História, Tradições e Identidade Nacional Tema do Grupo: Mosteiro da Batalha UFCD: 3499 Formadora: Lúcia Carneiro Grupo: Eurico Netto; Luana Pinheiro; Paulina Almeida ; Silvia Silva História • O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido como Mosteiro da Batalha é um antigo mosteiro dominicano situado na vila de Batalha, no distrito de Leiria na região do Centro, província da Beira Litoral, em Portugal. • Foi mandado edificar em 1386 pelo rei D. João I de Portugal como cimprimento de promessa à Virgem Maria pela vitória contra os rivais castelhanos na batalha de Aljubarrota, uma vez que ele prometerá que se vencessem, construiria um mosteiro. Este mosteiro da Ordem de São Domingos foi construído ao longo de dois séculos até cerca de 1563, durante o reinado de sete reis de Portugal, embora desde 1388 já ali vivessem os primeiros frades dominicanos. História • É considerado património mundial pela UNESCO, e em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das Sete Maravilhas de Portugal. Está classificado como Monumento Nacional desde 1910. • Em 2016, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, passou a ter o estatuto de Panteão Nacional, sem prejuízo da prática do culto religioso, juntamente com o Mosteiro dos Jerónimos, de Lisboa, à semelhança do que aconteceu em 2003 com o Mosteiro de Santa Cruz, de Coimbra, relativamente ao Panteão Nacional original desde 1966 na Igreja de Santa Engrácia (Lisboa). • No Mosteiro da Batalha estão sepultados o rei D. João I, a rainha D. Filipa de Lencastre, e alguns dos seus filhos (o infante D. Henrique, o infante D. João, a infanta D. Isabel e o infante D. Fernando), tal como três outros reis (D. Afonso V, D. João II e D. Duarte) e o Soldado Desconhecido. Tradições e Festividades • A Festa da Santíssima Trindade é uma tradição antiga na Vila da Batalha, remontando ao reinado de D. Manuel I. Ela ocorre oito semanas após o Domingo de Páscoa. • Durante essa festa, há um Juiz Imperador e Mordomos que fazem ofertas, geralmente colocadas em andores ou tabuleiros ricamente decorados. • Essa celebração é uma oportunidade para a comunidade expressar sua devoção religiosa e agradecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota Arquitetura • A arquitetura do Mosteiro da Batalha é um exemplo notável do estilo gótico tardio português, também conhecido como estilo manuelino. Aqui estão alguns detalhes sobre a arquitetura deste magnífico monumento: • Estilo Manuelino: O Mosteiro da Batalha é um dos melhores exemplos do estilo manuelino em Portugal. Este estilo arquitetônico é caracterizado por elementos decorativos intrincados, como rendilhados, esferas armilares, cordas e motivos marítimos. O nome “manuelino” deriva do rei D. Manuel I, que governou Portugal durante grande parte do período em que o mosteiro estava sendo construído. • Em resumo, a arquitetura do Mosteiro da Batalha é uma combinação de elegância gótica, detalhes manuelinos e uma riqueza de simbolismo religioso. Arquitetura • Os principais arquitetos do Mosteiro foram: Afonso Domingues e David Huguet • Afonso Domingues é o primeiro mestre de que há notícia (já depois da sua morte, foi citado em documentos como "mestre da obra do mosteiro"). Nos 14 anos em que Domingues trabalhou nas obras do mosteiro, conseguiu erguer grande parte da igreja, a sacristia e duas alas do claustro, iniciando ainda a Sala do Capítulo • David Huguet é um mestre de origem incerta, provavelmente inglês, que findou o labor de Afonso Domingues, arquitecto com o qual já trabalhara, perfazendo a igreja, as dependências monásticas e o pórtico principal. Huguet interveio na obra seguindo um estilo distinto do seu predecessor, introduzindo fórmulas arquitectónicas e decorativas inovadoras, notável nas decorações de colunas e, sobretudo, na famosa abóbada da Sala do Capítulo, eternizada por Alexandre Herculano. Curiosidades da Igreja • O templo impressiona com seu formato de cruz latina e seus mais de 30 metros de altura. Aqui encontram-se os túmulos de D. Lopo Dias de Souza, Mestre da Ordem de Cristo e de um dos arquitetos do Mosteiro, Mateus Fernandes, responsável pelo projeto das capelas imperfeitas. • Os restos mortais de D João I e da rainha D. Filipa de Lencastre estão na capela do fundador, onde se encontra a estátua do casal real de mãos dadas, na tampa do sarcófago. Lenda • Diz-se então que o arquitecto Afonso Domingues se sentou abaixo do local por três dias, certo de que a sua Abóbada não caíria, dizendo repetidamente "A Abóbada não caiu, a Abóbada não cairá!" - e, de facto, ela nunca caiu. • É esta a mais famosa das lendas do chamado Mosteiro de Nossa Senhora da Vitória, na Batalha, ao ponto de ter inspirado filmes e uma versão nas Lendas e Narrativas de Alexandre Herculano. Por isso, se algum dia forem visitar este mosteiro, procurem a sala em questão, olhem para esta famosa Abóbada da Batalha, e recordem-se de toda a lenda por detrás dela…