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RESUMO:
O presente artigo irá demonstrar como a segregação social e espacial
sempre estiveram presentes durante o desenvolvimento da cidade. Além disso, irá
demonstrar também como a distância social leva o imaginário popular a enxergar
uma cidade dividida entre civilização e barbárie para demonstrar como o
distanciamento geográfico e social é um mecanismo que a maquina capitalista
utiliza para esconder suas próprias contradições. Tudo isso em uma pesquisa
interdisciplinar que inclui pesquisas sociológicas, antropológicas, jurídicas e
geográficas para analisar exemplos recentes como os "rolezinhos" e as
consequências da instauração da UPP no morro do Vidigal.
ABSTRACT:
This article will demonstrate how the social and spatial segregation were
always present during the development of the city. Moreover, it will also
demonstrate how social distance takes the popular imagination to see a city
divided between civilization and barbarism to demonstrate how the geographic
and social distancing is a mechanism that capitalist machine uses to hide its own
contradictions. All this in an interdisciplinary research that includes sociological,
anthropological, legal and geographical research to analyze recent examples as
the "rolezinhos" and the consequences of the establishment of the UPP in the
Vidigal slum.
Enfim, no Rio de Janeiro, onde o lugar que abriga os indivíduos com mais
concentração monetária, a Zona Sul, é cercada por favelas que concentram a
miséria provocada pelo capitalismo, a máquina capitalista deverá desenvolver
formas cada vez mais criativas de distanciar as classes e, como impor sanções no
uso de espaços públicos através da segregação as vezes não é bastante para
mascarar as contradições capitalistas, foi através das UPP's que a burguesia criou
um mecanismo complexo de elitização das favelas.
Afinal o medo da elite carioca não é dos traficantes pois seu exercito
militar possui mais poder bélico que eles, o que assombra a burguesia é aquilo
posto como "(...)"o medo de o povo descer o morro para exigir compensação pela
enorme desigualdade social e injustiça que faz parte do cotidiano da
cidade"(ALVES; EVANSON, 2013, p. 26)"(VALENTE, 2013, p. 217)".
(...) and continues to enjoy genuine support from the governor and the mayor,
bolstered by private enterprise lured by the prospects of reintegrating somo one
milion favela residents into minstream markets, this program could remake
social and economic fabric of Rio de Janeiro.
Ou seja em momento algum as UPP's tinham como preocupação os
moradores da favela e sim as questões econômicas que envolvem a favela e as
questões políticas que da permanência do pobre próximo de mais do rico.
Tudo está mais caro – diz ela. – O pão que antes custava R$ 0,20 agora está
R$ 0,50. O bujão de gás que custava R$ 45 agora sai a R$ 60. Mas o maior
problema é o aluguel. Eu pagava R$ 300 (por um quarto e sala) e agora estou
pagando quase R$ 800. Não dá mais para aguentar.
Morador do Vidigal não vai à festa nenhuma na comunidade hoje. Tem festa
que custa R$ 400 a entrada. É pra burguesia mesmo, tanto que o ingresso é
vendido lá embaixo, no Leblon. Está tendo uma remoção branca aqui no
Vidigal, como se fosse um Apartheid mesmo.
Imagem 1
Considerações Finais:
LAPAGESSE, Gabriela. Vidigal é cada vez mais cobiçado por estrangeiros e até
cariocas. Rio de janeiro, 2014. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/rio/vidigal-
cada-vez-mais-cobicado-por-estrangeiros-ate-cariocas-14361731>. Acessado em:
17/06/2016.
OSBORN, Catherine. A história das urbanizações nas favelas parte I: 1897 – 1988.
Traduzido por Ana Rosa Santos e Roseli Franco. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em:
<http://rioonwatch.org.br/?p=4676>. Acessado em: 12/08/2016.
OSBORN, Catherine. A história das urbanizações nas favelas parte II: 1988 - 2008.
Traduzido por Juliana M. de Souza e Laura Ribeiro Rodrigues Pereira. Rio de Janeiro,
2013. Disponível em: <http://rioonwatch.org.br/?p=5042>. Acessado em: 12/08/2016.
OSBORN, Catherine. A história das urbanizações nas favelas parte III: morar carioca
na visão e na prática 2008 – presente. Traduzido por Alexandra Leister. Rio de Janeiro,
2013. Disponível em: <http://rioonwatch.org.br/?p=5735>. Acessado em: 12/08/2016.