode ser construído em relação ao tamanho do


terreno. Por exemplo, se o coeficiente de aproveitamento máximo for 1,0, será permitido construir
somente uma vez a área do lote. Lembrando que essa conta é feita somente considerando a
área computável.

• Gabarito de altura máxima: é a altura máxima da edificação, calculada pela distância entre o
pavimento térreo e o nível da cobertura, excluídos o ático, as casas de máquinas e a caixa d’água.

• Taxa de ocupação: é a projeção máxima permitida da edificação no lote.

• Recuo: é a distância entre a edificação e os limites de frente, laterais e de fundo do lote.

114
ARQUITETURA E URBANISMO

Gabarito de altura
a
a ru uo d
e
ad
gur R Recundo
Lar e lateecuo f
uo d ral
Recfrente

Figura 110 – Recuos

7.2.1.3 Parâmetros de incomodidade

Com o objetivo de estabelecer medidas de controle do uso do solo no tocante à interferência


ou incomodidade que os usos não residenciais geram na vizinhança residencial, a legislação vigente
estabeleceu parâmetros de incomodidade relacionados:

• À emissão de ruído.

• Ao horário para carga e descarga.

• À vibração associada.

• À potência elétrica instalada.

• À emissão de radiação.

• À emissão de odores.

• À emissão de gases, vapores e material particulado.

• À emissão de fumaça.

7.2.1.4 Parâmetros de instalação de usos em função da largura da via

Quanto à largura da via, além de não permitir algumas atividades em vias com largura inferior
a 10 metros, a Lei nº 13.885, de 25 a agosto de 2004, estabeleceu limites para a instalação de usos
não residenciais, tais como o controle da altura de edifícios e o tamanho dos empreendimentos (área
construída). Por exemplo, hotéis não podem se instalar em vias com largura inferior a 10 metros, assim
como uma agência de turismo não pode ter mais que 250 m² de área construída em via com essa
mesma largura.

115
Unidade II

As diretrizes estratégicas do zoneamento adotadas no município de São Paulo foram as seguintes:

Garantir moradia digna para quem precisa

Para enfrentar o déficit habitacional e a falta de moradia adequada e bem localizada para a
população de baixa renda, mantêm‑se as Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis), assim como são
definidas no PDE, com a intenção de estimular a produção de Habitação de Interesse Social (HIS), e
criam‑se duas novas zonas: Zona Mista de Interesse Social (ZMIS) e Zona de Centralidade em Zeis
(ZC‑Zeis). Em ambas as zonas são permitidas atividades comerciais e de serviços, como supermercado,
loja e farmácia, buscando promover uma cidade mais diversa, facilitar a vida dos moradores e gerar
renda na região.

O déficit habitacional é a medida das insuficiências de moradia de uma determinada sociedade.


Essas insuficiências não se referem exclusivamente à quantidade de moradias que faltam para abrigar
as pessoas, mas também às condições das moradias existentes. Para seu cálculo são levados em conta
quatro componentes: o número de domicílios precários (improvisados e rústicos), a coabitação (número
de famílias conviventes com interesse de constituir domicílio próprio), o ônus excessivo com aluguel
e o adensamento excessivo de domicílios alugados (condição caracterizada pelo número médio de
moradores por dormitório acima de três) (DÉFICIT…, [s.d.]).

Figura 111 – Déficit habitacional

116
ARQUITETURA E URBANISMO

Zeis 1
Áreas caracterizadas
pela presença de
favelas e loteamentos
irregulares, habitadas
predominantemente
por população de baixa
renda.

Zeis 2
Áreas caracterizadas
por glebas ou lotes
não edificados ou
subutilizados, adequados
à urbanização.

ZC-Zeis
Lotes ou quadras localizados
nas principais ruas e avenidas
internas às Zeis, que exercem
estruturação local. São áreas
destinadas ao incentivo de usos
não residenciais, de forma a
promover a diversificação de
usos no local.

Figura 112 – Garantir moradia digna para quem precisa

Orientar o crescimento da cidade nas proximidades do transporte público

Para otimizar a ocupação das áreas com boa oferta de transporte público coletivo e fomentar
centralidades locais, foram demarcadas as Zonas Eixo de Estruturação da Transformação Urbana (ZEU) e a
Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto (Zeup), próximas às estações de trem, metrô e
corredores de ônibus. Também foi criada a Zona de Estruturação Metropolitana (ZEM), demarcada ao longo
das ferrovias e da margem dos principais rios localizados na macroárea de estruturação metropolitana,
com o objetivo de promover maior diversidade de atividades e atrair a população para esses locais, que
também estão próximos da rede de transporte público.

117
Unidade II

Alto coeficiente de
aproveitamento
Fruição pública Permite adensamento
Incentivo urbanístico construtivo, promovendo
para empreendimentos melhor aproveitamento da
que destinarem infraestrutura existente.
áreas para uso
público, incentivando
a circulação de
pedestres.

Fachada ativa
Incentivo urbanístico para
edificios com comércio,
serviços e equipamentos
no térreo, com acesso
aberto à população.

Figura 113 – Orientar o crescimento da cidade nas proximidades do transporte público

A figura mostra de que forma orientar o crescimento da cidade nas proximidades do transporte
público. A fachada ativa corresponde à exigência de ocupação da extensão horizontal da fachada por
uso não residencial com acesso direto e abertura para o logradouro, a fim de evitar a formação de
planos fechados na interface entre as construções e os logradouros, promovendo a dinamização dos
passeios públicos.

A fruição pública corresponde à área livre externa ou interna às edificações, localizada nos
pavimentos de acesso direto ao logradouro público, com conexão em nível ao logradouro e demais
espaços públicos sempre que o lote tiver frente para mais de um logradouro público, destinada à
circulação de pessoas, não sendo exclusiva dos usuários e moradores. Para melhorar a mobilidade
urbana, além de procurar reduzir a geração de viagens de automóveis em áreas onde o sistema viário
já está saturado, é preciso incentivar a reversão do atual modelo de mobilidade, no qual o carro tem
papel de destaque.

Mobilidade urbana é a condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço


urbano. Ela tem como funções promover qualidade de vida às pessoas, subsidiar o planejamento urbano
e garantir o desenvolvimento urbano (MOBILIDADE…, [s.d.]).

118
ARQUITETURA E URBANISMO

Figura 114 – Mobilidade urbana

Uso misto nos


edifícios-garagem
Estímulo a instalação de
atividades não residenciais
e com fachada ativa no
pavimento de acesso
desses edificios.

Alargamento
de calçadas
Obrigatório para lotes
maiores que 2.500 m3
nas ZC e para as zonas
pertencentes a Território
de Transformação.

Figura 115 – Alternativas para melhorar a mobilidade urbana

119
Unidade II

Qualificar a vida urbana dos bairros

Garantir o direito das pessoas à cidade, proporcionando diversidade de usos, disponibilidade de


espaços verdes e qualidade na relação entre os espaços públicos e privados. Quanto ao pedestre, a nova
lei incentiva ou exige calçadas mais amplas em função da zona de uso e do tipo de empreendimento,
por exemplo, escolas e hospitais.

Tamanho máximo de lote


Para garantir maior
permeabilidade aos caminhos
de pedestres, lotes com
área maior que 20.000m2
devem doar áreas verdes e
institucionais enquanto lotes
maiores do que 40.000m2
também são obrigados a abrir
novas vias.

Incentivos ao
uso misto
Incentivos ao uso misto
nos lotes de diversas
zonas da cidade.

Controle de gabarito
no entorno de vilas

Figura 116 – Qualificar a vida urbana dos bairros

Promover o desenvolvimento econômico da cidade

Fortalecer o setor produtivo da cidade e facilitar a instalação de atividades econômicas a partir de


uma série de mudanças, visando a melhoria do ambiente de negócios da cidade.

120
ARQUITETURA E URBANISMO

Zonas
predominantemente
industriais
Áreas destinadas à implantação
e manutenção de usos
industriais em conjunto com
usos residenciais e comerciais.

Fomento às atividades
econômicas
Buscando incentivar a instalação
de atividades econômicas em
áreas com carência de emprego,
alguns grupos de atividade
estão dispensados da exigência
de vagas de estacionamento de
carga e descarga.

Figura 117 – Promover o desenvolvimento econômico da cidade

Preservar o patrimônio cultural

Para garantir a proteção dos bens de interesse histórico de São Paulo, demarcados como Zonas
Especiais de Preservação Cultural (Zepec), o novo zoneamento dá continuidade e acrescenta questões
importantes ao instrumento da Transferência do Direito de Construir (TDC). Os imóveis tombados
geralmente não podem realizar significativas alterações nas suas características construtivas e,
consequentemente, não modificam o seu potencial construtivo. Dessa forma, o instrumento da TDC
possibilita que o potencial construtivo de imóveis tombados seja utilizado em outras regiões da cidade
ao mesmo tempo que contribui com a conservação dos imóveis de valor histórico‑cultural.

121
Unidade II

Bens imóveis
representativos (BIR)
Imóveis com valor histórico,
arquitetônico, artistico,
arqueológico e cultural.

Áreas de proteção
Áreas de proteção cultural (APC)
paisagística (APPa)
Locais de formação, produção
Locais com e exibição de conteúdos
características culturais e artísticos que
ambientais, naturais ou tenham significado afetivo e
antrópicas significativas. simbólico para a comunidade.

Áreas de urbanização
especial (AUE)
Transferência do direito de
Porções do território ou construir (TDC)
conjuntos urbanos com
características singulares.
O potencial construtivo transferível de um imóvel
tombado é calculado com base na área do seu
terreno. A Transferência do Direito de Construir
permite que esse potencial seja utilizado em outro
local da cidade.
Uma Declaração pode gerar mais de uma Certidão
até que se esgote todo o potencial construtivo
transferível do imóvel tombado.

Figura 118 – Preservar o patrimônio cultural

Incorporar a agenda ambiental ao desenvolvimento da cidade

Para a proteção das áreas ambientais foram criadas: a Zona Especial de Preservação Ambiental (Zepam),
a Zona Especial de Preservação (ZEP) e a Zona de Preservação e Desenvolvimento Sustentável (ZPDS).

Para vincular a agenda ambiental ao desenvolvimento da cidade, foi instituída a Quota Ambiental,
que exige que as novas edificações públicas e privadas adotem soluções construtivas, paisagísticas e
tecnológicas, buscando reduzir a sobrecarga nos sistemas de drenagem e os efeitos das ilhas de calor.

122
ARQUITETURA E URBANISMO

Quota ambiental Parâmetros


Para auxiliar na melhoria da Vegetação
qualidade ambiental da cidade os Cobertura verde
lotes com áreas acima de 500m2 Fachada verde
devem atingir uma pontuação
mínima através da adoção de Reservatório de retenção
soluções construtivas, paisagísticas Área ajardinável ou
e tecnológicas a critério do piso semipermeável
proprietário.

Zona especial de preservação ambiental


Àreas destinadas a preservação e proteção do
patrimônio ambiental, que prestam serviços
ambientais, onde são encontrados remanescentes de
Mata Atlântica e outras formas de vegetação nativa e
significativa. Qualquer tipo de atividade emplantada
em uma Zepam pode utilizar apenas 10% da área.
Parques lineares existentes, parques urbanos existentes
e planejados, parques naturais planejados também
fazem parte da Zepam.

Atividades de uma Zepam


Uso residencial unifamiliar
Parques urbanos e lineares existentes
Ecoturismo
Comércio sustentável Zona de preservação
Pesquisa e educação ambiental e desenvolvimento
sustentável

Figura 119 – Incorporar a agenda ambiental ao desenvolvimento da cidade

Saiba mais

Para verificar a zona de uso de um imóvel no município de São Paulo,


experimente o GeoSampa e pesquise o endereço informando o nome do
logradouro no Mapa Digital da Cidade de São Paulo.

MAPA digital da cidade de São Paulo. [s.d.]. Disponível em: <http://geosampa.


prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx>. Acesso em: 29 nov. 2018.

Consulte também o seu tutorial:

TUTORIAL. [s.d.]. Disponível em: <http://geosampa.prefeitura.sp.gov.


br/PaginasPublicas/downloadArquivoOL.aspx?orig=DownloadTutorial&
arq=tutorial_mapa.pdf&arqTipo=TUTORIAL>. Acesso em: 29 nov. 2018.
123
Unidade II

7.3 Código de obras

Código de obras é o conjunto de normas que dispõe sobre as regras gerais e específicas a serem
obedecidas no projeto, licenciamento, execução, manutenção e utilização das obras e edificações. São
parâmetros que estabelecem áreas mínimas de circulação, ventilação, iluminação, espaços mínimos,
entre outros (CÓDIGO…, [s.d.]).

Figura 120 — Código de obras

Exemplo de aplicação

Conhece o código de obras do seu município? Você pode pesquisar no portal da prefeitura ou vá até
lá para consultá‑lo, pois será uma prática muito comum na vida profissional do engenheiro civil.

7.3.1 Código de Obras e Edificações (COE) do município de São Paulo – Lei nº 16.642,
de 9 de maio de 2017. Decreto nº 57.776, de 7 de julho de 2017

O COE é o instrumento que disciplina as regras gerais de licenciamento da atividade edilícia, bem
como de fiscalização da execução, manutenção e utilização de obras e equipamentos.

Os detalhes internos das edificações ficam a critério do proprietário e do autor do projeto, que
agora possuem responsabilidades explícitas. Desse modo, a Prefeitura poderá se focar nos aspectos
urbanísticos, ambientais, de sustentabilidade, acessibilidade e segurança dos empreendimentos. Este
não legisla quando já existem normas técnicas, evitando sobreposições de normas, além de possibilitar
que o profissional habilitado exerça seu ofício com responsabilidade.

Os componentes prioritários de avaliação são urbanísticos, ambientais e de vizinhança. Eles


asseguram que a Prefeitura mantenha seu compromisso de estabelecer instrumentos de planejamento
urbano, capazes de organizar melhor os espaços da cidade de modo a torná‑la um lugar mais agradável
para se viver.
124
ARQUITETURA E URBANISMO

A seguir, algumas definições utilizadas no COE do município de São Paulo:

A) Ático: parte do volume superior de uma edificação, B) Beiral: prolongamento da cobertura que se sobressai
destinada a abrigar casa de máquinas, piso técnico de das paredes externas da edificação.
elevadores, equipamentos, caixa d’água e circulação vertical.

C) Jirau: elemento constituído de estrado ou passadiço, D) Pérgula: estrutura composta por vigas e colunas
instalado a meia altura em compartimento. descobertas.

Edificação
Áreas a acrescentar regularmente
(reforma) existente

E) Reforma: considera‑se reforma a intervenção em edificação que altere sua área construída ou volumetria, com a
simultânea manutenção de parte ou de toda a área existente, implicando ou não a mudança de uso.

Figura 121 — Glossário

125
Unidade II

A) Proprietário: pessoa física ou jurídica, B) Responsável técnico pelo projeto:


proprietária do título de propriedade do elaboração do projeto, conteúdo das peças
imóvel registrado em Cartório. gráficas, especificações e exequibilidade de
seu trabalho.

C) Possuidor: pessoa física, jurídica, ou


sucessor que tenha o exercício de usar o D) Responsável técnico pela obra:
imóvel objeto. correta execução da obra de acordo com
o projeto aprovado e pela instalação e
manutenção do equipamento.

Figura 122 - Agentes responsáveis. Lei nº 16.642, art. 5º, I e II, e art. 8º, §1º e §2º

Convém lembrar que, durante a execução da obra ou serviço, é obrigatória a manutenção do


passeio desobstruído e em perfeitas condições, de acordo com a legislação municipal aplicável, sendo
vedada sua utilização, ainda que temporária, como canteiro de obras ou para carga e descarga de
materiais de construção.

Gruas devem observar o gabarito


estabelecido pelo Depto. de Controle
do Espaço Aéreo (Decea)

> 2,2m

Passeio desobstruído e em
perfeitas condições

Avanço do tapume, limitado até


metade da largura do passeio, mediante Não prejudicar a arborização da rua, a
a emissão de Alvará de Autorização iluminação pública, visibilidade de placas,
avisos e sinais de trânsito e outras indicações

Figura 123 – Canteiro de obras/anexo I – disposições técnicas

126
ARQUITETURA E URBANISMO

Saiba mais

A cidade de Maringá ocupou o primeiro lugar na gestão fiscal no Paraná


por oito anos consecutivos e é considerada a oitava melhor cidade do Brasil.
Descubra os motivos que a levaram a ocupar tal posição em:

CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (CBIC). O futuro da


minha cidade: manual de implantação do Conselho de Desenvolvimento da
Cidade. Brasília: CBIC, 2018. Disponível em: <https://cbic.org.br/wp‑content/
uploads/2018/05/Futuro‑da‑minha‑cidade‑segunda‑Edicao.pdf>.
Acesso em: 17 dez. 2018.

Pesquise e descubra a posição ocupada pela cidade onde nasceu ou vive


no ranking das cidades brasileiras.

8 A CIDADE DO FUTURO: INTELIGENTE, SUSTENTÁVEL, INCLUSIVA E HUMANA

A metropolização da vida humana é um processo irreversível. Apesar de todos os problemas, as


grandes cidades continuam a atrair gente, negócios, talentos e novas construções. Muitas delas já
deixaram de crescer vertiginosamente, mas não sem antes alcançarem a casa dos milhões de habitantes
e de colecionarem problemas de mobilidade, poluição do ar, saneamento, falta de áreas verdes e de
espaços de lazer e gritantes desigualdades.

O planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, e sim com as consequências das
decisões que são tomadas agora. A seguir algumas das megatendências das cidades do futuro:

• O acelerado processo de urbanização, provocando crescimento desordenado do perímetro urbano


e, consequentemente, comprometendo a mobilidade de pessoas e de mercadorias.

• A mudança do perfil demográfico com o rápido envelhecimento da população.

• As mudanças climáticas e os impactos de fenômenos naturais cada vez mais intensos e frequentes.

• A tecnologia exponencial, o monitoramento urbano e a internet das coisas, abrindo espaço para
o conceito das cidades inteligentes (smart cities).

As cidades do século XXI dependem cada vez mais da qualidade de sua gestão territorial e fiscal,
independentemente de seu tamanho e vocação econômica; para isso têm muita importância as parcerias
realizadas entre o governo e o setor privado, assim como a mobilização das comunidades.

127
Unidade II

Saiba mais

Veja duas vitrines de tecnologias para cidades inteligentes, uma em Xerém


(RJ) e outra no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu (PR), onde se
localiza o laboratório vivo (living lab) de cidades inteligentes, respectivamente:

AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL. Cidades


inteligentes. [s.d.]. Disponível em: <https://www.abdi.com.br/inovacao/
cidades‑inteligentes>. Acesso em: 7 jan. 2019.

PARQUE TECNOLÓGICO ITAIPU. História. [s.d.]. Disponível em: <https://


www.pti.org.br/pt‑br/sobre‑o‑pti>. Acesso em: 7 jan. 2019.

Em parceria com a Confederação Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e com o Serviço


Nacional da Indústria (Senai), o Instituto Jaime Lerner apresentou um guia contendo uma série de
componentes estratégicos para que as cidades cresçam com qualidade, promovendo sempre o melhor
bem‑estar e mais qualidade de vida para seus habitantes e usufrutuários.

Os desejos da população urbana são:

• acabar com o déficit habitacional;

• gerar empregos de qualidade;

• dispor de educação e de saúde com estabelecimentos equipados e recursos humanos qualificados;

• usufruir de sistemas de mobilidade com segurança, conforto, rapidez e custo acessível;

• desfrutar de áreas verdes equipadas, seguras e amenas, com ar limpo.

O guia contempla um novo modelo de planejamento para resultados na gestão urbana, com o
envolvimento dos cidadãos, que adote a prática do planejamento estratégico, o uso de novas tecnologias
e de novos procedimentos de gestão.

128
ARQUITETURA E URBANISMO

Enf
al
Equitativo

oqu
oci
es

ee
oqu

con
Enf

ôm
Sustentável

ico
Tolerável Viável

Enfoque ambiental

Figura 124 – A visão de futuro e sua concepção

A cidade é uma estrutura que precisa integrar vida, trabalho e mobilidade. Na visão de futuro da
gestão de cidades, conforme o arquiteto e urbanista, ex‑prefeito de Curitiba e ex‑governador do Paraná:

O melhor exemplo de qualidade de vida é a tartaruga. É um exemplo de vida,


trabalho e mobilidade, juntos. Você percebe que a carapaça da tartaruga se
parece com a tessitura urbana. Se cortarmos a carapaça da tartaruga, ela vai ficar
triste. E é o que estamos fazendo em nossas cidades: vivendo aqui, trabalhando
ali, tendo lazer mais adiante (LEMER apud INSTITUTO…, 2017, p. 14).

Figura 125 – A tartaruga como exemplo de qualidade de vida

De acordo com o manual de implantação do Conselho de Desenvolvimento da Cidade, uma iniciativa


da CBIC, as megatendências globais sobre o futuro das cidades são as seguintes.

8.1 Mobilidade

Todas as cidades acima de 20 mil habitantes obrigatoriamente precisam elaborar seus planos de
mobilidade urbana com prospecto de longo prazo. É recomendável que o prospecto considere elementos

129
Unidade II

relevantes que se tornem realidade em várias cidades brasileiras e que, dentro de um horizonte de
vinte anos, possam representar alterações muito significativas no trânsito e, por consequência, nos
sistemas viários projetados para solucionar os complexos problemas de congestionamento enfrentados
por inúmeros aglomerados urbanos e metropolitanos.

A indústria automotiva já está consciente da tendência de redução no número de veículos


particulares e do crescimento expressivo de carro compartilhado e por isso tem investido em tecnologias
de compartilhamento, um fenômeno presenciado em praticamente todas as montadoras. Isso reduzirá
o volume de carros nas ruas e diminuirá o alto custo de manutenção das rodovias ao longo dos anos.
Da mesma forma, os expressivos investimentos no veículo autônomo colocarão nas ruas automóveis que
poderão servir a várias pessoas ao longo do dia, em vez de congestionar as ruas nos horários de pico e
depois ocuparem vagas de estacionamento a maior parte do tempo, isso também afetará positivamente
a mobilidade, no entanto, exigirá do Poder Público normas e regulamentação específicas.

Figura 126 – Veículo compartilhado em Amsterdã (Holanda)

Esses componentes certamente orientarão o mercado para os veículos elétricos, que, por sua
vez, exigirão dos códigos de obra e da engenharia de trânsito soluções para o reabastecimento ou
carregamento das baterias em edifícios residenciais ou comerciais futuros, mas também adaptações
aos existentes.

Figura 127 – Veículo elétrico em Milão (Itália)

130
ARQUITETURA E URBANISMO

Figura 128 – Veículos elétricos em Bruxelas (Bélgica)

Figura 129 – Vagas para estacionamento na região em Bruxelas (Bélgica)

Figura 130 – Veículos compactos dos prestadores de serviços em Hamburgo (Alemanha)

131
Unidade II

Figura 131 – Veículos de passeios e motos são transportados em carroceria acoplada ao último vagão do trem para viagens
internacionais, interestaduais ou intermunicipais em Hamburgo (Alemanha)

Figura 132 – Estruturas que permitem o estacionamento


de bicicletas em Estocolmo (Suécia)

Saiba mais

Acesse os indicadores de efetividade da Política Nacional de Mobilidade


Urbana, consultando o relatório de atividades e resultados do grupo de
trabalho para definição de indicadores para monitoramento e avaliação
da efetividade da Política Nacional de Mobilidade Urbano (PNMU) do
Ministério das Cidades.

BRASIL, Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Desenvolvimento


Urbano. Indicadores para monitoramento e avaliação da efetividade da Política
Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU). Brasília: SCNMU, 2018. Disponível em:
<http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSEMOB/publicacoes/
relatorioindicadores2018.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2018.

132
ARQUITETURA E URBANISMO

Figura 133 – Mobilidade

8.2 Perfil demográfico

A redução das taxas de natalidade, associada a avanços tecnológicos na área da saúde, bem como
a melhoria na qualidade de vida da população estão provocando alterações relevantes na composição
demográfica das cidades brasileiras.

Figura 134 – Transporte de crianças num passeio em uma das praças em Bruxelas (Bélgica)

As pressões atuais para a construção de creches e abertura de vagas em escolas do ensino fundamental,
hoje praticamente universalizado, terão lugar a demandas decrescentes ao longo dos próximos anos, e
simultaneamente haverá um aumento significativo da população idosa, que demandará, cada vez mais,
atenção, infraestrutura e investimentos das prefeituras.
Creches construídas agora deverão ser projetadas para conversão futura em centros de atendimento
de idosos (creches da melhor idade).
Como esse fato é irreversível, é considerado nas políticas públicas na área da educação, da saúde, da
habitação, do transporte coletivo, da atividade produtiva com menos pessoas ativas economicamente do que
inativas; a pauta deve ser incluída até mesmo no trânsito, já que mais vagas de idosos serão demandadas.

133
Unidade II

Figura 135 – Perfil demográfico


8.3 Mudanças climáticas

Com a ocorrência de mudanças climáticas, a mitigação dos impactos dos fenômenos resultantes nos
ambientes construídos será mais eficiente se precedida de avaliações em que os parâmetros de projeto
incorporem essas novas realidades.

Chuvas intensas, muito acima das ocorrências anteriores, estão acontecendo, e a tendência é de que sejam
cada vez mais frequentes, portanto, suas consequências deveriam ser previstas num plano de adaptação
e mitigação de mudanças climáticas. O mapeamento de áreas vulneráveis e de equipamentos públicos
suscetíveis a impactos mais relevantes já deveria ter sido feito, inclusive com programas de realocação de
pessoas das zonas de risco, de forma que nem moradores nem o Poder Público sejam surpreendidos com
tais eventos.

Cidades com rios dentro de seus perímetros urbanos, por exemplo, devem não apenas dar mais
atenção aos aspectos diretamente relacionados com eventuais enchentes como também considerar a
conveniência de projetar equipamentos públicos como possíveis alternativas para atender a situações
emergenciais ou à população sem‑teto. Por exemplo, a construção de ginásios de esportes em cidades
mais suscetíveis a inundações deveria prever instalações sanitárias dimensionadas para a eventualidade
de os ginásios serem usados como abrigos temporários bem como deveria ter espaços adequados
a refeitórios ou berçários. Ainda poderíamos construir quadras de esporte sobre reservatórios de
detenção como mitigação de águas pluviais. A prevenção sairá mais barata do que a busca por soluções
emergenciais de última hora.

Estradas ou vias de acesso aos equipamentos de saúde, que são amplamente demandados em
catástrofes, merecem igualmente atenção especial, e o planejamento de soluções alternativas não deveria ser
menosprezado. Os projetos da arquitetura efêmera ou humanitária significariam uma grande colaboração.

8.4 Economia circular

Assim como as mudanças climáticas, os impactos da economia circular gerarão acentuadas pressões
sobre as políticas públicas. O entendimento de que todos os resíduos devem voltar ao processo produtivo
134
ARQUITETURA E URBANISMO

está cada vez mais presente nos planos estratégicos de organizações públicas e privadas. Muitos avanços
acontecerão com as tecnologias focadas na destinação de resíduos sólidos urbanos, e isso exigirá, das
prefeituras, investimentos em novos conceitos de coleta e de destinação, bem como novos comportamentos
da população em hábitos de consumo, visando à redução, à reutilização e à reciclagem daquilo que
consideramos lixo. Antecipar soluções que caracterizam tendências globais nessa área podem resolver
problemas ambientais e simultaneamente alavancar a economia, atraindo novos negócios.

8.5 Inovação e avanços tecnológicos

O acelerado e intensivo uso das redes sociais e da telefonia móvel, associado à crescente capacidade
de gerar, armazenar e utilizar dados, tem transformado a vida das pessoas, a atividade econômica em
geral e, consequentemente, as cidades.

Economia circular, economia criativa e economia digital, juntamente com Data Science, são mais
do que expressões do vocabulário, esses conceitos já estão transformando a atividade produtiva
e determinando o grau de competitividade e atratividade de cidades e de regiões, assegurando ou
comprometendo, portanto, o futuro próximo destas.

Os impactos positivos ou negativos dessas tendências estão diretamente associados a investimentos


e políticas públicas que permitam ou favoreçam o fortalecimento de ecossistemas de inovação.

As pessoas terão cada vez mais dispositivos conectados fazendo parte do seu cotidiano. A qualidade
e a disponibilidade de conectividade serão, portanto, diferenciais para o desenvolvimento de negócios e
geração de oportunidades de trabalho e renda. Cidades que têm leis restritivas à instalação de antenas
para celulares, por exemplo, estão provocando prejuízos ao próprio crescimento econômico.

Rapidamente, a tecnologia substituirá pessoas e eliminará postos de trabalho ao mesmo tempo


que criará novas oportunidades desde que o entendimento e a preparação para esse novo paradigma
estejam presentes nas políticas públicas, que vão desde a educação fundamental, já com tecnologias
pedagógicas modernas e disruptivas, até a indústria 4.0, que alterará modelos tradicionais de produção
de bens de consumo com uma presença cada vez maior das impressoras 3D (podem imprimir até uma
casa), por exemplo, substituindo instalações industriais de alguns produtos.

Considerando‑se a velocidade dos avanços tecnológicos, uma análise aprofundada das perspectivas
desses impactos em relação à realidade econômica de cada cidade, além da eficiência do uso dos
recursos, como água e energia, deveria ser objeto de temática específica com alta relevância e foco nas
adequações que devem influenciar tanto o Poder Público quanto o setor privado, com indispensável
participação da academia.

A efetiva implementação dos conceitos de smart cities e, na sequência, de sharing cities determinará
as cidades que conseguirão florescer em meio ao turbilhão tecnológico que transforma o mundo.

135
Unidade II

Figura 136 – Pequeno caminhão de mudança equipado com apenas uma pessoa, que é o
próprio motorista (esquerda), e veículo com apenas um condutor, que também recolhe o lixo
dos estabelecimentos comerciais numa estação ferroviária (direita) em Bruxelas (Bélgica)

Figura 137 – A compra de bilhetes de ônibus, trens, bondes e metrôs é realizada em máquinas.
Na maioria das estações metroferroviárias de muitas cidades europeias não há catracas

8.6 Apoio especializado

Recomenda‑se a constituição das governanças por meio do auxílio de consultoria (facilitadores),


considerando‑se experiências vivenciadas anteriormente, seja como consultor, seja na atuação
como conselheiros, executivos de governanças. Deve‑se levar em consideração também a realidade
de cada cidade em seus inúmeros aspectos, em especial, nos trabalhos sinérgicos já realizados, no
seu estágio de implementação e no ambiente de cooperação entre as entidades e entre as pessoas.
Essas questões, entre outras, determinarão o plano de trabalho para cada cidade, somam‑se, ainda,
ao caminhar da implantação, a escolha de modelos jurídicos da governança, orientações quanto a
dimensionamentos de pauta de temas e projetos versus a capacidade técnica e financeira instalada.

8.7 Atuação da mulher e do jovem

A participação das mulheres, bem como dos jovens, é importante na formação de governanças da
sociedade civil. É necessária a inserção das mulheres para que atuem junto às Câmaras Técnicas em
suas especialidades, na Diretoria, no Plenário, representando sua entidade de classe, uma vez que elas
já participam de projetos sociais e cívicos pelas cidades. E dos jovens, para que se ambientem com o
136
ARQUITETURA E URBANISMO

empreendedorismo, bem como com o poder de impacto, e o desenvolvam, tal e qual o fazem com o de
negócios, por estarem familiarizados com a inovação e com a tecnologia, elementos estratégicos para a
pauta de trabalho e perpetuação da governança – o potencial social que se renova.

8.8 Empreendedorismo de integração

Quando se fala em sociedade civil organizada, cria‑se um capital social que pensará a coletividade,
o fortalecimento da comunidade, o aprimoramento da articulação e o entendimento da política
institucional, da meritocracia, do apartidarismo, da gestão pública e das políticas públicas, reconhecendo
os limites da ação do Estado e melhorando, por exemplo, o desenvolvimento socioeconômico, a qualidade
de vida e o ambiente de negócios da cidade e/ou do território.

O empreendedorismo social está pautado nas ações que desenvolvam o coletivo e tenha seu foco
na solução dos problemas e oportunidades que estão presentes nas cidades e que beneficiarão os mais
diferentes segmentos da sociedade. Ele exige o redesenho de relações entre comunidade, governo e setor
privado, com base no modelo de parcerias. O resultado final desejado é a promoção da qualidade de vida
social, cultural, econômica e ambiental sob a ótica da sustentabilidade. O caminho é a cooperação em
vez da competitividade, da eficiência sistêmica em vez de eficiência apenas individual.

O desenvolvimento do empreendedorismo cívico‑social deve ser um exercício constante, tendo os


objetivos de manter e evoluir com o capital social, indispensável para a perenidade da governança.

Figura 138 – Lazer em harmonia com a natureza no verão em Estocolmo (Suécia)

Figura 139 – Espreguiçadeiras em Amsterdã (Holanda) e Bruxelas (Bélgica). Exemplos simples


que poderiam ser adotados nas cidades brasileiras para incluir principalmente cidadãos
da melhor idade que necessitam de algumas paradas para continuar suas caminhadas

137
Unidade II

Figura 140 – Caixas de areia para crianças em Bremen (Alemanha)

Figura 141 – Caixas de areia durante a chuva de verão em Bremen (Alemanha)

Resumo

Espero que o(a) aluno(a), ao final da leitura deste livro‑texto, tenha


compreendido a importância da disciplina Arquitetura e Urbanismo na
formação do engenheiro civil.

Conhecemos as principais legislações urbanas e ambientais para uma


cidade tornar‑se inteligente, sustentável, inclusiva e humana. O Dia Mundial
das Cidades é comemorado em 31 de outubro (ONU).

Num breve histórico da urbanização do Brasil, um país com dimensões


continentais, vimos a transformação da população brasileira, inicialmente
rural, passando por vários ciclos econômicos até se tornarem uma
população urbana, consequência do processo de industrialização pelo qual
o País passou a partir do final do século XIX.

Quanto à urbanização brasileira, as cidades, nas últimas décadas,


passaram a ser caracterizadas pela fragmentação do espaço e pela exclusão

138
ARQUITETURA E URBANISMO

social e territorial. Boa parte das cidades brasileiras possui algum tipo de
assentamento precário, normalmente longe dos grandes centros, sem acesso,
desprovido de infraestruturas e equipamentos mínimos. Para minimizar e
resolver os problemas decorrentes desse modelo, surgiu o Estatuto da Cidade,
lei federal que regulamentou o capítulo da Política Urbana da Constituição
Federal. A lei estabelece princípios e diretrizes que norteiam a aplicação de
um conjunto de instrumentos de planejamento urbano.

O principal instrumento é o Plano Diretor, que orienta o


desenvolvimento urbano das cidades e estabelece os parâmetros para
que a propriedade urbana cumpra sua função social. Em relação às leis
urbanísticas municipais, foram apresentados os instrumentos do marco
regulatório da política urbana dos municípios: o Plano Diretor, a Lei de
Zoneamento e o Código de Obras.

Finalizamos com reflexões sobre o futuro das cidades que enfrentam


desafios de urbanização. A solução precisa vir da participação da população
que vivencia os problemas no seu dia a dia, da gestão das cidades pelo
Poder Público e nós, profissionais, técnicos da construção civil e urbanistas.
A arquitetura e o urbanismo assim como a engenharia civil, são
indispensáveis e fundamentais na construção de uma cidade segura,
inclusiva, socialmente justa e ambientalmente sustentável. As cidades
são pensadas no longo prazo e com o objetivo de tornarem‑se mais
amigáveis, mais seguras, locais em que o cidadão possa apropriar‑se
do espaço público e onde seja garantida a continuidade das ações
independentemente do titular da gestão.

Esperamos que a leitura deste livro‑texto tenha despertado o interesse na


busca incansável do conhecimento para o aprimoramento. Os assuntos aqui
abordados são de suma importância não só para sua formação acadêmica,
mas também na aplicação em sua carreira profissional. Desejamos que o(a)
aluno(a) esteja motivado(a) e alcance o sucesso num futuro promissor na
carreira que escolheu.

Exercícios

Questão 1. Mudanças climáticas intensas estão acontecendo e a tendência é de que sejam cada
vez mais frequentes, portanto, suas consequências deveriam ser previstas num plano de adaptação
e mitigação de mudanças climáticas. O mapeamento de áreas vulneráveis e equipamentos públicos
suscetíveis a impactos mais relevantes já são feitos em vários municípios brasileiros, inclusive com
programas de realocação de pessoas das zonas de risco, de forma que nem moradores nem o poder
público sejam surpreendidos com tais eventos.

139
Unidade II

No entanto, muitos municípios ainda sofrem com eventos climáticos, principalmente em função da
péssima forma de ocupação urbana que caracteriza boa parte das cidades brasileiras. A arquitetura, o
urbanismo e a engenharia civil têm de trabalhar juntos para diminuir o impacto de eventos climáticos
na vida das pessoas que moram em situações de risco dentro das cidades. O urbanismo é a disciplina que
deve concentrar o foco na busca de soluções para esses problemas, mas a arquitetura e a engenharia
também têm sua contribuição, desde a elaboração de projetos mais adequados a locais em que a
construção tem de ser feita com maior cuidado (tanto na superestrutura quanto nas fundações) até a
possibilidade de criar projetos capazes de receber pessoas que foram retiradas de suas casas por causa
de um evento climático.

Assim, como a engenharia civil pode contribuir para reduzir o impacto de eventos climáticos na cidade?

A) Gerando propostas construtivas para construções mais seguras em locais de risco.

B) Elaborando uma legislação que impeça a cidade de ser ocupada.

C) Criando barreiras físicas para impedir que a urbanização aconteça dentro da cidade.

D) Elaborando desenhos em 2D e 3D mostrando projetos arquitetônicos.

E) Elaborando projetos que impeçam as mudanças climáticas de acontecer.

Resposta correta: alternativa A.

Análise das alternativas

A) Alternativa correta.

Justificativa: a engenharia civil é uma das principais responsáveis por elaborar projetos adequados a
situações que exigem mais das construções, tais como em morros e áreas alagadiças.

B) Alternativa incorreta.

Justificativa: a elaboração de legislações que melhorem a qualidade de vida nas cidades pode receber
a contribuição da engenharia civil, mas não impedir que a cidade seja ocupada.

C) Alternativa incorreta.

Justificativa: não faz sentido criar barreiras físicas que impeçam a cidade de exercer sua principal
finalidade, que é ser urbanizada.

D) Alternativa incorreta.

Justificativa: essa não é a finalidade da engenharia civil.


140
ARQUITETURA E URBANISMO

E) Alternativa incorreta.

Justificativa: não é mais possível fazer projetos que impeçam as mudanças climáticas de acontecerem.
No máximo é desejável que se façam projetos que reduzam o impacto dessas transformações na vida
das pessoas.

Questão 2. Leia o trecho da Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade) a seguir e
escolha a afirmação CORRETA:

“Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos
cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas,
respeitadas as diretrizes previstas no art. 2º desta Lei.

Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana”.

A) A propriedade urbana é o instrumento básico para elaborar uma política que intervenha no
espaço urbano.

B) A propriedade urbana privada deve se adequar ao que é exigido no plano diretor, pois assim
cumprirá sua função social.

C) A propriedade urbana não possui uma função social.

D) O plano diretor pretende intervir no espaço urbano exclusivamente para assegurar a propriedade
privada do espaço construído, evitando desigualdades sociais e promovendo o desenvolvimento
das atividades econômicas.

E) A aprovação do plano diretor é feita pelos vereadores do município.

Resposta desta questão na plataforma.

141
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES

Figura 1

PANORAMA do coprocessamento Brasil 2017. São Paulo: ABCP, 2017, p. 5. Disponível em: <https://
www.abcp.org.br/cms/wp‑content/uploads/2018/11/Panorama‑coprocessamento_2017_REV22.11.
pdf>. Acesso em: 13 mar. 2019.

Figura 2

CONGRESSO BRASILEIRO DE CONSTRUÇÃO (Construbusiness). 12., 2016, São Paulo. Investir


com responsabilidade. São Paulo: 2016. p. 29. Disponível em: <http://az545403.vo.msecnd.net/
uploads/2017/03/deconcic‑construbusiness‑2016.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 3

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Cuidados preliminares a serem tomados. [s.d.],


p. 2. Disponível em: <https://www.abcp.org.br/cms/wp‑content/files_mf/01Cuidados_preliminares.
pdf>. Acesso em: 13 mar. 2019.

Figura 4

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Mãos à obra: todas as etapas da construção. [s.d.],
p. 3. Disponível em: <http://www.abcp.org.br/cms/wp‑content/files_mf/maos_obra.pdf>. Acesso em:
19 mar. 2019.

Figura 5

CIDADE_MATARAZZO_3%2C_S%C3%A3O_PAULO_%28SP%29%2C_BRASIL.JPG. Disponível em:


<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fb/Cidade_Matarazzo_3%2C_S%C3%A3o_
Paulo_%28SP%29%2C_Brasil.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 6

BARDI, L. B. Detalhe de estudo preliminar: esculturas praticáveis do belvedere Museu de Arte


Trianon. In: CÁRDENAS, A. S. Masp: estrutura, proporção e forma. São Paulo: ECidade, 2015. p. 10.
Disponível em: <http://www.causp.gov.br/wp‑content/uploads/2015/12/LivroMaspEstrutura6.pdf>.
Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 7

ALVES, J. X. S. Sequência de vistas e relações entre o MAC e a paisagem do entorno. In: MAGAGNIN,
R. C.; SALCEDO, R. F. B.; CONSTANTINO, N. R. T (Org.). Arquitetura, urbanismo e paisagismo: contexto
contemporâneo e desafios. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013, v. 2. p. 127 (Arquitetura, urbanismo
e paisagismo – contexto contemporâneo e desafios). Disponível em: <https://www.academia.
edu/7138494/Arquitetura_Urbanismo_Paisagismo_WEB>. Acesso em: 13 dez. 2018.
142
Figura 8

CROQUIS_MENDES_DA_ROCHA‑890X395_C.JPG. Disponível em: <http://arquiteturaurbanismotodos.org.


br/wp‑content/uploads/2014/04/croquis_mendes_da_rocha‑890x395_c.jpg>. Acesso em: 15 dez. 2018.

Figura 9

COSTA, L. Biblioteca educação é cultura: arquitetura. Rio de Janeiro: Fename, 1980. p. 51. v. 10.

Figura 10

BARDI, L. B. Layout do logotipo e papelaria. In: CÁRDENAS, A. S. Masp: estrutura, proporção e


forma. São Paulo: ECidade, 2015. p. 13. Disponível em: <http://www.causp.gov.br/wp‑content/
uploads/2015/12/LivroMaspEstrutura6.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019

Figura 11

PEREIRA, A. G. Módulo 16: técnicas de construção. Brasília: Universidade de Brasília,


2009. p. 35 Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=622‑tecnicas‑de‑construcao&Itemid=30192>. Acesso em: 23 nov. 2017.

Figura 12

PEREIRA, A. G. Módulo 16: técnicas de construção. Brasília: Universidade de Brasília,


2009. p. 36. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=622‑tecnicas‑de‑construcao&Itemid=30192>. Acesso em: 23 nov. 2017.

Figura 13

PEREIRA, A. G. Módulo 16: técnicas de construção. Brasília: Universidade de Brasília,


2009. p. 36. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=622‑tecnicas‑de‑construcao&Itemid=30192>. Acesso em: 23 nov. 2017.

Figura 14

PLANTA‑BAIXA‑890X395_C.JPG. Disponível em:<http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/wp‑content/


uploads/2014/04/planta‑baixa‑890x395_c.jpg>. Acesso em: 11 nov. 2018.

Figura 15

AE_PLANTA_KIT_SUGESTAO.PDF. Disponível em: <http://www.abcp.org.br/cms/wp‑content/files_mf/


AE_Planta_Kit_sugestao.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

143
Figura 16

AE_PLANTA_KIT_SUGESTAO.PDF. Disponível em: <http://www.abcp.org.br/cms/wp‑content/files_mf/


AE_Planta_Kit_sugestao.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 17

CORTE‑PANTHEON‑COMMONS.WIKIMEDIA.ORG_‑890X395_C.JPG. Disponível em: <http://


arquiteturaurbanismotodos.org.br/wp‑content/uploads/2014/04/Corte‑Pantheon‑commons.wikimedia.
org_‑890x395_c.jpg>. Acesso em: 11 nov. 2018.

Figura 18

FAU‑USP‑VILANOVA‑ARTIGAS‑890X395_C.JPG. Disponível em: <http://arquiteturaurbanismotodos.org.


br/wp‑content/uploads/2014/03/fau‑usp‑vilanova‑artigas‑890x395_c.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 19

AE_PLANTA_KIT_SUGESTAO.PDF. Disponível em: <http://www.abcp.org.br/cms/wp‑content/files_mf/


AE_Planta_Kit_sugestao.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 20

AE_PLANTA_KIT_SUGESTAO.PDF. Disponível em: <http://www.abcp.org.br/cms/wp‑content/files_mf/


AE_Planta_Kit_sugestao.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 21

453FBE2190250B72BD3EB44D284B67A1C7C05C44‑890X395_C.JPG. Disponível em: <http://


arquiteturaurbanismotodos.org.br/wp‑content/uploads/2014/06/453fbe2190250b72bd3eb44d284b67a
1c7c05c44‑890x395_c.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 22

CATEGORY:BUILDING_INFORMATION_MODELING#/MEDIA/FILE:3D‑ARCHITECTURAL‑MODELS.JPG.
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Building_Information_Modeling#/
media/File:3d‑architectural‑models.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 23

CATEGORY:BUILDING_INFORMATION_MODELING#/MEDIA/FILE:CAD‑CONVERSION‑SERVICES.JPG.
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Building_Information_Modeling#/
media/File:Cad‑conversion‑services.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

144
Figura 24

CATEGORY:BUILDING_INFORMATION_MODELING#/MEDIA/FILE:ENGINEERING‑BIM.JPG. Disponível
em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Building_Information_Modeling#/media/
File:Engineering‑bim.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 25

FILE:OUTSOURCING‑BIM‑INTEGRATION‑CONSTRUCTION.JPG. Disponível em: <https://


commons.wikimedia.org/wiki/Category:Building_Information_Modeling#/media/
File:Outsourcing‑bim‑integration‑construction.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 26

FILE:ELECTRICAL‑SCHEMATIC‑DRAWING‑DRAFTING.JPG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.


org/wiki/Category:Building_Information_Modeling#/media/File:Electrical‑schematic‑drawing‑drafting.
jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 27

FILE:ACCURATE‑STRUCTURAL‑STEEL‑FABRICATION‑DRAWINGS.JPG. Disponível em:


<https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Building_Information_Modeling#/media/
File:Accurate‑Structural‑Steel‑Fabrication‑Drawings.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 28

PEREIRA, A. G. Módulo 16: técnicas de construção. Brasília: Universidade de


Brasília, 2009. p 59. Disponível: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=622‑tecnicas‑de‑construcao&Itemid=30192>. Acesso em: 23 nov. 2017.

Figura 29

WINDOW‑1642147_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/09/03/16/38/


window‑1642147_960_720.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 30

ARCHITECTURE‑1245754_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/


photo/2016/03/09/09/22/architecture‑1245754_960_720.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 31

PEREIRA, A. G. Módulo 16: técnicas de construção. Brasília: Universidade de Brasília,


2009. p. 56. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=622‑tecnicas‑de‑construcao&Itemid=30192>. Acesso em: 23 nov. 2017.

145
Figura 32

FNDE/MEC. Efeito chaminé para ventilação em escola indígena Yawanawá. Desenho com o
efeito chaminé. In: PEREIRA, A. G. Módulo 16: técnicas de construção. Brasília: Universidade
de Brasília, 2009. p. 56. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=622‑tecnicas‑de‑construcao&Itemid=30192>. Acesso em: 23 nov. 2017.

Figura 33

KOENIGSBERGER, O. et al. Trocas de calor do corpo humano. In: OLIVEIRA, T. A.; RIBAS, O. T. Sistemas
de controle das condições ambientais de conforto. Brasília: Ministério da Saúde, 1995. p. 30.
Disponível em: <http://anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/conforto.pdf>. Acesso em: 15 dez. 2018.

Figura 34

2019‑02‑10-18-04-25-1200X900.JPG. Disponível em: <https://pixnio.com/free-


images/2019/02/10/2019-02-10-18-04-25-1200x900.jpg>. Acesso em: 4 abr. 2019.

Figura 35

IMAGE.PHP?IMAGE=B13ARCHITECTURE_INTERIORS001.JPG. Disponível em: <http://www.imageafter.


com/image.php?image=b13architecture_interiors001.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 36

COLORED-PENCILS-4031668_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/


photo/2019/03/03/11/34/colored-pencils-4031668_960_720.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 37

ILUMINACAO-ZENITAL-890X395_C.JPG. Disponível em: <http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/wp-


content/uploads/2014/04/iluminacao-zenital-890x395_c.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 38

2018-09-22-00-06-02-1200X800.JPG. Disponível em: <https://pixnio.com/free-


images/2018/09/22/2018-09-22-00-06-02-1200x800.jpg>. Acesso: 4 abr. 2019.

Figura 39

EMPIRE-STATE-BUILDING-1081929_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/


photo/2015/12/08/00/40/empire-state-building-1081929_960_720.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

146
Figura 40

Grupo UNIP-Objetivo.

Figura 41

2018-12-08-15-38-43-1200X900.JPG. Disponível em: <https://pixnio.com/free-


images/2018/12/08/2018-12-08-15-38-43-1200x900.jpg>. Acesso em: 4 abr. 2019.

Figura 42

KON, N. Vista aérea do Masp. In: CÁRDENAS, A. S. Masp: estrutura, proporção e forma. São Paulo:
ECidade, 2015. p. 45. Disponível em: <http://www.causp.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/
LivroMaspEstrutura6.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 43

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Instalação elétrica. [s.d.]. p. 4. Disponível em: <https://
www.abcp.org.br/cms/wp-content/files_mf/12Instalacao_eletrica.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 44

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Instalação elétrica. [s.d.]. p. 2. Disponível em: <https://
www.abcp.org.br/cms/wp-content/files_mf/12Instalacao_eletrica.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 45

CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Gestão de recursos hídricos na indústria da


construção: uso eficiente da água em edifícios residenciais. Brasília: CBIC, 2016. p. 88. Disponível em:
<https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Recursos_Hidricos_2016-1.pdf>. Acesso em: 26 set. 2017.

Figura 46

CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Gestão de recursos hídricos na indústria da


construção: uso eficiente da água em edifícios residenciais. Brasília: CBIC, 2016. p. 88. Disponível em:
<https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Recursos_Hidricos_2016-1.pdf>. Acesso em: 26 set. 2017.

Figura 47

FILE:ONSITE_AIR_CONDITIONING_SYSTEM_REPAIRS.JPG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.


org/wiki/File:Onsite_Air_Conditioning_System_Repairs.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

147
Figura 48

Grupo UNIP-Objetivo.

Figura 49

Grupo UNIP-Objetivo.

Figura 50

Grupo UNIP-Objetivo.

Figura 51

SEGURANÇA contra o incêndio. Boletim ABNT, São Paulo, maio/jun. 2015, p. 19.

Figura 52

2386A22CD84EB0FF4ECE1E2BE401AB87.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/2386a22cd84eb0ff4ece1e2be401ab87.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 53

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (FDE). Garantia dos direitos das pessoas com
deficiência e mobilidade reduzida. [s.d.]. Disponível em: <http://www.fde.sp.gov.br/PagePublic/Interna.
aspx?codigoMenu=284>. Acesso em: 15 dez. 2018

Figura 54

A) FILE:CH-ZUSATZTAFEL-GEHBEHINDERTE.SVG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/


File:CH-Zusatztafel-Gehbehinderte.svg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

B) FILE:ELEVATOR_WHEELCHAIR_ICON_1.SVG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/


File:Elevator_wheelchair_icon_1.svg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

C) FILE:INTERNATIONAL_SYMBOL_OF_ACCESS.SVG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.


org/wiki/File:International_Symbol_of_Access.svg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 55

16F388575194C5F6716F06C6E98B8866.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/16f388575194c5f6716f06c6e98b8866.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

148
Figura 56

CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DE MINAS GERAIS (CAU). Atuação profissional arquitetos


e urbanistas e a norma de desempenho ABNT NBR 15575/2013. Belo Horizonte: CAU/MG, 2015.
Disponível em: <http://www.caumg.gov.br/wp-content/uploads/2016/05/Cartilha_ABNT.NBR_15575-
2013_CAUMG.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 57

ADDOR, M. (Coord.). Estruturação do escritório de projeto para a implantação do BIM. São Paulo: AsBEA, 2013,
p. 16. Disponível em: <http://www.asbea.org.br/userfiles/manuais/a607fdeb79ab9ee636cd938e0243b012.pdf>.
Acesso em: 16 jun. 2018. (Guia AsBEA: boas práticas em BIM. Fascículo I).

Figura 58

INFOGRAFICO.A40CB64.JPG. Disponível em: <https://www.abdi.com.br/_nuxt/img/infografico.a40cb64.


jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 59

COSTA, L. Biblioteca educação é cultura: arquitetura. Rio de Janeiro: Fename, 1980, v. 10. p. 14.

Figura 60

INFONET. Ruínas da casa-grande do engenho de Santa Bárbara. In: PEREIRA, A. G. Módulo 16:
técnicas de construção. Brasília: Universidade de Brasília, 2009. p. 26. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=622-tecnicas-de-
construcao&Itemid=30192>. Acesso em: 23 nov. 2017.

Figura 61

A) FILE:TOWN_HOUSE_AND_JAIL_IN_THE_CITY_OF_SALVADOR_PELOURINHO,_BRAZIL.JPG. Disponível
em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Town_House_and_Jail_in_the_city_of_Salvador_
Pelourinho,_Brazil.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

B) FILE:CONVENTO_CARMO_-_INTERIOR.JPG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/


File:Convento_Carmo_-_interior.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 62

A) FILE:OURO_PRETO_4369.JPEG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/Ouro_Preto#/


media/File:Ouro_Preto_4369.jpeg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

149
B) FILE:MUSEUDAINCONFIDENCIA2006.JPG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/
Ouro_Preto#/media/File:Museudainconfidencia2006.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 63

A) CENTRO_HISTORICO_DIAMANTINA.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/


commons/a/a9/Centro_historico_diamantina.JPG>. Acesso em: 2 abr. 2019.

B) RUA_DO_AMPARO%2C_DIAMANTINA%2C_MINAS_GERAIS.JPG. Disponível: <https://upload.


wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9f/Rua_do_Amparo%2C_Diamantina%2C_Minas_Gerais.jpg>.
Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 64

SAOLUIS5-890X395_C.PNG. Disponível em: <http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/wp-content/


uploads/2017/12/saoluis5-890x395_c.png>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 65

A) IGREJA_E_CONVENTO_DE_S%C3%A3O_FRANCISCO_S%C3%A3O_CRIST%C3%B3V%C3%A3O_
SERGIPE_2017- 7973.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c7/
Igreja_e_Convento_de_S%C3%A3o_Francisco_S%C3%A3o_Crist%C3%B3v%C3%A3o_Sergipe_2017-
7973.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

B) PRA%C3%A7A_DA_BANDEIRA_S%C3%A3O_CRIST%C3%B3V%C3%A3O_SERGIPE_2017-5722.
JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/56/Pra%C3%A7a_da_
Bandeira_S%C3%A3o_Crist%C3%B3v%C3%A3o_Sergipe_2017-5722.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 66

VILA_FERROVI%C3%A1RIA_DE_PARANAPIACABA3.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/


wikipedia/commons/5/5a/Vila_Ferrovi%C3%A1ria_de_Paranapiacaba3.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 67

ANTIGA_ESTA%C3%A7%C3%A3O_FERROVI%C3%A1RIA_DE_GOI%C3%A2NIA_%28GO%29..JPG.
Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/59/Antiga_Esta%C3%A7%C3%A3o_
Ferrovi%C3%A1ria_de_Goi%C3%A2nia_%28GO%29..jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 68

VERTICALIZA%C3%A7%C3%A3O1-890X395_C.JPG. Disponível em: <http://


arquiteturaurbanismotodos.org.br/wp-content/uploads/2014/04/verticaliza%C3%A7%C3%A3o1-
890x395_c.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

150
Figura 69

CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL. Manual do arquiteto e urbanista. 2. ed.


Brasília: CAU/BR, 2015.

Figura 70

BRAS%C3%ADLIA-L%C3%BACIO-COSTA_01-WIKIPEDIA.ORG_-E1397859243251-890X395_C.
JPG. Disponível em: <http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/wp-content/uploads/2014/04/
Bras%C3%ADlia-L%C3%BAcio-Costa_01-wikipedia.org_-e1397859243251-890x395_c.jpg>.
Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 71

13072010-13072010VC2854-890X395_C.JPG. Disponível em: <http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/


wp-content/uploads/2014/04/13072010-13072010VC2854-890x395_c.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 72

MONUMENTAL_AXIS.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cb/


Monumental_axis.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 73

A) GAENSLY, G. Cartão postal da avenida Paulista: vista da residência de Adam von Bülow. In: CÁRDENAS,
A. S. Masp: estrutura, proporção e forma. São Paulo: ECidade, 2015. p. 18. Disponível em: <http://www.
causp.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/LivroMaspEstrutura6.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

B) RAGO, M. Avenida Paulista, com Masp e Parque Trianon em primeiro plano. In: CÁRDENAS, A. S.
Masp: estrutura, proporção e forma. São Paulo: ECidade, 2015. p. 18. Disponível em: <http://www.
causp.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/LivroMaspEstrutura6.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 74

PEREIRA, A. G. Módulo 16: técnicas de construção. Brasília: Universidade de Brasília, 2009. p. 32.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=622-
tecnicas-de-construcao&Itemid=30192>. Acesso em: 23 nov. 2017.

Figura 75

MENEZES, M. T. Tratamento de resíduos sólidos. Rio de Janeiro: Instituto de Arquitetos d Brasil,


2014. p. 30. Disponível em: <http://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2017/02/Cadernos-
T%C3%A9cnicos-Morar-Carioca-Lixo-e-Res%C3%ADduos-S%C3%B3lidos-Urbanos.pdf>. Acesso em:
19 mar. 2019.
151
Figura 76

FILE:SHENZHEN_TRAFFIC_JAM2.JPG. Disponível: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Shenzhen_


traffic_jam2.JPG>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 77

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Objetivos de desenvolvimento sustentável. [s.d.]. Disponível
em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/desenvolvimento-sustentavel-e-meio-
ambiente/134-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-ods>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 78

BRASIL_PONTOS_EXTREMOS.PDF. Disponível em: <http://geoftp.ibge.gov.br/produtos_educacionais/


atlas_educacionais/atlas_geografico_escolar/mapas_do_brasil/mapas_nacionais/fisico/brasil_pontos_
extremos.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 79

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Áreas Urbanizadas das Concentrações


Urbanas com mais de 300.000 habitantes. [s.d.]. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/apps/areas_
urbanizadas/Mapas/ Áreas Urbanizadas das Concentrações Urbanas com mais de 300.000 habitantes>.
Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 80

FILE:RIO_CORCOVADO_PAIN_DE_SUCRE.JPG. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/


File:Rio_Corcovado_Pain_de_Sucre.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 81

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Áreas urbanizadas das concentrações urbanas com
mais de 100.000 habitantes. [s.d.]. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/apps/areas_urbanizadas/Mapas/
Áreas Urbanizadas das Concentrações Urbanas com mais de 100.000 habitantes>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 82

FIGUEIREDO, G. A.; CENIQUEL, M. Sistemas de áreas livres. Rio de Janeiro: Instituto de Arquitetos do
Brasil, 2013. p. 14.

Figura 83

OCUPA%C3%A7%C3%B5ES_-_CARR%C3%A3O_-_C%C3%B3RREGO_COM_
ESGOTO_%288241423394%29.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
152
commons/4/4d/Ocupa%C3%A7%C3%B5es_-_Carr%C3%A3o_-_c%C3%B3rrego_com_
esgoto_%288241423394%29.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Figura 84

F72A172225FD9627F4F9E4725868BACE.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/f72a172225fd9627f4f9e4725868bace.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 85

D9BA62203DBAE264BBAC336D6AFCC1E1.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/d9ba62203dbae264bbac336d6afcc1e1.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 86

96B8D9396879D176B84B95AAB2F739FA.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/96b8d9396879d176b84b95aab2f739fa.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 87

A963C93BC84150EDE0F96E07ED43C570.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/a963c93bc84150ede0f96e07ed43c570.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 88

5AB83647EDC54DD01508FDB46ACF5888.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/5ab83647edc54dd01508fdb46acf5888.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 89

46F8A39E4EA4BD59954D8E8ACAE400FF.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/46f8a39e4ea4bd59954d8e8acae400ff.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 90

6C98511667172A2AC30A9020F00569F7.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/6c98511667172a2ac30a9020f00569f7.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 91

9BA3E3FF5C8049525BB84914B4BB97DC.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/9ba3e3ff5c8049525bb84914b4bb97dc.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

153
Figura 92

7E30996DA8D65F922F8E35A65BA1C641.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/7e30996da8d65f922f8e35a65ba1c641.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 93

FA1A7B711145F4D64621703B17D9266D.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/fa1a7b711145f4d64621703b17d9266d.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 94

NYC PLANNING. Esquema do funcionamento do transfer of development rights. In: FUNDAÇÃO


PARA A PESQUISA EM ARQUITETURA E AMBIENTE (Fupam). Estudos dos instrumentos urbanísticos:
atualização e adequação da regulamentação urbanística de Campinas. Campinas: Fupam, 2014. p. 64.
Disponível em: <http://www.campinas.sp.gov.br/arquivos/seplama/estudo_instrumentos_urbanisticos_
p04_r03_consolidado.pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.

Figura 95

2C661D7F09E37C4463B9988AF41EA3E6.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/2c661d7f09e37c4463b9988af41ea3e6.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 96

FUNDAÇÃO PARA A PESQUISA EM ARQUITETURA E AMBIENTE (Fupam). Estudos dos instrumentos


urbanísticos: atualização e adequação da regulamentação urbanística de Campinas. Campinas: Fupam,
2014. p. 65. Disponível em: <http://www.campinas.sp.gov.br/arquivos/seplama/estudo_instrumentos_
urbanisticos_p04_r03_consolidado.pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.

Figura 97

39580CBD747E6CD0963202EE9C1E667B.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/39580cbd747e6cd0963202ee9c1e667b.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.
Figura 98

MONTANDON, D. T. Exemplificação da outorga onerosa do direito de construir. In: FUNDAÇÃO PARA A


PESQUISA EM ARQUITETURA E AMBIENTE (Fupam). Estudos dos instrumentos urbanísticos: atualização
e adequação da regulamentação urbanística de Campinas. Campinas: Fupam, 2014. p. 53. Disponível
em: <http://www.campinas.sp.gov.br/arquivos/seplama/estudo_instrumentos_urbanisticos_p04_r03_
consolidado.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2018.

154
Figura 99

080366863AD443A1F68F533653AD5E3E.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/080366863ad443a1f68f533653ad5e3e.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 100

SÃO PAULO (Cidade). Prefeitura municipal de São Paulo. Plano Diretor estratégico do município
de São Paulo. Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Texto da lei ilustrado. p. 75. Disponível em:
<https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2015/01/Plano-Diretor-
Estrat%C3%A9gico-Lei-n%C2%BA-16.050-de-31-de-julho-de-2014-Texto-da-lei-ilustrado.pdf>.
Acesso em: 29 nov. 2018.

Figura 101

SÃO PAULO (Cidade). Diretoria de gestão das operações urbanas. Gestão das operações urbanas na
cidade de São Paulo. 2016. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/
uploads/2016/12/OUCs_BALAN%C3%87O_GERAL.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 102

9357676470AC823D597375BF792B5FB7.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/9357676470ac823d597375bf792b5fb7.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 103

2B1DF71EEA836EA09A9F998051CED3E5.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/2b1df71eea836ea09a9f998051ced3e5.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 104

CENTRO_SP2.JPG?W=720. Disponível em: <https://i2.wp.com/arquiteturaparatodos.org.br/wp-content/


uploads/2014/04/Centro_SP2.jpg?w=720>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 105

SÃO PAULO (Cidade). Prefeitura Municipal de São Paulo. Plano Diretor estratégico do município
de São Paulo. Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Texto da lei ilustrado. p. 41. Disponível em:
<https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2015/01/Plano-Diretor-
Estrat%C3%A9gico-Lei-n%C2%BA-16.050-de-31-de-julho-de-2014-Texto-da-lei-ilustrado.pdf>.
Acesso em: 29 nov. 2018.

155
Figura 106

SÃO PAULO (Cidade). Prefeitura Municipal de São Paulo. Plano Diretor estratégico do município
de São Paulo. Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Texto da lei ilustrado. p. 44. Disponível em:
<https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2015/01/Plano-Diretor-
Estrat%C3%A9gico-Lei-n%C2%BA-16.050-de-31-de-julho-de-2014-Texto-da-lei-ilustrado.pdf>.
Acesso em: 29 nov. 2018.

Figura 107

0C84544028A3EDB5D77CA72A2DCD7A79.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/0c84544028a3edb5d77ca72a2dcd7a79.jpg>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 108

SÃO PAULO (Cidade). Prefeitura de São Paulo. Discussão de ajustes na Lei no 16.402. [s.d.].
Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marco-regulatorio/zoneamento/ajustes-
zoneamento-2/>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 109

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Zoneamento ilustrado.
Parcelamento e ocupação do solo do município de São Paulo: Lei Municipal no 16.402, de 22 de março
de 2016. São Paulo: SMDU, 2016. p. 37. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-
content/uploads/2016/03/GEST%C3%83O2-smdu-zoneamento_ilustrado.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2018.

Figura 110

SÃO PAULO (Cidade). Prefeitura de São Paulo. Manual de licenciamento de projetos. São Paulo:
Habi Comunicação, 2012. p. 7. Disponível em: <https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/
upload/planejamento/arquivos/manual%20de%20licenciamento%20de%20projetos.pdf>.
Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 111

285176FAC1E5049E356CF2071350905D.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/285176fac1e5049e356cf2071350905d.jpg>. Acesso em: 20 mar. 2019.

Figura 112

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Zoneamento ilustrado.
Parcelamento e ocupação do solo do município de São Paulo: Lei Municipal no 16.402, de 22 de março
de 2016. São Paulo: SMDU, 2016. p. 20. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-
content/uploads/2016/03/GEST%C3%83O2-smdu-zoneamento_ilustrado.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2018.

156
Figura 113

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Zoneamento ilustrado.
Parcelamento e ocupação do solo do município de São Paulo: Lei Municipal no 16.402, de 22 de março
de 2016. São Paulo: SMDU, 2016. p. 21. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-
content/uploads/2016/03/GEST%C3%83O2-smdu-zoneamento_ilustrado.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2018.

Figura 114

C07DB423E992818B9517FB7F6391AA5B.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/c07db423e992818b9517fb7f6391aa5b.jpg>. Acesso em: 20 mar. 2019.

Figura 115

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Zoneamento ilustrado.
Parcelamento e ocupação do solo do município de São Paulo: Lei Municipal no 16.402, de 22 de março
de 2016. São Paulo: SMDU, 2016. p. 22. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-
content/uploads/2016/03/GEST%C3%83O2-smdu-zoneamento_ilustrado.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2018.

Figura 116

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Zoneamento ilustrado.
Parcelamento e ocupação do solo do município de São Paulo: Lei Municipal no 16.402, de 22 de março
de 2016. São Paulo: SMDU, 2016. p. 23. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-
content/uploads/2016/03/GEST%C3%83O2-smdu-zoneamento_ilustrado.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2018.

Figura 117

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Zoneamento ilustrado.
Parcelamento e ocupação do solo do município de São Paulo: Lei Municipal no 16.402, de 22 de março
de 2016. São Paulo: SMDU, 2016. p. 24. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-
content/uploads/2016/03/GEST%C3%83O2-smdu-zoneamento_ilustrado.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2018.

Figura 118

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Zoneamento ilustrado.
Parcelamento e ocupação do solo do município de São Paulo: Lei Municipal no 16.402, de 22 de março
de 2016. São Paulo: SMDU, 2016. p. 25. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-
content/uploads/2016/03/GEST%C3%83O2-smdu-zoneamento_ilustrado.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2018.

Figura 119

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Zoneamento ilustrado.
Parcelamento e ocupação do solo do município de São Paulo: Lei Municipal no 16.402, de 22 de março
de 2016. São Paulo: SMDU, 2016. p. 26. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-
content/uploads/2016/03/GEST%C3%83O2-smdu-zoneamento_ilustrado.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2018.

157
Figura 120

A3B8961C82C3EF8F01333E9E64515100.JPG. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/media/


images/dicionario/max/a3b8961c82c3ef8f01333e9e64515100.jpg>. Acesso em: 20 mar. 2019.

Figura 121

A) SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Código de obras
e edificações: Lei nº16.642, de 9 de maio de 2017; Decreto nº 57.776 de 7 de julho de 2017,
p. 21. São Paulo: SMUL, 2017. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/
uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019.

B) SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Código de obras
e edificações: Lei nº16.642, de 9 de maio de 2017; Decreto nº 57.776 de 7 de julho de 2017,
p. 21. São Paulo: SMUL, 2017. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/
uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019.

C) SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Código de obras
e edificações: Lei nº16.642, de 9 de maio de 2017; Decreto nº 57.776 de 7 de julho de 2017,
p. 21. São Paulo: SMUL, 2017. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/
uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019.

D) SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Código de obras
e edificações: Lei nº16.642, de 9 de maio de 2017; Decreto nº 57.776 de 7 de julho de 2017,
p. 21. São Paulo: SMUL, 2017. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/
uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019.

E) SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Código de obras e
edificações: Lei nº16.642, de 9 de maio de 2017; Decreto nº 57.776 de 7 de julho de 2017,
p. 55. São Paulo: SMUL, 2017. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/
uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019.

Figura 122

A) SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Código de obras
e edificações: Lei nº16.642, de 9 de maio de 2017; Decreto nº 57.776 de 7 de julho de 2017,
p. 27. São Paulo: SMUL, 2017. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/
uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019.

B) SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Código de obras
e edificações: Lei nº16.642, de 9 de maio de 2017; Decreto nº 57.776 de 7 de julho de 2017,
p. 27. São Paulo: SMUL, 2017. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/
uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019.

158
C) SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Código de obras
e edificações: Lei nº16.642, de 9 de maio de 2017; Decreto nº 57.776 de 7 de julho de 2017,
p. 27. São Paulo: SMUL, 2017. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/
uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019.

D) SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Código de obras
e edificações: Lei nº16.642, de 9 de maio de 2017; Decreto nº 57.776 de 7 de julho de 2017,
p. 27. São Paulo: SMUL, 2017. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/
uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019.

Figura 123

SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Código de obras
e edificações: Lei no16.642, de 9 de maio de 2017; Decreto no 57.776 de 7 de julho de 2017. São
Paulo: SMUL, 2017. p. 81. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/
uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019..

Figura 124

INSTITUTO JAIME LERNER. Por uma nova cultura urbana: guia ilustrado. Brasília: CBIC, 2017. p. 13.
Disponível em: <https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Cartilha_Por_Uma_Nova_Cultura_
Urbana_2017.pdf>.

Figura 125

INSTITUTO JAIME LERNER. Por uma nova cultura urbana: guia Ilustrado. Brasília: CBIC, 2017. p. 5 e 14.
Disponível em: <https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Cartilha_Por_Uma_Nova_Cultura_
Urbana_2017.pdf>.

Figura 133

INSTITUTO JAIME LERNER. Por uma nova cultura urbana: caderno. Brasília: CBIC, 2017. p. 27.
Disponível em: <https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Caderno_Por_Uma_Nova_Cultura_
Urbana_2017.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

Figura 135

INSTITUTO JAIME LERNER. Por uma nova cultura urbana: caderno. Brasília: CBIC, 2017. p. 39.
Disponível em: <https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Caderno_Por_Uma_Nova_Cultura_
Urbana_2017.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.

159
REFERÊNCIAS

Audiovisuais

ENTRE rios. Dir. Carlos Silva Ferraz. Brasil: Coletivo Madeira, 2009. 25 minutos.

Textuais

ACESSIBILIDADE. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/dicionario/index/


tx_busca/acessibilidade>. Acesso em: 19 mar. 2019.

ADDOR, M. (Coord.). Estruturação do escritório de projeto para a implantação do BIM.


São Paulo: AsBEA, 2013. Disponível em: <http://www.asbea.org.br/userfiles/manuais/
a607fdeb79ab9ee636cd938e0243b012.pdf>. Acesso em: 16 jun. 2018. (Guia AsBEA: boas práticas em
BIM. Fascículo I).

___. Fluxo de projetos em BIM: planejamento e execução. São Paulo: AsBEA, 2015. (Guia AsBEA:
boas práticas em BIM. Fascículo II). Disponível em: <http://www.asbea.org.br/userfiles/manuais/
d6005212432f590eb72e0c44f25352be.pdf>. Acesso em: 19 dez. 2017.

AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL. Cidades inteligentes. [s.d.]. Disponível em:


<https://www.abdi.com.br/inovacao/cidades‑inteligentes>. Acesso em: 07 jan. 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Fundação. [s.d.]. Disponível em: <https://www.abcp.


org.br/cms/wp‑content/files_mf/04Fundacao.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2019.

___ Habitação 1.0: bairro saudável, população saudável. São Paulo: ABCP, 2002. (Manual técnico
para implementação). Disponível em: <http://www.solucoesparacidades.com.br/wp‑content/
uploads/2010/01/Manual_Habitacao_10.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2018.

___. Panorama do coprocessamento. 2017. Disponível em: <https://www.abcp.org.br/cms/wp‑content/


uploads/2018/11/Panorama‑coprocessamento_2017_REV22.11.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10152: níveis de ruído para conforto
acústico. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.

___.NBR 10844: instalações prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.

___. NBR 6492: representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994a.

___. NBR 13133: execução de levantamento topográfico. Rio de Janeiro: ABNT, 1994b.

___. NBR 13531: elaboração de projetos de edificações: atividades técnicas. Rio de Janeiro: ABNT,
1995a.
160
___. NBR 13532: elaboração de projetos de edificações: arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1995b.

___. NBR 5626: instalação predial de água fria. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.

___. NBR 8160: sistemas prediais de esgoto sanitário (projeto e execução). Rio de Janeiro: ABNT, 1999.

___. NBR 5419: proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.

___. NBR 9050: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de
Janeiro: ABNT, 2004.

___. NBR 15527: água de chuva – aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não
potáveis – requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2007.

___. NBR 15575: edificações habitacionais – desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.

___. NBR 16280: reforma em edificações – sistema de gestão de reformas – requisitos. Rio de Janeiro:
ABNT, 2014.

___. NBR 15526: redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e
comerciais – projeto e execução. Rio de Janeiro: ABNT, 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE REFRIGERAÇÃO, AR‑CONDICIONADO, VENTILAÇÃO E AQUECIMENTO


(ABRAVA). Guia para inspeção de sistema de ar‑condicionado. 2016. Disponível em: <http://
dnqaiabrava.org.br/html/arquivos/arq515081624277.pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA (AsBEA). Guia sustentabilidade na


arquitetura: diretrizes de escopo para projetistas e contratantes. São Paulo: Prata Design, 2012.
(Grupo de trabalho de sustentabilidade AsBEA). Disponível em: <http://asbea.org.br/userfiles/manuais/
d9b83e8c0c8967c0bfc18c3e4b7a16cf.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2018.

BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana. Indicadores para
monitoramento e avaliação da efetividade da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU). Brasília:
SCNMU, 2018. Disponível em: <http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSEMOB/publicacoes/
relatorioindicadores2018.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2018.

BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana (SeMob).
Caderno de Referência para Elaboração de Plano de Mobilidade Urbana. Brasília: Ministério das
Cidades, 2015. Disponível em: <http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSE/planmob.pdf>.
Acesso em: 22 abr. 2018.

___. Construindo a cidade acessível. Brasília: SeMob, 2006. Disponível em: <http://www.caumg.gov.br/
wp‑content/uploads/2016/06/Construindo‑a‑Cidade‑Acessivel.pdf>. Acesso em: 1º mar. 2019.

161
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional. Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano.
[s.d.]. Disponível em: <http://www.cidades.gov.br/desenvolvimento‑urbano>. Acesso em: 3 dez.2018.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Constituição da República Federativa do Brasil


de 1988. Brasília: 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 8 maio de 2019.

___. Decreto no 9.377, de 17 de maio de 2018. Institui a Estratégia Nacional de Disseminação


do Building Information Modeling. Brasília: 2018a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2015‑2018/2018/decreto/D9377.htm>. Acesso em: 21 jan. 2019.

___. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal,
estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Brasília: 2001. p. 1‑5.

___. Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015. Institui o Estatuto da Metrópole, altera a Lei no 10.257, de
10 de julho de 2001 e dá outras providências. Brasília: 2015.

___. Lei nº 13.589, de 4 de janeiro de 2018. Dispõe sobre a manutenção de instalações e equipamentos
de sistemas de climatização de ambientes. Brasília: 2018b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2015‑2018/2018/Lei/L13589.htm>. Acesso em: 11 jan. 2019.

CALFAT, C. Estudo de viabilidade mercadológica e econômico‑financeira. 2018. Disponível em: <http://


www.rosewoodsaopaulo.com.br/wp‑content/themes/rsw‑rosewood/assets/pdf/documentos_legais/
Estudo%20de%20Viabilidade.pdf>. Acesso em: 6 dez. 2018.

CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (CBIC). 10 motivos para evoluir com o BIM.
Brasília, 2016. Disponível em: <http://cbic.org.br/arquivos/CBIC_Guia_10%20Motivos_para%20
Evoluir_o_BIM.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2018.

___. Gestão de recursos hídricos na indústria da construção: uso eficiente da água em edifícios
residenciais. Brasília: CBIC, 2016. Disponível em: <https://cbic.org.br/wp‑content/uploads/2017/11/
Recursos_Hidricos_2016‑1.pdf>. Acesso em: 26 set. 2017.

___. O futuro da minha cidade: manual de implantação do Conselho de Desenvolvimento da


Cidade. Brasília: CBIC, 2018. Disponível em: <https://cbic.org.br/wp‑content/uploads/2018/05/
Futuro‑da‑minha‑cidade‑segunda‑Edicao.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2018.

___. Perenidade dos programas habitacionais. Brasília: CBIC, 2016. Disponível em: <https://cbic.org.br/
wp‑content/uploads/2017/11/Perenidade_dos_Programas_Habitacionais_2016.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2018.

CAMBIAGHI, H. (Org.). Diretrizes gerais para intercambialidade de projetos em CAD: integração entre
projetistas, construtoras e clientes. São Paulo: AsBea, 2002. Disponível em: <http://www.caubr.gov.br/
wp‑content/uploads/2017/02/Diretrizes‑Gerais‑Para‑Intercambialidade‑de‑Projetos‑em‑CAD.pdf>.
Acesso em: 17 dez. 2013.
162
CÁRDENAS, A. S. Masp: estrutura, proporção e forma. São Paulo: ECidade, 2015. Disponível em:
<http://www.causp.gov.br/wp‑content/uploads/2015/12/LivroMaspEstrutura6.pdf>. Acesso em:
19 mar. 2019.

CARRANZA, E. G. R.; CARRANZA, R. Escalas de representação em arquitetura. São Paulo: G&C


Arquitectônica, 2013.

CICHINELLI, G. Como contratar projetos complementares. São Paulo: Arquitetura e Urbanismo (aU),
2008. Disponível em: <http://au17.pini.com.br/arquitetura‑urbanismo/166/artigo70348‑1.aspx>.
Acesso em: 15 dez. 2018.

CÓDIGO de obras. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/dicionario/index/


tx_busca/c%25C3%25B3digo%2Bde%2Bobras>. Acesso em: 19 mar. 2019.

CONFERÊNCIA NACIONAL DAS CIDADES, 6., 2017, Brasília. A função social da cidade e da propriedade:
cidades inclusivas, participativas e socialmente justas. Brasília: Conselho das Cidades, 2017. Disponível
em: <http://app.cidades.gov.br/6conferencia/images/arquivos/Cartilha_6%20Conferencia%20
Nacional%20das%20Cidades.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2019.

CONGRESSO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO (CONSTRUBUSINESS), 12., 2016, São Paulo. Investir


com responsabilidade. São Paulo: Fiesp, 2016. Disponível em: <http://az545403.vo.msecnd.net/
uploads/2017/03/deconcic‑construbusiness‑2016.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2019.

CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA. Trajetória e estado da arte da


formação em engenharia, arquitetura e agronomia. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira/Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, 2010.

CORTE. Glossário. [s.d.]. Disponível em: <http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/corte/>. Acesso em:


11 nov. 2018.

COSTA, L. Biblioteca educação é cultura: arquitetura. Rio de Janeiro: Fename, 1980. v. 10.

CROQUI. Glossário. [s.d.]. Disponível em: <http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/croqui/>.


Acesso em: 15 dez. 2018.

DÉFICIT habitacional. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/dicionario/


index/tx_busca/d%25C3%25A9ficit%2Bhabitacional>. Acesso em: 19 mar. 2019.

DEMARCAÇÃO urbanística. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/


dicionario/index/tx_busca/t>. Acesso em: 19 mar. 2019.

DIREITO de preempção. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/dicionario/


index/tx_busca/direito%2Bde%2Bpreemp%25C3%25A7%25C3%25A3o>. Acesso em: 19 mar. 2019.

163
ECHEVERRIA, L.; STROHER, L.; MARAGNO, G. Manual do arquiteto e urbanista. 2. ed. Brasília: CAU/BR,
2015. Disponível em: <http://www.caubr.gov.br/wp‑content/uploads/2017/09/MANUAL_DO_AU_2016.
pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.

ESCALA. Glossário. [s.d.]. Disponível em: <http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/escala/>. Acesso em:


8 maio 2019.

ESTATUTO da cidade. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/dicionario/


index/tx_busca/estatuto%2Bda%2Bcidade>. Acesso em: 19 mar. 2019.

ESTUDO de impacto de vizinhança. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.


br/dicionario/index/tx_busca/Estudo%2Bde%2BImpacto%2Bde%2BVizinhan%25C3%25A7a%2B>.
Acesso em: 19 mar. 2019.

FARRELLY, L. Fundamentos de arquitetura. Trad. Alexandre Salvaterra. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.

FAZIO, M.; MOFFETT, M.; WODEHOUSE, L. A história da arquitetura mundial. Trad. Alexandre Salvaterra.
3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.

FIGUEIREDO, E. J. S. et al. Inspeção predial: mecanização. São Paulo: Ibape, 2015. Disponível em:
<http://www.causp.gov.br/wp‑content/uploads/2015/12/CartilhaIbapeMecanizacao.pdf>. Acesso em:
29 fev. 2019.

FIGUEIREDO, G. A.; CENIQUEL, M. Sistemas de áreas livres. Rio de Janeiro: IAB, 2013. (Cadernos
Técnicos Morar Carioca).

FREARSON, A. Wooden sleeping pods by Reed Watts made available to homeless


people in London. 2018. Disponível em: <https://www.dezeen.com/2018/12/18/
commonweal‑modular‑sleeping‑pods‑homeless‑housing‑reed‑watts/>. Acesso em: 8 maio 2019.

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (FDE). Garantia dos direitos das pessoas com
deficiência e mobilidade reduzida. [s.d.]. Disponível em: <http://www.fde.sp.gov.br/PagePublic/Interna.
aspx?codigoMenu=284>. Acesso em: 8 maio 2019.

___. Manual de orientação à prevenção e ao combate a incêndio nas escolas. São Paulo: FDE, 2009.
Disponível em: <http://file.fde.sp.gov.br/portalfde/Arquivo/DocRedeEnsino/ManualIncendio.pdf>.
Acesso em: 8 maio 2019.

___. Manual de topografia: normas para execução de levantamentos planialtimétricos. São Paulo:
FDE, 2016.

FUNDAÇÃO PARA A PESQUISA EM ARQUITETURA E AMBIENTE (FUPAM). Estudos dos instrumentos


urbanísticos: atualização e adequação da regulamentação urbanística de Campinas. Campinas: Fupam,
2014. Disponível em: <http://www.campinas.sp.gov.br/arquivos/seplama/estudo_instrumentos_
urbanisticos_p04_r03_consolidado.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2018.
164
FUNDO de desenvolvimento social. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/
dicionario/index/tx_busca/e>. Acesso em: 19 mar. 2019.

FUNDO nacional de habilitação de interesse social. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.
capacidades.gov.br/dicionario/index/tx_busca/Fundo%2BNacional%2Bde%2BHabita%25C3%25A7%2
5C3%25A3o%2Bde%2BInteresse%2BSocial%2B%2528FNHIS%2529>. Acesso em: 19 mar. 2019.

FURTADO, F.; BIASOTTO, R.; MALERONKA, C. Outorga onerosa do direito de construir: caderno
técnico de regulamentação e implementação. Brasília: Ministério das Cidades, 2012. v. 1. (Coleção
Cadernos Técnicos de Regulamentação e Implementação de Instrumentos do Estatuto da Cidade).
Disponível em: <http://www.caumg.gov.br/wp‑content/uploads/2016/06/Outorga‑Onerosa_
DireitodeConstruir_Vol1.pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Áreas urbanizadas do Brasil: 2015. Rio
de Janeiro: IBGE, 2017. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv100639.
pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.

___. Vocabulário básico de recursos naturais e meio ambiente. 2ª ed. Brasília: IBGE, 2004.
Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/geociencias‑novoportal/informacoes‑ambientais/
estudos‑ambientais/15843‑vocabulario‑basico‑de‑recursos‑naturais‑e‑meio‑ambiente.
html?=&t=downloads>. Acesso em: 8 maio 2019.

INSTITUTO JAIME LERNER. Por uma nova cultura urbana: guia Ilustrado. Brasília: CBIC, 2017.
Disponível em: <https://cbic.org.br/wp‑content/uploads/2017/11/Cartilha_Por_Uma_Nova_Cultura_
Urbana_2017.pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.

LEI de uso do solo (Luos). Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/dicionario/


index/tx_busca/uso%2Bdo%2Bsolo>. Acesso em: 19 mar. 2019.

MAGAGNIN, R. C.; SALCEDO, R. F. B.; CONSTANTINO, N. R. T (Org.). Arquitetura, urbanismo e paisagismo:


contexto contemporâneo e desafios. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013, v. 2. (Arquitetura, urbanismo
e paisagismo – contexto contemporâneo e desafios). Disponível em: <https://www.academia.
edu/7138494/Arquitetura_Urbanismo_Paisagismo_WEB>. Acesso em: 8 maio 2019.

MAGALHÃES, M. T. Q. et al. Nova agenda urbana e o Brasil: insumos para sua construção e
desafios a sua implementação. Brasília: Ipea, 2018. Disponível em: <http://ipea.gov.br/portal/index.
php?option=com_content&view=article&id=33345&Itemid=433>. Acesso em: 8 maio 2019.

MAPA digital da cidade de São Paulo. [s.d.]. Disponível em: <http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/


PaginasPublicas/_SBC.aspx>. Acesso em: 8 maio 2019.

MARTINS, J. C. (Coord.). Desempenho de edificações habitacionais: guia orientativo para atendimento à


norma ABNT NBR 15575:2013. Fortaleza: Gadioli Cipolla Comunicação, 2013. Disponível em: <http://site.
abece.com.br/download/pdf/130626CBICGuiaNBR2EdicaoVersaoWeb.pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.
165
MENEZES, M. T. Tratamento de resíduos sólidos. Rio de Janeiro: IAB, 2014. (Cadernos Técnicos
Morar Carioca).

MEREB, M. P. (Coord.). Guia para arquitetos na aplicação da norma de desempenho


(ABNT NBR 15.575). 2013. Disponível em: <http://www.asbea.org.br/userfiles/manuais/
d4067859bc53891dfce5e6b282485fb4.pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.

MOBILIDADE urbana. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/dicionario/


index/tx_busca/mobilidade%2Burbana>. Acesso em: 19 mar. 2019.

NETO, C. S. A.; NETO, F. M; NETO, J. F. A. Norma de desempenho: um marco regulatório na construção


civil. Manual de orientação. [s.d.]. Disponível em: <http://precisao.eng.br/public/manual‑nd.pdf>.
Acesso em: 12 mar. 2019.

NORMA de desempenho. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/dicionario/


index/tx_busca/norma%2Bde%2Bdesempenho>. Acesso em: 19 mar. 2019.

OLIVEIRA, T. A.; RIBAS, O. T. Sistemas de controle das condições ambientais de conforto. Brasília:
Ministério da Saúde, 1995. Disponível em: <http://anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/conforto.pdf>.
Acesso em: 8 maio 2019.

ORTIGOZA, S. A. G.; CORTEZ, A. T. C. (Org.). Da produção ao consumo: impactos socioambientais no


espaço urbano. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.

OUTORGA onerosa do direito de construir. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.


gov.br/dicionario/index/tx_busca/Outorga%2BOnerosa%2Bdo%2BDireito%2Bde%2BConstruir%2B>.
Acesso em: 19 mar. 2019.

PAC urbanização de assentamentos precários. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.


capacidades.gov.br/dicionario/index/tx_busca/assentamentos%2Bprec%25C3%25A1rios>. Acesso em:
19 mar. 2019.

PARA que serve um plano diretor. [s.d.]. Disponível em: <http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/


plano-diretor/>. Acesso em: 8 maio 2019.

PARCELAMENTO, edificação ou utilização compulsórios (PEUC). Dicionário. [s.d.]. Disponível em:


<http://www.capacidades.gov.br/dicionario/index/tx_busca/Parcelamento%252C%2BEdifica%2
5C3%25A7%25C3%25A3o%2Bou%2BUtiliza%25C3%25A7%25C3%25A3o%2BCompuls%25C3%25B
3rios%2B>. Acesso em: 19 mar. 2019.

PARQUE TECNOLÓGICO ITAIPU. História. [s.d.]. Disponível em: <https://www.pti.org.br/pt‑br/


sobre‑o‑pti>. Acesso em: 07 jan. 2019.

166
PEREIRA, A. G. Módulo 16: técnicas de construção. Brasília: Universidade de Brasília, 2009. Disponível
em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=622‑tecnicas
‑de‑construcao&Itemid=30192>. Acesso em: 8 maio 2019.

PLANO diretor. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/dicionario/index/


tx_busca/plano%2Bdiretor>. Acesso em: 19 mar. 2019.

PLANO local de habitação de interesse social. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.
capacidades.gov.br/dicionario/index/tx_busca/Plano%2BLocal%2Bde%2BHabita%25C3%25A7%
25C3%25A3o%2Bde%2BInteresse%2BSocial%2B%2528PLHIS%2529>. Acesso em: 19 mar. 2019.

PLANTA baixa. Glossário. [s.d.]. Disponível em:<http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/planta-baixa/>.


Acesso em: 11 nov. 2018.

PMCMV entidades. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/dicionario/index/


tx_busca/e>. Acesso em: 19 mar. 2019.

PROJETO. Glossário [s.d.]. Disponível em: <http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/projeto/>.


Acesso em: 8 maio 2019.

REBELLO, Y. C. P. A concepção estrutural e a arquitetura. São Paulo: Zigurate Editora, 2000.

REGULARIZAÇÃO fundiária urbana (Reurb). Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.


gov.br/dicionario/index/tx_busca/regulariza%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bfundi%25C3%25A1ria>.
Acesso em: 19 mar. 2019.

RIO de Janeiro, paisagens cariocas entre a montanha e o mar. [s.d.]. Disponível em: <http://portal.
iphan.gov.br/pagina/detalhes/45/>. Acesso em: 8 maio 2019.

ROTEIRO para desenvolvimento do projeto de arquitetura da edificação. [s.d.]. Disponível em: <www.
iab.org.br/institucional/documentos>. Acesso em: 8 maio 2019.

SALAZAR, J.; STROHER, L. Assistência técnica e direito à cidade. São Paulo: FNAU/CAU/Resenha Edições
Ltda, 2014. Disponível em: <http://www.fna.org.br/wp‑content/uploads/2016/06/LivroAT‑Internet.
pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.

SANCHES, J. R. Manual de uso e segurança de instalações de gás em escolas. São Paulo: FDE, 2009.
Disponível em: <https://oe.cps.sp.gov.br/Biblioteca/Etec/Tecnologia%20e%20Infraestrutura/A%2015/
manual_gas.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2019.

SÃO PAULO (Cidade). Prefeitura Municipal de São Paulo. Glossário. Disponível em: <https://www.
prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/glossario_1459538258.pdf>. Acesso em:
8 maio 2019.

167
___. Prefeitura Municipal de São Paulo. Guia de boas práticas para os espaços públicos da cidade de
São Paulo: urbanismo. São Paulo: SMDU, 2016. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.
sp.gov.br/wp‑content/uploads/2016/12/2017‑02‑03‑visualizacao.pdf>. Acesso em: 7 jan. 2019.

___. Prefeitura Municipal de São Paulo. Lei no 9.725, de 2 de julho de 1984. Dispõe sobre a
transferência de potencial construtivo de imóveis preservados e dá outras providências. São Paulo:
1984. Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/a/sp/s/sao-paulo/lei-ordinaria/1984/972/9725/
lei-ordinaria-n-9725-1984-dispoe-sobre-a-transferencia-de-potencial-construtivo-de-imoveis-
preservados-estabelece-incentivos-obrigacoes-e-sancoes-relativas-a-preservacao-de-imoveis-e-da-
outras-providencias>. Acesso em: 7 mar. 2019.

___. Prefeitura Municipal de São Paulo. Plano Diretor estratégico do município de São Paulo.
Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Texto da lei ilustrado. Disponível em: <https://gestaourbana.
prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2015/01/Plano-Diretor-Estrat%C3%A9gico-Lei-
n%C2%BA-16.050-de-31-de-julho-de-2014-Texto-da-lei-ilustrado.pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.

___. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Zoneamento ilustrado. Parcelamento,


uso e ocupação do solo. Lei nº 16.402, 22 de março de 2016. Disponível em: <https://gestaourbana.
prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/GEST%C3%83O2-smdu-zoneamento_ilustrado.
pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.

___. Secretaria Municipal de Habitação. Departamento de Parcelamento do Solo e Intervenções


Urbanas (Parsolo). Manual de orientação de parcelamento do solo. São Paulo: Parsolo, 2009. Disponível
em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/parsolo_1_1253120480.pdf>.
Acesso em: 8 maio 2019.

___. Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Código de obras e edificações: Lei
no16.642, de 9 de maio de 2017; Decreto no 57.776 de 7 de julho de 2017. São Paulo: SMUL, 2017.
Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/codigo_de_
obras_ilustrado.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2019.

SCHWAB, K. The fourth industrial revolution. Londres: Portfolio Penguin, 2017.

SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA (SESI). Manual de segurança e saúde no trabalho para instalações
elétricas temporárias na indústria da construção: guia de boas práticas para instalações elétricas
temporárias nos canteiros de obra. Brasília: Sesi/DN, 2018. Disponível em: <https://cbic.org.br/
relacoestrabalhistas/wp-content/uploads/sites/27/2018/05/Manual_seguranca_saude_trabalho.pdf>.
Acesso em: 8 maio 2019.

SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL. Catálogo de normas técnicas: edificações.


Belo Horizonte: Sinduscon (MG)/CBIC, 2017. Disponível em: <https://cbic.org.br/wp‑content/
uploads/2017/11/Catalogo_de_Normas_Tecnicas_2017.pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.

168
SILVA, V. P.; VARGAS, M. R.; ONO, R. Prevenção contra incêndio no projeto de arquitetura: série manual
de construção em aço. Rio de Janeiro: IABr/CBCA, 2010. Disponível em: <http://www.cbca-acobrasil.
org.br/site/biblioteca.php?codProdCategoria=7>. Acesso em: 8 maio 2019.

TOMBAMENTO. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.br/dicionario/index/


tx_busca/tombamento>. Acesso em: 19 mar. 2019.

TRANSFERÊNCIA do direito de construir. Dicionário. [s.d.]. Disponível em: <http://www.capacidades.gov.


br/dicionario/index/tx_busca/Transfer%25C3%25AAncia%2B>. Acesso em: 19 mar. 2019.

TUTORIAL. [s.d.]. Disponível em: <http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/


downloadArquivoOL.aspx?orig=DownloadTutorial&arq=tutorial_mapa.pdf&arqTipo=TUTORIAL>.
Acesso em: 8 maio 2019.

VISITA ao centro de engenharia de conforto (CEC). 2018. Disponível em: <https://theia.poli.usp.br/


conference/labsepusp2018/program/proposal/1>. Acesso em: 8 maio 2019.

169
170
171
172
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

Você também pode gostar