Arqueologia, Hist ria e Sociedade

Patrim nio Hist rico e Arqueol gico

Professor: Alvaro H. Allegrette

ROTEIRO PARA CARACTERIZAÇ O E AN LISE DE BENS CULTURAIS

Nome: Rodrigo Rocha Pavan da Silva

Email: rodrigopavansilva@gmail.com
Bem cultural: CATETINHO
Homepage: https://www.df.gov.br/museu-do-catetinho-2/

Bem cultural: o Catetinho.

O Catetinho foi a primeira residência oficial do então Presidente da República

Juscelino Kubitschek que serviu como habitação durante a construção de Brasília. O
primeiro projeto deste local era para que o presidente e os diretores da recém criada
Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital) realizassem suas reuniões durante
este período.
A ideia de sua construção partiu ainda no Rio de Janeiro, por Oscar Niemeyer, num
encontro entre ele, o presidente e um grupo de amigos que se encontravam em no Jaca’s
bar, localizado no Hotel Ambassador na cidade fluminense. Seria uma casa construída
em madeira. O projeto foi elaborado em 1956 e financiado por um banco de Belo
Horizonte, num empréstimo bancário de 500 mil cruzeiros. Os primeiros materiais a
chegar na futura capital federal chegaram de caminhão da capital mineira e do Rio de
Janeiro no dia seguinte da apresentação do projeto. Além deles, um trator movido a
gasolina e um jipe também foram transportados para o local.
Vinte homens iniciaram a construção em 22 de outubro de 1956. A madeira (o jipe
(adaptado para acionar uma serra) era cortada para produzir as primeiras vigas do
“Palácio das Tábuas”. A obra era fiscalizada pelo então governador de Goiás Bernardo
Sayão que sobrevoava com um avião teco-teco o local.
O primeiro nome atribuído a esta residência foi “Palácio das Tábua”, o nome
Catetinho foi uma homenagem à antiga residência presidencial, o Palácio do Catete, no
Rio de Janeiro que era a sede do governo Federal da República do Brasil.
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O Projeto do local é assinado por Oscar Niemeyer e foi inaugurado no dia 10 de

Novembro de 1956. Neste mesmo dia, o presidente indicou que este palácio estivesse
sob os auspícios do DPHAN (Departamento Histórico e Artístico Nacional. Três anos
mais tarde, em 1959, o Presidente JK, juntamente com o Ministro da Educação e
Cultura, Clóvis Salgado da Gama, transformam o Catetinho em Patrimônio Histórico
Nacional. Após o estabelecimento deste palácio, um novo projeto, mais sofisticado
acabou por ser inaugurado (Catetinho 2 ou “Catetão) servindo de moradia para a família
presidencial até a transferência para o Palácio da Alvorada em junho de 1958.
Hoje, é o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional quem é o
responsável pela preservação do Catetinho. Ele está localizado na BR-07, em Brasília-
DF, a 30Km do Congresso Nacional; Seu tombamento está registrado no Livro do
Tombo Histórico Inscr. nº 329, de 21/07/1959, Número do Processo: 594-T-1959.
Bem preservado, o local recebe visitantes (ou pelo menos recebia antes da Pandemia
do Covid-19) de terça a domingo, das 9h às 17h, com entrada franca. A segunda-feira é
utilizada para eventuais manutenções.
Em 1991, o Catetinho passou por intervenções emergenciais e obras de restauro,
alguns elementos da construção, como pilares e algumas madeiras, foram pintados de
azul, descaracterizando, assim, o projeto inicial. Ao seu redor também foram criados
estacionamentos para os visitantes e também funcionários do museu1. Em 1996, o
prédio passou por um processo de desinfecção de cupins, brocas e outros insetos, além
de uma reforma no telhado, pilares de sustentação, trocas de madeiras e restauração na
varanda2. A última grande reforma foi no ano de 2019, em que houve a calefação das
tábuas das varandas, revitalização das calçadas às trilhas e nascentes do parque.
Infelizmente, não há uma política voltada para o conhecimento desta pare da
História de Brasília e, queira ou não, do Brasil. Talvez, pela distância em que se

1 https://www.cultura.df.gov.br/nova-via-de-acesso-facilita-chegada-ao-museu-do-catetinho/ - consultado dia 15 de setembro de 2021.

2 ITS, Instituto Terceiro Setor. Catetinho: o palácio de tábuas. Brasília: S. n. p. 101-105. 118 páginas)
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encontra do centro da cidade e a falta de políticas públicas, inclusive com o acesso ao
transporte público, o hoje Museu do Catetinho não recebe visitações compatíveis a sua
História, ficando, às vezes, restrito a pessoas que conhecem a História do presidente JK.
A falta de vínculo dos habitantes de Brasília com sua História, até por ser uma cidade
nova, se comparada com grandes centro urbanos do Brasil, como São Paulo ou Rio de
Janeiro, a geração que hoje está na casa dos 40-50 anos, podem se dizer que é a primeira
geração genuína de Brasília e, mesmo assim, não se vê tão conectada com a História de
sua cidade. Um dos motivos é a falta de uma Educação Patrimonial que poderia fazer a
diferença, além de uma educação cívica, buscando conectar os habitantes do local com
sua História, ou até mesmo, um Turismo cívico, ligado aos pontos importantes da
capital de seu país.
Bem sinalizado, no que diz respeito aos locais a serem visitados, o Museu do
Catetinho peca em relação às informações dentro do próprio museu, deixando apenas os
objetos expostos sem uma boa contextualização para explicar a História do local e sua
importância para a História de Brasília.

Referências Bibliográ icas

1. Araujo, Raphael F (2009). Catetinho-Patrimônio Esquecido de

Brasília (PDF) (Monografia). Brasília: Universidade de Brasília. pp. 42–46, 55–58, 60–
61. 102 páginas. Consultado em 21 de julho de 2020
2. Silva, Ernesto (2006). História de Brasília: um sonho, uma esperança, uma realidade.
Brasília: Charbel. pp. 178–181. 391 páginas
3. Vasconcelos, Adirson (2009). Efemérides: as grandes datas de Brasília e JK. Brasília:
Thesaurus. p. 986. 1165 páginas
4. https://pt.wikipedia.org/wiki/Catetinho
5. https://www.df.gov.br/museu-do-catetinho-2/
6. http://www.ipatrimonio.org/brasilia-catetinho/#!/
map=38329&loc=-15.747153874167555,-408.0769443511963,14
7. https://www.cultura.df.gov.br/nova-via-de-acesso-facilita-chegada-ao-museu-do-
catetinho/ - consultado dia 15 de setembro de 2021.
8.ITS, Instituto Terceiro Setor. Catetinho: o palácio de tábuas. Brasília: S. n. p. 101-105.
118 páginas)
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Com base no que escreveu, responda s duas quest es:

a)qual o signi icado e relev ncia desse bem como refer ncia cultural patrimonial do seu
ponto de vista?

Do meu ponto de vista, o Pal cio do Catetinho de uma import ncia na Hist ria do
Brasil por ter sido a primeira habitaç o na regi o de Bras lia, futura capital federal.
Assim, quando estudamos a Hist ria do Brasil, e suas mudanças de capitais,
Salvador para o Rio de Janeiro, e posteriormente para Bras lia, h uma busca dos
motivos para esse transfer ncia e percebemos que era um projeto antigo e, que n o
foi JK, o idealizador de tal projeto. Ele foi quem executou. O nome “Catetinho"
tamb m acho interessante pois h uma refer ncia ao Pal cio do Catete, no Rio de
Janeiro, de tantas Hist rias como a do suic dio de Get lio Vargas. A preservaç o de
um local como este, resgatar a mem ria de quem participou de toda esta saga que
foi a fundaç o de uma cidade, no meio do “nada" para integrar o Brasil, projeto que
Get lio Vargas iniciou com sua “Marcha para o Oeste”. Tamb m, resgatar as
mem rias de quem construiu, chamados de “Candangos”, pessoas simples de todo
o pa s que chegavam a p das regi es Norte e Nordeste do Brasil.

b) A partir disso que tipo de intervenç o consideraria necess ria para uma leitura cr tica
adequada desse bem cultural?

Para destacar tal bem cultural, acredito que a necessidade de um educaç o

sobre nossa Hist ria, uma conscientizaç o a respeito do que Bras lia, e claro,
quem formou a populaç o brasiliense importante para que cada “candango”
(hoje, este termo remete carinhosamente a quem nasce em Bras lia) conheça sua
pr pria raiz. De tantos problemas com a pol tica brasileira, e o Governo JK n o foi
diferente, o brasileiro sente uma certa repulsa a sua Hist ria. Em Bras lia, n o
diferente. Al m disso, o Catetinho ica numa rea de Preservaç o Ambiental do
Cerrado e com nascente de rio. Assim, a import ncia da preservaç o do patrim nio
transcende apenas o lado cultural, ele tamb m necess rio pelo lado ambiental.
Mas mais do que isso, mostrar que, independente, de quem, politicamente, deu
luz a Bras lia, seus construtores, pessoas humildes viram nesta cidade a
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oportunidade de ter uma vida melhor. E, por eles, temos que preservar esta cidade,
preservar o sonho de cada imigrante que fez de Bras lia sua cidade. O ensino de um
bem material, e mesmo imaterial, tem que ser parte do cotidiano brasileiro, para
formar no imagin rio da populaç o a noç o do que ser este povo misturado de
in meras culturas. Resgatar a mem ria e preserva-la deixar para a eternidade
sua cultura.
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Anexos:

Anexo 1 - Entrada do Catetinho e do Museu.

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Anexo 2: Indicaç o de um breve hist rico do Catetinho

Anexo 3: Indicaç o dos pontos que podem ser visitados como tamb m da Administraç o
do Catetinho
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Anexo 4: Catetinho com sua coloraç o original antes da ltima intervenç o

Anexo 5: Nascente d’ gua no Catetinho (este riacho desagua numa queda d’ gua bel ssima
no Country Clube de Bras lia)
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Anexo 6: Museu - quarto que pertenceu a JK e objetos pessoais do ex-Presidente.

Anexo 7: Sala de reuni es com mob lias da poca

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Anexo 8: Cozinha do Catetinho e r plicas das comidas preferidas do ex-presidente.

Anexo 9: Utens lios usados na construç o do Catetinho

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Anexo 10: In cio das obras do Catetinho

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Anexo 11: Presidente JK acompanhando as obras da construç o

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Anexo 12: Inauguraç o do Catetinho

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