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HOTEL TESSI

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

ALDIR OSMUNDO TIBURTINO NETO


BRUNA FERNANDES ANDRADES DE OLIVEIRA
ESTEFANY VITÓRIA DA SILVA
JOÃO GABRIEL PINANGÉ GOMES
MARIA EDUARDA FERREIRA DE BRITO
MATHEUS ALVES DE BARROS
NYELLEN BRITHANY FERREIRA DA SILVA
WILMA MACEDO DE OLIVEIRA

HOTEL TASSI
SUMÁRIO
Introdução............................................................................... 01
Dados Históricos................................................................... 02
Entorno do Urbano................................................................03
Descrição de Análise da Edificação...................................04
Levantamento Fotográfico...................................................05
Diretrizes para Intervenções e Restauro.........................06
Considerações Finais.............................................................07
Planta do Hotel Tassi............................................................08
Referências..............................................................................09
INTRODUÇÃO

Curitiba se torna uma cidade de imigrantes, a qual continuaria a crescer impulsionada pela ligação ferroviária com o
litoral, o que lhe garantiria uma sintonia permanente com as novidades dos grandes centros nacionais e
internacionais. Este desenvolvimento incentivou a formação dos primeiros hotéis nas proximidades da Estação
Ferroviária. Os hotéis de Curitiba, em particular o Hotel Tassi parte do objeto deste estudo, foram edificados
durante as transformações vivenciadas pela sociedade curitibana no final do século XIX e princípio do XX, período
em que a cidade iniciou o processo de organização de seu espaço urbano construindo as bases para as demais ações
modernizantes
O Hotel Tassi está fechado desde os anos 1960 e, além disso, no início dos anos 1990 as ruínas sofreram um
incêndio. Faz muitos anos que está com tapumes e escoras, esperando pela restauração. Localizado na esquina da
Rua Barão do Rio Branco (antiga Rua da Liberdade) com a Avenida Sete de Setembro, o prédio é um bem tombado
pelo Patrimônio Cultural do Paraná e é uma Unidade de Interesse de Preservação. Apresentamos o trabalho da
matéria de Técnica Retrospectiva II, com o intuito de intervenção do Hotel Tassi, abordando assuntos: história,
levantamento, e intervenções.
Com algumas pesquisas e estudos do projeto, o grupo conseguiu adquirir informações para sua realização, através
de dados históricos, análise do entorno do edifico, além da análise do Hotel. Demonstrando sua importância para a
arquitetura da sua época até os momentos atuais e como é necessário o seu estudo para abranger a bagagem do
conhecimento e da história da arquitetura no Brasil.
DADOS HISTÓRICOS
Em 1889, o Imigrante italiano Ângelo Tassi, comprou de um Padre, um terreno de esquina que se localizava em
frente ao prédio da Estação Ferroviária e da futura praça Eufrásio Correia. Ali ele construiu sua residência, e na
primeiro parcela do terreno, abriu uma venda que passou a ser muito frequentada por passageiros e carroceiros
que cruzavam a região. Desta forma, a família Tassi passou a fornecer a seus clientes, comida e pouso. Não
demorou muito e logo o negócio da família, precisou ser adaptado devido à demanda, dando a eles a ideia da
construção de um hotel.
Em 1990 é inaugurado o então Hotel Estrada de Ferro’’, que após algumas reformas e ampliações, passou a se
chamar, finalmente, Hotel Tassi Com o enfraquecimento do movimento da estação ferroviária, o hotel enfrentou
grandes dificuldades e baixa demanda, decorrente a isto, teve de ser alugado em 1942, tendo inclusive seu nome
alterado para “Hotel continental”, e passando a ser vendido oficialmente em 1960.No ano de 1972, a Estação
Ferroviária foi totalmente desativada, devido à substituição do transporte ferroviário pelo rodoviário. Em seguida a
este acontecimento, a região frente à estação, passou a viver um momento complicado, resultante de abandono e
o fechamento de vários hotéis, inclusive o Continental em 1976, que permanece fechado desde os anos 70. As
ruínas do Tassi sofreram um incêndio no ano de 1990 que quase destruiu o edifício por completo. Faz muitos anos
que tapumes e escoras sustentam as paredes, e é nesta situação que um edifício de importância para a cidade de
Curitiba, aguardava ansiosamente pela sua restauração.
DADOS HISTÓRICOS

Segundo a Coordenadoria do Patrimônio Cultural, apenas em julho de 1985 que o processo de tombamento do
antigo Hotel Tassi foi iniciado. Devido ao alto custo de restauro ao edifício, seus proprietários permaneceram
relutantes, e alegaram durante muito tempo que o prédio estava em ruínas e com potencial risco de desabamento.
Mesmo com a insistente relutância, o edifício foi finalmente tombado. Após muitos anos de espera, em 2004 se
iniciou o processo de restauro do edifício, que se encontrava mais degradado que na situação atual, e em 2006,
todas as aberturas do pavimento térreo foram vedadas com concreto para impedir a entrada da população.
O que resta atualmente do hotel, são apenas suas fachadas, com pisos de ladrilho hidráulico no térreo e uma
escadaria de mármore parcialmente preservada. As paredes de estuque de madeira que revestiam o interior do
hotel, ruíram em sua maioria após o incêndio. Infelizmente, seu restauro foi pausado e assim se encontra até hoje.
O edifício possui uma localização privilegiada, sendo inserido em uma área nobre e histórica no centro da cidade
de Curitiba, em um dos principais pontos turísticos referenciais da capital. Seu processo de degradação é
avançado, e sem os devidos cuidados e ações, o tempo deve castigar ainda mais as ruínas do antigo Hotel,
agravando sua deterioração.
O que antes era um cartão postal, uma referência histórica Curitibana, hoje está totalmente deplorável e a mercê
de marginalização, perdendo totalmente o que já tinha sido restaurado e parte da sua essência, tornando-se
apenas ruínas escoradas e uma visão sombria no coração de Curitiba.
ENTORNO URBANO

Planta indicativa dos perímetros do Setor Histórico (1971) e do Setor


Especial Histórico 1 e 2 (2000) e da localização das edificações
pertencentes ao Patrimônio Cultural de Curitiba Elaboração
Elizabeth Amorim de Castro a partir da base Ippuc, 2018 [Ippuc,
2018]

Outro importante avanço ocorreu entre 2001 e 2003 com a


realização do Inventário do Patrimônio Moderno de Curitiba. Os
exemplares da tipologia de residência unifamiliar passaram a ser
considerados unidades inventariadas, mas a inexistência de
proteção legal possibilitou a demolição de muitas delas.

https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/22.254/8206
DESCRIÇÃO E ANÁLISE
DA EDIFICAÇÃO
Proposta do Plano de Revitalização do Setor Histórico de Curitiba de “inserção de novos edifícios na área de
influência de unidade preservada”, que objetiva a manutenção da escala e a diferenciação formal entre as
preexistências e as novas construções em consonância com a Recomendação de Paris de 1962
O PPAC RMC adotou o conceito ampliado de monumento da Carta de Veneza, incorporando a perspectiva da
história regional, com “a identificação das heranças culturais [dos imigrantes] materializadas nas arquiteturas”,
incluindo o inventário da produção arquitetônica dos diferentes grupos étnicos presentes na região, consideradas no
documento italiano como obras modestas. Para isso, utilizou os consolidados estudos de História Regional
desenvolvidos desde os anos de 1950 no Estado e incorporou à equipe técnica importantes pesquisadores
paranaenses como Newton Carneiro, Brasil Pinheiro Machado, Edwino Tempski e Ruy Cristovam Wachovicz.
Ainda atendendo às premissas da Carta de Veneza – e dos Compromissos de Brasília e Salvador –, o PPAC RMC
ressaltou, nas Diretrizes Gerais, a importância da revitalização de uso e propôs a reciclagem de alguns destes
imóveis para equipamentos de ensino, saúde, assistência social e cultural. Também recomendou a dinamização
cultural da região com o estabelecimento de políticas de incentivo ao turismo.
Embora tenha desenvolvido um trabalho pioneiro identificando exemplares arquitetônicos representativos do
processo de imigração na região, o PPAC RMC não aprofundou o conhecimento dos bens, etapa constante na Carta
de Veneza, nos Compromissos de Brasília e Salvador e, sobretudo, na atuação do Serviço do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional – Sphan desde 1937. A identificação e o fichamento destas edificações realizados são
acompanhados de sucintas informações históricas e apenas 43, das 363 edificações relacionadas em Curitiba,
possuem levantamento arquitetônico composto por uma planta baixa esquemática, sem cotas e detalhamentos.
DESCRIÇÃO E ANÁLISE
DA EDIFICAÇÃO
Em 1979, foi promulgado o Decreto 1.547 (14) que criou o Setor Especial de Unidades de Interesse de Preservação –
UIP, “constituído por edificações que, de alguma forma, possam concorrer significativamente para marcar as
tradições e a memória da cidade”. A norma buscou estancar o processo de abandono e substituição desses
imóveis e criar mecanismos para a sua preservação, recuperação e revitalização de duas formas: a primeira
impedindo a sua derrubada e a segunda abrindo a possibilidade de serem estabelecidos incentivos fiscais para as
intervenções. Atendeu à determinação da Recomendação de Paris de 1968 (15) que defendia a criação de leis e
de formas de financiamento como medidas de preservação e salvamento dos bens culturais.
As UIP relacionadas no decreto de 1979 consistiam nos 363 imóveis elencados pelo PPAC RMC/1977 e em outros
223, identificados por técnicos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba – Ippuc, totalizando
586 unidades. Não foi realizado um inventário das edificações. Utilizaram-se as 383 fichas elaboradas do PPAC
RMC e os demais imóveis constavam de uma listagem com indicação fiscal e endereço, sem fotografias,
descrições, levantamentos arquitetônicos e análise do estado de conservação. Contrariava-se, entre outras cartas
patrimoniais, a Recomendação de Paris de 1968 que preconizou a necessidade de serem mantidos inventários
atualizados de bens culturais importantes.
O primeiro instrumento de apoio à política de preservação, recuperação e revitalização, definido em 1980, foi a
isenção de pagamento de imposto imobiliário para os proprietários de imóveis considerados de valor histórico ou
cultural, desde que assegurada a manutenção da sua “estrutura original, porte e escala” e executada sua
“recuperação e adaptação” (16). Trata-se de medida importante – e pioneira – em consonância com a
Recomendação de Paris de 1968 que ressaltou o papel do Estado em “encorajar os proprietários de edificações
que tenham importância artística ou histórica [...] a preservarem o caráter e a beleza dos bens culturais de que
dispõem”. Para isso, poderiam ser utilizadas a redução de impostos e leis que possibilitassem a manutenção ou
adaptação do imóvel a funções consideradas contemporâneas.
DESCRIÇÃO E ANÁLISE
DA EDIFICAÇÃO
Dois anos depois, foi instituído o incentivo construtivo (Lei do Solo Criado), que consistia na “autorização para ser
erigida construção acima dos limites previstos pela legislação em vigor, mediante o compromisso formal do
proprietário do imóvel de valor cultural, histórico ou arquitetônico de preservá‐lo” (17). A medida foi novamente
inovadora ao adotar este instrumento urbanístico quase vinte anos antes do Estatuto da Cidade (18). Também foi
criada a Comissão de Avaliação do Patrimônio Cultural – CAPC, que passou a conceder reduções no IPTU ou
incentivo construtivo aos proprietários que restaurassem e reabilitassem os imóveis considerados de valor cultural,
histórico ou arquitetônico (19).
Para suporte das decisões da CAPC, definiu-se uma classificação das UIP, divididas em Unidades‐monumento (tipo
A) e Unidades de acompanhamento (tipo B) (20). Na ocasião, a listagem de UIP foi reavaliada e das 586
relacionadas em 1979, 278 unidades ficaram fora da relação. Dos 308 imóveis que permaneceram como UIP, 92
eram do tipo A e 216, do tipo B.

https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/22.254/8206
DESCRIÇÃO E ANÁLISE
DA EDIFICAÇÃO

https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/22.254/8206
LEVANTAMENTO
FOTOGRÁFICO

https://www.fotografandocuritiba.com.br/2016/02/hotel-tassi.html?m=1
https://www.behance.net/gallery/120888523/RESTAURO-DE-EDIFICIO-HISTORICO-HOTEL-TASSI
https://www.behance.net/gallery/120888523/RESTAURO-DE-EDIFICIO-HISTORICO-HOTEL-TASSI
https://www.behance.net/gallery/120888523/RESTAURO-DE-EDIFICIO-HISTORICO-HOTEL-TASSI
https://www.behance.net/gallery/120888523/RESTAURO-DE-EDIFICIO-HISTORICO-HOTEL-TASSI
Considerações Finais.
Ao realizar esse trabalho, aprendemos diversas habilidades e conhecimentos valiosos.
Primeiramente, aprendemos a pesquisar de maneira eficiente, coletando informações
relevantes de fontes confiáveis. Isso nos ajuda a desenvolver a capacidade de analisar
e avaliar informações críticas para nosso estudo.

Além disso, ao escrever sobre o Hotel Tassi, aprendemos que devemos estruturar um
argumento de forma lógica, a utilizar citações e referências, e, a expressar nossas
ideias de maneira clara e coerente.

O Edifício devido ao custo alto de reabertura do edifício, os proprietários após diversas


conversas alegaram durante muito tempo que o prédio estava em ruínas e com
potencial risco de desabamento.

Além disso, podemos pensar de uma forma “geral” sobre o edifício. Sobre a sua
localização privilegiada em uma área nobre no centro de Curitiba, expectadores
comentam sobre o assunto: “ O que antes era um cartão postal, hoje está em situação
deplorável. “

Em resumo, sobre o nosso trabalho escrito não é apenas uma tarefa acadêmica, mas
uma oportunidade de adquirir habilidades valiosas, como pesquisa, escrita,
gerenciamento de tempo e pensamento crítico, que são essenciais para o sucesso
acadêmico e profissional.
REFERÊNCIA

https://www.fotografandocuritiba.com.br/2016/02/hotel-tassi.html?m=1

https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/22.254/8206

http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1378

https://www.behance.net/gallery/120888523/RESTAURO-DE-
EDIFICIO-HISTORICO-HOTEL-TASSI

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