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INTR ODUÇÃO
Ouro Preto mantém sua arquitetura barroca de séculos atrás, com grandes construções,
praças, como o Museu da inconfidência, a praça Tiradentes, Igreja de São Francisco de
Assis.
Segundo a última pesquisa do IBGE (2021), a cidade conta com aproximadamente 74.824
habitantes.
Curiosidades:
Em 1930, a Vila Rica era uma das mais populosas da América (sua área era
maior que atualmente), ela chegou a ter aproximadamente 80 mil habitantes;
A extração de ouro e minérios tornou a cidade alvo de inúmeros países vindos
da Europa;
Ela foi a primeira cidade a ser declarada como Patrimônio Nacional;
Uma de suas principais atrações são as igrejas e capelas. No total, a cidade tem
19 diferentes igrejas, capelas e passos.
2. HISTÓRICO
Em 1711, no auge do ciclo do ouro, foi feita pelo bandeirante Antônio Dias de Oliveira, a
união de vários arraiais que ficavam próximos uns dos outros, tornando-se uma vila,
chamada de Vila Rica. Após a independência do Brasil, em 1823, a Vila Rica passou a ser
uma cidade, cujo nome é Ouro Preto. O nome do município foi escolhido por conta da
camada de óxido de ferro preto que cobria o ouro, fazendo assim ser extraído o “ouro
preto”.
Ouro Preto é uma das cidades que melhor representa o período colonial no Brasil,
marcada por sua arquitetura, além de diversos acontecimentos marcantes. Um destes
acontecimentos foi o Ciclo do Ouro, em que a extração do ouro foi a atividade econômica
mais importante do Brasil.
http://morrodaqueimada.fiocruz.br/cartografias.php
3. MAPA DO CENTRO HISTÓRICO
A região conta com diversos bens históricos tombados que proporcionam grande referências
arquitetônicas – além disso, são considerados pontos turísticos do lugar.
Confere abaixo um mapa do centro histórico com destaques de cada atração com suas
localizações reais:
https://turismo.ouropreto.mg.gov.br/static/Mapa_Tur%C3%ADstico_Ouro_Preto_MG.pdf
4. CARACTERÍSTICAS URBANAS
Ouro preto conta com uma topografia completamente montanhosa. Todos os seus aclives e
declives possuem ruas sinuosas que fazem o caminho entre eles – os arquitetos da época
fizeram bom uso desse perfil topográfico executando capelas e edifícios no ponto mais alto da
cidade, tendo assim um destaque no município. Dentre essas regiões, situa uma praça muito
popular para os turistas pois ela conta com uma homenagem feita ao inconfidente Tiradentes,
que teve a sua cabeça exposta no local quando Ouro Preto ainda era a antiga Vila Rica – devido
a isso, a mesma praça é nomeada como Praça Tiradentes e conta com uma estátua do
homenageado.
Para chegar até a praça é necessário seguir um caminho aclive, pois devido a sua localização,
situa em um alto em uma das colinas. As ruas principais que levam até ela são Rua Conde de
Bobadela (que tem um perfil bem aclive) e a Rua Antônio pereira (já contempla um perfil mais
planto, portanto, com ruas estreitas – que aos redores delas também há com 3 edificações
tombadas: Igreja N.S do Carmo, Museu do Oratório e o Museu da Inconfidência. Essas ruas,
por serem as principais que levam à um dos mais relevantes atrativos de Ouro Preto, elas
contam com diversos comércios que contam com a venda de produtos derivados da região
para atrais os turistas.
A Capela de Santana é localizada no Morro de Sant’Ana, e ela conta com uma aparência
simples, portanto, excêntrica, no qual o propósito de sua construção foi para atender os
moradores da região. Segundo pesquisas e documentações, datam que sua execução foi em
torno de 1720, portanto, esses são os únicos dados, pois não é descrito em documentos algo
que esclareça a autoria do projeto e a iniciativa de sua construção.
http://turismoouropretomg.blogspot.com/2016/09/capela-de-santana.html.
A capela foi compões uma nave, capela-mor e a sacristia, tendo o corpo alinhado com sineira
isolada. Seu frontão é triangular, acabado nas extremidades por duas pilastras de canto,
encimadas por coruchéus e óculo recortado ao centro.
As aberturas exteriores laterais apresentam vergas em arco abatido. Toda a estética barroca
dessa capela se assemelha as outras do Ouro Preto.
A área interna da Capela não é tão atraente e não conta com materiais de alta qualidade. O
piso é feito em largas tabuas, seteiras no lugar de janelas e as portas são almofadadas.
A casa dos contos é um edifício histórico barroco que, entre 1782 e 1784, foi executado com o
propósito de residência para o senhor João Rodrigues de Macedo. Posteriormente, o edifício
passou a pertencer a Real Fazenda, se tornando funcional para uma espécie de contabilidade
da capitania.
Já em torno de 1821, a casa foi ampliada, se tornando também uma casa de fundição. Devido a
isso, foi instalado um grande forno com uma grande chaminé, que atualmente ainda é
existente pode ser visto.
https://www.guiadasartes.com.br/minas-gerais/ouro-preto/casa-dos-contos
Além do edifício de Macedo, que situava no piso superior, ele também contava com a
disposição da administração dos contratos nas duas lojas que situam em sua entrada principal.
Já no piso térreo contemplavam dois quartos, em cada ala correspondente às lojas, e os outros
quartos serviam de hospedagem de altas figuras da capitania.
Portanto, o Museu teve diversas funções durante diversos períodos, ele teve uma grande
representação histórica com suas disposições de cômodos e ambientes, e atualmente,
acessado como museu, a Casa dos Contos é um edifício barroco que atualmente é muito
contemplado em Minas Gerais!
5.2.3. Materiais E Métodos Construtivos
É comum as casas terem apenas uma fundação ou vigas de pedra. Mas em vez disso, foi usado
a Cantaria, que é uma pedra que foi moldada à mão com as ferramentas certos, pronta para
uso em construção e equipamentos. A pedra serve como elemento estrutural ou decorativo e
muitas vezes desempenha ambas as funções. Rochas brutas ou preparadas, secas ou calcárias
foram amplamente utilizadas nas colônias – isso é tanto em termos de fertilidade como de
resistência às intempéries. Consequentemente, a parede atinge alturas maiores do que outras
que são pouco resistentes.
https://coisasdaarquitetura.files.wordpress.com/2010/06/casa-dos-contos-plan-medley.jpg
Há pesquisam que dizem que a Igreja de Santa Efigênia foi construída por um escravo
alforriado Chico Rei e sua tribo em torno de 1733 a 1785. De acordo com dados,
anteriormente no mesmo local, existia uma ermida dedicada a Santa Efigênia, e por esse
motivo que atual igreja conserva essa denominação!
É uma igreja que sua construção tem uma história muito ligada à escravidão. Além disso, toda
a sua estrutura tem de certa forma uma ligação com a cultura afro americana! Sua construção
teve um período bem extenso, pois teve a participação de diversos artistas, e que
consequentemente, nos diversos detalhes há uma mistura das características de cada um
deles.
https://www.tripadvisor.com.br/ShowUserReviews-g303389-d2389321-r665137582-Santa_Efigenia
A igreja possuí o diferencial de não apresentar corredores laterais à nave – diferente de outras
igrejas em seu entorno. O edifício conta com aspectos inovadores, tais como o recuo das
torres em relação ao frontispício, os ângulos de junção arredondados, o coroamento em forma
de bulbo, cornija semicircular acima do óculo e a decoração da portada, formada por um
nicho, contendo a imagem de Nossa Senhora do Rosário.
De acordo com Myriam R. de Oliveira, a Igreja de Santa Efigênia foi a primeira “a tirar partido
efetivo das novas possibilidades construtivas permitidas pelo uso de alvenarias de pedra”.
https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2012/05/09/morfologia-das-igrejas-barrocas-ii/
Já o interior da Igreja é bem ornamentado, o seu teto por exemplo, ele é belamente adornado
com pinturas; o altar mor contempla uma representação de um papa de cor negra; na capela
mor, há painéis que foram pintados em dois tons de cores por Manoel Rabelo de Souza,
retratando cenas da vida cotidiana do século XVIII.
5.3.3. Materiais E Métodos Construtivos
Assim como em outros métodos construtivos das demais igrejas barrocas, a execução de um
altar envolvia uma série de etapas, que incluíam o plano geral da obra, o fornecimento e
administração do material usado, a execução do risco, o aparelhamento, a escultura de
ornamentos, a escultura de imagens e anjos, revestimento de gesso, pintura, douramento,
etc.]
5.4. MUSEU DA INCONFIDÊNCIA
Construído entre 1785 e 1855, foi originalmente feito para ser A casa de Câmara e Cadeia da
cidade. Funcionou por 25, até a câmara precisar ser transferida, funcionando apenas como
prisão. No início do século XX, se tornou penitenciária estadual. Em 1938 o prédio ficou
desocupado após a construção de outra penitenciária perto de Belo Horizonte, e nesse mesmo
ano se tornou o Museu da Inconfidência.
Considerado um dos edifícios mais notáveis da arquitetura civil colonial, foi baseado no
geometrismo e horizontalidade do estilo renascentista, que sobrepõe elementos do barroco.
Apresenta todas as necessidades para esse tipo de edificação: uma torre sineira para
convocação do povo, relógio público, salas administrativas e audiência, pátios, tribunas,
cozinha, cárcere e enfermaria. O projeto original sofreu alterações, como a substituição da
fachada da varanda de balaústres de pedras pelas de ferro, estrutura em curvas da torre por
de linhas retas e da escada de um só laço pela de dois com patamar. Possui quatro estátuas
nos cantos da platibanda representando virtudes cardeais: Prudência, Justiça, Temperança e
Fortaleza.
Considerado o teatro mais antigo da América Latina, foi fundado em 1770 e teve seu auge em
1817, chegando a ter espetáculos semanais. Possui o marco histórico de ter sido o primeiro
teatro onde permitiu a participação de mulheres no espetáculo. Com a invenção do fonógrafo
e do cinema, teve seu fluxo reduzido, e atualmente continua sendo usado como teatro,
mantendo a tradição artística da cidade.
Passou por uma reforma em 2006, houve a troca dos pisos de madeira, restauração da arte no
teto, troca dos bancos da plateia e do forro, tudo respeitando os materiais e desfazendo
antigas reformas mal planejadas.
5.6. CASA BOULIEU
1.1.1. Principais Características:
Museu situado no antigo Asilo São Vicente de Paulo, apresenta mais de 1200 obras de arte
sacra, contendo arte de países colonizados por Portugal e Espanha, como Filipinas, índia, Peru
Guatemala, e no interior do Brasil, com Maranhão, Minas Gerais e Bahia. A coleção, compostas
por esculturas, pinturas, imagens e outros objetos que variam do séc XVII A XX, revela como foi
interpretado o catolicismo em culturas diversas e em diferentes séculos.
Apresenta área de quase 400 m², possui 6 salas de exposição, saguão de entrada, bilheteria,
sala multiuso, sala do educativo. Antes da reforma era um edifício de arquitetura sanitarista,
que procurava priorizar critérios como salubridade e higiene.
1.1.3. Materiais E Métodos Construtivos:
A restauração retirou a arquitetura sanitarista por uma que permitisse salas amplas para
mostras as obras, restaurando fachada, os pisos e adicionando uma horta.
Bom exemplo de casa colonial, com varandas, beirais, grande quantidade de janelas e porta
principal grande. Seu interior ainda possui imóveis da época.
Como uma típica casa colonial, possui diversos materiais, como pedra, madeira e telha
colonial.
5.8. IGREJA DA NOSSA SENHORA DA MERCÊS E PERDÕES
5.8.1. Principais Características:
Construída no século XVII pela Irmandade de Nossa Senhora das Mercês dos Crioulos e Pretos
e reconstruída em meados do século XIX, a Igreja se encontra no alto de um morro e peças
atribuídas a Aleijadinho
Cunhais de cantaria, pedra e cal. A reforma manteve sua fachada, mas alterou seu interior,
trocando piso de pilão por pedra.
Pela maior parte do projeto, dês das esculturas até o projeto, são do mesmo autor, faz com
que a igreja apresente harmonia ao conjunto. A inspiração no rococó na igreja apresenta
sequencia integrada de três volumes - nave, capela-mor e sacristia.
1.1.3. Materiais E Métodos Construtivos: