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1. A Cidade na Antiguidade
Surgida no Oriente por volta de 3000 AC, na Mesopotâmia, no vale do Nilo, a cidade
significou uma oposição entre cidade e campo: excedente suficiente de produtos agrícolas e
animais para abastecer a cidade; submissão do campo ao poder local centralizado na
cidade; e valoração da artesania sob os produtos agrícolas.
A pólis é uma invenção grega que usa a palavra como poder. Substitui-se a palavra-lei do
déspota egípcio pelo debate e pela argumentação em defesa da democracia em sua forma
mais pura. O sistema educacional grego valorizava a retórica e tinha a política como a mais
alta atividade do cidadão.
→ O grego valorizava o espaço público sobre o privado e era neste primeiro em que a vida
tomava toda a sua plenitude: liberdade, realização, honra e heroísmo; mesmo que fosse um
espaço predominantemente feminino.
> espaço público = extensão do espaço privado.
→ O grego não concebia que a democracia pudesse ser exercida em cidades muito
grandes, pois isso impossibilitaria a participação direta através de assembléias. O ideal
populacional portanto era entre dez a vinte mil habitantes, a partir de então a tendência era
fracionar a cidade com parte dos cidadãos migrando para formar uma colônia.
→ Ela é fundamentalmente feita com materiais recicláveis fornecidos pela natureza e sem
grandes incrementos de beneficiamento. Se adequa mimicamente à região.
2. A Cidade Medieval
Europa estava na Era Feudal, constituída de três bases principais: Clero, Nobreza e
Servos. É o retorno ao campo e o abandono do comércio e das cidades por conta da
invasão dos bárbaros e das guerras. No início do século XI, começa o renascimento
econômico da Europa, devido à estabilização das invasões bárbaras, as inovações técnicas
na agricultura, a uma diminuição na mortalidade infantil, a população européia aumenta
consideravelmente possibilitando que uma parcela significativa abandone as atividades
rurais para se dedicar às atividades urbanas. Porém com um menor quantitativo de pessoas
após a dizimação de ⅓ da população pela Peste Negra – um dos fatores que levou à Queda
do Feudalismo.
→ A cidade medieval se implanta como uma área de liberdade no meio do mundo rural que
a circunda, submetido ainda a uma vassalagem quase absoluta. O servo que fugia para a
cidade e nela conseguia ficar ininterruptamente por um ano e um dia, conquistava sua
liberdade frente ao senhor feudal e passava a ser um cidadão.
Aproximadamente 150 anos depois das primeiras grandes construções românicas, quase
todas apresentavam problemas de estabilidade estrutural, ocasionadas fundamentalmente
pelos empuxos na base das grandes abóbadas de berço ou de aresta. As soluções
encontradas pelos construtores da época a diminuição destas cargas com a ajuda de três
novos elementos:
1) arcobotantes, que iam dos contrafortes até a base das abóbadas da nave central;
2) arcos ogivais (ou quebrados) que por serem verticalizados ocasionaram menores
empuxos que os arcos plenos;
3) abóbadas nervuradas onde as arestas eram reforçadas (função estrutural) e as
regiões intermédias construídas com material mais leve ou mais delgado.
5. O Renascimento
→ Características:
a) Nascimento da ciência no início da Idade moderna, baseada na observação e no
empirismo;
b) A concepção de um mundo em que o saber é aberto, apto a sofrer sempre
acréscimos (Renascimento) em oposição a um mundo em que o saber era fechado,
onde acreditava-se que tudo que havia para ser sabido já o era (Idade Média);
c) A consciência do ser histórico, a busca por uma nova relação com a antiguidade;
d) Teísmo medieval (tudo girando em torno do Cristo-Mártir) versus Antropocentrismo
do Renascimento (o homem no centro do mundo como obra suprema de Deus);
e) A matematização das relações espaciais; matemática presente na estrutura do
Universo refletindo-se na estrutura da cidade e do templo;
f) Descoberta da Perspectiva (1425).
→ Primeiras igrejas tinham plano longitudinal em cruz latina, coroadas por cúpula. Um
modelo impressionante para os arquitetos florentinos foi a cúpula de Santa Sofia, em
Constantinopla. Trata-se de uma igreja que marcou todo o desenvolvimento das igrejas de
plano centrado pela sua magnificência.
→ A Cúpula de Santa Maria Del Fiori (Brunelleschi) - primeira grande obra do
Renascimento, uma enorme cúpula construída por sobre o cruzeiro de uma igreja medieval,
que foi objeto de admiração de todos os seus contemporâneos.