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PERÍODO COLONIAL

 Pode ser considerado desde 1530 até meados de 1822.

 Períodos do anonimato na arquitetura, onde raramente se sabia quem era arquiteto


que projetou tal edificação, sendo este serviço feito pelos mestres de ofício.

 Cidades com características das influências coloniais: São Luiz, Ouro Preto, Olinda,
Salvador, outras.

Apesar do descobrimento do Brasil ter sido em 1500, a arquitetura colonial brasileira


começou especificamente em 1530, com a criação das Capitanias Hereditárias.
• As primeiras cidades começaram a se desenvolver ainda no período colonial.

• São Vicente, em São Paulo, foi a primeira vila, fundada em 1532.


 O arquiteto Luís Dias foi o responsável pelo projeto da primeira capital do país,
Salvador, fundada em 1549.
 São Luís (MA)
Reúne cerca de 4 mil prédios com arquitetura colonial portuguesa. Lá é possível
observar muitas obras com os famosos azulejos portugueses.
 Ouro Preto (MG)
Teve seu desenvolvimento com a mineração e se tornou uma das cidades mais
importantes da época. Hoje é tombada pelo IPHAN e possui inúmeros exemplares da
arquitetura colonial.
 Natividade (TO)
Também teve seu desenvolvimento com a mineração visto ser local de extração de
ouro. Foi tombada como patrimônio pelo IPHAN e possui casarios que mostram sua
arquitetura.
 Porto Nacional (TO)
Tombada pelo IPHAN, a cidade foi importante no ciclo do ouro, não pela extração,
mas por servir de porto para o ouro que vinha de Natividade e Monte do Carmo. Seu
centro histórico possui aproximadamente 250 edificações do período colonial.
RUAS
 Apresentavam casas térreas e
sobrados, que eram construídas
sobre o alinhamento das ruas e
sobre os limites laterais do
terreno.

 No geral, as ruas não possuíam


calçamento nem passeios, mas
algumas vezes elas eram
recobertas com pedras do local.

 As ruas eram definidas pelas Fonte: www.archdaily.com.br.


casas.
EXEMPLO
Rua Mizael Pereira

Fonte: Regina Barbosa.


LOTES
 Os lotes também se
faziam uniformes com
cerca de dez metros
de frente e com
grandes
profundidades.

 As edificações não
possuíam recuos
frontais nem laterais.
Fonte: Quadro da Arquitetura no Brasil.
 Os fundos dos lotes
ficavam os quintais.
EDIFICAÇÕES
 Eram construídas de modo uniforme, sendo algumas vezes fixadas por padrões
escritos na Carta Régia ou em posturas municipais.

 Possuíam um rigor métrico, além de alguns elementos como as esquadrias que se


repetiam paralelamente.

“Dimensões e números de aberturas, altura dos pavimentos e alinhamentos com as


edificações vizinhas foram exigências correntes no século XVIII. Revelam uma
preocupação de caráter formal, cuja finalidade era, em grande parte, garantir para as
vilas e cidades brasileiras uma aparência portuguesa”.
(REIS FILHO, 2014)
COBERTURAS
 As edificações possuíam sua cobertura com, geralmente, duas águas.

 Poderiam diferenciar principalmente nas casas de esquinas, que poderiam seguir


outro tipo.

 As telhas era feitas “nas coxas”.

 Poderia haver a presença de água furtada ou camarinha.


Telhas “nas coxas”

EXEMPLO
Camarinha

Fonte: Quadro da Arquitetura no Brasil.

Água furtada
PLANTA TÉRREA
Morada inteira Morada e meia

Fonte: http://www.redalyc.org Fonte: coisasdaarquitetura.wordpress.co


Fonte: Quadro da Arquitetura no Brasil.
SOBRADO
 O térreo era utilizado para o
comércio e acomodações de
escravos e animais.
 Os banheiros eram construídos
longe das edificações, no quintal
destas.

Figura 02: 1-Loja | 2-Corredor | 3-Salão | 4-Alcovas |


5-Sala de viver | 6-Cozinha
Fonte: Quadro da Arquitetura no Brasil.
EXEMPLOS
 Os declives serviam
como porões para
depósitos ou
acomodações de
escravos.
 Edificações de esquina
com plantas em “L”.

Morada e meia

Fonte: Regina Barbosa. Fonte: Marconio Ferreira.


MÉTODOS CONSTRUTIVOS
 Arquitetura vernacular.
 As paredes são responsáveis pela estruturação do prédio (paredes
autoportantes).
 Alvenaria de adobe – feitos com terra crua e aditivo para dar liga (palha de capim
e outras fibras). Eram queimados no sol.
 Outros tipo: taipa de pilão e pau-a-pique.
 Fundação: quando existente, feitas em pedra.
 Mão-de-obra escrava.

“As argamassas de assentamento de adobes e tijolões normalmente são a base de cal


e areia, cal e barro, ou apenas barro. As paredes são rebocadas e pintadas com
argamassa e pintura também a base de cal”.
(Manual de conservação da arquitetura nativitana)
BEIRA SEVEIRA
CIMALHA
CACHORRO
 As telhas eram de capa e canal,
“feitas nas coxas”.
 O beiral servia para lançar a água o Fonte: http://cacerespatrimonio.blogspot.co
mais longe da edificação, m.
protegendo o adobe.

Fonte: Manual de conservação de


EXEMPLOS
 Quanto mais adornos nas
fachadas mais mostrava o
poder aquisitivo da família
que ali residia.

Fonte: Regina Barbosa.


Treliçado

FORROS
 Os forros poderiam ser de Saia e camisa
diversos modelos: saia e
camisa, mata-junta, outros.

Forro saia e camisa

Mata-junta

Fonte: Manual de Conservação de


Fonte: http://lucianageraldiarquitetura.c
Telhados.
om.br
PISO
 Nos sobrados os pisos do pavimento superior eram de
assoalhos de madeira.
 Chão batido
 Cimento queimado
 Mezanela
 Ladrilho

Fonte: Manual de conservação da


arquitetura nativitana.
EXEMPLOS
Museu
 Taboado de
madeira
 Outras
características:
Corredor central
Térreo com 02
cômodos de cada
lado
Cimalha
Cobertura com 4
águas Fonte: Regina Barbosa.
Catedral Nossa Senhora das Mercês

EXEMPLOS
 Mezanela

Comsaúde

Fonte: Regina Barbosa.


EXEMPLOS
Seminário São José

 Ladrilho

Fonte: secom.to.gov.br
ESQUADRIAS
 02 folhas
 Bandeira
 Muxarabis/treliça
 Molduras em madeira
 Mais que uma porta na
fachada principal pode
sugerir que a edificação
funcionou como comércio

Fonte: Manual de conservação da


arquitetura nativitana.
EXEMPLOS

Fonte: Regina Barbosa.


EXEMPLOS
 Alteração das esquadrias de forma harmônica com a
arquitetura colonial.

Fonte: Regina Barbosa.


EXEMPLOS
 Arco abatido

Fonte: Regina Barbosa.

Fonte: Sem fonte.


COMSAÚDE
 Arquitetura colonial
 Inserção de arcos
plenos no pátio
Fonte: Regina Barbosa.
central

Fonte: Regina Barbosa. Fonte: Documentário Altar de Pedra Canga


SEMINÁRIO SÃO JOSÉ
 Piso hexagonal.

Fonte: Documentário Altar de Pedra Canga


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Manual de conservação de telhados. Disponível em:
http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/Man_ConservacaoDeTelhados_1e
dicao_m.pdf
 PORTO, Marconio Ferreira. Processo do patrimônio no Tocantins. Palmas, 2011.
Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Programa de Pós-graduação,
Universidade de Brasília.
 REIS FILHO, Nestor Goulart. Quadro da arquitetura no Brasil. São Paulo:
Perspectiva, 1970.
 VIVADECORA. Todos os encantos da arquitetura colonial do Brasil e do
mundo, 2018. Disponível em: https://www.vivadecora.com.br
/pro/arquitetura/arquitetura-colonial/
 Corona, Eduardo; Lemos, Carlos Alberto Cerqueira (1972). Dicionário da
arquitetura brasileira. São Paulo: Edart-São Paulo Livraria Editora

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