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A vida do ser humano está repleta de sinais, como gestos, palavras e atos que
simbolizam uma situação vivida. Jesus, utilizando desta pedagogia, serviu-se de sinais
para transmitir os seus dons à humanidade. Deste modo, pode-se afirmar que os
sacramentos utilizados pela Igreja “são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e
confiados à Igreja, através dos quais nos é dispensada a vida divina”. Cristo age por
meio dos sacramentos instituídos por Ele. São sinais sensíveis (palavras e ações).
Realizam eficazmente a graça que significam em virtude da ação de Cristo e pelo poder
do Espírito Santo.
Sacramentos são instituídos pelo Senhor e confiados à Igreja, como ação de
Cristo e da Igreja, constituem sinais e meios pelos quais se exprime e se robustece a fé,
se presta culto a Deus e se realiza a santificação dos homens; por isso, concorrem para
criar, fortalecer e manifestar a comunhão.
Etimologicamente vem de sacramentum, algo que santifica ou que é santo,
sagrado. Sacramento é um sinal instituído por Cristo para produzir a graça. O sinal
conduz ao conhecimento de outra coisa. É um sinal exterior (perceptível aos sentidos,
com palavras e ações) da graça santificante.
Os sacramentos contêm a graça que significam. Sua eficácia é independente da
disposição subjetiva de quem os recebe e de quem os administra. Desde que um
sacramento seja celebrado conforme a intenção da Igreja, o poder de Cristo e do seu
Espírito age nele e por ele, independentemente da santidade pessoal do ministro. No
entanto, os frutos dos sacramentos dependem também das disposições de quem os
recebe.
A Igreja afirma que, para os crentes, os sacramentos da Nova Aliança
são necessários para a salvação. A «graça sacramental» é a graça do Espírito Santo
dada por Cristo e própria de cada sacramento. O Espírito cura e transforma aqueles que
O recebem, conformando-os com o Filho de Deus. O fruto da vida sacramental é que o
Espírito de adoção deifique os fiéis, unindo-os vitalmente ao Filho único, o Salvador.
As palavras e as ações de Jesus durante a sua vida oculta e o seu ministério
público já eram salvíficas. Antecipavam o poder do seu mistério pascal. Anunciavam e
preparavam o que Ele ia dar à Igreja quando tudo estivesse cumprido. Os mistérios da
vida de Cristo são os fundamentos do que, de ora em diante, pelos ministros da sua
Igreja, Cristo dispensa nos sacramentos, porque «o que no nosso Salvador era visível,
passou para os seus mistérios».
Há na Igreja sete sacramentos: Baptismo, Confirmação ou Crisma, Eucaristia,
Penitência, Unção dos enfermos, Ordem e Matrimónio.
O batismo, a confirmação e a ordem imprimem na alma um caráter, ou seja, uma
marca espiritual indelével pelo qual o cristão participa no sacerdócio de Cristo e faz
parte da Igreja segundo estados e funções diversas. Esta configuração a Cristo e à Igreja,
realizada pelo Espírito, é indelével, fica para sempre no cristão como disposição
positiva para a graça, como promessa e garantia da proteção divina e como vocação
para o culto divino e para o serviço da Igreja. Por isso, estes sacramentos nunca podem
ser repetidos.
BATISMO
CONFIRMAÇÃO