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FACULTAS IURIS CANONICI BEATI PAULI

APOSTOLI

Por via do sacramento da penitência que o cristão


é devolvido ao estado inicial da graça batismal.

Trabalho acadêmico para conclusão de disciplina


Tratados do Sacramentos II.

Prof. Pe. Denilson

Frei Jardiel Souza da Silva,OFM (matrícula: 1MP0023

Bacabal – MA, 2021


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO -
2 DESENVOLVIMENTO
3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO

Ao estudar o título IV sobre o Tratado dos Sacramentos II. (Do Sacramento da


Penitência). No Código de Direito Canônico, entende-se que é Por via do sacramento da
penitência que o cristão é devolvido ao estado inicial da graça batismal. Para apreender,
tal entendimento temos como base no Cân. 959, que se desenvolve recebendo
contribuições das outras áureas do conhecimento teológico da Igreja, como o catecismo
da Igreja Católica; da Palavra de Deus; Bula de proclamação do Jubilei da Misericórdia
Misericordiae Viltus e da Lumen Gentium. Olhem o que o Espírito da Igreja.

2. DESENVOLVIMENTO

O catecismo da Igreja Católica – seção II, p.295 – OS SETE SACRAMENTOS


DA IGREJA. “Os sacramentos da nova lei foram instituídos por Cristo e são sete, a saber:
o Batismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção doa Enfermos, a Ordem e
o Matrimônio. Os sete sacramentos atingem todas as etapas e todos os momentos
importantes da vida do Cristão: dão à vida de fé do cristão origem e crescimento, cura e
missão. Nisto existe uma certa semelhança entre as etapas da vida natural e as da vida
espiritual”.

Os Sacramentos são “os canais por onde flui a salvação” de todos os homens, que
Cristo conquistou com a sua morte e ressurreição.

Dentre os sacramentos que dão à vida de fé do cristão origem e crescimento, cura


e missão. Observava-se os sacramentos de cura, no apresenta o capítulo II, do catecismo
da Igreja católica, p.339, nº 1420. “Pelos sacramentos da iniciação cristã o homem recebe
a vida nova de Cristo. Ora., esta vida nós a trazemos “em vasos de argila” (2 Cor 4,7).
Agora, ela ainda se encontra “escondida com Cristo em Deus” (Cl 3,3). Estamos ainda
em “nossa morada terrestre” (2 Cor 5,1), sujeitos ao sofrimento, à doença e à morte. Esta
nova vida de filho de Deus pode se tornar debilitada e até perdida pelo pecado”. E
acrescenta ainda o catecismo, p. 339, nº 1421. “O Senhor Jesus Cristo, médico de nossas
almas e de nossos corpos, ele que remiu os pecados do paralítico restituiu-lhe a saúde do
corpo, quis que sua Igreja continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de
salvação, também junto de seus próprios membros”.
O art. 4 do catecismo, da Igreja, nº 1422. Diz. “Aqueles que se aproximam da
Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo
tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua
conversão com a caridade, exemplo e orações”

Em Jesus encontra-se a graça de salvação para toda criatura humana, que vem a
nós seres frágeis, por meio de nossos pensamentos, palavra, atos e omissões. Ele é
misericórdia. A misericórdia que permite a conversão do coração humano, por via de um
sacramento, que serve para curar nossa alma, que adoece pelas feridas do pecado. O
pecado consiste essencialmente na ausência de Justiça Original, ou seja, na falta de Deus.
logo mesmo o homem esquecendo-se dele, Ele vem ao nosso encontro.

Reza a Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia –


Mesericordiae Vultus. O rosto da misericórdia. p.5, nº2. “Misericórdia: é a palavra que
vela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual
Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de
cada pessoa, quando vê com os olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida.
Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à
esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.

O nº 1423 do catecismo da Igreja pergunta. “Como se chama este sacramento?


Chama-se sacramento da Conversão, pois realiza sacramentalmente o convite de Jesus à
conversão, o caminho de volta ao Pai, do qual a pessoa se afastou pelo pecado. (CIC,
p.339) Chama-se sacramento da penitência porque consagra um esforço pessoal e eclesial
de conversão, de arrependimento e de satisfação do cristão pecador. (CIC, p.340). “É
chamado sacramento da confissão porque a declaração, a confissão dos pecados diante
do sacerdote é um elemento essencial desse sacramento. Num sentido profundo esse
sacramento também é uma “confissão”, reconhecimento e louvor da santidade de Deus e
de sua misericórdia para com o homem pecador”.

“Também é chamado sacramento do perdão porque pela absolvição sacramental


do sacerdote, “Deus concede o perdão e a paz”

“É chamado sacramento da Reconciliação porque dá ao pecador o amor de Deus


que reconcilia: “Reconciliai-vos com Deus” (2Cor 5,20). Quem vive do amor
misericordioso de Deus está pronto a responder ao apelo do Senhor: “Vai primeiro
reconciliar-te com teu irmão” (Mt 5,24).
Um questionamento nos faz o catecismo da Igreja. “Por que um sacramento da
Reconciliação após o batismo? Resposta vai de encontro com o Cân. 959 – No sacramento
da penitência, os fiéis que confessam seus pecados ao ministro legitimo, arrependidos e
com propósito de se emendarem, alcançam de Deus. mediante a absolvição dada pelo
ministro, o perdão dos pecados cometidos após o batismo, e ao mesmo tempo se
reconciliam com a Igreja, à qual feriram pelo pecado.

A reconciliação após o batismo é meio para fortalecer a nossa fraqueza humana


que tende a cair no pecado a concupiscência. Assim no ensina o nº1426 CIC. “A
conversão a Cristo, o novo nascimento pelo Batismo, o dom do Espírito Santo, o Corpo
e o Sangue de Cristo recebidos como alimento nos tornaram “santos e irrepreensíveis
diante dele” (Ef 1,4), como a própria Igreja, esposa de Cristo, é “santa e irrepreensível”
(Ef 5,27). Entretanto, a nova vida recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade
e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação ao pecado, que a tradição da natureza
humana, nem a inclinação ao pecado, que a tradição chama de concupiscência, que
continua nos batizados para prová-los no combate da vida cristã, auxiliados pela graça de
Cristo. É combate da conversão para chegar à santidade e à vida eterna, para a qual somo
incessantemente chamados pelo Senhor.
3. CONCLUSÃO

Logo a seguinte reflexão sobre o tratado do Sacramento da Penitência no Cân. 959


é constituído de três elementos teológicos: O primeiro é a iniciativa de Deus. A iniciativa
ao processo de conversão humana parte de Deus. Ele chama seus filhos à conversão
constante, anunciando-lhe sua generosa misericórdia. Deus chama e dar a graça da
conversão por intermédio de Cristo e de seus representantes (Cân. 965); Segundo é a
resposta do homem. A palavra que anuncia a reconciliação, de que a Igreja é instrumento,
deve ser acolhida no coração humano, para que possa dar fruto. Não há conversão sem a
iniciativa de Deus, mas também não há sem a resposta do homem. A Terceira e a
dimensão comunitária. O Concílio Vaticano II insiste em afirmar que a Igreja, embora
seja santa, necessita sempre de purificação (LG 8). O pecador, por sua vez, não só ofende
a Deus, mas ofende também a comunidade onde está inserido. Por isso quando o Povo de
Deus peca, a Igreja peca, portanto, é preciso não somente conversões individuais, mas
também celebrações penitenciais comunitárias que a conduzam à purificação.
REFERENCIAS

CÓDIGO DE DIREITO CÃNONICO, promulgado por João Paulo II, Papa. Tradução
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. São Paulo: Loyola, 1987. 441p.

BIBLIA DE JERUSALÉM. Tradução do texto em língua portuguesa diretamente dos


originais. São Paulo-SP: Paulus, 2002.

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 3ª. ed. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Paulinas,
Loyola, Ave-Maria, 1993.

FRANCISCO, PP. Misericordiae Vultus. Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário


da Misericórdia. São Paulo: Paulinas, 2015.

COMPÊNDIO DO CONCÍLIO VATICANO II. Constituições, Decretos, Declarações.


Constituição Dogmática Lumen Gentium. 29. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

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