A Igreja da Misericórdia do Porto está localizada na histórica Rua das Flores, na
baixa do Porto. A Igreja foi construída no ano de 1559, de estilo renascentista
com reminiscências góticas, em abril de 1621. A fachada da Igreja foi destruída em virtude de um relâmpago e no século XVIII foi redesenhada e restaurada pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni de estilo barroco com formas de rococó. 2. Porquê da sua construção: A Santa Casa da Misericórdia do Porto foi instituída a pedido de D. Manuel I às pessoas mais influentes da cidade, na qual recomendava a criação de uma confraria semelhante à de Lisboa. Inicialmente a confraria instalou-se na Capela de S. Tiago, mas atendendo à movimentação da Rua das Flores, mudaram para lá a Casa do Despacho iniciando nesse mesmo ano a construção da Igreja. II.A Igreja na atualidade 1. Objetivos: Em 2015 passou a poder ser visitada, fazendo parte do museu da Misericórdia do Porto com os objetivo de dar a conhecer a história da Santa Casa da Misericórdia do Porto e os seus propósitos institucionais, bem como divulgar as suas coleções de arte, através da disponibilização de um conjunto de recursos que traduzem a memória e a identidade desta organização projetando- a para o futuro. 2. Museu: O museu tem uma coleção que inclui muitas obras de arte do século XV e artefactos, entre eles a pintura flamenga renascentista - Fons Vitae (a Fonte da Vida). Esta obra de arte retrata o rei português Dom Manuel I e sua esposa, Leonor, ajoelhados diante de uma fonte de sangue do Cristo Crucificado. III. Características da Igreja A estrutura da igreja assenta sobre três arcadas separadas por pilastras. Apresenta no segundo andar um frontão circular muito decorado e três janelões. O remate é constituído por um frontão com o emblema da Misericórdia. A cornija apresenta-se decorada com fogaréus, elementos próprios do tipo de ornamentação nasoniana. O interior da igreja foi projetado pelo engenheiro Manuel Alves Martins, é de nave única coberta por uma abóbada. As paredes são revestidas de azulejo azul e branco feitos em Lisboa em 1628. Uma abóbada barroca cobre a capela-mor, cujo altar é de talha neoclássica. O coro assenta sobre um arco abatido e recortado, também da autoria de Nicolau Nasoni. A Igreja encontra-se classificada como Património Imóvel de interesse público, desde 1977.