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Coimbra

Distrito de Coimbra

O Distrito de Coimbra está


localizado na Região da
Beira Litoral. A cidade de
Coimbra é a sede de
distrito. Devido à
Universidade, Coimbra é,
acima de tudo, uma terra
de convívio e boémia
estudantil. Coimbra é um distrito de contrastes, entre o mar e as montanhas. A
principal característica geográfica do distrito é o vale do rio Mondego, o maior
rio que nasce em Portugal, que domina a paisagem em todo o ocidente do
distrito.
A sua situação geografica confere-lhe uma paisagem repleta de praias
(Figueira da Foz e Mira), termas (Amieira, Arrifana, Bicanho, Caldas de S.
Geraldo, Caldas de S. Paulo, Caldas de Várzea Negra, e Fonte do Brulho em
Verride); paisagem alpestre visitável, de grandes tradições (Serra de S. Pedro
de Açor ou de Arganil, a do Calcorinho, a da Lousã, etc...).

Os inúmeros monumentos de Coimbra atestam o seu passado histórico: o Arco


e Porta de Almedina, os Arcos do Jardim; o Convento de Santa Clara-a-Nova;
o Convento de Santa Maria de Celas, o Convento de S. Francisco; o Mosteiro
de Celas, o Mosteiro de Lorvão, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha; as Igrejas
de Santa Cruz, de Santa Justa, de Santo António dos Olivais, de S.
Bartolomeu, de S. Salvador e de S. Tiago; a Sé Nova e a Sé Velha, a Quinta
das Lágrimas, o Aqueduto de S. Sebastião.
Foi em Coimbra que aconteceu o amor proibido de D. Pedro I e D. Inês, que
inspirou poetas e escritores. A sua história continua a fazer parte do património
da cidade.
São também de destacar: o Museu Machado de Castro; o Museu Nacional da
Ciência e da Técnica, o Museu Monográfico de Conímbriga; todos classificados
como Património da Humanidade; a Anta do Pinheiro dos Abraços e a Ponte
Romana de Bobadela, em Oliveira do Hospital, classificados como Imóveis de
Interesse Público.
O leitão assado, a Chanfana e o arroz de lampreia, são alguns dos pratos mais
característicos de Coimbra. Ao nível da doçaria, a lista é grande: arrufadas,
bolinhos bolinhós, arroz doce, sopa dourada das freiras de Santa Clara , pudim
de ovos, deliciosos pastéis de Tentúgal, as queijadas e as espigas de milho.

Sé Velha de
Coimbra
Fundada durante o reinado de Afonso Henriques, a Sé
Velha de Coimbra representa, na sua
monumentalidade, a grandeza austera da arquitectura
românica. Considerada uma jóia do Românico
português, é a única catedral portuguesa construída na
época da Reconquista cuja estrutura chegou intacta até à actualidade. Vale a
pena atravessar o magnífico portal, que lembra a entrada de uma fortaleza, e
descobrir o interior, onde a pedra construiu um espaço imponente marcado
pela alternância de luz e sombras, levando-nos por entre colunas maciças e
delicados capitéis repletos de folhas e figuras de animais. Reserve ainda tempo
para admirar o magnífico retábulo, esculpido em talha, que decora o centro da
capela-mor, uma obra renascentista de Olivier de Gand e Jean d’Ypres. Junto à
igreja, pode apreciar o silêncio do claustro gótico, que convida à calma e ao
deleite.

E por fim, dê a volta ao edifício e coloque-se frente à Porta Especiosa, símbolo


da Coimbra renascentista, erudita e cultural. Esta obra notável de João de
Ruão foi esculpida como um gigantesco retábulo em pedra, albergando peças
escultóricas de delicada beleza. Ladeando a entrada, o Profeta Isaías e São
João Baptista guardam o magnífico medalhão onde foi esculpida uma imagem
da Virgem com o Menino, considerada uma das mais belas peças do
Renascimento português.

Universidade de
Coimbra
Centro de saber por
excelência, a
Universidade de
Coimbra fundada em
1290 é uma das mais
antigas da Europa e
foi classificada
Património Mundial, juntamente com a Alta da cidade e a Rua da Sofia.

Fundada em 1290 por D. Dinis, com o nome de "Estudos Gerais", transitou


entre Lisboa e Coimbra ao longo de vários reinados até que foi definitivamente
estabelecida nesta cidade em 1537, por iniciativa de D. João III. Desde então
ocupa o mesmo edifício, antigo Paço Real medieval, adquirido pela instituição
em 1597 a Filipe II de Espanha que então governava o país.

Aqui estudava-se teologia, medicina e leis até ao séc. XVIII, altura em que o
Marquês de Pombal alterou o ensino introduzindo outras disciplinas.
Actualmente compreende sete faculdades - Letras, Direito, Medicina, Ciências
e Tecnologia, Farmácia, Economia e Psicologia e Ciências da Educação.

Privilegiadamente situada no alto da cidade, com vista sobre o Rio Mondego, a


Universidade é um edifício complexo, desenvolvido em torno de um pátio
central onde se destacam alguns elementos pelo seu interesse artístico e
simbolismo. A entrada é feita pela Porta Férrea, obra nobre maneirista (1634),
onde se podem ver as imagens dos reis mecenas, D. Dinis e D. João III.

Do lado direito, ao centro, a Via Latina, uma colunata maneirista edificada no


séc. XVIII indica a velha "língua oficial" dentro deste espaço, o latim. Com
entrada pela arcada, a Sala Grande dos Actos, e ao canto a famosa Torre.
Construída em 1728 é vista de toda a cidade e seu ex-libris. Tem quatro sinos,
antigos reguladores da rotina académica e da cidade, que os alunos
apelidaram carinhosamente de "Cabra". Do lado Oeste, encontramos a Sala
dos Exames Privados, a Capela de São Miguel, o Museu de Arte Sacra e a
valiosa Biblioteca Joanina. Do lado esquerdo da Porta Férrea, fica o Colégio de
São Pedro.
Capela de Nossa
Senhora da
Conceição e Capela
de Santa Catarina

Edificada em 1598 no centro da praça do Forte de


Santa Catarina, na barra do Rio Mondego, a
Capela de Santa Catarina é um pequeno oratório
com planta quadrada de nave única, apresentando
um modelo maneirista sóbrio, tanto a nível
estrutural como decorativo. O portal, de moldura
rectangular encimado por entablamento, não
possui qualquer elemento decorativo, e no interior
destaca-se a abóbada de nervuras que cobre todo
o espaço da nave.

Embora se justifique que a sua construção tenha sido realizada depois da


edificação da fortaleza, iniciada cerca de 1585, existem referências
documentais à "casa do ermitão" de Santa Catarina em 1559. Sabe-se que o
Mosteiro de Santa Cruz contratou em Maio de 1598 Mateus Rodrigues, mestre
de obras do mosteiro e residente em Alcobaça, para edificar, ou reedificar, o
templo de Santa Catarina, numa campanha de obras que deveria terminar no
Natal de 1599 (BORGES, José P.A.,1999,p. 28). Em 1636 era executada nova
campanha de obras na ermida e na antiga casa do ermitão, terminadas em
1639, como atesta a inscrição sobre a porta do templo.

Para além das funções litúrgicas, a capela de Santa Catarina tem conhecido
outras utilizações; em 1645 funcionou naquele espaço o tribunal da Inquisição,
e no ano de 1733 foi utilizada como cartório. Na actualidade, é utilizada
esporadicamente para actividades culturais.

Catarina Oliveira

GIF/IPPAR/ 21 de Outubro de 2004

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