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Diocese de Campina Grande.

Paróquia de São José.


Bairro: José Pinheiro.
Catequese de Adultos.
Tema: Os Sacramentos da Igreja.

O que são, quais são e como se dividem os Sacramentos da Igreja?

Os sacramentos são os meios pelos quais podemos nos aproximar da vida em comunhão com
Deus. Eles revelam em nós a união com Deus por meio de Jesus Cristo e pela ação do Espírito Santo,
bem como nossa relação íntima com a Igreja por meio da doutrina dos Apóstolos. A Igreja vê os
sacramentos como gestos de Deus na vida de cada cristão, eles são considerados:
→ Sinais sagrados, porque exprimem uma realidade sagrada, espiritual;
→ Sinais eficazes, porque, além de simbolizarem um efeito, produzem-no realmente;
→ Sinais da graça, porque transmitem dons diversos da graça divina;
→ Sinais da fé, não somente porque supõem a fé em quem os recebe, mas porque nutrem, robustecem
e exprimem a sua fé.
Os sacramentos de dividem em sete: Batismo, Eucaristia, Confirmação ou Crisma, Confissão,
Reconciliação ou Penitência, Matrimônio, Ordem e Unção dos Enfermos. Eles marcam as várias fases
importantes de vida cristã do fiel, sendo divididos em três categorias:
→ Sacramentos da iniciação cristã (Batismo, Confirmação ou Crisma e Eucaristia) que lançam os
alicerces da vida do cristão: os fiéis, renascidos pelo Batismo, são fortalecidos pela Confirmação e
alimentados pela Eucaristia;
→ Sacramentos da cura (Confissão, Reconciliação ou Penitência e Unção dos Enfermos);
→ Sacramentos ao serviço da comunhão e da missão (Ordem e Matrimônio).
Estes sacramentos podem ser também agrupados em duas categorias:
→ Os que imprimem permanentemente caráter e deixam uma marca indelével em quem o recebe, e
que, por isso, só podem ser ministrados uma vez a cada fiel (Batismo, Crisma e Ordem);
→ Os que podem ser ministrados reiteradamente, ou seja, mais de uma vez (Eucaristia, Confissão,
Matrimônio e Unção dos Enfermos).

Batismo

O Batismo é o primeiro sacramento e ele insere o fiel na vida cristã, pois mostra o desejo de
alcançar a salvação. Por ele, somos libertos do pecado, entregues à paternidade de Deus, unidos em
Jesus Cristo e incorporados à Igreja.

As crianças que serão batizadas devem ter seus pais e padrinhos devidamente instruídos sobre
o significado do batismo e também sobre as obrigações que assumem perante Deus e a Igreja, de
conduzir a criança à vida cristã. Os adultos que quiserem se batizar deverão manifestar essa vontade,
estar consciente das verdades sobre a fé e dos deveres e direitos cristãos, sendo advertido para
arrepender-se de seus pecados.

Fundamentação bíblica: Mateus 3,13-17; Mateus 28,19-20; João 3,1-8; Atos 8,36-39; Atos 10,24-
48; Romanos 6,3-11; Gálatas 3,26-27.

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Eucaristia

É na Santíssima Eucaristia que o Senhor Jesus Cristo se mantém e oferece-se, e pela qual
continuamente vive e cresce a Igreja. O sacrifício eucarístico é a memória da Morte e Ressurreição
do Senhor, pelo qual se relembra o sacrifício da cruz.

A Eucaristia representa a fonte de todo culto e vida cristã, pelo qual se realiza a comunhão do
povo de Deus e se completa a edificação do Corpo de Cristo. Na Santa Missa, o Cristo presente sob
as espécies do pão e do vinho, pelo ministério do sacerdote, oferece-se a Deus Pai e se dá como
alimento espiritual aos fiéis.

Recomenda-se que os fiéis recebam a Sagrada Comunhão na Missa, mas quando a pedirem
por justa causa, poderá ser administrada fora da celebração litúrgica, observados os ritos específicos.
Lembremo-nos da importância da Santíssima Eucaristia, vez que os demais sacramentos e todas as
obras eclesiásticas de apostolado relacionam-se com esse sacramento.

Fundamentação bíblica: Marcos 14,22-25; Mateus 26,26-29; Lucas 22,19-20; João 6,22-71;
1ªCoríntios 11,23-25.

Confirmação ou Crisma

Na Confirmação, os batizados avançam em seu caminho de iniciação cristã. São enriquecidos


com os dons do Espírito Santo e chamados a testemunhar Jesus Cristo por obras e palavras. A unção
do Crisma na fronte, pelo óleo consagrado pelo bispo, sua realização deve ser na Igreja e dentro da
celebração da Missa. Comumente dizemos que a Confirmação nos faz soldados de Cristo e que
confirma o Batismo, portanto a Confirmação é o sacramento da maturidade que dá responsabilidade,
a Igreja garante sobre este sacramento, que ele nos concede com plenitude o Espírito Santo.

Todos os sacramentos são sacramentos de Cristo, mas um deles, a Eucaristia, é por excelência
o sacramento de Cristo. Assim, todos os sacramentos são do Espírito Santo, mas um deles, a
Confirmação, é por excelência o sacramento do Espírito Santo, e o Espírito Santo nos é dado para
levarmos até a perfeição o que recebemos no Batismo. Chegar a perfeição, segundo a vontade do Pai.

Fundamentação bíblica: Atos 2,1-11; Atos 8,14-17; Atos 19,1-7.

Confissão, Reconciliação ou Penitência

No sacramento da Penitência, os fiéis confessam seus pecados ao sacerdote, devendo estar


arrependidos e intencionados a se corrigir mediante a absolvição que lhes é dada. É pela confissão
individual e pela absolvição que o fiel, consciente de pecado grave, reconcilia-se com Deus e com a
Igreja.

Já a absolvição de vários penitentes, sem confissão individual, não pode se dar de modo geral,
a não ser que haja necessidade grave declarada pelo bispo diocesano e não haja tempo para que os
sacerdotes ouçam devidamente as confissões de cada um dentro de tempo razoável. Aqui, é
importante lembrar que não se considera existir necessidade quando não possam estar presentes
confessores suficientes somente por motivo de grande quantidade e fluxo de penitentes, como pode
suceder em solenidades, grandes festividades ou peregrinações.

Na penitência, recomenda-se ao fiel que confesse também os pecados veniais (menos graves),
mas é sua obrigação a confissão de todos os pecados graves de que se lembrar após diligente exame
de consciência, cometidos após o batismo. Para alcançar o perdão dos pecados e reconciliar-se com

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a Igreja, o fiel deve estar de tal maneira disposto que, arrependido de seus pecados e com o propósito
de se corrigir, converta-se a Deus.

Fundamentação bíblica: Mateus 16,18-19; João 20,23.

Unção dos enfermos

A Unção dos Enfermos é o sacramento pelo qual a Igreja encomenda a Deus os fiéis
perigosamente doentes, para que os alivie e salve, ungindo-os com o óleo e proferindo as palavras
prescritas nos livros litúrgicos. A Unção será administrada ao fiel que se encontrar em perigo de
morte, estando no uso da razão ou que tenha manifestado esse desejo anteriormente. Em caso de
dúvida, deve-se administrar a unção. O sacramento pode se repetir se o fiel doente, depois de ter se
recuperado, recair em doença grave ou se, durante a mesma enfermidade, aumentar o perigo.

Fundamentação bíblica: Marcos 6,13; Tiago 5,13-15.

Ordem

O sacramento da Ordem se divide em três graus: o diaconato (diácono), o presbiterado (padre)


e o episcopado (bispo). É por este sacramento e por vocação divina que alguns entre os fiéis, pelo
caráter permanente com que se comprometem, são constituídos ministros sagrados, isto é, são
consagrados para que, segundo o grau de cada um, apascentem o povo de Deus, desempenhando na
pessoa de Cristo as funções de ensinar, santificar e reger:
→ Diáconos, não são sacerdotes, mas receberam o poder de servir ao Povo de Deus na
celebração da Palavra. Podem também presidir os batismos e matrimônios.
→ Presbíteros, são os auxiliares dos Bispos. Estão à frente das paróquias ou realizam outra
função na Igreja, determinada pelos Bispos, para o bem do povo de Deus.
→ Os Bispos, são os sucessores dos apóstolos e auxiliares do Papa, sucessor do apóstolo
Pedro.

Observação: O papa é escolhido através de uma votação secreta dentro de uma reunião entre cardeais
chamada conclave, ou seja, o papado não acontece por meio do sacramento da Ordem.

Fundamentação bíblica: Mateus 28,19-20, Lucas 22,19; João 20,23; Hebreus 4,14-16.

Matrimônio

É pelo Matrimônio que o homem e a mulher batizados se entregam e se recebem mutuamente,


pelo bem do casal e educação dos filhos. As propriedades essenciais do matrimônio são a unidade,
que na aliança conjugal o homem e a mulher “já não são dois, mas uma só carne” (Mateus 19,6) e a
indissolubilidade, que representa uma união para a vida toda e confere particular firmeza ao
matrimônio cristão.

O Matrimônio e o amor do casal se dispõem, por natureza própria, a geração e criação dos
filhos que são o maior dom dessa união e contribuem para o bem dos próprios pais. Desde a história
da criação, a Sagrada Escrituras nos ensina que, “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: ‘Frutificai
e multiplicai-vos, e enchei a terra’” (Gênesis 1,28) e “E disse o Senhor Deus: ‘Não é bom que o
homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele’” (Gênesis 2,18). Assim, o matrimônio se
completa pela união eterna entre o homem e mulher, pelo cultivo do amor, para gerar e criar seus
filhos, fortalecendo os laços familiares cristãos.
Fundamentação bíblica: Gênesis 2,18; Mateus 19,4-6; 1 Coríntios 7,1-7; Efésios 5,21-31; Efésios
6,1-4; Colossenses 3,18-20.
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