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A aldeia que eu escolhi falar, neste trabalho, foi Linhares da Beira que se situa
na Serra da Estrela. A origem da povoação desta remonta para 580-500 a.C. e terá
sido fundada pelos Túrdulos. Posteriormente, foi conquistada pelos Romanos e ter-
se-á chamado Lénio ou Leniobriga. Entre o séc. III a.C. e a ocupação romana, esta
foi habitada pelos Lusitanos.
Turismo:
O turismo é uma atividade económica que é capaz de gerar desenvolvimento
económico para as áreas rurais, que através da dinamização de outras atividades,
com ele interagem.
Linhares da Beira possui uma diversidade arquitetónica e artística ímpar, fruto do
legado de várias épocas.
Em 1169, recebeu o seu primeiro foral, atribuído por D. Afonso Henriques. Mas
só mais tarde, no reinado de D. Dinis, foi erigido o seu imponente Castelo, ex-líbris
da aldeia e principal cartão de visita nos nossos dias.
Podemos encontrar vários pontos turísticos para visitar, muito interessantes.
ANTIGA HOSPEDARIA
Fig2- Antiga casa da camara e cadeia
CALÇADA ROMANA
Integrada na denominada Via da Estrela, uma via romana que
ligava Mérida a Braga, a Estrada dos Almocreves atinge Linhares da
Beira junto à antiga Escola Primária, à direita de quem entra na aldeia.
Esta calçada romana constitui parte do troço que ligava Mangualde
a Linhares, seguindo daqui para Videmonte. A calçada é pavimentada
com blocos graníticos retangulares e desce até à Ribeira de Linhares,
numa extensão quase contínua de 1300m e com uma largura média de 4m.
Fig4- Calçada romana
CASTELO DE LINHARES
O castelo de Linhares, foi construído a mais de 800 m de altitude,
num terreno desnivelado e rochoso.
Apresenta 2 recintos amuralhados, 2 torres, 4 portas e 2 cisternas,
tendo sido intervencionado a partir dos anos 40. Trata-se de uma
construção imponente, integrada na linha de fortalezas da região beirã.
Esta importante estratégia defensiva foi sendo construída desde os
tempos do Fundador da dinastia para proteger o flanco leste do
território de possíveis investidas inimigas.
O Castelo de Linhares, Monumento Nacional desde
1922, exibe duas torres, a de Menagem e a Torre do
relógio. O circuito interior envolvido pelas muralhas está
dividido em dois espaços fechados: um deles, a Oeste, de
maior dimensão, pode ter funcionado como ponto de
apoio à torre de Menagem, sendo, portanto, uma zona
militar onde estão localizadas as cisternas; já o outro, a
Este, serviu de resguardo das populações da vila e dos
bens essenciais à sobrevivência em caso de cerco ou de Fig5- Castelo de linhares
IGREJA DA MISERICÓRDIA
A Igreja da Misericórdia ergue-se no local da antiga paróquia de
Santo Isidoro. Vestígios românicos podem ver-se no portal lateral em
arco quebrado e na fresta que ilumina a capela-mor.
Apesar das alterações de que foi sendo alvo, em especial nos
inícios do século XVII (1622), esta igreja oferece alguns detalhes de
muito interesse, como a posição de diversas estruturas, o corpo do
campanário, a igreja e a sacristia. De nave única e três altares, o seu
teto tripartido de madeira pintada e a capela-mor, revestida
de caixotões também de madeira pintada, convidam a uma
visita atenta. O coro, em madeira, tem um púlpito de talha
que ainda mantém as escadas de acesso. No pavimento,
há dois túmulos com as respetivas epígrafes, sendo um
deles de 1610.
Como pontos de interesse assinalam-se ainda um
inquietante Cristo articulado e algumas pinturas que
geralmente se atribuem à escola de Grão Vasco, com
Fig12- Igreja da Misericórdia
destaque para a "Adoração" e a "Fuga para o Egipto".
Nela se depositam, igualmente, as bandeiras da Misericórdia que desfilam, ainda
hoje, nas procissões.
PELOURINHO
Pelourinho quinhentista de ornamentação manuelina com a esfera
armilar e uma cruz. A sua expressiva verticalidade é o símbolo da
personalidade jurídica do concelho. Por vezes nele eram
aplicados castigos públicos, para servirem de exemplo da justiça
concelhia.
Este Pelourinho está relacionado com a concessão do foral
manuelino de 1510. Nele podia ter lugar a aplicação de certos
castigos, mas nunca a execução de qualquer sentença de morte.
Tem interesse reparar que ainda restam vestígios do que
poderá ter sido uma argola de ferro onde se prendiam os
prevaricadores.
O pelourinho de Linhares tem uma base octogonal de três andares, o primeiro
com o dobro da altura dos restantes. A coluna compõe-se de uma base
quadrangular, decorada com esferas, e de um fuste octogonal. O capitel, em forma
de cone invertido, exibe uma decoração própria da época manuelina, com uma
ornamentação baseada em folhagens, que culmina com o coroamento da esfera
armilar e uma cruz.
Fig13- Pelourinho
ONDE COMER:
COVA DA LOBA
Onde dormir: