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patrimônio arquitetônico portuguÊs

pelo mundo

trabalho elaborado por :


Lohany Salomão nº15
Viet Nguyen nº26
Forte Jesus, Mombaça
ÁFRICA ÁFRICA

Cairato, o projetista do forte, se inspirou no arquiteto italiano Pietro Cataneo , enquanto o mestre construtor foi
Gaspar Rodrigues. O forte foi a última obra de Cairato no exterior. Embora o projeto do Forte Jesus seja um
exemplo da arquitetura renascentista , acredita-se que as técnicas de alvenaria, os materiais de construção e a
mão de obra foram fornecidos pelo povo suaíli local . O forte foi construído na forma de um homem (visto do
ar) e é aproximadamente quadrado, com quatro baluartes nos cantos. O forte é considerado uma obra-prima
da fortificação militar do final do Renascimento .

O Forte Jesus foi capturado e recapturado pelo menos nove vezes entre 1631, quando os portugueses o
perderam para o sultão Yusuf ibn al-Hasan de Mombaça, e 1895, quando caiu sob o domínio britânico e foi
convertido em prisão. Depois que os portugueses o recuperaram do sultão em 1632, eles o reformaram e
construíram mais fortificações, tornando mais difícil sua queda. O forte foi alvo de um cerco épico de dois
anos de 1696-98 pelos árabes de Omã , liderados por Saif bin Sultan . A captura do forte marcou o fim da
presença portuguesa na costa, embora o tenham capturado e reocupado brevemente entre 1728 e 1729 com a
ajuda das cidades-estado suaíli . O forte caiu sob domínio local de 1741 a 1837, quando foi novamente
capturado pelos Omanis e usado como quartel, antes de sua ocupação pelos britânicos em 1895, após a
declaração do Protetorado do Quênia .

O Forte de Jesus foi declarado parque nacional em 1958 e, em 2011, foi declarado Património da Humanidade
pela UNESCO e destacado como um dos mais notáveis e bem preservados exemplares de fortificações
militares portuguesas do século XVI. [2] O forte é a atração turística mais visitada de Mombaça.
Entre 1631 e 1875, o forte foi conquistado e perdido nove vezes pelas nações que contestavam o controle do Quênia. Os Omanis tomaram o
forte em 1698 após um cerco notável de quase três anos. Foi declarada monumento histórico em 1958. Hoje abriga um museu.

O forte foi projetado por um arquiteto milanês , pt: Giovanni Battista Cairati , que foi o arquiteto-chefe das possessões portuguesas no
Oriente. Foi o primeiro forte de estilo europeu construído fora da Europa projetado para resistir a tiros de canhão . [3] Hoje, é um dos melhores
exemplos da arquitetura militar portuguesa do século 16, que foi influenciada e modificada tanto pelos árabes de Omã quanto pelos
britânicos. [4] O forte rapidamente se tornou uma posse vital para qualquer pessoa com a intenção de controlar a Ilha de Mombaça ou as
áreas de comércio ao redor. Quando os britânicos colonizaram o Quênia , usaram-no como prisão, até 1958, quando o converteram em
monumento histórico . James Kirkman foi então designado para escavar o monumento, o que ele fez (com um grande uso de documentos
históricos externos) de 1958 a 1971. [4]

A arquitetura do forte representa o contorno grosseiro de uma pessoa deitada de costas, com a cabeça voltada para o mar. A altura das
paredes é de 18 metros. O forte português original tinha uma altura de 15 metros, mas os árabes de Omã adicionaram 3 metros ao capturar o
forte.

O forte combina elementos portugueses, árabes e britânicos (sendo estas as grandes potências que o detiveram em diferentes épocas da
história). A presença portuguesa e britânica é preservada na presença dos respectivos canhões. Os canhões portugueses tinham um alcance
de 200 metros e são mais longos do que os canhões britânicos que tinham um alcance de 300 metros. Os árabes de Omã marcaram sua
ocupação com numerosas inscrições do Alcorão nas ombreiras de madeira das portas e nas vigas do teto. A tradição muçulmana de cinco
pilares também é retratada em todo o forte, com uma antiga sala de reuniões sustentada por cinco pilares de pedra até o teto.

Algumas das estruturas históricas ainda de pé no forte incluem a Oman House, que foi a casa do Sultan que governava a costa da África
Oriental. Outros são uma cisterna de água aberta pelos portugueses para coletar a água da chuva e um poço de 76 pés de profundidade
cavado pelos árabes (mas sua água era muito salgada para ser usada para qualquer coisa além de lavar).

O forte foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2011.


Convento do Carmo – Luanda, Angola
ÁFRICA ÁFRICA

O Convento do Carmo é um complexo monumental localizado na capital de


Angola. Construído no século XVII, por missionários carmelitas no século XVII ,
tanto na igreja como no convento precisam de obras de recuperação , é
considerado o monumento mais importante de arquitetura religiosa em Angola.
As obras no convento começaram em 1660 e, quase trinta anos depois, era
concluída a torre sineira da igreja. Os azulejos colocados do interior, e que
são um dos aspectos mais referenciados do monumento, foram colocados
já no século XVIII.Entre 1887 e 1897 a igreja foi Sé de Luanda, enquanto as
obras decorreram na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios.Em 1931,
parte do edifício teve de ser restaurado depois do coro-alto ter desabado
durante as festas da padroeira, não causando, no entanto, vítimas mortais.
DESCRIÇÃO

Tanto a igreja como o convento são rebocados e pintados de rosa. A fachada da igreja
termina num frontão de empena triangular, decorado por brasão e com uma cruz na parte
mais alta. Os cunhais da fachada são de cantaria e o portal, único, possui um frontão
triangular e, sobre este, um nicho com a imagem de Nossa Senhora, ladeado por duas
pequenas janelas quadradas. A nave única é de planta rectangular com capela-mor funda
de planta quadrangular, tudo coberto por falsas abóbadas de canhão. Na capela mor se
encontra um enorme retábulo de talha dourada decorado com o escudo da Ordem
Carmelita no fecho das arquivoltas e com uma imagem de Nossa Senhora no trono.
A Igreja chama a atenção pelo tecto pintado com motivos fitomórficos e com painéis que
representam santos.Outro aspecto importante da decoração é o conjunto de azulejos
lisboetas do século XVIII, azuis e brancos, que cobrem grande parte das paredes internas
e que representam aspectos da vida de Santa Teresa e São João da Cruz e alegorias
sobre Nossa Senhora do Monte Carmelo.
Sé de Santa Catarina
Ásia
A Sé Metropolitana de Goa e Damão é a igreja episcopal da Arquidiocese de Goa e Damão, que inclui igualmente
os territórios de Diu, Dadra e Nagar‑Havelly, e simultaneamente sede do Patriarca das Índias Orientais. Tem como
orago Santa Catarina de Alexandria. A ordem de construção do edifício da Sé, que hoje se ergue no centro da
desaparecida cidade de Velha Goa, foi assinada em 1562 pelo rei D. Sebastião, e surgiu no seguimento da
elevação de Goa (desde 1530 capital do Estado da Índia) a sede de bispado em 1533‑1534 e a sede de
arquiepiscopado em 1557. A nova igreja, de grandes dimensões, iniciada no final do ano de 1564 ou pouco depois,
veio substituir a antiga matriz de Velha Goa, a Igreja de Santa Catarina, que por sua vez tinha sido começada em
1514 e elevada a sé em 1534 (denominada Sé Velha após 1564), e cujo rasto se perde após as primeiras décadas
do século XVII. Desta igreja inicial, a atual Sé de Goa manteve o orago de Santa Catarina de Alexandria, em
memória do dia em que Afonso de Albuquerque conquistou a cidade, 25 de novembro de 1510. Possivelmente
manteve ‑se também o espaço da capela batismal, no compartimento térreo da torre norte. Vários indícios - dos
quais se destacam a pia batismal de 1532 e a abóbada de nervuras em forma de estrela - sugerem que esta
secção do edifício tem origem medieval. A edificação da Sé de Goa prolongou ‑se até 1651‑1652, data em que,
segundo a inscrição sobre o portal principal, foi terminada. O grosso das obras teve lugar nas primeiras décadas do
século XVII, não havendo a certeza se se respeitou o projeto inicial da década anterior (como defende António
Nunes Pereira) ou se, pelocontrário, se elaborou nesta um novo projeto (segundo Pedro Dias). Sabe ‑se sim que
uma das torres foi erguida entre 1597 e 1600, desconhecendo ‑se, contudo, se se trata da torre sul, ainda
existente, ou da torre norte, ruída em 1776. Em 1619 foi concluído o corpo da igreja, continuando as obras na
capela ‑mor e na sacristia. Em 1631 o grosso do edifício estava concluído, estando por realizar obra de artesão e
os retábulos. O arranque de uma abóbada de berço na parede exterior das capelas laterais do lado norte indicia um
pátio à maneira de claustro encostado ao lado norte da Sé, que ruiu ou não chegou a ser edificado. Não é
conhecido o autor do projeto inicial. Rafael Moreira atribuiu ‑o ao mestre ‑de ‑obras Inofre de Carvalho (ativo entre
1538 e 1568).
Pedro Dias, por seu lado, atribui ao engenheiro do reino, Júlio Simão (ativo entre 1596 e 1621), a autoria de um novo projeto, de 1614. Simão encontra ‑se
sepultado na Sé, em lugar nobre do cruzeiro, a eixo do arco da capela‑mor. Na sua lápide, hoje quase completamente apagada, Simão é denominado
"mestre arquiteto das obras desta sé ". A Sé de Goa é uma igreja de planta em cruz latina, com três naves, coro alto e capelas laterais, transepto inscrito,
cruzeiro delimitado por arcos torais e capela‑ ‑mor profunda no prolongamento espacial da nave central. Todos estes espaços estão cobertos por abóbadas
de berço com caixotões, com exceção do cruzeiro, onde se observa uma abóbada de arestas. A secção do corpo da igreja é a de uma falsa basílica, uma vez
que não existem janelas de clerestório entre as naves. Apesar da pouca diferença de altura entre as naves laterais e a central, a axialidade longitudinal dos
pilares entre estas e das abóbadas de berço individualiza e autonomiza estes espaços, tornando esta igreja distinta das igrejas de naves à mesma altura,
como as sés portuguesas da década de 50 do século XVI. A Sé de Goa é um edifício rigorosamente modulado, o que transparece não só na organização
espacial, mas também na articulação de paredes através de uma grelha constituída por pilastras e entablamentos. Todo o edifício foi construído em laterite e
posteriormente caiado. Apenas os elementos nobres da fachada, como portais, janelas e a edícula, foram executados em granito, trazido de Bassaim. No
interior ainda subsistem vestígios de pinturas murais de decoração renascentista, levantando a hipótese de todo o interior apresentar uma configuração
pictórica e cromática, hoje em grande parte coberta pela pintura branca de cal. Apesar do prolongado tempo de construção, a Sé de Goa revela grande
coerência formal e estilística. A influência portuguesa transparece em particular na organização em planta dos volumes construtivos e da fachada flanqueada
por duas torres, que se poderá aproximar sobretudo da Sé de Portalegre. Contudo, ao contrário da igreja alentejana, a Sé de Goa apresenta uma linguagem
arquitetónica constituída quase exclusivamente por elementos do Renascimento europeu - português, francês, flamengo e, naturalmente, italiano, com
particular ênfase para a tratadística de Sebastiano Serlio sem reminiscências de períodos anteriores. A repetição do cânone arquitetónico constituído por um
par de pilastras encimadas por um entablamento é um dos aspectos mais visíveis desta síntese goesa das influências europeias (> Igreja de São Paulo),
muito diferente da arquitetura religiosa contemporânea de Portugal, em particular da chamada arquitetura chã. A Sé de Goa é testemunho do processo de
fixação de um centro de poder político e religioso da coroa portuguesa no Oriente, ocorrido durante o século XVI. As dimensões do edifício ilustram a força da
presença portuguesa ou, pelo menos, da imagem dessa presença que se queria transmitir aos povos locais e aos viajantes de diversos pontos do globo que
faziam escala em Goa. Também a localização deste novo edifício - hoje ilegível devido ao desaparecimento da cidade histórica, mas que resultou de uma
rotação de 90º a 180º em relação à Sé Velha - é significativa. A Sé de 1564 ficou voltada para uma praça, corresponde ao atual adro, em cujo lado sul se
erguia o Palácio do Sabaio. Na antiga residência de governadores e vice ‑reis entre 1510 e 1554 encontrava‑se agora o Palácio da Inquisição, desde a
introdução desta em Goa em 1560. A proximidade urbana destes dois edifícios transmitia uma mensagem inequívoca acerca do novo poder e dos seus
instrumentos de coação. Também na fachada da Sé a coroa portuguesa e a igreja católica se representavam triunfantes: no piso térreo observam ‑se duas
citações de arcos de triunfo romano (por um lado os dois portais laterais enquadrando um maior e central, e por outro o enquadramento arquitetónico deste
último; (> Igreja de São Paulo), sobrepujadas pela coroa papal no portal e pela coroa portuguesa sobre a janela central. No topo da fachada, o nicho com a
imagem de Santa Catarina subjugando o Sabaio (Adihl Shah, o líder muçulmano de Goa até 1510) era o corolário desta iconografia arquitetónica e urbana do
novo poder cristão em Goa. A importância patrimonial da Sé foi reconhecida em dois momentos: em 1932, quando, ainda sob governo português, foi
classificada como Monumento Nacional (Catão, F. X. Gomes, Anuário da Arquidiocese de Goa e Damão para 1955, 89); e em 1986, quando foi integrada,
juntamente com outros edifícios de Velha Goa, na lista de Património Mundial da UNESCO.
Fortaleza de Diu, Diu - ÍNDIA
Ásia

A Fortaleza de Diu, na Índia, é uma das maiores maravilhas deixadas pelos portugueses
na Índia. Situada à entrada do Golfo de Cambaia, em frente ao Mar Arábico, esta fortaleza
é um dos maiores e mais bem conservados complexos militares quinhentistas em todo o
mundo. Os portugueses estiveram em Diu (e também em Goa, Damão e outros enclaves)
desde 1505 até 1961 e algumas fortalezas foram, desde muito cedo, construídas com
intenções defensivas. A de Diu, construída a partir de 1535, era conhecida como a
fortaleza “inexpugnável” pelo assédio constante de outros povos, mas resistiu sempre até
à partida dos portugueses já no século XX.Com cerca de sete quilómetros de perímetro, a
Fortaleza de Diu é composta por 8 baluartes com canhões que a defendiam de qualquer
ataque vindo do mar e um fosso que a separa de terra.
Santuário do Bom Jesus de Congonhas

América

Considerado uma das obras-primas do barroco mundial, o Santuário do Bom Jesus de


Matozinhos foi inscrito no Livro do Tombo de Belas Artes, pelo Iphan, em 1939, e
reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial pela UNESCO, em dezembro de 1985. Situado
em Minas Gerais, no município de Congonhas, o Santuário começou a ser construído na
segunda metade do século XVIII. Desde 2015, o Museu de Congonhas funciona ao lado do
Santuário e está aberto à visitação para potencializar a percepção e a interpretação das
múltiplas dimensões desse patrimônio.

O conjunto edificado consiste em uma igreja, com interior em estilo rococó, adro murado e
escadaria externa monumental decorada com estátuas dos 12 profetas em pedra sabão,
além de seis capelas dispostas lado a lado no aclive frontal ao templo, denominadas Passos,
ilustrando a Via Crucis de Jesus Cristo. Sua inspiração é fortemente relacionada a
exemplares portugueses como a Igreja de Bom Jesus do Monte (Braga) e ao Santuário de
Nossa Senhora dos Remédios (Lamego), ambos em Portugal.
As 66 esculturas de madeira policromada em tamanho natural, abrigadas nas seis capelas que reúnem os sete grupos
de Passos da Paixão de Cristo, compõem um dos mais completos grupos escultóricos de imagens sacras no mundo,
sendo, sem dúvida, uma das obras-primas de Francisco Antônio Lisboa, o Aleijadinho, que deixou para a Humanidade
uma obra de grande expressão e originalidade.
O Santuário apresenta-se em bom estado de conservação permitindo que sua materialidade exprima a importância e
os valores a ele atribuídos, representando uma realização artística única e exemplo excepcional da arquitetura
brasileira do século XVIII. O conjunto edificado e escultórico conserva seus valores intrínsecos: a Igreja do Bom Jesus;
o adro com as estátuas dos profetas em pedra sabão; os passos e capelas com suas sete estações ambos concluídos em
1805 e expressivo conjunto escultórico representativo da Paixão de Cristo. Apesar do processo de transformação
ocorrido com o crescimento urbano da cidade de Congonhas, decorrente do intenso processo de mineração de ferro, o
Santuário mantém-se intacto e se constitui, até os dias atuais, em ícone da arte sacra e religiosidade no Brasil.
Igreja de São Francisco de Assis da Penitência
América

A Igreja de São Francisco de Assis da Penitência é uma das igrejas católicas construída pelos
portugueses com mais significado no Brasil. Faz parte do património UNESCO integrado na Cidade
Histórica de Ouro Preto, uma cidade que preserva um núcleo urbano praticamente intacto desde há
séculos. A
igreja foi erguida na segunda metade do século XVIII, através da Ordem Terceira de São Francisco de
Assis, com um estilo predominantemente Barroco. A autoria deste trabalho foi de António Francisco
Lisboa, mais conhecido por “o Aleijadinho”, uma figura lendária de quem pouco se sabe, mas que foi
responsável por inúmeras obras marcantes na transição do período Barroco para o período do
Rococó.
Destaca-se, desde logo, a fachada do edifício decorada com belos efeitos ornamentais, como por
exemplo o medalhão, no alto, com dois brasões que trazem as armas franciscanas e as do reino de
Portugal. O interior é também ele de uma riqueza impressionante revestido a madeira esculpida e
folheada a ouro. O teto da igreja tem uma composição magistral do Mestre Ataíde, afamado pintor e
decorador. Mostra uma imagem da glorificação de Nossa Senhora da Porciúncula rodeada por
anjos.Esta igreja continua a ter um papel muito importante para a comunidade católica local. Existem
muitas festividades, principalmente no período da Páscoa, que atraem muitos turistas interessados
nestas tradições, algumas com séculos de história.

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