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INSTITUTO POLITECNICO DA HUILA

TRABALHO EM GRUPO DE PLANEAMENTO E URBANISMO

TEMA: EVOLUCAO NAS CIDADES DO OCIDENTE NA ANTIGUIDADE

GRUPO N 2

O DOCENTE

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LUBANGO/NOVEMBRO DE 2022
INTEGRANTES DO GRUPO

António Morais
Debora Somene
José Canhanga
Moisés Canganjo
Introdução

"Os mais antigos registros arqueológicos encontrados de ruínas de cidades remontam à


Revolução Neolítca, por volta de 4.000 a 3.000 a.C.. A constituição das cidades na Antiguidade
tinha por objetivo ser centro de comércio e ou também como fortificações de guerra contra
inimigos.
As cidades surgiram também na Mesopotâmia (região entre os rios Eufrates e Tigre),
destacando-se Ur e Babilônia. Para nossos padrões, cidades pequenas; porém, para a época,
verdadeiras metrópoles. Com o passar do tempo, outras cidades surgiram, sempre próximas
aos rios, já que estes fertilizavam a terra, o que favoreciam o abastecimento das cidades:
Pequim e Hang-Chou, na China; Mohenjo-Daro, situada na planície indo-gangética (Índia) e
Tebas e Mênfis no Egito. Também na América, nasceriam cidades, principalmente entre os
astecas, importante civilização que ocupava o que hoje é o território mexicano.
As primeiras cidades surgiram em função da Revolução Agrícola, que ocorreu, por volta de
3.000 a.C., no Crescente Fértil, região compreendida entre a Mesopotâmia (atual Iraque) e o
Egito. Nesse período, as sociedades da área, além de adquirirem condições de alimentar os
agricultores, passaram a ter capacidade de abastecer os habitantes das cidades. Estes, agora,
podiam se dedicar a atividades propriamente urbanas: comércio e artesanato. Outro fato
importante foi que as elites dirigentes se fixaram nas cidades que se tornaram sedes do poder.
Implantava-se a divisão de trabalho e funções entre as zonas rurais e as cidades.
Na Europa, duas civilizações, a grega e a romana, tiveram nas cidades seus centros de poder,
onde estavam a burocracia de estado civil e militar. Na Grécia clássica, a mais sofisticada forma
política foi a polis (cidade). De fato, todo o esplendor cultural grego brilhou nas ruas de Atenas.
Na Península Itálica, surgiu e evoluiu a mais importante cidade da Antiguidade: Roma, de onde
partiram as tropas que edificariam o maior dos impérios, o Império Romano. Realmente, na
época "todos os caminhos levavam a Roma". No século XV, quando Roma caiu em função das
invasões germânicas, as cidades sofreram um grande abalo, pois a Europa se "ruralizou", ao
longo do período feudal.

Percebe-se nas cidades do período o início da divisão do trabalho e a utilização de meios de


troca, como conchas e pedras semipreciososas, no comércio. As cidades surgiram inicialmente
como pequenas aldeias às margens de rios, e com o crescimento populacional e das atividades
passaram a constituir cidades mais complexas. Os principais locais de surgimento das cidades
foram ao longo dos vales dos rios Tigres e Eufrates, na Mesopotâmia; do Nilo, no Egito; do rio
Indo, na Índia; do Yang-Tsé- Kiang e Hoang-HO na China; e do San Juan, na Meso-América.

De maior complexidade de atividades, foi necessário criar Estados para a defesa militar e a
construção de grandes obras (de irrigação, templos, canais etc.), em um processo de formação
das civilizações - termo relacionado aos povos que vivem em cidades.

No território europeu, a primeira civilização de destaque foi a grega, cujos registros das
cidades-Estado remontam aos séculos VIII a VI a.C.. As cidades gregas eram centros
comerciais, religiosos, políticos e artísticos, com autonomia organizacional em relação às
demais. As cidades gregas mais conhecidas foram Atenas e Esparta, que durante séculos
dominaram o comércio no Mar Egeu e em parte do Mediterrâneo, deixando também como
importante legado aspectos filosóficos, políticos (democracia), jurídicos, militares e artísticos
que até hoje são perceptíveis.
Centro do Império, Roma é um exemplo da centralidade dos espaços urbanos para a formação
das civilizações.
Entretanto, o caso de maior notoriedade de uma cidade da Antiguidade é Roma. Do mito do
surgimento da cidade, a partir dos irmãos gêmeos alimentados por uma loba, formou-se o maior
império do período, cuja capital era Roma. A partir da República, os romanos expandiram-se
por toda a Europa e grande parte da Ásia, dominando econômica, militar e culturalmente por
séculos essas regiões.
Curiosamente, é a partir do declínio do Império Romano que se vê a perda de importância das
cidades no ocidente europeu. Com as invasões dos povos bárbaros e a destruição que
inicialmente acarretaram, os habitantes destes locais se viram forçados a irem para o campo
atrás de refúgio e segurança em terras de latifundiários. Da criação de comunidades nestes
latifúndios verificou-se a formação dos feudos, que deram o caráter rural ao período medieval.
A ruralização da região teve como consequência a descentralização política e a diminuição
drástica do comércio existente. Porém, em outras regiões, algumas cidades mantiveram um
papel de relevo. Constantinopla (Bizâncio) era a capital do Império Romano do Oriente e
substituiu Roma em importância e desenvolvimento, tornando-se centro comercial e urbano da
Europa, convergindo para ela caravanas de diversas regiões. Na América pré-colombiana,
podemos destacar as cidades de Cuzco e Machu Picchu, no Peru e a antiga cidade de
Tenochititlan, onde hoje se localiza a cidade do México.
No final da Idade Média, com o renascimento comercial e urbano no interior do continente
europeu, as cidades voltaram a se desenvolver – agora a partir dos burgos –, como centros
comerciais e culturais, além de verem desenvolver o capitalismo industrial. A Idade Média foi
fundamentalmente uma civilização rural. Por essa razão, as cidades perderam sua importância,
Limitavam-se a ser sedes de bispados e reinados, num período no qual os reis praticamente não
tinham poder político. Durante o período medieval, não surgiram novas cidades e as antigas se
esvaziaram. As cidades medievais foram, na prática, simplesmente fortificações para proteger
igrejas, uma pequena população e alguns castelos. Elas não tinham qualquer função urbana.
Além disso, eram sujas, fétidas e suas casas de madeira eram presas fáceis dos incêndios. Dizia-
se que qualquer viajante percebia estar próximo a uma cidade, pelo mau cheiro que ela exalava.
Somente o capitalismo mercantil faria ressurgir o fenômeno urbano.
O caso mais clássico é o inglês, cujas cidades cresceram principalmente após os cercamentos
que expulsaram os camponeses de suas terras, obrigando-os a se proletarizar nas nascentes
indústrias urbanas. O advento da Revolução Industrial, somado à centralização da
administração do Estado, deu impulso à urbanização de vastos espaços territoriais, levando à
necessidade de criar políticas de planejamento e urbanização, visando sanar problemas
habitacionais, sanitários e de deslocamento, e também como forma do Estado evitar e combater
distúrbios sociais decorrentes da vida urbana contemporânea.
Hoje a população urbana superou a população rural no mundo, surgindo imensas cidades como
Nova Iorque.
O desenvolvimento verificado durante o capitalismo criou metrópoles e megalópoles, sendo as
primeiras grandes cidades de importância nacional e regional, e as segundas, espaços de união
de metrópoles. No ano 2000 metade da população mundial vivia em cidades, e a ONU projeta
para o ano de 2050 a existência de dois terços de população urbana.Por Tales Pinto Graduado
em História
Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um
profundo sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo
no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser limitada por portas e por
uma muralha. (DUBY, G. Et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da
vida privada da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia das Letras, 1990 [adaptação]).
As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média,
quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Esse processo está
diretamente relacionado com:
a) o crescimento das atividades comerciais e urbanas.
b) a migração de camponeses e artesãos.
c) a expansão dos parques industriais e fabris.
d) o aumento do número de castelos e feudos.
e) a contenção das epidemias."
A INDÚSTRIA FAZ DA CIDADE O CENTRO DO MUNDO OCIDENTAL

A Revolução Industrial do século XVIII, que concentrou a mão-de-obra das atividades fabris
nas cidades, foi o grande fator do desenvolvimento urbano. O capitalismo não criou as cidades,
surgidas ainda na Antiguidade, mas as tornou o centro das atividades econômicas e culturais.
Em função do capitalismo, as cidades passaram a ter inúmeras funções: portuárias, comerciais,
industriais, militares e político-administrativas. Em resumo, o capitalismo industrial precisou,
pela necessidade de produzir com custos mínimos e concentrar os operários em áreas reduzidas
do espaço terrestre, criar as condições para que as cidades se tornassem metrópoles e
megalópoles.
Conclusao

O resultado desse processo - a moderna unidade de produção, a fábrica - é necessariamente um


fenômeno urbano. Ela (a fábrica) exige, em sua proximidade, a presença de um grande número
de trabalhadores. O seu grande volume de produção requer serviços de infraestrutura
(transportes, armazenamento de energia, etc.) que constituem o núcleo da moderna economia
urbana. Quando a fábrica não surge já na cidade, é a cidade que se forma em volta dela. Mas é
em ambos os casos uma cidade diferente. Em contraste com a antiga cidade comercial, que
impunha ao campo seu domínio político, para explorá-lo mediante monopólios, a cidade
industrial se impões graças à sua superioridade produtiva. A burguesia industrial toma o poder
na cidade em nome do liberalismo e varre para fora do cenário histórico a competição das
formas arcaicas de exploração. O capital comercial perde seus privilégios monopolísticos e
acaba se subordinando ao capital industrial.
Bibliografia
Veja mais sobre "Evolução das cidades" em: https://brasilescola.uol.ccidades.htm
SINGER, Paul in "Economia política da urbanização")
https://www.portalsaofrancisco.com.br/arte/antiguidade-ocidental
https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/antiguidade-ocidental-grecia

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