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Teste História A - O modelo romano

1. Localizar o espaço imperial romano


O espaço imperial romano localiza-se na Península Itálica, banhado pelo mar Jónico,
Adriático, Tirano e junto do Rio Tibre. No séc. III a.C., Roma para além de dominar a
Península Itálica, também dominava o norte de África e parte da Península Ibérica. À
medida que os séculos passavam Roma foi conquistando mais territórios, poder e fortuna.

2.Reconhecer o carácter urbano da civilização romana


A sua cidade não é apenas um recinto urbano rodeado de muralhas ou um simples
território fortificado mas sim um centro de poder onde a civilização se desenvolve a nível
económico, social, administrativo e cultural, com um mundo de cidades à sua volta,
caracterizado como o coração de todo o império, impondo-se como modelo a seguir.

3.Referir, de forma abreviada, as instituições governativas da Roma Antiga


Senado: O Senado, conhecido como a assembleia dos cidadãos mais prestigiados,
administram províncias (regiões conquistadas pelos romanos), validam as leis
aprovadas pelos comícios, controlavam o tesouro e decidiam a política externa;
Comícios: Eram caracterizados por serem a assembleia do povo romano, tinham a seu
cargo eleger as magistraturas e aprovar as leis;
Magistraturas: Eram os que defendiam os direitos dos cidadãos mais humildes
de Roma (os plebeus), detinham variados poderes executivos, judiciais e militares.
Eram designados por 1 ano e seguiam uma carreira político-ascendente até
alcançarem o lugar mais desejado, o de Cônsul, que dava acesso ao Senado.

4.Explicar a importância assumida pelo imperador como elemento de coesão política


A enorme extensão do Império Romano exigia um poder forte, capaz de irradiar a
autoridade máxima de Roma e, simultaneamente, assegurar a ordem e segurança nas
províncias. Nos primeiros 5 séculos (VI a I a.C.) essa tarefa coube ao regime republicano.
Nesse período, o poder político foi exercido por um conjunto de instituições prestigiadas,
cujo bom funcionamento deu a Roma a ordem e a força necessária para a conquista do
vasto império. O Império Romano crescera e problemas de âmbito militar, económico, social
e político, já não eram de todo resolvidos pelas instituições. Eclodiram, desta forma, várias
guerras civis. O período imperial só se inicia com Octávio. Em tempo de guerra, soube
conservar e servir-se das instituições tradicionais para eliminar os seus rivais e sedimentar
o seu poder. Desta forma, o imperador excluía das instituições a população que lhe
desagradasse ou estivesse contra ele, governando com o auxílio do seu conselho privado, o
que lhe conferia coesão política.

5.Salientar a riqueza e a utilidade do Direito Romano


Os Romanos criaram o direito (conjunto de normas jurídicas que rege a vida de um povo)
de modo a que a administração e a convivência pacífica do seu vasto império se tornassem
possíveis e isto não seria concretizado sem a existência de leis que definissem as normas a
seguir nos grandes e pequenos problemas do quotidiano.
Inicialmente as leis eram transmitidas oralmente pelos romanos, passando de geração em
geração, mas depois de uma revolta dos plebeus decidiu-se dar forma escrita às leis
correntes, dando origem à “lei das XII tábuas”.
No entanto, as leis das 12 tábuas rapidamente se mostraram insuficientes e, como novas
situações exigem novas leis, os magistrados encarregados da justiça, juntamente com o
Imperador, criaram um vasto conjunto de leis, orientados por princípios claros da justiça,
originando “o código Justiniano”. A imensa obra legislativa atuou como um fator de
pacificação e união dos povos do império pois, estes, não se sentiam sujeitos a um poder
ilimitado mas sim protegidos por leis adequadas em comunidade.
6.Distinguir as etapas da extensão da cidadania aos diversos povos do Império
A plena cidadania romana implicava um conjunto de direitos civis e políticos (o direito de
contrair matrimónio, proceder a actos jurídicos, possuir terra e de a transacionar, o direito de
votar, de ser eleito para as magistraturas, de servir no exército e de
pagar impostos ao Estado…)
De início, a categoria de cidadão romano estava reservada unicamente aos naturais de
Roma e seus descendentes em contraposição aos habitantes das terras conquistadas, foi
cedido um estatuto inferior, variável de região para região.
A condição jurídica dos povos submetidos foi melhorando com o tempo, à medida que estes
aceitavam o domínio romano e iam adquirindo a cultura dos conquistadores, no entanto isso
pouco durou por ter começado a ser vulgar a atribuição do título de cidadão romano àqueles
que se distinguiam pelo seu mérito ou pelos bons serviços prestados a Roma. Este
processo de progressiva elevação das províncias e dos seus habitantes ao mesmo estatuto
dos seus dominadores concluiu-se em 212 d.C, quando o imperador Caracala concedeu a
plena cidadania a todos os habitantes livres do império.
Num processo lento, mas irreversível, o Estado Romano soube estabelecer a igualdade
entre os povos conquistados e o seu conquistador.

7.Caracterizar genericamente a cultura romana


A cultura romana era caracterizada por ser pragmática pois, tinha um sentido prático naquilo
que criava, privilegiando a utilidade e, com influência helénica devido à admiração dos
romanos pelos gregos, imitando-os no que toca à arte, filosofia e religião, que era também
politeísta.

8.Identificar os modelos arquitetónicos e escultórios da civilização romana


Os romanos privilegiam a grandiosidade e robustez das construções arquitectónicas, em
contraposição aos gregos nesse aspeto, que se preocupavam com a harmonia e a
proporção.
Na arquitetura foram implementadas algumas diferenças relativamente ao ideal grego
como, por exemplo, terem erguido os templos numa plataforma elevada (podium), a
utilização de abóbadas de berço e a criação de uma ordem compósita, que corresponde à
conjugação de 2 ordens já existentes(jónica e coríntia)...
Quanto à escultura, procuravam honrar o imperador, os generais e as pessoas mais
importantes, divulgando a sua imagem e os seus atos. O seu realismo técnico e formal
originou autênticos retratos, que sugerem aspectos psicológicos e de carácter das
personalidades.

9.Evidenciar a intenção apologética da épica e da historiografia


No Império, a poesia era o género literário mais praticado pelos romanos. Poetas como
Virgílio, Horácio e Ovídio souberam dar ao latim uma expressão sublime.
A historiografia, também desempenhou um papel importante na glorificação e legitimação
das conquistas e na própria ideia do Império Romano como Império Universal. historiadores
como Tito Lívio e Políbio são muito glorificados pelo povo.

10.Descrever o sistema de ensino romano


No que diz respeito à educação, Roma seguiu o modelo grego que procurava a educação
mais completa possível, no entanto, Roma não valorizava o atletismo nem a música e tinha
a formação de uma rede escolar uniformizada pois era destinada para ambos os sexos.
Aos 7 anos, rapazes e raparigas eram enviadas para a primária e aí, aprendiam a ler,
escrever e fazer vários cálculos até aos 11 anos.
Para o nível secundário, transitavam aqueles que tinham mais posses (rapazes e
raparigas). Aí aperfeiçoavam os seus conhecimentos da língua e estudavam matemática,
geometria, música e astronomia.
Por fim, ao completarem 17 anos, uma minoria de rapazes ingressava no ensino superior
para a aprendizagem do Direito e da Retórica, o que não fazia sentido para as raparigas
porque o desempenho de cargos políticos é reservado exclusivamente a homens.

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