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Trabalho de pesquisa

Matilde Rocha nº18 10.3


Modulo 4- Cultura da Catedral
História da Cultura e das Artes
Torre de Belém
• A Torre de Belém está localizada na cidade de Lisboa.
• Este monumento foi construído com o propósito de servir tanto
como porta de entrada para a cidade de Lisboa mas também
como defesa contra possíveis invasões e ataques a partir do Tejo.
• Este baluarte foi um ponto estratégico que também protegia o
Mosteiro dos Jerónimos, que constituía pontos estratégicos para
invadir a cidade.
• O rei D. João II de Portugal (1455-1495) esteve envolvido na
origem deste edifício, assim como as fortalezas de Cascais e São
Sebastião da Caparica.
• As margens de Belém foram protegidas por um navio, o Grande
Nau. Foi substituído pela Torre de Belém, alguns anos depois,
durante os últimos cinco anos do reinado de D. Manuel I de
Portugal.
A Concepção
• A torre foi construída entre os anos de 1515 e 1521 pelo arquiteto militar Francisco de
Arruda, que já era o projetista de várias fortalezas erguidas no Marrocos, em terras
propriedade dos portugueses. A influência da arte mourisca é evidente na delicada
decoração de janelas e varandas curvas, bem como nas cúpulas estriadas das torres de vigia.
É provável que Diogo de Boitaca, o primeiro arquiteto do Mosteiro dos Jerónimos, também
tenha participado na decoração do edifício. Os mata-cães e as ameias são decorados por
ricos ornamentos esculturais, típicos do estilo manuelino.
• Em 1580, quando Lisboa foi invadida por tropas espanholas na luta pelo trono português, a
torre foi cedida ao duque de Alva, Fernando Álvaro de Toledo. Durante os séculos seguintes,
a torre foi usada principalmente como uma prisão cujas celas subterrâneas eram
regularmente inundadas. Devido à sua altura e falta de ocultação na paisagem, alguns
historiadores acreditam que a torre deveria servir principalmente de posto avançado.
• A torre, construída numa pequena ilha perto das margens do rio Tejo, viu a costa norte
aproximar-se gradualmente com o tempo. Alguns guias dizem que a torre estava no centro
do Tejo e que o terramoto de 1755 teria mudado o seu rumo, aproximando a torre da costa
– esta versão nunca foi confirmada.
• Na década de 1840, sob o impulso do escritor Almeida Garrett, a torre de Belém foi
restaurada pelo rei Fernando II de Portugal. Ao mesmo tempo, os ornamentos neo-
manuelinos foram adicionados ao edifício.
• O edifício foi declarado monumento nacional em 1910.
Arte e arquitetura
• A torre de Belém é considerada uma das principais obras do estilo manuelino, graças aos
seus muitos elementos típicos, como a esfera armilar (símbolo de Manuel I), a cruz da
ordem de Cristo (à qual pertenceu Manuel I) ou ogivas elaboradas. No entanto, certos
ornamentos da torre datam de sua restauração, em meados do século XIX, como os
escudos que carregam a cruz da ordem militar de Cristo, decorando as ameias assim como
o pequeno claustro. As decorações mais elaboradas estão voltadas para o Tejo.
• Do ponto de vista arquitetónico, a torre de Belém pode ser dividida em duas partes: o
bastião, em forma de hexágono irregular, e a torre de quatro andares, que fica na face
norte do baluarte. Todo o edifício é a proa de uma caravela.
• O bastião apresenta uma sala abobadada, a Casamata, com aberturas nas paredes de 3,5
m de espessura para os 17 parafusos de grande porte. O teto aberto no centro da
Casamata facilitou a dispersão dos gases gerados pelo uso dessas armas. A plataforma do
bastião também poderia servir como uma posição para armas menores.
• A Torre de Belém foi a primeira fortificação portuguesa com dois andares de posições de
tiro, marcando uma nova evolução da arquitetura militar. Os cantos desta plataforma, tal
como o topo da torre, estão equipados com torres encimadas por domos que lembram a
arte mourisca. A base das torres de vigia apresenta imagens de animais selvagens,
incluindo um rinoceronte que é considerado a primeira escultura deste animal na arte da
Europa Ocidental. Este rinoceronte foi provavelmente um daqueles que Manuel I enviou
ao papa em 1515. A plataforma também inclui, de frente para a torre, uma estátua da
Madonna e da Criança de Belém.
Mosteiro dos Jerónimos
• O Mosteiro de Santa Maria de Belém, mais conhecido
como Mosteiro dos Jerónimos, é um mosteiro português,
mandado construir no final do século XV pelo
rei D. Manuel I e estava entregue à Ordem de São Jerónimo.
Situa-se na freguesia de Belém, na cidade e concelho
de Lisboa. Tem, desde 2016, o estatuto de Panteão Nacional.
• Ponto culminante da arquitetura manuelina, este mosteiro é
o mais notável conjunto monástico português do seu tempo
e uma das principais igrejas-salão da Europa. A sua
construção iniciou-se já no inicio do século XVI e prolongou-
se por uma centena de anos, tendo sido dirigida por um
conjunto notável de arquitetos/mestres de obras (destaque-
se o papel determinante de João de Castilho).
História
• O Restelo, zona próxima de Lisboa onde viria a ser implantado o futuro
Mosteiro dos Jerónimos, era de início uma pequena aldeia na margem
do rio Tejo. Cresceu sob o impulso do comércio marítimo e da produção
naval, que viria a ter grande importância estratégica e logística no que se
refere à proteção das vias marítimas portuguesas, transformando-se
posteriormente num grande porto comercial e abrigo para os
navegantes. A Conquista de Ceuta (1415), das Índias e costa da Africa
deram grande impulso à expansão marítima portuguesa e
consequentemente ao crescimento deste porto, então
denominado Restelo. Entretanto, tal crescimento não foi acompanhado
pelo desenvolvimento das infraestruturas necessárias, o que torna a
população, já massacrada pelas dificuldades em alto mar, mais vulnerável
às doenças. Para atender a estas novas demandas o Infante Dom
Henrique, em 1452, ordenou a construção da Ermida de Santa Maria de
Belém e ainda serviços de canalização de água, casas para habitação
do presbitério e terrenos para produção agrícola. Nessa igreja, os
grandes navegadores como Pedro Álvares Cabral, Vasco da Gama e
outros, faziam vigílias antes de partirem para as suas grandes viagens
marítimas.
Mosteiro da Batalha/Santa Maria da Vitória
• O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido como Mosteiro
da Batalha e igualmente designado por "Templo da Pátria", é um
antigo mosteiro dominicano situado na vila de Batalha, no distrito de
Leiria na região do Centro, província da Beira Litoral, em Portugal.
• Foi mandado edificar em 1386 pelo rei D. João I de Portugal como
agradecimento à Virgem Maria pela vitória contra os rivais castelhanos
na batalha de Aljubarrota. Este mosteiro da Ordem de São
Domingos foi construído ao longo de dois séculos até cerca de 1563,
durante o reinado de sete reis de Portugal, embora desde 1388 já ali
vivessem os primeiros frades dominicanos.
• Exemplo da arquitetura gótica tardia portuguesa, ou estilo manuelino,
é considerado património mundial pela UNESCO, e em 7 de
Julho de 2007 foi eleito como uma das Sete Maravilhas de
Portugal. Está classificado como Monumento Nacional desde 1910.
• Tem, desde 2016, o estatuto de Panteão Nacional.
História
• No arranque das obras do Mosteiro da Batalha foi construído um
pequeno templo, cujos vestígios eram ainda visíveis no princípio do século XIX.
Era nesta edificação ― Santa Maria-a-Velha, também conhecida por Igreja
Velha ― que se celebrava missa, dando apoio aos operários do estaleiro. Tratava-
se de uma obra pobre, feita com escassos recursos.
• Em traços esquemáticos conhece-se a evolução do estaleiro propriamente dito e o
grau de avanço das obras. Sabe-se que ao projeto inicial corresponde a igreja,
o claustro e as dependências monásticas inerentes, como a Sala do
Capítulo, sacristia, refeitório e anexos. É um modelo que se assemelha ao
adotado, em termos de orgânica interna, pelo grande mosteiro alcobacense.
• A capela do Fundador, capela funerária, foi acrescentada a este projeto inicial pelo
próprio rei D. João I, o mesmo acontecendo com a rotunda funerária conhecida
por Capelas Imperfeitas, da iniciativa do rei D. Duarte.
• O claustro menor e dependências adjacentes, ficaria a dever-se à iniciativa do
rei D. Afonso V, sendo de notar o desinteresse de D. João II pela edificação.
Voltaria a receber os favores reais com D. Manuel I, mas somente
até 1516 ou 1517, ou seja, até à sua decisão em favorecer decididamente
a fábrica do Mosteiro dos Jerónimos.
Bibliografia
• https://torrebelem.com/pt/torre-de-belem-historia/
• https://www.cidadeecultura.com/mosteiro-dos-jeronimos/
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_dos_Jerónimos
• http://www.mosteirobatalha.gov.pt/pt/index.php?s=white&pid=220&
identificador=bt413_pt
• http://www.mosteirobatalha.gov.pt/pt/index.php?s=white&pid=172&
identificador=bt121_pt

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