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Construção Primitiva
É feita com materiais do local, não requer conhecimento construtivo, não alterada com o tempo.
2. Romanização da Península Ibérica
Nestas eram utilizados marcos como sinalizadores nas estradas e continham o nome do
imperador, o ano e a distância da província mais próxima. Aeminium é um cruzamento entre a
estrada e o rio e é no monte por causa das inundações e para fácil proteção.
CIDADES
Aeminium (Coimbra)
Estrutura romana – Cardus Decumanus; cardus é paralelo ao fórum e o
Decumanus é mais irregular devido à irregularidade do terreno. O fórum é
hoje o Museu Machado de Castro, Criptopórtico com três pisos, o que
permitiu grande superfície se tornar plana. O templo encontrava-se fora do
fórum, crê-se que fosse a igreja de São Salvador.
Conimbriga
Duas muralhas: Augistina e depois outra mais encolhida para se
proteger das invasões barbaras. Não tem características do
urbanismo romano, o anfiteatro ficava fora da muralha. O fórum
é o único escavado em Portugal e desempenhava a tripla função
– centro religioso, administrativo e comercial. Zona de banhos,
termas. A cidade acabou por ser abandonada, apesar de ser
bastante completa, o bispo foi para Coimbra.
Ebora (Evóra)
Desenho clássico Cardus e Decumanus. No centro seria o fórum, a peça que melhor se preservou
foi o templo dedicado ao imperador e feito de granito, uma pedra pouco associada ao Alentejo.
Egitânia (Idanha-a-Nova)
Duas muralhas, só uma delas existe, a de dentro, a de fora foi reaproveitada para as construções
da população. Castelo dos Templários em cima do templo romano. A cidade tornou-se numa
vila.
VISIGOTOS
- Povo em movimento
- Construções primitivas em madeira
- Aliados dos Romanos
808: Cruz com diamantes de Afonso II, começa nesta altura a dinastia dos reis de Espanha.
Herdeiro do reino Visigótico.
O povo mouro esteve na Península Ibérica desde 711, quando passaram o estreito de
Gibraltar até 1492, quando os reis católicos conquistaram granada. Quase 800 anos de
permanência islâmica no território peninsular, mais do que os romanos.
Nesta altura a civilização muçulmana causava admiração por toda a Europa, a cidade de
Córdoba tinha a cidade iluminada à noite em pleno séc. IX. Árabes tinham grandes bibliotecas,
foram portadores e herdeiros da ciência (filosofia, medicina…).
Mesquita em Mértola
Mesquita transformada em igreja cristã no séc XVI,
mas com origem islâmica
Não se entra a eixo, mas sim de lado
Porta moura com arco em ferradura
Vestígios Muçulmanos
Colunas e capiteis coríntios islâmicas (também
herdaram cultura romana)
Minarete transformado em torre com uma cruz em cima
Naves semelhantes as de Córdoba
Telhados seguidos fazem lembrar a mesquita de Córdoba
Hoje o telhado é único, tetos abobadados, 20 anos
depois num tardo manuelino
ARQUITETURA MOÇÁRABE | NOROESTE DA PENÍNSULA IBÉRICA
Arquitetura feita por cristãos, quando viveram sob domínio árabe. Por vezes construíam
no próprio terreno mouro, como depois também na reconquista, houve algumas comunidades
mouras que ficaram do lado cristão.
Os cristãos vão ser influenciados pelas características árabes, levando essas técnicas
para norte, fenómeno interessante e curioso na Península Ibérica por os edifícios cristãos
acabarem por ser construídos com estruturas e técnicas muçulmanas.
Os reinos cristãos aceitam a vinda das pessoas que estavam a fugir do sul, mas enviam-
nas para locais, por vezes isolados, para consolidar a presença cristã.
3. Arquitetura Românica
As 3 principais características:
I. Introdução de elementos verticais – Torres
O românico faz a síntese de vários elementos (basílica e torres)
Duas torres flanqueiam a entrada principal (ideia da porta romana)
As torres têm como função sineira, defensiva e iluminação (iluminar o cruzeiro)
Corte basilical
II. Articulação rítmica do espaço – Planta longitudinal
Conceção longitudinal do espaço torna-se predominante
O percurso de encontro a Deus é “real”, mais do que “abstrato”
Sequência rítmica dos espaços
III. Aspeto fechado e maciço
Não obstante, inicia-se o caminho para uma nova relação entre o interior e o
exterior que conduzirá à estrutura esquelética (invenção do período gótico)
4. Igrejas Beneditinas
S. Bento de Núrsia é um monge italiano, que procura regulamentar a vida dos monges.
Cria uma regra beneditina “Ora e labora” – reza e trabalha, viver em comunidade, rezavam e
trabalhavam na agricultura para aumentar a riqueza do mosteiro. Acordavam com a aurora,
rezavam a missa, trabalhavam e à hora de almoço comiam no refeitório juntos enquanto alguém
lia as sagradas escrituras. O canto gregoriano foi desenvolvido pelos beneditinos. Todo o
quotidiano da vida monástica tinha sido previsto por S. Bento de Núrsia. Ordem beneditina é a
primeira ordem religiosa que aparece.
Organização de um Mosteiro
Tipologia Beneditina:
➢ 3 naves
➢ 3 tramos
➢ Transepto (pode ser evidenciado ou absorvido pela volumetria geral)
➢ Cobertura de madeira
➢ Cabeceira de 3 capelas com planta semicircular com cobertura em abobada de
pedra
➢ Arcos diafragma
➢ Escala variável
5. Igrejas Agostinhas
Outro tipo de igrejas que é comum aparecerem é a associação de torres senhoriais com
igrejas, comum por haver muitas famílias nobres no Norte.
Manhente, Barcelos
Barcelos tem muitas freguesias e em cada uma delas há uma
igreja. Esta é uma torre residencial onde nobres viviam (solar).
ARQUITETURA CISTERCIENSE – vem de França para ajudar Portugal a ter uma arquitetura cristã
➢ Sé de Lisboa
➢ Sé de Coimbra Construídas sobre antigas mesquitas
➢ Igreja em Mértola
ARQUITETURA FORTIFICADA
➢ Castelo de Lisboa (estrutura/cerca moura adaptada para cristãos)
➢ Castelo de Silves
➢ Paço das Escolas, Coimbra (AL-QAZAR – casa pátio gigante)
➢ Torre de Almedina, Silves
➢ Arco de Almedina, Coimbra
➢ Convento da Graça, Tavira
7. Românico em Coimbra
➢ D. Afonso Henriques escolhe Coimbra como capital, Lisboa ainda era muçulmana
➢ Sé Velha, edifício mais importante construído neste período
➢ Abobada de berço na nave principal, de aresta nas laterais
➢ Torre de Almedina
➢ Ponte de Coimbra – infraestrutura principal do país – liga o Sul a Norte de Portugal
– espinha dorsal. O rio Mondego é um grande obstáculo físico e a ponte une; tinham
uma portagem
➢ Muralha árabe
➢ Castelo construído na zona mais favorável
➢ A praça D. Dinis tinha duas torres do castelo, na altura de Marquês de Pombal
destruíram as torres e no Estado Novo deitaram abaixo o castelo todo
➢ Mosteiro de Santa Cruz tem a sua própria muralha porque está fora da cidade, D.
Afonso Henriques e D. Sancho I estão lá enterrados
➢ Coimbra no tempo de D. Sancho I
➢ Santa Clara é gótico
➢ Todas as igrejas têm orientação canónica (cabeceiras orientadas a nascente)
➢ Sítio de acesso mais fácil tem o castelo
➢ Aqueduto romano, não devia estar a funcionar
➢ Encostas dramáticas (defesa natural)
➢ Igrejas que acompanham a construção da Sé Velha
➢ A principal diferença entre o românico de Coimbra e do Norte é o material: Coimbra
– calcário e Norte - granito
São Cristóvão
Demolida no século XIX (reação do antigo regime)
Semelhante a Sé Velha
Fachada como cópia da Sé Velha (contrafortes laterais, corpo central
avançado, entablamento por cima do arco do portal)
Tipologia beneditina aplicada a uma igreja paroquial
Transepto não afirmado
Cripta por baixo do transepto
3 naves com 3 tramos
3 capelas laterais redondas com maciço quadrangular
No lugar, hoje encontra-se o teatro Sousa Bastos
São Salvador
Igreja muito alterada (zona superior séc. XVII, parte inicial
romana. Arcado do século XVII, mas com colunas originais)
É possível que fosse a cela do tempo romano
Planta com o esquema beneditino: 3 naves com 3 tramos e
transepto falso
Tabuleiro que divide o andar
Capela mor quadrada desalinhada pois foi construída através do esquema
do fórum romano
Cobertura de madeira
Portal é o original, simples com 3 arquivoltas de arco pleno (arco romano)
Aparelho romano que teria a ver com o templo romano do fórum que é ali
perto, hipótese colocada pelo professor Jorge Alarcão
São João de Almedina
Palácio episcopal/ Paço do bispo
Igreja por cima do fórum romano
Igreja colegiada: párocos sustinham a igreja do ponto de vista
quotidiano e o claustro era o espaço de reunião (claustro
românico no Museu Machado de Castro)
O pequeno conjunto apresenta elementos de duas fases
distintas, a primeira tem fortes presenças moçárabes na base e decoração dos
capiteis. As colunas da segunda fase mostram base e capiteis românicos
Outra ordem religiosa com preceitos e regras arquitetónicas próprias, a ordem de Cister. A
ordem de Cister foi fundada por São Roberto e Molesme que baseava o seu dia a dia na ordem
beneditina, mas criticava a extrema opulência dos grandes mosteiros beneditinos, como Cluny
II e Cluny III, com igrejas gigantescas e ornamento excessivo no portal. Considerava que se
estavam a afastar dos preceitos da vida de Cristo, que era vida de pobreza, de modéstia e
humildade. Então, cria regra nova para a arquitetura que considerava ser mais modesta e mais
de perfil recatado. S. Roberto conseguiu juntar algumas abadias na Borgonha para fundar a
ordem que são as primeiras cinco abadias cistercienses (Cister, Le Ferté, Pontigny, Morimond,
Claraval). Outra figura importante na ordem é São Bernardo de Claraval, que vai expandir a
ordem, cria mosteiros subsidiários em toda a Europa. Vai ser o grande estratega da expansão de
Claraval. Os cistercienses são conhecidos também por monges de São Bernardo, o colégio de
São Bernardo é cisterciense. As Bernardas são as freiras cistercienses.
O hábito deles é branco por oposição ao dos beneditinos que era preto, relação de oposição.
Quando São Bernardo morreu havia já mais trezentos mosteiros afiliados à ordem de Cister –
alguns adaptados, mas muitos construídos do nada.
Torres de pedra foram proibidas, os vitrais coloridos foram mandados retirar. Os mestres
construtores não podiam trabalhar fora da ordem.
O resultado é uma arquitetura minimalista, simples, sem torres, sem alarido arquitetónico
(decorações), perfil de duas águas.
Os arcos torais não apoiam no chão, apoiam em cachorros, é uma construção minimalista, mas
mais forte.
As características principais das ordens medicantes e que as distingue dos beneditinos e dos
cistercienses são:
São ordens urbanas (beneditinos e cistercienses são rurais), o objetivo das ordens
medicantes não é viver da agricultura, nem produzir, é trabalhar as almas dos
cidadãos. Tentam ter atividade de missionação na cidade.
Não vivem em clausura, no mosteiro e no claustro, podem sair do convento e viver
em comunidade, falar com pessoas, guiar as vidas das pessoas de acordo os
preceitos cristãos – os masculinos porque as clarissas vivem em clausura.
Não vivem da agricultura, mas de doações de pessoas que deixam os bens para a
ordem, pessoas que ou não têm descendentes ou deixam em testamento os seus
bens para as ordens. Vivem vida de pobreza, andam descalços e apenas de hábito
castanho com corda. Estética minimalista – neste aspeto têm semelhanças com os
cistercienses.
Arquitetura Borgonhesa
Meados do século XII, em Portugal ainda não se tinha começado a Sé Velha e em França já
estavam com um novo sistema construtivo
Igreja de St. Pierre de Montmartre, Paris 1133
Uma das primeiras igrejas góticas construídas com o sistema completo
Nervura gótica
Paredes mais finas/ ligeiras – sistema esquelético
As forças estão concentradas nos pilares, nos colunelos
Elegância e delicadeza que suportam uma grande estrutura
Igreja de St. Martin des Champs, Paris deambulatório começado em 1135
Pequena igreja, experimentação do novo sistema
O românico só funciona com elementos ortogonais e o
gótico já permite elementos circulares
Cabeceira toda iluminada porque a estrutura já permite
janelas em todo o lado
Abobada de nervuras permite desenho do espaço de
forma mais abrangente
CLAUSTROS GÓTICOS
No românico não existem estruturas de casas-torre/ casas fortes. O conforto não era o
mesmo, as construções eram primitivas, muito militares, com poucas condições. No fundo, eram
torres de um castelo, de estruturas pouco desenvolvidas no sentido de conforto habitacional.
Era necessária uma autorização (feita a D. Dinis) para construir uma torre, por causa do
pode, só os nobres é que podiam ter com a devida autorização, até porque permitia alguma
defesa. Se alguém fosse pedir vassalagem ou cobrar impostos, podiam não dar por estar no
castelo/torre. A torre dá estatuto à família.
Sobretudo no Norte do país, podemos reconhecer e visitar algumas estruturas civis. No
fundo, o que mais chegou aos nossos dias foram casas nobres rurais que não sofreram grandes
transformações.
A tipologia é de casa-torre ou de casa forte, podia à partida, parecer uma torre que
pertencesse a um castelo, mas não há cerca e por isso, percebemos que era uma construção
nobre.
Sempre com porta alta, poucas janelas. Forma básica de vida por questões defensivas.
Podemos começar a ver alguns elementos a aparecer, como varandas.
CASTELOS
EDIFICIOS CIVIS
Igreja fortaleza da Boa Nova, Terena, Alentejo 1325 – 1332 (Ordemde Avis)
Mistura de capela e fortaleza aomesmo tempo
Pequena capela no Alentejo
Caminho à volta
Escada em caracol para aceder àcobertura
Planta em cruz grega
Abóbadas de berço quebradas
Abóbada de nervura
Capela-mor
Tem merlões; cruzeiro com ogiva simples
Paço e Igreja fortaleza da Flor da Rosa 1340 – 1430 (Ordem de S. Joãode Jerusalém / Malta)
Atualmente é uma pousada intervencionada por Carrilho da Graça
Igreja com planta em cruz
Igreja vertical
Pai de D. Nuno Álvarez Pereira viveu aqui
Zona de Portalegre
Convento para mongese cavaleiros; paço para a família real
1 nave, capela-mor quadrangular curta; longo transepto
3 torres na fachada principal
Planta composta pelo paço acastelado (ou casa-forte), pela igreja de Santa
Maria e pelasdependências conventuais
IGREJAS GÓTICAS PAROQUIAIS
Sécs. XIII-XIV
Românico foi mais duradouro no Norte de Portugal
Arquitetura gótica incide
mais no Centro Oeste do
país
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Igreja Paroquial da Lourinhã, 1384-1397
Zona entre Lisboa e Peniche zona da arquitetura
gótica
Corte basilical; médias dimensões
Capela-mor e portal mais trabalhado
Cobertura em madeira
Visão do espaço interior
ARQUITETURA TARDOGÓTICA
OS CAMINHOS DO SÉC. XV
Século rico porque é mais aberto a outro tipo de influências
Abertura das rotas comerciais
Correntes artísticas vindas de toda a Europa
Situação mais pacificada; contactos
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Mestre Afonso Domingues: 1388-1402
Mestre Huguet: 1402-1438
Mestre da Batalha era o cargo de mais prestígio que um arquiteto podia ter em Portugal
Mosteiro da ordem dominicana
Cruz latina muito comprido
3 naves e 8 tramos, nave central mais alta, naves laterais mais estreitas
Três naves todas abobadadas com abóbadas de ogiva; iluminação
Cinco capelas na cabeceira
Capela-mor com arco triunfal e elevada em 2 andares
Dormitório muito comprido; refeitório
Não foi no sítio da batalha por seu um sítio agreste
Foge à regra dos conventos dominicanos que ficam numa
cidade e este fica no meio do nada
Ao fundo do vale aparecia a Igreja; ideia destruída pela
Estrada Nacional construída no Estado Novo
Cabeceira não poligonal, arredondadas
Todo coberto em pedra; abóbadas sinal de prestígio da
obra e da encomenda régia
Toda abobadada
Corte: percebe-se o efeito de abobadamento da igreja
Transepto saliente de topos retilíneos com torres
Muito vertical; clerestório e arcos botantes
Imagem mais próxima das catedrais francesas
Com são quase planas, dá um corte basilical
Pequena pendente
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Figuras do antigo testamento
▪ Simboliza a união dos dois testamentos religião cristã
Interior seco/austero, comparado com exterior
Surgem os vitrais pela primeira vez em Portugal; janelão em vez da rosácea
Edifício próximo da catedral gótica dominicana
Complexidade nas colunas é uma consequência do gótico
Claustro gótico com desenho relativamente simples, bem executado; surgem pouco elementos
decorativos
Partes terminadas no tempo Manuelino
Sala do Capítulo: Huguet
Abóbada de Huguet
É possível que o portal (lateral) do transepto seja de Afonso Domingues
Sala de capítulos cobertos por abóbadas de estrela; tímpano muito rico e trabalhado
Pilares cruciformes
Desenho de James Murphy, irlandês; livro “Gothic Architecture”
A rainha era inglesa; os ingleses sempre tiveram fascínio pelo gótico
1425-1438
No reinado de D. Duarte querem manter-se associados a esta obra
Símbolo da independência nacional
Panteão de D. João I e panteão de D. Duarte
Planta central, característica dos mausoléus
Colocados em pontos distintos
D. Duarte morreu nova e a capela não se acabou
A capela de D. João teria um pináculo que já não existe, é possível que
tenha caído no terramoto
Feitos pelo Huguet está 40 anos à frente da obra
D. João I, D. Duarte (nas capelas imperfeitas), Afonso V e infante D.
Henrique filhos de D. João I
Segundo claustro é posterior 50 anos
Para a construção da capela de D. Duarte, supunha-se a demolição das
capelas para acesso, mas nunca se fez e acede-se pelo exterior
Conhecidas como capelas imperfeitas
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D. Duarte (1491-1433-1438)
É provável que o Homem do Chapelão ser D. Duarte e não o infante
Enterrado com a mulher; possivelmente queria estar ao centro
Pensa-se que não foi acabado por questões estéticas pois D. João III
estaria mais interessados no estilo renascentista
Desinteresse ao longo dos tempos
Próprio Murphy faz um desenho de uma proposta de como seria
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Igreja gótica elemento decorativo derivado da Batalha portal com friso quadrado, arco
conopial
Rosácea; tendência para janelas maiores espaço interior mais iluminado
Perfil basilical e coberturas inclinadas
Capelas escalonadas encaixam na parede do transepto como se fossem encaixadas num ecrã
Percurso de escadas capela-mor com presença maior na cidade
Transepto bem afirmado como os anteriores, não só em altura como no exterior, com espaço amplo
Preferência por capelas redondas
Cobertura de madeira espacialidade mais ampla
Capela-mor elemento de grande marcação com janelas muito verticais
Capela colateral que estão ao lado da capela-mor
Obra com impacto urbano apesar do alçado modesto
Fachada principal de 3 panos definidos por contrafortes; fachadas laterais de pano único
Cabeceira mais alta
Arquitetura gótica: ganham altura internamente com a descida das escadas
Preceito da orientação canónica cabeceira a nascente
Arquitetura Civil
Paços
Pequena nobreza apoiava o mestre de Avis porque não tinham interesse em perder as rotas
comerciais marítimas em prol dos espanhóis
Renovação da nobreza e dos palácios
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Relação franca com a paisagem
Capela exterior exclusiva da família real
Korrodi propunha reconstruir o telhado todos mas não foi feito, ficou mais seco
Nível de privacidade não só em extensão como podia evoluir em altura
“Prymeira, salla, em que entram todollos do seu senhorio (…) e assy os estrangeiros que ella
querem viir. Segunda, camara de paramento, ou antecâmara em que custumam estar os
seus moradores e alguus outros notaveis do reyno. Terceira, camara de dormir, que os
mayores e mais chegados de casa devem aver entrada. Quarta, trescamara, onde se
custumam vestir (…) Quinta, oratorio, em que os senhores soos alguas vezes cadadia he bem
de sse apartarem para rezar, ler per boos livros, e pensar em virtuosos cuidados”.
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Paço dos Duques de Bragança – Guimarães, c. 1420 – c.1480
Ainda era Conde de Ourém; filho bastardo de D. João nascido antes de casar com Filipa de
Lencastre; casou com a filha de
Nuno Álvares Pereira
Intervenção de inspiração de
Ledoux
Planta quadrada com pátio no
meio
Quatro torres
Capela gótica a eixo da entrada
Edifício inacabado
O lado de trás é mais espetacular
Teria uma galeria; portal e
gabelete
Cachorros que suportavam; importação da arquitetura militar
Chaminés representação de bem viver, conforto
Três volumes da ala posterior do quadrado
Duas janelas góticas por de trás do altar
D. Afonso V (1432-1438-1481)
Rei dos 6 anos quem fica a mandar?
Rainha Viúva ou D. Pedro, Duque de Coimbra
▪ Consegue exilar a rainha em Aragão e ser regente do reino
▪ Passeia 10 anos pela Europa
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ARQUITETURA DO DUQUE DE COIMBRA
D. Pedro, Duque de Coimbra (1392-1449)
Morre na batalha contra o sobrinho
Infante das 7 partilhas; extremamente culto
62
Claustro de D. Afonso V
Convento da Batalha
Mestres da Batalha
Huguet 1402-
1438
63
Aspetos estéticos
Painéis de S. Vicente, c.1470
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Desembarque em Arzila Cerco de Arzila
Ceuta (1415)
Conquista de D. João I
Conquista fora da Europa
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Paço de Ourém (1450-60)
Palácio à maneira do Castelo
Possuía as características de uma arquitetura militar “avançada” da região norte e centro-oriental
italiana, com a sua estrutura compacta e os seus sistemas de defesa ativos modernos
Referências trazidas de Itália, baseado no modelo da “rocca” italiana
Duas torres com perfil hexagonal irregular que funcionam como baluartes avançados; são inclinadas
ponto de vista de defesa
Introduz-se a pólvora na guerra e têm de se melhorar os sistemas construtivos
Posição excecional, ao pé do Castelo medieval
Paço: elemento defensivo com presença na paisagem
Elementos curiosos – relação com a paisagem
Estruturas muito estranhas: mecanismos de defesa percurso coberto do castelo diretamente à
torre; sem passar pela residência
Desenho da varanda apoiada nos arcos em tijolo interpretação direta da arquitetura italiana
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Sinagoga de Tomar, c. 1450 -60
Ou com o apoio do Conde, ou feita
pelos mesmo arquitetos
Mesmo princípio construtivo
abóbada de tijolo caiada de branco e
colunas parecidas
Ainda existe em Portugal
Simbologia da religião hebraica nas
colunas
D. João II (1455-1481-1495)
Intervenção importante na arquitetura
Estava atento ao que se passava lá fora e promove a importação de modelos
italianos
Empenhou-se no descobrimento do caminho marítimo para a Índia; preocupou-
se com as trocas comerciais
Do Gana à África do Sul – impulso para o Império do Oriente
Relação com Itália; investimento nos descobrimentos com a relação das trocas comerciais
Criação de um estado moderno – centralizar o estado na sua figura
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Ospedale degli Innocenti, Florença
Modelo italiano de Brunelleschi
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As enfermarias já não existem, só a
capela
Porta direta para o povo
Arco triunfal – peça manuelina; é
acabada mais tarde
Gosto do renascimento com o
gótico
Mais no estilo; a forma leva mais tempo
Expansão em África
Sul, a chamada África Negra
Em função da descoberta do caminho marítimo para a Índia
Processos Militares
Pôr os canhões nos barcos, nas caravelas – 1º Rei da Europa a fazê-lo
Como um país tão pequeno conseguiu ter um Império tão grande no Oriente
Devido a estas técnicas
Rede ultramarina
Naus (velas quadradas e barcos maiores)
Máquinas de guerra
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Mais do que um andar – ideia de barcos
“Fortaleza” de Alvito
Hoje um paço mas pensa-se que foi montado em cima de uma
fortaleza e pensa-se que o paço é so séc. XVI
Sem o último piso
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