Você está na página 1de 8

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS

ENZO PADOVAN
JOSÉ MARTINHO GOMES
MATHEUS FRANÇA
SAMANTHA MIRANDA DE FRANÇA
WANESSA ANDRADE DA SILVA

TRABALHO A HISTÓRIA E O DESENHO DAS CIDADES (TRB):


ROMA ANTIGA

TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA TEORIA E


HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO
URBANISMO: INTRODUÇÃO AO URBANISMO
- AR.M1.11 - 2022/1 - PROFA LAÍS HANSON
SANTOS – JUNHO DE 2022

TRABALHO A HISTÓRIA E O DESENHO DAS CIDADES (TRB):


ROMA ANTIGA

ROTEIRO:
Cada grupo deve escolher uma cidade (antiga, medieval, renascentista, barroca,
industrial...), produzir uma pesquisa histórica em forma de texto de no mínimo 500
palavras e no mínimo 3 imagens, apontando o contexto e as principais
características da cidade. Reproduzir o desenho do traçado urbano: planta geral,
recorte da área central e de uma quadra (escalas a critério dos grupos). Produto
final: PDF para apresentação (a organização fica a critério de cada grupo).

OBJETIVO:
O objetivo da pesquisa e dos desenhos é de reconhecer a história da cidade a partir
da pesquisa e de suas imagens.

BREVE CONTEXTO HISTÓRICO

Segundo Benevolo, em cuja obra História da Cidade este trabalho se baseia,


Roma “é uma aldeia que se torna, pouco a pouco, uma cidade mundial” (2012, p.
136), cujo prestígio se consolida na era de Augusto e não se limita ao período do
Império Romano, tornando-se posteriormente a sede do papado.
Forma-se às margens do território etrusco, no curso inferior do rio Tibre, e
inicialmente inclui as sete colinas tradicionais e quatro regiões (Suburbana,
Esquilina, Colina e Palatina), provavelmente cercadas por um muro e abrangendo
285 hectares.
Em virtude da ocupação dos gauleses em 378 a.C., quando a incendiaram,
Roma é reconstruída com novos muros de pedras esquadradas e amplia-se a área
para 426 hectares (já maior que Atenas, por exemplo), afirmando-se como empório
comercial. A partir do século IV a.C., alcança o status de grande cidade.
Ao se tornar império, as construções tornam-se cada vez mais vultosas
(foros, templos, aquedutos, casas com muitos andares, etc) e a cidade passa a ter
14 regiões, tornando-se uma “cidade aberta”, em constante expansão, até o século
II d.C. e chegando a ostentar uma área de 2.000 hectares. Em 5 a.C., a cidade
chega à marca de meio milhão de habitantes.
Após o incêndio de 64 d.C., Nero altera radicalmente a constituição da
cidade, com a reconstrução das áreas afetadas por meio de métodos racionais,
alargando-se ruas, limitando-se a altura das edificações e abrindo-se praças, dentre
outras medidas, o que proporciona beleza, mas desconforto térmico em virtude da
incidência solar.
Imperadores subsequentes continuaram a empreender obras e redesenhos
da cidade. Seu desenvolvimento máximo, com uma organização física coerente e
definitiva, coincide com o apogeu do império. Da tradição grega, mantém-se o
equilíbrio entre estruturas arquitetônicas e os acabamentos esculpidos ou pintados.
O ritmo frenético de edificação prolonga-se até o século III d.C. com
Constantino. O Cristianismo é reconhecido como religião em 313 d.C., o que resulta
no surgimento das primeiras grandes igrejas católicas na periferia de Roma,
constituindo exceção à desaceleração nas construções das grandes obras públicas
nessa época.

LÓGICA DA CIDADE NA ANTIGUIDADE


A partir da análise do mapa, é possível compreender aspectos importantes
do traçado de Roma na Antiguidade. Uma estrutura importante é a Cloaca Máxima,
que corta a cidade horizontalmente. Construída estrategicamente entre duas
colinas, servia como principal sistema de drenagem de pântanos e escoamento do
esgoto.

À sua direita encontra-se o Palatino, uma das 7 colinas onde se acredita que
a civilização romana tenha se iniciado, tendo abrigado residências de figuras
importantes ao longo da história. Entre elas, destacam-se a Domus Augustiana no
centro, primeira construída e lar do Imperador Augusto, a Domus de Livia à sua
esquerda, em homenagem à sua esposa, e a Domus Tiberiana a oeste, para o
Imperador Tibério. Outras construções importantes são o Estádio Palatino e o
Templo de Apolo, ambos construídos a mando de Augusto, que cumpriam as
funções de entretenimento e religião, respectivamente.

Acima e abaixo do monte, duas imponentes construções: o Anfiteatro


Flaviano e o Circo Máximo. Os dois tinham em comum a localização entre dois
montes, em regiões afetadas pelo Grande Incêndio de 64 d.C., cuja revitalização e
reabertura ao público estavam de acordo com a política de pão e circo então em
vigor.

Ao oeste da Cloaca Máxima encontram-se o Monte Capitolino e o Fórum


Romano. O Monte é tradicionalmente dividido em duas partes, Cidadela e Capitólio,
e dá acesso ao Clivo Capitolino, estrada importante para a cidade onde se
concentram templos e edifícios civis. Já o Fórum era uma grande construção ao
Norte no mapa, que sediava os principais eventos políticos e econômicos. Contava
com diversos templos e basílicas, além de ser o ponto de partida para várias vias
importantes que cortavam a cidade.

ROMA NA ATUALIDADE

Entre 1861 até 1929, houve uma disputa política chamada “questão romana”
entre o governo italiano e o papado, que se findou com os Pactos Lateranenses,
reconhecendo o Estado do Vaticano. Em 1922, Roma foi declarado como Império
após Mussolini ter tomado Roma, e para recuperar a sua grandeza, Roma teve seus
principais monumentos restaurados e transformados em centro da administração
pública, impulsionando assim o crescimento populacional.
No período da Segunda Guerra Mundial, não houveram quase bombardeios
em Roma, já que nenhum dos lados tinham a intenção de atentar a vida do Papa
Pio XII, e em 4 de junho de 1944, os aliados conseguem tomar Roma, e em 1946 a
monarquia é abolida e se instaura a República.
Em 25 de março de 1957, foi assinado o Tratado de Roma, assinado por seis
países e que estabeleceu o Tratado Constitutivo da Comunidade Econômica
Europeia (CEE) e o Tratado Constitutivo da Comunidade Europeia da Energia
Atômica (EURATOM), dando origem a União Europeia.
Hoje, o centro histórico de Roma contém ruínas da Roma Antiga, da Idade
Média, palácios renascentistas, praças, fontes e igrejas barrocas, sem falar dos
estilos artísticos do século XIX e XX, tudo isso demonstrando cada processo de
cada período pelo qual a cidade passou, deixando resquícios de sua história e
apresentando toda a sua evolução até a atualidade.
Fotos retiradas do site: hypescience.com
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. São Paulo: Perspectiva, 2012.

ROMA, civitatis. Roma como capital da Itália. Disponível em:


<https://www.tudosobreroma.com/roma-capital-italia>. Acesso em 9 de junho de
2022.

https://hypescience.com/11-predios-da-roma-antiga-como-eram-durante-o-imperio-e
-como-estao-hoje/

Você também pode gostar