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Belo Horizonte
2017
1- INTRODUÇÃO
Não existe uma definição única para o conceito de praça, fato é que diversos
autores divergem sobre o assunto, no entanto, é conveniente estabelecer em termos
gerais que praça seja um espaço público e urbano, celebrada como um local de
convivência entre os habitantes. Dentro desse contexto, existem praças das mais
variadas espécies que são essencialmente produto da natureza humana e por isso,
tendem a refletir o comportamento da sociedade, tal como a cidade (PARK, 1999).
Além disso, também por esse motivo, as praças tendem a assumir um comportamento
semelhante à de um organismo vivo e como tais, elas são passíveis de transformações e
,assim como qualquer ser provido de animação, se não forem submetidas a cuidados
tendem a entrar em um processo de deterioração.
Além disso, a praça é um espaço dotado de valores simbólicos, que em geral,
representam a função desses espaços enquanto pontos referenciais e cênicos da
paisagem urbana, além de exercerem importante papel na identidade de um município,
bairro ou rua. Isso é evidente, na Praça Sete de Setembro localizada no hipercentro de
Belo Horizonte.
A Praça Sete de Setembro, popularmente conhecida como Praça Sete, está
localizada no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas, duas das principais
avenidas da capital mineira. Considerada por muitos como o marco zero da cidade, a
praça é um dos principais pontos referenciais de BH tanto para os turistas tanto para os
residentes da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Ela é composta por
quatro quarteirões que foram batizados com os nomes de tribos indígenas que vivem em
Minas Gerais, sendo eles: Pataxó, Krenak, Xacriabá e Maxakali (Figura 1) e também
pelo icônico obelisco, conhecido como pirulito, que tem um importante papel na
identidade do município, principalmente para o Centro (Figura 2).
Figura 1- Quarteirões da Praça Sete
Disponível:<
Disponível:<https://www.google.com/search?hl=en&biw=1366&bih=662&tbm=isc
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Acesso em 16. Set de 2017
Outra praça muito relevante para a cidade de Belo Horizonte é a Praça Rio
Branco, popularmente chamada de praça da rodoviária devido a proximidade com o
terminal rodoviário. Apesar de ser menos icônica que a Praça Sete, a Praça Rio Branco
é um dos primeiros pontos de referência que os visitantes da cidade que desembarcam
pela rodoviária e pela estação de metro Lagoinha têm contato. Uma das principais
características da praça é o grande fluxo de carros e de pessoas que decorre da
proximidade do espaço com grandes avenidas como a Afonso Pena e Contorno e
também com locais de baldeação (Rodoviária e Estação de Metro) (Figura 3). A praça
em si é composta por um quarto de circulo com um grande monumento denominado
“Liberdade em Equilíbrio” de autoria da artista plástica Mary Vieira.
2- RESULTADOS
2.1- Praça Sete.
2.1.1- Croqui do grupo
2.1.2- Delimitação do quarteirão da Praça Sete
O espaço de análise da Praça Sete foi definido assim: o quarteirão fechado da Rua Rio
de Janeiro começa na calçada que vai de encontro à Avenida Afonso Pena até a
interseção com a Rua dos Tupinambás (Figura 4).
Figura 4 – Delimitação do quarteirão
A praça está situada no bairro Centro, região Centro Sul de Belo Horizonte,
próxima aos bairros Barro Preto, Carlos Prates, Lagoinha, Colégio Batista e Floresta. A
praça, que conta com uma área aproximada de 5.000m2 (descontando-se o corredor do
Move), fica em frente à Rodoviária de Belo Horizonte. Possui fácil acesso ao metro e as
estações do Move BH e Move Metropolitano.
Disponível em:
<https://img.r7.com/images/2014/11/10/228l7ao7ya_6o10rcym93_file.jpg?dimensions=460
x305> Acesso em 19 de Setembro de 2017.
A praça possui bancos nas extremidades próximas a Av. Afonso Pena, algumas
lixeiras próximas aos jardins e as áreas de circulação e dezenove postes de iluminação.
A escada e rampas de acesso possuem corrimão, entretanto o piso é bem irregular. No
centro da praça há um monumento com 21m de altura, denominado “Liberdade em
Equilíbrio”, que divide os fluxos de passagem.
As ruas que circundam a praça são largas e em geral com sentido único de
circulação, são asfaltadas e encontram-se em bom estado. Possuem boa sinalização para
veículos e pedestres e faixas de pedestres bem demarcadas em todos os cruzamentos. As
calçadas das ruas são largas e bem pavimentadas, entretanto alguns mobiliários, como
os telefones públicos, dificultam a passagem em horários de maior movimento. Por fim,
é importante ressaltar que há uma ciclovia no entorno.
Além disso, outro conflito relevante que ocorre na Praça Rio Branco (porém esse
já não é relatado no quarteirão Maxakali) é das de atividades ilícitas, como venda de
drogas (que apesar de não ter sido identificado durante a observação, há relatos
constantes sobre) versus a polícia militar que circunda muito pelo local (ainda sim a
sensação de insegurança persiste) devido a Região Integrada de Segurança Pública.
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho de campo realizados nas duas áreas ( Praça Sete de Setembro e praça
Rio Branco) nos trouxe observações em relação as suas funções e como ambas tem
espacialidade distintas, entendemos como principais diferenças a forma espacial que
ambas diferem, e a localização, localizadas na região centro-sul de Belo Horizonte, mas
em áreas totalmente distintas.
Nos dias atuais as praças urbanas se distanciam cada vez mais de suas
funcionalidades originais. Os dois sítios estudados revelam certo abandono ao
pensamento urbanístico e social, eles não geram nenhuma conexão entre as pessoas e o
espaço, fazendo com que sua função original fosse abandonada.
Tomar uma parcela do nosso tempo para o estudo desses lugares transforma e
evoluiu nossas percepções e nossa capacidade de observação dos espaços, tentamos
destruir dentro de nossas concepções o conceito de cidade maquinaria, que é vista
apenas como um mapa, onde se dispõe os mobiliários e espaços públicos. Buscamos
agora a percepção da cidade como espaço social, onde cada área tem suas
particularidades e problemáticas, sendo elas tratadas e resolvidas de maneiras diferentes.
Instiga então nossa assimilação do passado, presente e futuro, evoluindo nossos
conceitos e técnicas.
A cidade não pode ser vista meramente como um mecanismo físico e uma
construção artificial. Esta é envolvida nos processos vitais das pessoas que a compõe: é
um produto da natureza e particularmente da natureza humana (PARK, 1999)
4- REFERÊNCIAS
SIMMEL, G (1902). As grandes cidades e a vida do espírito. Mana vol 11. N° 2 Rio de
Janeiro. Outubro.
YOKOO Sandra, CHIES Cláudia. O papel das praças públicas: estudo de caso da
praça Raposo Tavares na cidade de Maringá. IV Encontro de produção científica e
tecnológica. Maringá- PR. Disponível em: <
http://www.fecilcam.br/nupem/anais_iv_epct/PDF/ciencias_exatas/12_YOKOO_CHIE
S.pdf> Acesso em 16 de set. 2017.
5- ANEXO