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O Modelo Romano

A afirmação imperial de uma cultura urbana pragmática


Índice
• 1.Uma cultura romana: Pragmatismo e Influência helénica (pág. 87-89)

• 2. A padronização do urbanismo (pág.89 – 101)

• 3. A fixação de modelos artísticos (pág.101 – 105)

• 4. A apologia do ímperio na épica e na historiografia (pág.107 )

• 5. A formação de uma rede escolar urbana uniformizada (pág. 109)

• 6. Conclusão

• 7. Webgrafia
01 Uma cultura romana:
Pragmatismo e Influência helénica
• A cultura romana foi marcada pelo pragmatismo, o espirito prático e
realista que está presente em todas as realizações romanas, que
privilegiam a utilidade e eficiência, e pela influência grega como o
modelo a seguir na arte, na filosofia, na literatura e na religião.

• A cultura romana foi, assim, o resultado de um


conjunto de influências culturais bastante diversas
(dos diferentes povos que foram conquistados,
destacando-se a cultura helénica), que os romanos
souberam absorver, assimilar e transformar,
fazendo da sua cultura uma cultura de síntese.

02 A padronização do urbanismo
O sentido prático dos romanos vem na utilização de um conjunto de regras
para a planificação e organização das suas cidade (urbanismo).

• O racionalismo urbanístico obedecia a uma planta retangular, retilínea na


qual duas ruas principais, estas são: O cargo (direção norte-sul) e o
Decumanos (direção este-oeste), estes se cruzam assim resultando a criação
de uma praça central, chamada Fórum.

• Este modelo, presente em Roma, tornou-se um padrão urbanístico • Representação da cidade


que se repetia nas restantes cidades do Império. romana

• A padronização e o pragmatismo estendiam-se também à arquitetura pois


podemos distinguir os elementos da cidade romana consoante a sua função
Os elementos da cidade:
Lazer:

• Sendo o império romano um mundo de cidades, estas cumpriam a função de agradar o


cidadão que assim dispunha de:

Termas: estabelecimentos públicos onde se podia tomar banho de água quente


e receber massagens, fazer depilação, praticar desporto, ler e conviver
socialmente.

Anfiteatros: locais de duelo entre gladiadores e de lutas entre feras e homens.

Circos: estádios utilizados para as corridas de cavalo e de carros puxados


por cavalos.

Teatros: locais de representação de tragédias, comédias e farsas, sendo


também utilizados como locais de reunião politica dos cidadãos
Comemoração:

•As construções comemorativas, caracterizadas pela imponência,


tinham intenção propagandística, servindo de exaltação do poder
imperial através de monumentos como:
• Coliseu de Roma
Arco de triunfo: monumento comemorativo de uma vitória militar.

Coluna: celebrava também o sucesso de uma conquista (por exemplo:


a coluna de Trajano, cujo relevo enaltece a conquista da Dácia)

Pórtico monumental: estrutura sustentada por colunas

Ara pacis: o altar da paz é um exemplo marcante da exaltação, em


relevo os benefícios da paz romana instituída por Octávio.
Serviço a cidade/ edifícios utilitários:
• A arquitetura romana era idealizada em prol da cidade, pelo que a maioria dos
edifícios tinham uma função para o seu uso:

Cúria: local de reunião do Senado

Basílica: tribunal público e sala de reuniões para políticos e homens de negócios.


Mais tarde as basílicas foram transformadas em igrejas.

Templos: a religião politeísta exigia que estivessem implantados por todo o império,
seguindo o modelo arquitetónico aproximado dos templos gregos.

Aquedutos: construções para transporte e abastecimento de água dos reservatórios


naturais às cidades

Domus e insulae: as casas de habitação dos mais ricos, normalmente tinham um


Ponte: faziam parte do sistema viário romano, existem ainda
belos exemplares desta arquitetura utilitária.

Estradas: a preocupação dos romanos em pavimentar as vias


de comunicação facilitou o transito de legionários, mercadorias e
• Biblioteca de Alexandria
de todo o tipo de pessoas. (biblioteca mais famosa da
Antiguidade)
Esgotos: evidenciam o avanço civilizacional romano.

Bibliotecas: públicas ou privadas, satisfaziam a sede de cultura


dos romanos. Nas bibliotecas liam-se textos e recitavam-se
autores consagrados.

Mercados públicos: habitualmente ruidosos e apinhados,


serviam para o abastecimento de comida da cidade. • Ponte Romana de Vila Formosa
03 A fixação de modelos artísticos

Modelos arquitetónicos:
• A imponência e a graciosidade das construções romanas visavam não só espelhar a grandeza
de Roma mas também como impressionar e exaltar o poder imperial. Os edifícios romanos
seguiam de perto o modelo helénico, tendo por isso sido adotado o sistema de construção
trilítico, utilização de mármore e as três ordens arquitetónicas como preferência pela coríntia.

• Outros aspetos arquitetónicos em que Roma mostra a sua originalidade são:


- Apoiaram as colunas laterais dos templos à parede da cella, transformando-a em
pilastras;
- Despojaram os templos das esculturas ornamentais do frontão e do friso;
- Utilizaram novas técnicas de construção (cúpula, abóbada de berço e arco redondo, ou
volta perfeita)
Modelos escultóricos:

• As obras escultóricas não seguiam o idealismo presente na


escultura helénica: O realismo escultórico justificava-se pela
necessidade de valorização do homem público retratado de acordo
com a sua individualidade própria.

• O retrato é a afirmação do indivíduo, como tal os romanos


consideravam que dele deviam ressaltar os traços únicos da sua
fisionomia (aparência).

• O idealismo era reservado pela glorificação do imperador,


• Augusto de Prima Porta
retratado nas estátuas oficiais como um ser perfeito, tal como (estátua do imperador romano
convinha à vontade de divinização do seu poder. Augusto)
04 A apologia do Império na épica e na
historiografia
A poesia:

• Dentre os poetas romanos desta época destacavam-se Horácio, Ovídio, e


sobretudo Virgílio, pelo seu poema épico Eneida.

• A proteção às artes não era desinteressada. Os autores eram incentivado a exaltar as virtudes
da pessoa do imperador e os benefícios do seu reinado. A poesia épica foi o eco da glória de
Roma e da grandeza do seu império, tendo funcionado como um meio de propaganda
imperial.
A história:
• Esta é representado sobretudo por Políbio, Tácito e Tito Lívio, justificava e gloriava o
Império. Enquanto Virgílio exaltava o poderio romano, pela sua origem divina e
legitimando-o pelas suas conqusitas, o históriador Tito Lívio demostrou preocupação com
o rigor metodológico.

• A história procurava justificar o domínio de Roma sobre as outras nações ao mesmo


tempo que evidencia a sua ação civilizada. Enquanto discilplina, a história revestiu-se de
uma feição pragmática, desempenhando um papel importante na glorificação e
legistimação de conquistar.
05 A formação de uma rede escolar urbana
uniformizada
 A educação em Roma, revestiu em um carácter mais pragmático e oficial do que Atenas, assim
proporcionando aos jovens uma educação mais completa e mais composta possível. Em Roma, o
ensino era dividido em três níveis, estes sendo:

Ensino primário (dos 7 aos 11 anos):


• Ao completarem 7 anos, as crianças eram enviadas para o ensino primário, caso fossem
abastadas, estas teriam um mestre particular. O mestre estaria numa cadeira alteada, e enquanto á
sua volta estavam seus alunos ouvindo as suas explicações e escrevendo sobre seus joelhos. Este
periodo demorava 9 meses, tendo o dia de aulas prolongado pela tarde.
• Este currículo incluia a escrita, a leitura, o cálculo, assim como os gregos os alunos decoravam
trechos poéticos com fins edificantes. Era importante que estes jovens interiorizassem certos
principios, assim como o dominio de si, a obdiência à autoridade e a benevolência para com o
próximo.
Ensino secundário (pelos 12 anos):
• Por esta idade, rapazes e raparigas de famílias mais ricas prosseguiam seus estudos para a escola
secundária. Estes estudavam latim, história, as principais obras literárias e, com menor prefundidade
conheciam a matemática, a geometria, a música e a astronomia.

Ensino superior (a partir dos 17 anos):


• Mininstrados pelo rethor (mestre de retórica), centrado na apredizagem da Retórica e do
direito, este terceiro nível era essencial para aceder a cargos políticos e administrativos
elevados. Este estava apenas reservado para rapazes, que o frequentavam a partir dos seus 17
anos.
 Os poderes públicos empenham-se na difusão do sistema de ensino, assim incentivando a criação
de novas escolas pelas autoridades municipais e concedendo privilégios fiscais e remuneração a
professores. Criando-se escolas em todas as regiões conquistadas. O estado via nelas um poderoso
meio de unificação do Império.
-Conclusão-
• Os romanos, eram um povo guerreiro e devido a esse espírito de guerra conquistaram
vários povos, dado a isso a cultura romana ser um conjunto de culturas.

• Nas suas cidades eram utilizados um conjunto de regras para a sua organização e
planificação e como eles eram um dos maiores povos e queriam sempre exaltar o seu
império, criaram lugares de lazer com funções de agradar o cidadão, sítios de comemoração
e construíram edifícios para serviços da cidade.

• Os romanos eram quase sempre originais, pois nas suas arquiteturas procuravam ideias da
arquitetura helénica mas nas suas esculturas o que procuravam ressaltar era a sua própria
aparência e o grande poder e respeito que sentiam em relação ao seu imperador que para
eles era como uma divindade.

• A poesia e a disciplina de história e o ensino foram importantes para a grandeza do


império romano.

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