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ARQUITETURA E URBANISMO
CAMPUS TIJUCA 2021.2
PATRIMÔNIO HISTÓRICO
A Tijuca é um dos bairros mais tradicionais do Rio de Janeiro, situado na Zona Norte da cidade
e teve início após a vitória portuguesa sobre os franceses no episódio da França Antártica, e
em 1565 a região passou a ser ocupada por padres jesuítas. Já em 1759, por ordens do Marquês
de Pombal, os jesuítas foram expulsos do Brasil e as terras onde cultivavam cana de açúcar
passaram a ter outros donos e outras finalidades, onde muitas delas viraram chácaras.
No final do século XIX e início do século XX, a região passou a ser urbanizada. Neste período,
regiões consideradas como subúrbio eram ocupadas pela elite e classes médias que buscavam
um local refugiado dos aglomerados urbanos e insalúbres da época das industrias, que em grande
parte ficavam situadas na região central do Rio.
Já no início do século XX, durante a gestão do Prefeito Pereira Passos, o conceito de subúrbio
ganhou conotação pejorativa. A Tijuca mesmo estando na Zona Norte da cidade, ficou de fora da
lista de área suburbana, ainda hoje é considerada a Zona Sul da Zona Norte.
Apesar de ser berço de muitas famílias ricas e tradicionais do Rio, a Tijuca passou durante
as décadas de 80 e 90 por um grande processo de favelização, mas hoje a Tijuca é um bairro
altamente urbano e integrado com a natureza pois conta com uma das maiores florestas urbanas
do mundo.
O bairro conta com 1006,56ha (delimitação através do decreto 5.280 de 23 de agosto de 1985) e
segundo o senso de 2010, conta com 67.183 domicilios para 163.805 habitantes. Segundo o IPS
de 2016, a região é a quarta em termos de progresso social no município do Rio de Janeiro, atrás
apenas de Botafogo, Lagoa e Copacabana.
Mapa geral dos patrimônio escolhidos
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Histórico do patrimônio
Inaugurada em 1925, é a primeira basílica e igreja em honra no mundo a Santa Teresinha (Teresa
de Lisieux), considerada a maior entre os santos modernos no século XX. A edificação tem
arquitetura inspirada no Carmelo onde a freira carmelita passou sua breve vida religiosa, em
Lisieux na França.
Carmelo de Lisieux
Denominação: Painel artístico pintado por Izrael Szajnbrum Z’’L
Histórico do patrimônio
Painel artístico de 6x2,5m no interior do antigo Colégio Talmud Torah do arquiteto, pintor e
escultor Izrael Szajnbrum que expressa vários elementos da cultura judaica como a menorah,
estrela de Davi, festividades, Muro das lamentações entre outros.
Denominação: Árvore figueira-brava (Urostigma)
Histórico do patrimônio
Árvore do gênero Urostigma, a figueira na Mariz e Barros tem pelo menos 100 anos no local,
possui tronco curto, canelado, copa frondosa e silhueta umbeliforme. Este tipo de árvore também
é conhecido por figueira-brava ou mata-pau.
Denominação: Instituto de Educação do Rio de Janeiro
Histórico do patrimônio
O edifício foi projetado em 1927 pelos arquitetos Angelo Bruhns e José Cortez, de estilo
neocolonial, ornamentado com elementos de alusão barroca e representa o estilo neocolonial
em voga nas décadas de 1920 a 1940. Foi idealizado para abrigar a nova sede da antiga Escola
Normal do Rio de Janeiro, em 1930 o Instituto de Educação ganhou sua própria casa neste
edifício. Seu tombamento representa a importância histórica da mais tradicional instituição de
formação de professores do Brasil.
O prédio conta com fachada curvilínea, janelas com vergas à mostra e elementos vazados, que
remontam ao rococó e ao barroco das antigas igrejas do período colonial, uma arquitetura com
base nas tradições brasileiras. No interior se encontram um centro médico e odontológico,
o ginásio e a piscina semiolímpica, um pátio interno com área de convívio, conforto e
formalidades, onde se encontra o chafariz, laboratório de ciências, sala de música, teatro/
auditório, sala de confecção de uniformes, biblioteca, museu, bosque, creche para educação
infantil, refeitório/lanchonete e 106 salas de aula.
Atualmente o edifício se encontra em bom estado de conservação, mantendo sua função incial de
instituição de ensino, sofrendo apenas algumas modificações ao longo dos anos para se adequar
nas novas demandas sociais e tecnológicas.
Denominação: Hospital Universitário Gafrée Guinle e Capela N. Sra da Conceição
Histórico do patrimônio
O Hospital Gaffrée & Guinle e sua capela são alguns dos melhores exemplares do estilo
neocolonial hispânico no Rio de Janeiro. O hospital foi inaugurado em 1929, sendo o maior e
mais moderno da então capital federal, com capacidade para 320 leitos em 12 enfermarias e
quartos particulares, ambulatórios para até mil atendimentos diários, com 12 salas de cirurgias e
duas salas de parto.
O projeto do hospital foi do escritório Porto dAve & Haering e compreende um total de
21.900m2, com quatro pavimentos no prédio principal, sendo o último destinado a um solarium,
onde ficavam diversos serviços e um ambulatório. Devido a abertura de uma rua projetada nos
fundos do terreno, o arquiteto teve que modificar o projeto, adicionando uma segunda posterior,
voltada para a Avenida dos Trapicheiros, atual Silva Ramos, onde ficavam a capela, a entrada
principal do Institudo de Pesquisa e a casa do diretor-geral do Hospital.
Denominação: Casa da Rua Ibituruna, 81
Histórico do patrimônio
O imóvel da Rua Ibituruna 81 foi erguido no final do século XIX para servir como residência,
como uma edificação acastelada, de liguagem arquitetônica neogótica, foi erguida sobre porão
alto, com materiais nobres como parede de pedra, grades de bronze e ferro, com madeiras de
lei nas esquadrias e forros. O edifício contava com móveis fraceses de Bull e de marqueterie,
um piano Bechstein, porcelanas raras da China, Saxe, India e Sévres, cristais Baccarat, prataria
inglêsa, holandesa, portuguesa e brasileira, lustres em cristal Baccarat, bronze, Sévres e Orweley.
Contava ainda com móveis de jacarandá antigo no salão de jantar e dormitórios, mobiliário
dourado no salão de visitas, além de modernos aparelhos elétricos para a época em que foi
leiloado (1954), como geladeira, aspirador e rádio.
Na década de 70, sofreu adaptações para servir a fins comerciais pelo arquiteto Alcides Rocha
Miranda, que removeu seu revestimento, revelando os tijolinhos da fachada. Vale destacar ainda
as janelas e portas em arco apontado, com esquadrias em madeira e detalhes de serralheria em
ferro e bronze.
Após um incêndio destruir parte do imóvel em 2017, o mesmo até então não passou por reformas
e segundo relatos dos moradores do entorno, moradores de rua estão utilizando o imóvel para
consumo de drogas e para queimar matérial inflamável, o que ocasionou outro incêndio em
março de 2021 no prédio anexo que fica no mesmo terreno.
Bem de âmbito familiar
Histórico do patrimônio:
Pé de manjericão (Ocimum minimum) que está há cinco gerações na minha família materna,
passando da minha tataravó para minha bisavó, da minha bisavó para minha avó, da minha
avó para minha mãe e da minha mãe para mim. A característica marcante desta variedade de
manjericão é o mentolado acentuado, assim como o aroma cítrico, que lembra muito uma outra
variedade, o manjericão limão (Pak i Tou), presente principalmente no Laos. Na família é
utilizado tradicionalmente em cozidos, molhos, sopas, assados e saladas, comigo passou a ter um
novo uso, em sorvetes, como o de morango e manjericão. Vale ressaltar que este exemplar é o
mesmo das cinco gerações, com mudas feitas a partir da planta mãe, pelo processo de estaquia.
Proposta de preservação de patrimônio de bem imóvel
Rio 450 anos - Bairros do Rio - Tijuca. Biblioteca Nacional, 30 de abril de 2015
Disponível em: https://www.bn.gov.br/acontece/noticias/2015/04/rio-450-anos-bairros-rio-tijuca
Acessado em: 10/09/2021
Rua das Flores, na Tijuca, é tombada como patrimônio do Rio. CRECI, 16 de junho de 2016
Disponível em: https://creci-rj.gov.br/rua-das-flores-na-tijuca-e-tombada-como-patrimonio-do-
-rio/
Acessado em: 10/09/2021
Rua das Flones, na Tijuca, está perto de se tornar patrimônio cultural. O Globo, 21 de janeiro de
2016.
Disponível em: https://oglobo.globo.com/rio/bairros/rua-das-flores-na-tijuca-esta-perto-de-se-
-tornar-patrimonio-cultural-18506037
Acessado em: 10/09/2021
Mais cores e segurança, 24 horas por dia. Agência UVA, 04 de novembro de 2013.
Disponível em: https://agenciauva.net/2013/11/04/mais-cores-e-seguranca-24-horas-por-dia/
Acessado em: 10/09/2021
Bombeiros controlam incêndio que atinge casarão tombado na Tijuca. O Globo, 05 de setembro
de 2017.
Disponível em: https://oglobo.globo.com/rio/bombeiros-controlam-incendio-que-atingiu-casa
rao-tombado-na-tijuca-21786473
Acessado em: 10/09/2021
Casa na Rua Ibituruna, 81 - Maracanã. Bens Tombados Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2018.
Disponível em: http://benstombadosriodejaneiro.blogspot.com/2018/08/casa-na-rua-ibituruna-
-81-maracana.html
Acessado em: 10/09/2021