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HISTÓRICO

A região que hoje chamamos de Quinta da Boa Vista pertencia à Freguesia de São
Cristóvão, no período colonial, se localizavam fazendas de gado e engenhos de açúcar de
propriedade dos Jesuítas, numa área coberta por mangues, com densa vegetação. Com a
expulsão dos Jesuítas as fazendas da região foram divididas em quintas e sítios menores. Em
um desses sítios, em 1803 foi construída uma casa considerada das melhores da cidade na
época, que recebeu o nome de Quinta da Boa Vista, pois foi erguida na parte mais alta do
terreno cuja vista privilegiada contemplava a Praia de São Cristóvão (hoje inexistente), a
Floresta da Tijuca e o Corcovado.

A propriedade foi cedida a D.João VI, que se instalou ali com D.Pedro I e outros
membros da família real. O local passou a se chamar então de Quinta Real da Boa Vista e o
casarão, após ser reformado, ganhou o nome de Paço de São Cristóvão (atual Museu
Nacional). Desse modo o bairro sofreu melhorias na infraestrutura.
Os primeiros paisagistas a trabalhar na reforma da Quinta da Boa Vista foram Pedro
José Pézérat, que melhorou os acessos e foi responsável pelo projeto do pavilhão do Palácio
Imperial, e Theodore Marx, que construiu o ‘jardim inglês’. Mas foi Auguste Glaziou quem
elaborou um projeto integral de paisagismo em 1868, o jardim, com caminhos de forma
curvilínea, ganhou elevações e depressões, lagos, grandes áreas gramadas, uma gruta artificial,
bancos, pontes que imitam galhos de árvores.

Segundo o professor de História da Arte Carlos Terra, “para a integração do portão


principal, Glaziou traçou, a pedido do imperador, uma linha reta partindo da fachada principal
do palácio, formando uma aléia de sapucaias”.
Após a partida da família Real a Quinta da Boa Vista passou por muitos momentos de
abandono e a má conservação e o vandalismo fizeram com que vários elementos da reforma
Glaziou se deteriorassem ou se perdessem para sempre.Em 1907, por determinação do
presidente Afonso Penna, tiveram início, na Quinta da Boa Vista, obras de embelezamento e
modernização. O parque foi reinaugurado em 12 de outubro de 1910 pelo presidente Nilo
Peçanha. A Quinta ganhou novos passeios, o Jardim Terraço, três amplos portões, gradis,
mesas, bancos, sanitários públicos em forma de quiosques, além do Pagode Chinês e o Templo
de Apolo. Em 1938, o prefeito Henrique Dodsworth construiu, nos fundos da Quinta, o Jardim
Zoológico Municipal, inaugurado em 1945. Em 1968 foram construídas quadras esportivas e
instalados brinquedos, bancos e bebedouros.
Hoje, a Quinta representa um equipamento para a cultura e lazer diversificado, um
verdadeiro museu vivo, onde se sobrepõem passado e presente, onde se vê um retrato vivo da
cultura carioca, da cultura diversificada dos turistas. Um ambiente riquíssimo e com uma
demanda não só de uma melhoria e divulgação dos equipamentos existentes, como também
um abrigo para eventos itinerantes que complementam e intensificam a visitação, a vivência
local.

Nesse trecho põe uma das nossas fotos...

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