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Arquitetura e Urbanismo
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Equipe
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Nome do professor orientador
Resumo
Neste estudo, pudemos definir que a praça pública é um elemento urbano que
identifica e organiza o espaço da cidade. Sua característica fundamental é o acesso
livre depositado no seu caráter público. Esta definição implica a relação de um
espaço com os edifícios, os seus planos marginais e as fachadas, mas também é
diretamente definido pelo seu uso e valor social.
1. Introdução
A Praça Luiza Távora, também conhecida como Praça do Ceart, fica localizada
entre a Avenida Santos Dumont e as ruas Carlos Vasconcelos, Monsenhor Bruno e
Costa Barros, no bairro de Aldeota, na cidade de Fortaleza, estado do Ceará.
A praça tem um belo contexto histórico, pois foi ali que no inicio da década de
1920, um castelo começou a ser erguido como condição da jovem italiana Pierina
para se casar com o comerciante Plácido de Carvalho e vir morar no Brasil.
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David (12211628), Evandro Cardoso (13113118), Jéssica (13113593), José Walber (13113292), July Gabriella (13112917).
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FANOR. Emmanuelle Matos, Professora da disciplina de Teoria de Arquitetura e Urbanismo, turma 2013.1 Noturno, do Curso
de Arquitetura e Urbanismo. E-mail emanuelematos@hotmail.com
Análise da Praça Ceart sob as teorias da arquitetura
2. Objetivo
3. Metodologia
Para analisar a Praça CEART foram feitas visitas ao local (no bairro de Aldeota,
perímetro das ruas Carlos Vasconcelos, Costa Barros, Monsenhor Bruno e avenida
Santos Dumont), análise de projetos fornecidos pela administração da praça,
abordagem com pessoas que circulavam no entorno e passantes em horários
distintos (jovens, adultos e crianças), pesquisas on-line em sites de mecanismo de
busca, enciclopédias digitais, memoriais digitais e blogs.
Foi pesquisado a fundo o conteúdo histórico da praça através de páginas na
internet e informações coletadas no local.
Para a análise da firmeza, função, estética e conteúdo social e psicológico, foram
feitas visitas e perguntas informais aos funcionários e usuários de longa data.
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Análise da Praça Ceart sob as teorias da arquitetura
História da Edificação
Neste caso, foi uma grande história de amor que deu origem a Praça Luíza
Távora, popularmente Praça CEART que hoje conhecemos.
Nas primeiras décadas do século XX, Plácido Barbosa de Carvalho (nascido
aos 17/01/1873 em Canindé-CE, e filho de Bernardino Plácido de Carvalho e
de Alexandrina Barbosa Cordeiro de Carvalho), era um importante
comerciante do Ceará, e fazia periódicas viagens à Europa para trazer
tendências e mercadorias de luxo que entre outros nichos de mercado,
trabalhava com moda para casamentos.
Numa dessas viagens, conheceu Maria Pierina Rossi, em Paris. Logo o
cearense encantado pela bela italiana nascida em Milão propôs o casamento
e quis trazê-la para morar no Brasil, especificamente na cidade de Fortaleza,
cidade onde mantinha negócios. Maria Pierina, na época viúva e com uma
única filha (Zaira), foi relutante na decisão e não cedeu aos encantos de
Plácido, preferindo continuar na Europa. Ele, dividido entre o amor e os
negócios, decidiu arriscar e foi ousado na proposta para sua bela Pierina,
prometendo-lhe construir um castelo tal quais ambos tinham visto em Veneza,
firmando assim sua palavra de que faria a Sra. Pierina muito feliz no Brasil.
Em 1917, o casal chega ao Brasil e se instala provisoriamente em uma casa
na Rua Princesa Isabel, enquanto a construção do Palácio está a todo o
vapor pelas mãos do artista plástico e engenheiro João Sabóia Barbosa.
Em 1920, com grande parte do castelo já erguido, eles se mudam para o
então Palácio do Plácido (Palacete Plácido de Carvalho), no bairro do Outeiro,
hoje Aldeota.
O palácio com requinte europeu e traços da arquitetura renascentista (de
forte origem italiana) trazia mármores e vitrais importados que se misturavam
com as preciosas madeiras brasileiras em sua decoração.
Em 1921, o Castelo finalmente é inaugurado.
O casal (e Zaira, a filha de Maria Pierina) vivem ali até meados de 1933,
quando o Sr. Plácido contrai uma grave enfermidade e então decidem se
mudar para o luxuoso Excelsior Hotel, onde Plácido pode contar com o
atendimento médico primoroso e de forma mais rápida devido a localização
no centro da cidade.
Um ano depois, em 1934, dá-se o falecimento do Sr. Plácido, aos 60 anos
de idade.
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Análise da Praça Ceart sob as teorias da arquitetura
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Análise da Praça Ceart sob as teorias da arquitetura
Conteúdo Histórico
Através do estudo e análise da história da praça Ceart, podemos destacar
três pontos de vista históricos que contribuíram para a arquitetura daquele
espaço:
Firmeza
A respeito da firmeza e solidez (FIRMITAS), a teoria nos ensina que a
arquitetura deve ter solidez, resistir às intempéries, permanecer e para
atender a estes requisitos os fatores “durabilidade dos materiais” e
“excelência técnica” devem ser consideradas.
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Análise da Praça Ceart sob as teorias da arquitetura
Forma estética
“Ao observarmos o vasto conjunto de edifícios que constitui o domínio da
arquitetura, com vistas a entender o fenômeno complexo da forma
arquitetônica, observaremos que esses edifícios, além das diferenças
acidentais que ostentam entre si, apresentam diferenças muito mais
profundas, relacionadas com as estruturas elementares de conceitos sob os
quais esses edifícios foram concebidos. A estas estruturas chamamos de
categorias da forma arquitetônica.” Assim como explica tal trecho tirado do
livro “Uma Introdução à Arquitetura” de Silvio Colin, todas as construções
possuem uma categoria, todas têm suas diferenças e podem pertencer a uma
ou mais formas arquitetônicas. Analisaremos a seguir as formas aplicadas a
Praça Luíza Távora.
A Praça CEART possui três formas estéticas, sendo elas, forma tipológica,
forma geométrica e forma analógica.
A forma tipológica se encaixa perfeitamente em alguns elementos da praça,
pois certas características remetem a uma época anterior, como por exemplo,
os seus “castelinhos”- que ficam ao redor da mesma – possuem um estilo
renascentista, relembrando a Itália do século XV. Porém, esses “castelinhos”
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Análise da Praça Ceart sob as teorias da arquitetura
Função
Sintática: é o simples fato de o edifício estar onde está, de existir naquele
espaço
Semântica: é o que aquele edifício simboliza ou representa para a
sociedade.
Pragmática: é a função prática daquele edifício, que nada mais é do que
abrigar uma atividade.
Conteúdo Social
As praças são espaços de coesão social, de vivências urbanas, de intensa
simbolização, e talvez seja o único elemento morfológico (relação ambiente x
uso) ainda capaz de expressar o sentido máximo de urbe, em respeito e
valorização da vida urbana.
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Análise da Praça Ceart sob as teorias da arquitetura
Conteúdo Psicológico
A praça do Ceart (Luiza Távora) é um grande atrativo para os olhos, não só
para quem praticamente tem a sua vida feita ali, mas também para quem
passa brevemente por ela. A percepção de liberdade que essa sensação
causa é reconfortante e acaba sendo a escolha de crianças, jovens, adultos e
idosos, para passar o tempo, fazer novas amizades, reencontrar velhos
amigos ou reviver uma lembrança.
O que chama mais atenção na praça é a diversidade de elementos capazes
de atender as necessidades de quem procura pela praça, mas o uso da
arquitetura antiga na construção dos castelinhos, a presença do vagão de
trem, não pela função que exerce, são os elementos que geram mais
curiosidade, segundo algumas pessoas da própria praça.
Segundo dona Fran, funcionária do centro de artesanato, a renovação da
praça trouxe um fôlego novo às pessoas que visitam a praça, ela diz sentir-
se bem ao ver as pessoas aparecendo pela praça com mais frequência ;
“Acho que hoje em dia a praça passou a ser bem mais conhecida!” como
dona Fran diz nada é perfeito e sua reclamação sobre a praça, fica acerca
dos skatistas que não respeitam as regras da praça e acabam por praticar
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Análise da Praça Ceart sob as teorias da arquitetura
seu esporte pela área onde passam pedestres, questionados sobre esse
assunto, ele disseram fazer isso somente quando não há muita
movimentação na praça.
Já seu Edwaldo que trabalha na banquinha de jornal, diz que a praça
sempre foi ótima, mas que veio ficar melhor depois da reforma, sempre houve
pessoas que à apreciassem, há 19 anos vê as pessoas andarem pela praça e
se sentirem bem, ele ainda diz que todos os públicos aproveitam a praça de
uma maneira diferente; para ele a praça significa uma vida toda de trabalho e
satisfação, tristezas e alegrias, quando retoma suas lembranças quando fala
da importância que ela tem na sua vida.
Houve uma boa impressão da praça enquanto se escrevia este tópico do
artigo, onde desfrutava-se da brisa refrescante do fim de tarde, enquanto
ouvia-se o nervoso som das rodinhas dos skates rasgarem de leve o chão
das rampas, e aquilo tudo trouxe reflexão e tranquilidade, atenção apenas nas
paisagens que a forma da praça proporcionava e nas pessoas que passava
por ela despreocupadas.
5. Conclusões
Neste artigo, foi analisada a Praça Ceart de uma forma geral, tendo em
vista sua beleza, importância e função que a mesma oferece sobre e para a
sociedade.
Assim, após as análises e discussões a respeito dos pontos abordados na
teoria de arquitetura, podemos dizer que a Praça Ceart é um grande celeiro
de história e cultura da cidade de Fortaleza, trazendo objetos e construções
históricas, agregando neste conteúdo as memórias de pessoas importantes
que fizeram parte da evolução daquele espaço em que a praça foi concebida
e consequentemente interferindo no seu entorno.
A partir da experiência de produção deste artigo pudemos refletir quão
rico e oculto podem ser os valores intrínsecos de uma simples ou
complexa construção, edificação ou espaço público.
Uma única pergunta pode nos trazer uma infinidade de conteúdos: “O
que os lugares podem significar para os indivíduos sociais e qual sua
relação ou influência no espaço físico?” Tais reflexões foram
representadas ao longo deste trabalho e esta visão múltipla tende a
contribuir para a prática de um olhar profundo, crítico e poético e não
apenas superficial que considere apenas a forma física.
Muitos podem não admitir que a arquitetura seja um possível veículo
para a expressão das emoções, e isto é compreensível, uma vez que
nossa época é nutrida pela razão e nossas maiores conquistas não foram
obtidas pelo discernimento moral ou pela expressão dos sentimentos, mas
sob a orientação da ciência e da técnica.
Concluindo, sob a análise dos resultados, a Praça Ceart atende os
conceitos estético, histórico, social, psicológico e as funções da arquitetura.
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6. Anexos
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