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Sacramentos

da Igreja
Sacramentos são sinais visíveis de uma
realidade invisível, mediante os quais os
cristãos podem experimentar a presença de
Deus que cura, perdoa, alimenta, fortalece
e capacita para amar, visto que neles age a
graça de Deus.

Precisamos dos sacramentos para


crescermos para além da nossa vida
humana pequena e para nos tornarmos,
através de Jesus e como Jesus, filhos de
Deus em liberdade e glória. (1129)
A Igreja conhece sete sacramentos:
 Sacramentos de Iniciação (introduzem a fé):
 Batismo
 Confirmação
 Eucaristia

 Sacramentos de Cura:
 Penitência ou Reconciliação
 Unção dos doentes

 Sacramentos de Comunhão e Envio:


 Ordem
 Matrimónio
Batismo
• é o sacramento fundamental e a condição prévia para
todos os outros sacramentos
• liga-nos a Jesus Cristo, insere-nos na Sua morte
redentora na cruz, libertando-nos do poder do pecado,
e faz-nos ressuscitar com Ele para uma vida
interminável

• o Batismo é uma aliança com Deus; o batizando (ou


os pais da criança) deve aceitá-lo na liberdade
Batismo
• a forma clássica da celebração batismal é a tripla
submersão do batizando na água. Muitas vezes,
porém, a água é derramada (infusão) três vezes sobre
a cabeça do batizando.
• o ministro do Batismo diz: “Eu te batizo em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

• a água significa a purificação e a vida nova


Batismo
• pode ser batizada qualquer pessoa que ainda não é
batizada

• a única predisposição para o Batismo é a fé, que deve


ser confessada publicamente nessa ocasião. No caso das
crianças, são os pais que afirmam a sua fé

• quem preside normalmente a uma celebração batismal


é o bispo, um presbítero ou um diácono.

• em caso de emergência qualquer cristão pode batizar.


Confirmação
• é o sacramento que completa o batismo e pelo qual
recebemos o dom do Espírito Santo

• quem se decide livremente por uma vida como filhos


de Deus, e pede o Espírito de Deus, sob o sinal da
imposição das mãos e da unção, obtém a força para
testemunhar o amor e o poder de Deus com palavras e
atos.

• ele é agora um membro legítimo e responsável da


Igreja Católica
Confirmação
• pode ser admitido à Confirmação qualquer cristão
que tenha recebido o sacramento do batismo e esteja
em “estado de graça”.
• estar em estado de graça significa e estar em comunhão
com Deus e não ter cometido nenhum pecado grave

• o sacramento da Confirmação é normalmente


presidido pelo Bispo. Por razões pastorais, o Bispo
pode incumbir determinado sacerdote de o celebrar.

• em caso de morte, qualquer sacerdote o pode fazer.


Confirmação
• é o sacramento que completa o Batismo e pelo qual
recebemos o dom do Espírito Santo

• quem se decide livremente por uma vida como filhos


de Deus, e pede o Espírito de Deus, sob o sinal da
imposição das mãos e da unção, obtém a força para
testemunhar o amor e o poder de Deus com palavras e
atos.

• ele é agora um membro legítimo e responsável da


Igreja Católica
Eucaristia
• é depois do Batismo e da Confirmação o terceiro
sacramento da iniciação cristã.

• é o sacramento em que Jesus Cristo entrega o Seu


corpo e o Seu sangue – Ele próprio – por nós, para que
também nos entreguemos a Ele em amor e nos
unamos a Ele na sagrada comunhão. Assim nos
ligamos ao corpo único de Cristo, a Igreja.
Eucaristia
• Jesus instituiu a Sagrada Eucaristia, na véspera da Sua
morte, “na noite em que Ele ia ser entregue”, quando
reuniu os apóstolos e celebrou com eles a Última Ceia.

• na celebração da Eucaristia, Cristo é representado


pelo Bispo ou pelo presbítero

• o compromisso de um cristão católico é ir à Santa


Missa todos os domingos e festas de guarda. Quem
realmente procura a amizade com Jesus aceita, sempre
que pode, o convite para participar na Eucaristia
Eucaristia
• quem deseja receber a Sagrada Eucaristia tem que ser
católico; se estiver consciente de algum pecado grave,
deve previamente confessar-se. Antes de se aproximar do
altar, deve reconciliar-se com o próximo.

• A Eucaristia desenvolve-se em duas partes principais:


Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística.

• a Sagrada Comunhão liga-nos mais profundamente a


Cristo, faz de nós membros vivos no “corpo de Cristo”;
renova os dons que obtivemos no Batismo e Confirmação
e fortalece-nos no combate contra o pecado.
Penitência e Reconciliação

• pelos sacramentos da cura e da regeneração somos


libertos do pecado e fortalecidos nas debilidades do
corpo e da alma.

• o sacramento da Penitência também é designado por


Reconciliação, do Perdão ou popularmente Confissão.
Penitência e Reconciliação
• o Batismo retirou-nos do poder do pecado e da
morte, colocando-nos na Vida nova dos filhos de
Deus; contudo não nos liberta da fraqueza humana,
nem da inclinação para o pecado. Por isso precisamos
da Reconciliação, para nos podermos reabilitar a nossa
relação com Deus e com o nosso próximo.
• Jesus instituiu o sacramento da Reconciliação,
quando Se mostrou aos Apóstolos no dia de Páscoa,
exortando-os: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a
quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e
àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos”
(Jo 20, 22-23)
Penitência e Reconciliação
• Só Deus pode perdoar os pecados. Porque Jesus lhes
deu esse poder, os sacerdotes podem perdoar no lugar
de Jesus .

• O penitente é absolvido pela imposição das mãos e


palavras de absolvição.

• A Reconciliação só é bem celebrada se houver: antes


da absolvição, o exame de consciência, o
arrependimento, o propósito de emenda, a confissão
dos pecados; e, após a absolvição, o cumprimento da
penitência, esforço de mudança/conversão.
Penitência e Reconciliação
• Sem um real arrependimento, ninguém pode ser
absolvido do seu pecado. Também é imprescindível o
propósito de, no futuro, não cometer mais esse
pecado.

• pertence à confissão, a reparação ou penitência


(reparação dos danos causados). Ela não deve
acontecer apenas na cabeça, mas tem de exteriorizar
em atos de amor e em compromisso a favor dos
outros.
Unção dos doentes
• Jesus veio para revelar o amor de Deus.
Frequentemente o fez onde nos sentimos
especialmente ameaçados: na fragilidade da nossa
vida, através da doença.

• Deus quer que nos tornemos saudáveis no corpo e na


alma, reconhecendo nisso a vinda do Reino de Deus.

• por vezes só com a experiência da doença


percebemos que, saudáveis ou doentes, precisamos de
Deus mais do que tudo
Santa Unção
• Jesus determinou o cuidado pelos doentes como
tarefa central dos Seus discípulos: “ Curai os doentes!”
(Mt 10, 8). E prometeu-lhes poder divino: “Em meu
nome, expulsarão demónios… Imporão as mãos aos
doentes e os doentes ficarão curados.” (Mc 16, 17)

• A Santa Unção consiste na imposição das mãos e


unção na testa e nas mãos dos doentes, com o Santo
Óleo, acompanhada das palavras sacramentais.
Santa Unção
• Qualquer crente pode receber este sacramento,
desde que se encontre numa situação de doença
crítica

• A administração da Santa Unção dos Doentes está


reservada aos Bispos e aos presbíteros. É Cristo que,
por força da sua ordenação, age através deles.
Ordem
• Os sacerdotes da Antiga Aliança encararam a sua
missão como uma mediação entre Deus e o seu povo.

• Cristo, o “único mediador entre Deus e humanidade”


aperfeiçoou e concluiu este sacerdócio. Ele é o único e
perfeito Sacerdote do Pai.

• Depois de Cristo, o sacerdócio só pode existir em


Cristo, na imolação de Cristo na cruz e através do
chamamento e do envio apostólico de Cristo.
Ordem
• Um ministro católico ordenado não celebra os
sacramentos por força própria ou por perfeição moral,
mas in persona Christi.

• Pela sua ordenação, crece nele a força de Cristo, que


transforma, cura e salva.

• Um ministro ordenado de si nada tem, é acima de


tudo um servo; por isso, o sinal de reconhecimento de
um autêntico ministro ordenado é o humilde assombro
pela sua própria vocação.
Ordem
• durante a Santa Missa, a ordenação presbiteral
começa com a chamada nominal dos candidatos. Após
a homilia, o futuro presbítero promete obediência ao
Bispo e aos seus sucessores.

• na ordenação o Bispo invoca a força de Deus sobre o


ordinando. Ela impregna esta pessoa com um selo
indelével, para nunca mais o abandonar.

• como colaborador do seu Bispo, o presbítero


anunciará a Palavra de Deus, celebrará os sacramentos
e presidirá sobretudo à Sagrada Eucaristia.
Ordem
• a ordenação propriamente dita acontece com a
imposição das mãos e a oração.

• o sacramento da ordem compreende três graus:


Bispo (episcopado), Presbítero (presbiterado) e
Diácono (diaconado).

• é admitido à ordem do diaconado, do presbiterado e


do episcopado qualquer homem batizado e católico
que a Igreja chamar a esse ministério.
Matrimónio
• O sacramento do Matrimónio realiza-se mediante
uma promessa de amor perpétuo entre um homem e
uma mulher, prestada diante de Deus e da Igreja,
aceite e selada por Deus e concluída pela união
corporal do casal.

• Porque é o próprio Deus que dá o laço do


Matrimónio Sacramental, Ele mantém-no unido até à
morte de um dos consortes.
Matrimónio
• a celebração do matrimónio deve em regra acontecer
publicamente.

• os noivos são interrogados sobre a sua disposição em


relação ao casamento, isto é, se estão decididos a
amar-se e a respeitar-se ao longo de toda a sua vida.

• prometem fidelidade mútua “na alegria e na tristeza,


na saúde e na doença todos os dias” da sua vida.
Matrimónio
• o sacerdote ou o diácono confirma o enlace e
abençoa as alianças, que são trocadas pelos noivos.

• finalmente o presidente da celebração concede a


benção nupcial.

• a um matrimónio sacramental pertencem


necessariamente três elementos: consentimento livre;
concordância com uma união para toda a vida e
apenas com a consorte; a abertura aos filhos.
Matrimónio
• O Matrimónio pode ser presidido/aceite por um
diácono ou presbítero, ou por um leigo autorizado pelo
bispo.

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