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O efeito de humor no cartum de Ivan Cabral se estabelece por meio de   

Escolha uma:
a. da linguagem coloquial e regional dos interlocutores, comprovando a
necessidade de se conhecer a cultura local para saber diagnosticar.
b. da linguagem relacionada à classe social do paciente, que gera no médico uma
grande dúvida de como explicar o tratamento a ser indicado.
c. da distinção cultural entre o médico, profissional letrado, e o homem do campo,
que não consegue, ao menos, traduzir os sintomas do mal que o faz sofrer. 
d. da falta de conhecimento do profissional de saúde acerca dos problemas
descritos pelo paciente que utiliza uma linguagem diacrônica para se comunicar.

e. da linguagem regional, que se torna um elemento complicador no diálogo entre


médico e paciente.

Agora, leia o fragmento do texto “A língua sem erros” de Marcos Bagno.

                                                A língua sem erros


            Nossa tradição escolar sempre desprezou a língua viva, falada no dia a dia,
como se fosse toda errada, uma forma corrompida de falar “a língua de Camões”.
Havia (e há) a crença forte de que é missão da escola “consertar” a língua dos
alunos, principalmente dos que frequentam a escola pública. Com isso, abriu-se
um abismo profundo entre a língua (e a cultura) própria dos alunos e a língua (e a
cultura) própria da escola, uma instituição comprometida com os valores e as
ideologias dominantes. Felizmente, nos últimos 20 e poucos anos, essa postura
sofreu muitas críticas e cada vez mais se aceita que é preciso levar em conta o
saber prévio dos estudantes,sua língua familiar e sua cultura característica, para, a
partir daí, ampliar seu repertório linguístico e cultural.
                                                                   
Escolha uma:
a. tem como principal finalidade cercear as variações linguísticas que
comprometem o bom uso da língua portuguesa.
b. torna-se, na contemporaneidade, o grande referencial de aprendizagem do
aluno, que deve valorizá-la em detrimento de sua variação linguística de origem. 
c. deve ser banida do ensino contemporâneo, que procura basear-se na cultura e
nas experiências de vida do aluno.
d. precisa enriquecer o repertório do aluno, valorizando o seu conhecimento prévio
e respeitando a sua cultura de origem.

e. ajuda a diminuir o abismo existente entre a cultura das classes consideradas


hegemônicas e das populares.

Analise o cartaz de uma exposição do Museu da Língua Portuguesa a seguir.

Com base nele, podemos afirmar que

Escolha uma:
a. o contexto denuncia uma sociedade desigual e preconceituosa, que exclui
aqueles que só utilizam uma variação linguística.
b. a ocorrência da palavra “Menas” será validada pela gramática normativa, pois,
pelo fato de ser utilizada frequentemente, passa a existir.
c. o jogo de palavras, presente na relação entre “certo” e “errado”, sugere que o
conceito desses dois termos está condicionado a diferentes perspectivas.
d. uma palavra só existe, para o enunciador do texto, quando é aceita pela maioria
dos falantes de uma língua, como é o caso de “Menas”.

e. o certo e o errado, na concepção do publicitário, são conceitos que não podem
ser levados em conta pela gramática normativa, mesmo diante do uso de um
termo amplamente difundido.
 É possível afirmar que muitas expressões idiomáticas transmitidas pela cultura
regional possuem autores anônimos, no entanto, algumas delas surgiram em
consequência de contextos históricos bem curiosos. "Aquele é um cabra da peste"
é um bom exemplo dessas construções.
            Para compreender essa expressão tão repetida no Nordeste brasileiro, faz-
se necessário voltar o olhar para o século 16. "Cabra" remete à forma com que os
navegadores portugueses chamavam os índios. Já "peste" estaria ligada à questão
da superação e resistência, ou mesmo uma associação com o diabo. Assim, com
o passar dos anos, passou-se a utilizar tal expressão para denominar qualquer
indivíduo que se mostre corajoso, ou mesmo insolente, já que a expressão pode ter
caráter positivo ou negativo. Aliás, quem já não ficou de "nhe-nhe-nhém" por aí? O
termo, que normalmente tem significado de conversa interminável, monótona ou
resmungo, tem origem no tupi-guarani e "nhém" significa "falar".
Disponível em: http://leiturasdahistoria.uol.com.br. Acesso em: 13 dez. 2017.
A leitura do texto permite ao leitor entrar em contato com

Escolha uma:
a. representações da mudança linguística do português.
b. justificativas da variedade linguística do país.
c. explorações do falar de um grupo social específico.
d. influências da fala do nordestino no uso da língua.

e. registros do inventário do português brasileiro.

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