ROTEIRO CIDADE DE COIMBRA

Envolvo em história e desde há muito
considerado o centro cultural e intelectual de
Portugal, o distrito de Coimbra é um destino
intemporal que inspirou a obra de poetas e
escritores aclamados, uma longa tradição de
serenadas de Fado cheias de sentimento e um
legado singular de alegres rituais académicos.
HISTÓRIA da CIDADE Coimbra teve um notável desenvolvimento
na época romana, como têm revelado os diversos achados
arqueológicos. Devido à sua posição geográfica, Coimbra foi um
importante entreposto comercial. Já no século XII, Coimbra apresentava
uma estrutura urbana característica de outras cidades portuguesas
localizadas em sítios alcandorados: a cidade alta, intramuros, designada
por Alta ou Almedina, onde viviam os aristocratas, os clérigos e mais
tarde os estudantes, e os bairros ribeirinhos, do arrabalde, a Baixa
buliçosa, com uma população ligada ao comércio, ao artesanato ou
mesmo à indústria e aos transportes. A história da cidade desde
meados do século XVI a meados do século XX girou sempre em torno da
Universidade. É apenas no século XIX que a cidade rompe
definitivamente com o seu casco muralhado, crescendo pelas cumeadas
e ao longo dos vales.

LOCALIZAÇÃO
Coimbra estende-se ao longo do encantador rio Mondego (o
maior rio nacional) e está situada entre os distritos de Aveiro e
Viseu. Cidade das ruas estreitas, dos pátios e arcos medievais,
beirais floridos, sobranceira ao Rio Mondego é, por excelência,
um bom roteiro cultural e uma agradável paragem na Região
Centro.

Locais a Visitar
A caminho do Jardim Botânico
pode-se ver os Arcos do Jardim. Entre os locais mais
aprazíveis e interessantes para visitar encontram-se a
medieval Sé Velha, considerado o mais belo monumento
românico de Portugal, a Igreja de Santa Cruz, fundada pelo
primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques (cujos restos
mortais ali repousam) e o Convento de Santa Cruz. A Igreja
de S. Tiago e de S. Bartolomeu, para onde convergem as
ruas medievais da Baixa da cidade, o Arco da Almedina, a
Porta Manuelina do Palácio de Sub-Ripas e a Torre de Anto
são outros dos locais obrigatórios de qualquer passeio. O
roteiro de visita pode ainda incluir a Sé Nova e o Museu
Machado de Castro, relíquia do Forum da Civitas Aeminium,
a Igreja de Santa Clara-a-Velha e o Mosteiro de Clara-a-
Nova ou a secular Universidade de Coimbra são locais a não
perder.
GASTRONOMIA
À mesa, Coimbra destaca-se mais na doçaria, uma tradição
secular que se deve, em grande parte, à influência de
importantes conventos (arroz doce, sopa dourada das freiras
de Santa Clara, pudim de ovos, biscoitos de canela). Embora
não tenha um prato que a caracterize, nos restaurantes e
tabernas podem degustar-se excelentes iguarias e petiscos e
pratos típicos, como a chanfana ou o leitão assado à moda da
Bairrada, uma zona limítrofe.
Literatura: “As filhas do Mondego, a morte escura
Longo tempo chorando memoraram
E por memória eterna em fonte pura
As Lágrimas choradas transformaram
O nome lhe puseram que ainda dura
Dos amores de Inês que ali passaram

Vede que fresca fonte rega as flores

Que as Lágrimas são água e o nome amores”

Sem esquecer, por fim, o Portugal dos Pequenitos, atração

Os Lusíadas, canto III.
única no país, onde podem ver-se representados, em ponto
pequeno, a arquitetura e os principais monumentos do país.

Curiosidade: Fado ou Canção de Coimbra

Uns dizem que teve origem nas melodias importadas por

estudantes brasileiros que, a partir de 1860, vieram
estudar para Coimbra; outros, que a canção teria sido
trazida para aqui por estudantes provenientes de Lisboa
e que a cidade estudantil a diferenciou e individualizou;
outros ainda ligam a sua origem às Cantigas de Amor e à
Trova Provençal da Idade Média trazida para Portugal