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Recapitulando:

- Batismo vem de Baptizo, do grego “mergulhar” ou “imergir”.


- O Batismo é prefigurado desde o princípio da Antiga Aliança.
- Ser batizado é comungar com a morte de Cristo, esperando que um dia,
assim como Cristo, também nós ressuscitemos.
- O caminho ordinário do Batismo é a Iniciação Cristã, que possui certos
elementos essenciais: o anúncio da Palavra, o acolhimento do Evangelho
que implica a conversão, a profissão de fé, o Batismo, a Confirmação e o
acesso à comunhão eucarística.
- Através do Rito do Batismo, somos capazes de compreender o sentido e
a graça do sacramento do Batismo.
- A Matéria do Sacramento: Água Natural
- A Forma do Sacramento (Igreja Romana): “N., eu te batizo em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
- Todo o ser humano ainda não batizado, que esteja vivo, é capaz de
receber o Batismo.
- Batismo de condição:
1º. “não batizado”: “N., se ainda não és batizado(a), eu te batizo em nome
do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
2º. “que esteja vivo”: “Se estás vivo, eu te batizo em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo”.
- Os Diáconos, Padres e Bispos são os ministros ordinários deste
sacramento. Em caso de necessidade, qualquer pessoa, desde que tenha a
intenção de fazer o que faz a Igreja quando batiza, pode batizar utilizando
a fórmula baptismal trinitária.
- O Batismo deve ser administrado as recém-nascidos o quanto antes.
- Haja um só padrinho ou uma só madrinha, ou então um padrinho
e uma madrinha.
- A Igreja estabelece um laço espiritual entre o padrinho e o afilhado.
- Um padrinho deve ser uma pessoa cheia de fé e prudência, em condições
de ensinar-lhes as normas da vida cristã, e de guiá-los zna prática de todas
as virtudes, para que vão crescendo em Cristo, até se tornarem homens
perfeitos pela graça de Deus.

Batismo part. II

1- Fé e Batismo
- O Batismo é o sacramento da fé. Mas a fé tem necessidade da
comunidade dos crentes. Só na fé da Igreja é que cada um dos fiéis
pode crer. A fé que se requer para o Batismo não é uma fé perfeita e
amadurecida, mas um princípio chamado a desenvolver-se. Ao
catecúmeno ou ao seu padrinho pergunta-se: “Que pedis à Igreja de
Deus?” E ele responde: “A fé!”.
- Em todos os batizados, crianças ou adultos, a fé deve crescer depois
do Batismo. É por isso que a Igreja celebra todos os anos, na Vigília
Pascal, a renovação das promessas do Batismo.
- Para que a graça baptismal possa desenvolver-se, é importante a
ajuda dos pais e padrinhos. Toda a comunidade eclesial tem uma parte
de responsabilidade no desenvolvimento e na defesa da graça recebida
no Batismo.
2- A necessidade do Batismo
- O próprio Senhor afirma que o Batismo é necessário para a salvação
(Jo 3, 3). Por isso, ordenou aos seus discípulos que anunciassem o
Evangelho e batizassem todas as nações (Mt 28, 18-20). O Batismo é
necessário para a salvação de todos aqueles a quem o Evangelho foi
anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sacramento.
- A Igreja não conhece outro meio senão o Batismo para garantir a
entrada na bem-aventurança eterna. Deus ligou a salvação ao
sacramento do Batismo; mas Ele próprio não está prisioneiro dos seus
sacramentos.
- Batismo de sangue: Desde sempre, a Igreja tem a firme convicção de
que aqueles que sofrem a morte por causa da fé, sem terem recebido o
Batismo, são batizados pela sua morte por Cristo e com Cristo.
- Batismo de desejo:
1º. Os catecúmenos que morrem antes do Batismo, o seu desejo
explícito de o receber, unido ao arrependimento dos seus pecados e à
caridade, garante-lhes a salvação, que não puderam receber pelo
sacramento.
2º. Todo o homem que, na ignorância do Evangelho de Cristo e da sua
Igreja, procura a verdade e faz a vontade de Deus conforme o
conhecimento que dela tem, pode salvar-se. Podemos supor que tais
pessoas teriam desejado explicitamente o Batismo se dele tivessem
conhecido a necessidade. (Const. dogm. Lumen Gentium, 16)
- Este Batismo de Sangue, tal como o Batismo de desejo, produz os
frutos do Batismo, apesar de não ser sacramento.
- Quanto às crianças que morrem sem Batismo, a Igreja não pode
senão confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito do
respectivo funeral. De fato, a grande misericórdia de Deus, “que quer
que todos os homens se salvem” (1 Tm 2, 4), e a ternura de Jesus para
com as crianças, que O levou a dizer: “Deixai vir a Mim as criancinhas,
não as estorveis” (Mc 10, 14), permitem-nos esperar que haja um
caminho de salvação para as crianças que morrem sem Batismo. Por
isso, é mais premente ainda o apelo da Igreja a que não se impeçam as
criancinhas de virem a Cristo, pelo dom do santo Batismo.
3- Efeitos do Batismo

1º. Perdão de todos os pecados


- Em primeiro lugar, é remitido o pecado, quer o original que herdamos
de nossos primeiros pais, quer os pecados pessoais, ainda que eles
sejam de uma malícia indescritível.
2º. Remissão de todas as penas dos pecados
- No Batismo, Deus não só remite os pecados, mas por um efeito de
sua bondade perdoa também todas as penas de nossos pecados e
iniquidades.
3º. Confere à alma a graça divina
- Nossa alma se enche da graça divina, pela qual nos tornamos justo,
filhos de Deus, e herdeiros da eterna salvação; pois está escrito:
“Quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16, 16).
4º. Infundi na alma todas as virtudes
- A graça, porém, é acompanhada pelo sublime cortejo de todas as
virtudes, que Deus infundi na alma juntamente com a graça. Por isso,
naquela declaração de São Paulo a Tito: “Ele nos salvou pelo banho da
regeneração, e pela renovação do Espírito Santo, que derramou sobre
nós com abundância, por Jesus Cristo nosso salvador” (Tt 3, 5ss), Santo
Agostinho, explicando as palavras “derramou com abundância”,
acrescentou o comentário: “Isto quer dizer, para remissão dos pecados
e abastança de virtudes”.
Virtudes:
- Cardeais: a Prudência, a Justiça, a Fortaleza e a Temperança.
- Teologais: a Fé, a Esperança e a Caridade.
5º. Nos insere no Corpo de Cristo, a Igreja
- O Batismo faz de nós membros do Corpo de Cristo. “Desde então [...],
somos nós membros uns dos outros.” (Ef 4, 25). O Batismo incorpora
na Igreja. Das fontes batismais nasce o único povo de Deus da Nova
Aliança, que ultrapassa todos os limites naturais ou humanos das
nações, das culturas, das raças e dos sexos: “Por isso é que todos nós
fomos batizados num só Espírito, para formarmos um só corpo” (1 Cor
12, 13).
- Os batizados tornaram-se “pedras vivas” para “a edificação dum
edifício espiritual, para um sacerdócio santo” (1Pe 2, 5). Pelo Batismo,
participam no sacerdócio de Cristo, na sua missão profética e real, são
“raça eleita, sacerdócio de reis, nação santa, povo que Deus tornou
seu”, para anunciar os louvores d'Aquele que os “chamou das trevas à
sua luz admirável” (1Pe 2, 9). O Batismo confere a participação no
sacerdócio comum dos fiéis.
- Feito membro da Igreja, o batizado já não se pertence a si próprio,
mas Aquele que morreu e ressuscitou por nós. A partir daí, é chamado
a submeter-se aos outros, a servi-los na comunhão da Igreja, a ser
obediente e dócil aos chefes da Igreja e a considerá-los com respeito e
afeição. Assim como o Batismo é fonte de responsabilidade e deveres,
assim também o batizado goza de direitos no seio da Igreja: direito a
receber os sacramentos, a ser alimentado com a Palavra de Deus e a
ser apoiado com outras ajudas espirituais da Igreja.
6º. Imprime em nossa alma um caráter
- Pelo batismo, somos enfim marcados com um sinal que jamais poderá
extinguir-se de nossa alma. (um selo espiritual indelével)
- Dada a natureza do caráter sacramental, a Igreja definiu coo dogma
que o sacramento do batismo não deve de modo algum ser reiterado.
- Vê-se que isso condiz, de todo o ponto, com a natureza e a razão de
ser do Sacramento, porquanto o batismo constitui uma espécie de
regeneração espiritual. Ora, pela lei da natureza, somos gerados e
nascemos uma só vez, e, como diz Santo Agostinho, não nos é possível
tornar ao seio materno. Assim também, só pode haver uma só geração
espiritual, e o batismo não deve jamais ser repetido.
7º. Abre as portas do céu
- No batismo de Nosso Salvador, os céus abriram-se, o Espírito Santo
apareceu em figura de pomba e baixou sobre Cristo Nosso Senhor (Mt
3, 16). Ora, pra os que recebem o batismo, é isto um sinal de que
também a eles são conferidos os dons do Espírito Santo, e que a porta
do céu lhes é franqueada; todavia, não para entrarem logo na posse da
glória, por ocasião do batismo, mas em tempo mais oportuno, quando
passarem da condição mortal para a imortalidade, livres então de
todas as misérias, que já não terão lugar na eterna bem-aventurança.
Dons do Espírito Santo: a Sabedoria, a Inteligência/Entendimento, o
Conselho, a Fortaleza, a Ciência, a Piedade e o Temor de Deus
Fontes: Catecismo da Igreja Católica e Catecismo Romano

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