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Sé da Guarda 1390-1540
Surge na sequência do Mosteiro da Batalha, com semelhanças
Torres octogonais (diferença com a Batalha) chanfradas na fachada
Diferença também na capela mor
Cabeceira do tipo de uma igreja
mendicante
Perfil igual à Batalha (corte basilical)
Pináculos
Arcos botantes
Planta em cruz latina com transepto
afirmado
Capelas poligonais escalonadas (típico do gótico)
Granito
5. ARQUITETURA MANUELINA
Medalhões
Duarte D’Armas faz o levantamento das fortalezas do país – livro das fortalezas 1509-
10, dois pontos de vista, norte e sul do país.
Obras contemporâneas
Custódia de Belém, Gil Vicente
Pai do teatro português e ourives
peça tardo-gótica
Arquitetura Manuelina:
Cariz tardo-gótica ou flamejante
Maior diferença é o nível decorativo
Afirmação de poder de D. Manuel – símbolos pessoais transportados para a
arquitetura
Lógica estrutural e decorativa gótica
Propagandista
Exibicionista
Impactante
Territorial
Retórica
Significante
Portal das Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha 1495-1503
Arq. Mateus Fernandes, arquiteto do Hospital das Caldas
D. Manuel investe na obra do avô, rei, com a necessidade
de se afirmar como rei
Mosteiro: grande obra gótica, toda abobadada, em
pedra
Portal super decorado, gótico (estilo pré-manuelino com
algumas decorações, uma espécie de filigrana e
influências orientais
Portal causa um efeito dramático e cénico com um carater exótico
(desmaterializa a pedra)
Vegetalista
Decoração excessiva
7 arquivoltas
A entrada para as capelas é feita pelas traseiras da igreja
Não há presença da figura humana nas decorações
Emblema pessoal de D. Duarte como homenagem
Escala colossal
Ermida de S. Jerónimo
Arquiteto Diogo de Boitaca
Pequena peça de arquitetura simples e elegante
Dois volumes compactados
Capela mor muito separada da nave, caraterística das capelas
românicas
Corpo retangular com 1 nave
Capela-mor retangular
Abobadado em pedra com abobadas de ogiva – nervuras
Contrafortes a 45
Igreja do Convento de Cristo de Tomar
Arq. Diogo de Arruda e João de Castilho
O edifício original seria uma Charola dos Templários: capela
redonda com 16 contrafortes exteriores e 8 pilares no
interior que permitem um deambulatório generoso
D. Manuel promove obras no Convento
Acrescenta um corpo retangular, que é a nave da igreja e a
Charola é a capela-mor
A nave é dividida em que o coro ocupa 2 tramos desta
No coro existiria um cadeiral esculpido em madeira que teria
uma grande estrutura sobre a cadeira central que apontaria
para o oculo onde existira uma esfera armilar (afirmação
pessoal), terá sido destruído nas invasões francesas
Arco de ligação entre a nave e a charola (pintado)
Por baixo do coro, está a sacristia onde está a famosa janela
manuelina, escala brutal com uma estrutura arbórea e uma
decoração com o escudo de Portugal e a esfera armilar
João de Castilho terá tido uma grande influencia no desenho
do portal da entrada da igreja (porta sul lateral)
Portal com estilo plateresco de influência espanhola e ainda a
particularidade de apresentar duas escalas: uma maior, para
marcação da entrada a nível territorial e uma mais pequena,
próxima da escala humana, a entrada das pessoas
Portal com muitos elementos que contam uma narrativa religiosa
João de Castilho deixa a sua assinatura na pedra
Arquitetura falante através
da decoração e da pintura na
charola
Portais Manuelinos:
Guarda
Coimbra
Tomar
Olivença
Golegã
Vestiaria (Alcobaça)
Viana do Alentejo
Moura
Ponta Delgada (já com elementos pré-renascentistas)
Sé do Funchal
De igreja paroquial passou a Sé
Corte basilical
Edifício simples, mas com teto completo
Teto alfarge decorado com padrões mudéjares
Faz lembrar o gótico mendicante
Casa Cordovil, Évora
Varanda com cones
Ameias manuelinas
Colunas em mármore delicadas
A. Cobertura de Madeira
Seguimento da arquitetura mendicante, com características semelhantes: 3 naves, corte
basilical, cobertura em madeira, capela-mor em pedra, torre sineira, complexidade nas
abobadas. Muitas destas igrejas surgem num período de transição, por isso, têm diferentes
linguagens arquitetónicas, como por exemplo, um portal manuelino e outro renascentista,
devido ao tempo da construção atravessar estas duas épocas.
B. Cobertura Abobadada
No Sul, não estão tão preocupados com a luz, aparece no Alentejo onde o controlo da
lusa acaba por ser benéfico. Resulta em igrejas mais escuras e uma maior compartimentação do
espaço uma vez que se torna necessário uma definição da estrutura para suportar as abobadas.
Características: 3 naves, corte basilical, cobertura em pedra, capela-mor em pedra, espaço mais
fechado.
Igreja Matriz do Alvito
Ameias manuelinas e contrafortes que lhe dão um ar de afirmação defensiva
Pináculos salomónicos
Arcos botantes estruturais
Torre atrás, ao lado da capela-mor, não é muito comum
Espaço mais pesado e fechado, dando um ambiente mais fresco por ser escuro
Convivência entre abobada renascentista e gótica
Portal de entrada, capela-mor quadrada e arco triunfal são renascentistas
Tipologia de corte basilical com 3 naves
Clerestório que dá ideia de ser tapado
Abobada em tijolo caiado
Igreja Matriz de Viana do Alentejo
Igreja inserida numa fortaleza pentagonal
Muro do castelo à volta
Igreja sem torres, o campanário fica na torre do castelo
Construção em pedra, mas toda ela é caiada a branco (maior
durabilidade)
Portal manuelino com brasão de Portugal
Arcos botantes estruturais
Platibanda
Contrafortes a 45 na capela-mor
Planta retangular muito minimal
Sistema gótico com abobadas de ogiva com colunas de suporte
mais robustas dando resultado a um espaço interior mais
compartimentado
Transepto pouco afirmado
Não uma visão global do espaço como nas igrejas em cobertura
de madeira
Diogo de Castilho
Meio-irmão de João.
➢ Túmulos dos reis (com desenho de João) e abobadas na Igreja de Santa Cruz, Coimbra e
refeitório, coro alto, igreja paroquial (S. João)
➢ Abobadas das capelas-mores das Igrejas de São Marcos e de Góis
7. ARQUITETURA DO RENASCIMENTO
Norte de Portugal
Influencia alguns estaleiros na Galiza (Hospital de Santiago de Compostela)
Igreja Matriz de Caminha
Portal lateral com triangulo muito vertical de João Nobre
Portal de estilo plateresco com arco de volta inteira – arco romano
Mistura do gótico com o românico
Colégio da Graça
A meio da rua
Suposição que João de Ruão foi mestre desta obra
Igreja de Diogo de Castilho
Portal clássico
Interior de ambiente clássico com abobadas renascentistas de caixotões,
arcos de volta inteira, pilastras clássicas, continuidade da nave com a capela-
mor
A torre não será a original, será semelhante em proporções à de Santa
Cruz
O exterior é um pouco tosco ao contrário do interior que é um ambiente
clássico
Composição clássica nas paredes – pilastras a ligar à cornija – por a obra
ser ainda de uma fase inicial, aspeto que se desenvolverá no séc. XVI
Claustro foi construído primeiro que a igreja, o primeiro andar foi
construído posteriormente
Arcos torais, parecem castelos
Influência medieval, aos pares
Particularidade de ter um único capitel jónico, mas a linguagem é
totalmente clássica
CLAUSTROS CASTILHIANOS
Todos os colégios, têm uma característica dos claustros góticos: junção de arcadas de duas
a duas seguidas de contraforte que surge pela necessidade construtiva de suporte de abobada.
Diego de Sagredo, Medidas del Romano, Toledo 1526, Lisboa 1541-42 – desenho que serviu de
inspiração para os claustros
O foco de Tomar
Refeitório 1535
João de Castilho
Comparação com o refeitório do Mosteiro de Santa Cruz
Abobada de caixotões em madeira, peça central é uma nervura e
não uma fila de caixotões como no renascimento clássico
Este tipo de abobada so é funciona se for bem apoiada, duas
paredes fortes, as colunas não aguentam o peso
Cozinha
Estrutura totalmente gótica com abobadas de nervura
Colunas clássicas – consequência direta das dificuldades de
construção, é mais fácil fazer uma abóbada clássica num espaço
linear do que num quadrado
Dormitórios
Sistema semelhante ao Mosteiro de Santa Cruz:
Grande corredor com cerca de 70m, com celas individuais de cada um
dos lados
Cobertura com abobada clássica de caixotões em madeira (com fila de
caixotões como peça central)
No cruzamento de três braços do dormitório surge um lanternim e a
Capela do Cruzeiro João de Castilho 1535, com um pensamento e linguagem
clássico com pilastras e capiteis coríntios
O foco em Évora
Outro centro cultural muito importante, D. João III pensou em mudar a capital para
Évora, mas todas as obrigações ultramarinas não permitiram e o Rei teve de ficar em Lisboa.
Cidade com passado romano.
Claustro do Convento
À maneira dos claustros castilhianos
Contrafortes
Primeiro andar com arcos de volta inteira com dois vãos
Segundo andar com entablamento reto com três vãos
Abobadado com abobadas góticas de nervuras (provavelmente de tijolo) –
gosto gótico
Particularidade: três aberturas na varanda do piso de cima – desenho mais
elaborado
Sebastião Serlio
Livro IV: Veneza 1537 – dos cinco estilos da arquitetura (sistematização das composições)
Livro III: Veneza 1540 – das antiguidades (mostra edifícios em Roma)
Livros I e II: Paris 1545 – da geometria e da perspetiva
Livro V: Paris 1547 – dos templos
Os livros mais importantes em Portugal serão o IV e III, cuja influência se manterá
durante vários anos, não sendo apenas livros de modas como os anteriores. Os livros
chegarão à corte portuguesa em 1541 pela mão de Francisco de Holanda, onde os grandes
arquitetos portugueses aprenderão a linguagem do renascimento.
CONTEÚDOS: modelo serliano (vão reto-vão curvo-vão reto) – Livro IV;
documentação das grandes obras clássicas e do renascimento italiano em desenhos
e texto (ex: Panteão, São Pedro de Roma, Tempietto de Bramante) – Livro III
As Sés Joaninas
D. João III passa de um rei humanista, aberto às novidades do Renascimento no início
do seu reinado, para um rei conservador no final do reu reinado introduzindo a inquisição e a
ordem jesuíta em Portugal – ordem extremamente importante para a difusão da fé cristã uma
vez que era constituída por padres, e não frades, que estavam aptos para dar sermões em
qualquer local. Renovou a Universidade trazendo-a para Coimbra para o estudo da religião.
Tal mudança é provocada pela revolução religiosa na Europa e na sua decisão de apoiar
o papado em conjunto com os reis católicos espanhóis. D. João III reorganiza então a
infraestrutura cristã em Portugal, na tentativa de combater possíveis focos protestantes,
criando três novas dioceses: Leiria, Portalegre e Miranda do Douro. Miguel de Arruda é
designado como arquiteto principal do reino em 1548 e irá planear as três sés e incumbirá em
cada local um arquiteto de dirigir as obras deixando-lhes alguma liberdade que resultaram nas
diferenças entre as três. Faz-se então um estudo do que será uma Sé nos tempos modernos uma
vez que a última teria sido construída há bastante tempo.
D. Sebastião
Os pais de D. Sebastião, D. João e D. Joana de Áustria, nunca chegaram a ser regentes do reino
pois D. João morre muito novo e a mulher regressa ao país de origem, deixando cá o filho. D.
Catarina, avó de D. Sebastião e mulher de D. João III, fica regente do reino quando este sobe ao
trono com 3 anos. Nova ordem religiosa: jesuítas – ensino.
ARQUITETOS
Lança alguns livros/ tratados. Último livro: a obra que falta à cidade de Lisboa: Pensamento
urbanístico; Consistia num plano urbano das obras que uma grande capital europeia deveria ter
e que não existiam em Lisboa, como portas de entrada, bastião ao meio do rio Tejo, palácio
moderno e igreja de planta central.
➢ As idades do Mundo: desenhos nos tratados
➢ Da Fábrica que Falece à cidade de Lisboa: no final da vida; não tem a obra completa,
mas deve pertencer às discussões pois fazia parte da corte; diz que lisboa precisava de
novas janelas (novo sistema defensivo moderno, marcar a entrada da cidade); diz que
se deve fazer um bastião em frente a S. Julião (em frente às defesas de terra, fortalezas
no mar; D. João III começa a fazer este palácio junto ao convento de madre Deus, não
se fez mas estão lá as fundações; grade a toda a volta da igreja do Terreiro do Paço;
templo de planta circular como arquitetura renascentista – em forma de hóstia, charola
Projeto não construído para os Colégios de Jesus e das Artes – Igreja jesuíta de Coimbra
Está na Bibliothèque National de France (Paris) exposto
Afonso Álvares
Lugar da atual Sé Nova
Fachada semelhante à de Évora
Não foi feito este projeto, fez-se um do tipo romano (Sé Nova)
Capela-mor como os colégios de Coimbra
Igreja teria capelas laterais, confessionários e galeria
para os noviços
Igreja de S. Paulo, Braga 1567
Frontão clássico
Planta em charuto
Nave única com capelas laterais como se fossem um armário
Filipe II 1580-1598
Filipe III 1598-1621
Filipe IV 1621-1640
A união ibérica deriva da crise sucessória que se faz sentir em Portugal após o
desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer Quibir, que não tinha nenhum herdeiro. Assim
Filipe II, rei de Espanha, seria o próximo sucessor na linha real portuguesa, fazendo-se aclamar
rei de Portugal (fazendo assim a união da Península Ibérica segundo a mesma coroa) no
Convento de Cristo em Tomar.
D. Sebastião 1554-1557-1578 – dos reinados mais longos, pois foi rei aos 3 anos
Lisboa
Filipe II cem a Lisboa, passa uma temporada e é aclamado rei das cortes de Tomar, vem com
ele um arquiteto, importante em Espanha – Herrera. O tempo de D. Filipe II, ao contrário do que
está gravado na história portuguesa, é extremamente vantajoso para Lisboa (nesta época a
maior cidade da Península Ibérica), uma vez que se constroem várias obras, estas de carater
mais monumental e do renascimento “internacional” que vinha dos grandes mestres de Itália.
Nesta época existe um movimento para tornar Lisboa na capital de todo o reino ibérico, que
nunca chega a ser concretizado por Filipe II ter uma ideia centralista, levando a capital para
Madrid onde se manteve até aos dias de hoje, em relação a Espanha. Duas obras principais do
tempo de Filipe II: Reforma do Palácio da Ribeira com Filipe Terzi (italiano) e construção de uma
Igreja moderna (nova tipologia romana) com Baltasar Álvares (português).
Obras Militares
Arquitetos quase todos de origem italiana.
D João IV 1604-1640-1654
Defenestrar – atira pela janela Miguel Vasconcelos
A própria Espanha revolta-se
Estivemos em guerra durante 28 anos
Tratados de Fortificação
Neste período existe um acumular destes conhecimentos que se traduzem em vários
tratados, garantido a formação de vários engenheiros, que mais tarde serão fundamentais na
construção de Lisboa após o terramoto de 1755, segundo a ordem do Marquês de Pombal.
Luís Serrão Pimentel - Método Lusitânico de Desenhar as Fortificações das Praças Regulares e
Irregulares, 1680
D. João V 1689-1706-1750
Não temia nem devia, consequência da descoberta do ouro no Brasil, grande abundância de
recursos. Luís XIV português.
Opção pela reconstrução do centro da cidade, no local primitivo e construção do novo Palácio
Real em Campo de Ourique.
Quatro hipóteses desenhadas para a planta da nova cidade baixa, mais seis desenhos de
alçado e cortes-tipo.
➢ Campo de Ourique, colina numa zona mais ocidental de Lisboa, tirar de lá o palácio
(Terreiro do Paço) – D. José viveu numa angústia permanente
➢ Surgem desenhos
➢ Nunca se excluiu a hipótese que o terramoto fosse um castigo divino
➢ Março: 4 planos para a cidade, mas nenhum destes foi adaptado
➢ Primeiros alçados: controlar a imagem da cidade, cada um escolhia a planta que
queria
➢ Processo de construção normalizado – standartizado
➢ Elementos na cobertura: corta-fogos para impedir que, caso houvesse um incêndio
num dos módulos, o fogo se alastrasse para os restantes
➢ Gaiola pombalina
➢ Medidas antissísmicas
➢ Planta-tipo – lógica viária