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Carolina Paz Turma 6º B N.

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O Infante D. Henrique em Tomar


Os claustros

Nascido a 4 de março de 1394, no Porto, o Infante D. Henrique foi o quinto filho do rei D. João I
e de D. Filipa de Lencastre.
Figura da história nacional e universal, pelo seu papel fundamental nos Descobrimentos
Portugueses, a sua ligação a Tomar iniciou-se quando foi nomeado pelo Papa, a 25 de maio de
1420, Governador e Regedor da Ordem de Cristo, cargo que manteve até à data da sua morte, a
13 de novembro de 1460.
Foram muitos os legados que o Infante D. Henrique deixou à cidade de Tomar, nomeadamente a
construção de dois claustros: o Claustro do Cemitério e o Claustro da Lavagem.
Após a sua nomeação, o Infante D. Henrique iniciou uma reconstrução na estrutura do Castelo de
Tomar, na altura sede da Ordem de Cristo. Executados entre 1420 e 1460, ambos os claustros
possuíam uma planta quadrada e arcarias góticas.
O claustro do Cemitério foi mandado construir ligado, e ao mesmo nível, da torre-igreja
(Charola), que ficava num dos montes que havia dentro do castelo. Depois, a seu lado, foi
erguido o claustro da Lavagem, com dois pisos, para acompanhar a inclinação do monte. Em
Portugal, foi um dos primeiros claustros de dois andares a ser construído.
O piso inferior do claustro da Lavagem era distinto do piso superior. Tinha muita pouca
decoração e era aí onde se instalavam os criados e onde funcionavam instalações como a cozinha
ou as oficinas. O meio do pátio era ocupado pelo poço da cisterna, com quatro tanques a seu
redor.
O piso superior tinha arcos em ogiva, suportados por pares de ricas colunas e capitéis
sobejamente trabalhados. Era neste andar que ficavam os cavaleiros e frades da Ordem de Cristo.
O claustro do Cemitério possuía 20 arcos em ogiva, estando os capitéis dos arcos decorados com
motivos vegetalistas muito parecidos entre si, mas sem serem repetidos.
Este claustro destinava-se a servir de cemitério aos religiosos e cavaleiros da Ordem de Cristo,
encontrando-se aqui o túmulo de D. Diogo da Gama, irmão de Vasco da Gama.
Com estas construções o castelo ganhou a designação de convento da Ordem de Cristo.
Contudo, depois da extinção das ordens religiosas no século XIX, e devido a muitos outros
fatores, o convento ficou abandonado e deteriorou-se, afetando profundamente o claustro da
Lavagem.
Desde os anos 40 do século XX têm decorrido inúmeras intervenções de recuperação das várias
edificações que constituem o Convento de Cristo, que foi classificado como Património da
Humanidade pela UNESCO, em 1983.

Carolina Paz Turma 6º B N.º 5

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