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Catedral Metropolitana de São Paulo

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Catedral Metropolitana de São Paulo ou


Catedral da Sé, é a catedral da Arquidiocese de Catedral Metropolitana
São Paulo, Brasil. Localiza-se na Praça da Sé, na de São Paulo
Zona Central do município de São Paulo. Catedral da Sé
Desde 2007 o Arcebispo Metropolitano da
Arquidiocese é o cardeal Odilo Pedro Scherer. A
sua construção, em estilo neogótico, começou em
1913 e terminou cerca de 40 anos depois. A
construção estava pronta para o 400º aniversário de
fundação da cidade. Os restos mortais do cacique
Tibiriçá e dos padres jesuítas Manuel da Nóbrega e
José de Anchieta estão na cripta da catedral.

Apesar de ter uma cúpula de estilo renascentista, a


Catedral Metropolitana de São Paulo é considerada
como o quarto maior templo neogótica do mundo. A
catedral é o templo principal da paróquia de Nossa
Senhora da Assunção de São Paulo, criada em 10 Vista da fachada principal da Catedral
de agosto de 1591. Estilo dominante Neogótico
Arquiteto Maximilian Emil Hehl
Início da 1913
Índice construção

História Fim da construção 1967


Primeira igreja Inauguração 1954 (ainda inacabada)
Catedral neogótica Religião Catolicismo Romano
Restauração
Diocese Arquidiocese de São
O edifício Paulo
Arquitetura Geografia
Órgão País Brasil
Cripta
Cidade São Paulo, SP
Ver também
Endereço Praça da Sé, s/nº - Sé
Referências
Coordenadas 23° 33' 4" S 46° 38' 3" O
Ligações externas

História

Primeira igreja
A história da catedral de São Paulo começa em 1589, quando se
decidiu que uma igreja principal (Matriz) seria construída na
pequena vila de São Paulo de Piratininga. Esta igreja, situada onde
está hoje o Monumento a Anchieta, escultura de Heitor Usai na
Praça da Sé, foi terminada em torno de 1616. São Paulo
transformou-se em sede de diocese em 1745, e a partir dessa data,
a antiga igreja foi demolida e substituída por uma nova, construída
em estilo barroco, terminada em torno de 1764. Esta modesta
igreja seria a catedral de São Paulo até 1911, quando foi
Praça da Sé em foto de 1880 de demolida.[1]
Marc Ferrez. A velha catedral de
São Paulo está à direita.
Catedral neogótica

A catedral atual foi construída por iniciativa de Dom Duarte


Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo.[2] Os trabalhos
começaram em 1913 no local da catedral colonial demolida. O
arquiteto responsável foi o alemão Maximilian Emil Hehl, que
projetou uma enorme igreja em estilo eclético, por possuir vários
elementos de estilos distintos, como a cúpula e o arco ogival, mas
que predomina claramente o neogótico, inspirada nas grandes
catedrais medievais europeias.[3] Inauguração da Catedral, em foto de
Werner Haberkorn.
Todos os mosaicos, esculturas e mobiliário que compõem a igreja
foram trazidos por navio da Itália. Entretanto, devido às guerras
mundiais, houve grande dificuldade para se concluir a obra.
Assim, a inauguração da nova catedral ocorreu somente em 1954,
com as torres ainda inacabadas, mas a tempo para a celebração do
quarto centenário de São Paulo, no dia 25 de janeiro. As torres
foram inauguradas em 15 de novembro de 1969.[4][5][6] As obras
foram tocadas inicialmente por Alexandre Albuquerque, e, a partir
de 1940, por Luís Inácio de Anhaia Melo.[1]

Restauração Praça da Sé e a catedral

Após um longo período de deterioração, a catedral foi


completamente renovada entre 2000 e 2002. Com o fim de reparar o edifício, muitos pináculos sobre o
nave e as torres foram terminados. As plantas originais, datadas de 1912, foram encontradas dentro do
próprio edifício, permitindo uma restauração fiel ao projeto original.[7]

A restauração incluiu reparos nos vitrais, revitalização dos sinos, manutenção das redes hidráulica e elétrica,
resolução de problemas que ameaçavam a estrutura - como rachaduras e infiltrações - e lavagem e pintura
do prédio. Restaurada, a catedral ganhou 14 torreões novos, previstos no projeto original de 1912 de
Maximilian Emil Hehl. Em 2002, reabriu as portas após obras que consumiram R$ 19,5 milhões.[7]

O edifício

Arquitetura
A catedral é a mais alta igreja de São Paulo, com 111 metros de
comprimento, 46 de largura, duas torres com 92 metros de altura e
uma enorme cúpula. Tem capacidade para abrigar 8.000 pessoas.
No acabamento foram usadas 800 toneladas de mármore. Suas
medidas a tornam uma das maiores igrejas do Brasil e do
mundo.[8]

Em termos arquitetônicos, a igreja tem forma de cruz latina, com


cinco naves e transepto com cúpula sobre o cruzeiro. A fachada,
dotada de um portal principal e uma grande rosácea, é flanqueada
por duas altas torres. O estilo elegido foi o neogótico, então em
voga no Brasil, mas a cúpula é inspirada por estruturas
renascentistas como o célebre domo da Catedral de Florença.[3]

Órgão Interior da Catedral da Sé.

O órgão da catedral foi construído em Milão pela firma italiana


Balbiani & Rossi em 1954. Sua inauguração ocorreu em 25 de novembro de 1954, no "Dia de Ação de
Graças", doado pela companhia Antárctica (hoje AmBev). Seu restauro foi realizado entre 1996 e 1997 sob
o patrocínio do Banco Real. O instrumento tem dois corpos e uma "console" (mesa de teclados), colocada
atrás das colunas que rodeiam o altar-mor, com cinco teclados (cada um com 61 teclas) e uma pedaleira.
Possui cerca de 12 mil tubos sonoros e 124 registros, sendo 112 os registros reais. Cada teclado possui,
prontas, cinco combinações sonoras fixas e seis combinações manualmente ajustáveis. Quanto à fônica, o
organista dispõe de um complexo sonoro de timbres peculiares. É o maior órgão de tubos do Brasil e da
América Latina.[3]

Cripta

A cripta localiza-se debaixo do altar principal e é um vasto salão


suportado por várias colunas e arcos de perfil gótico. Nela estão
sepultados bispos e arcebispos de São Paulo e vários personagens
importantes da história do Brasil. Entre estes, encontram-se: o grã-
cacique Tibiriçá dos Guaianás, que teve importante papel na
fundação de São Paulo. Outro personagem ilustre sepultado na
cripta é o Regente Feijó, governante do Brasil durante o Período
regencial. Encontra-se, ainda, parte dos restos mortais do sacerdote
Cripta subterrânea da catedral
Bartolomeu Lourenço de Gusmão, brasileiro a quem foi dada a
paulistana.
primeira patente de invenção em 1707. Dom Paulo foi sepultado
no dia 16 de dezembro de 2016. [3]

Ver também
Praça da Sé
Centro de São Paulo
Sino da Independência do Brasil

Referências
1. O Estado de S. Paulo, ed. (24 de fevereiro de 2013). «Catedral foi último desafio para
alemão» (http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,catedral-foi-ultimo-desafio-para-ale
mao-imp-,1000685). Consultado em 29 de dezembro de 2015
2. Arquidiocese de São Paulo (ed.). «Arcebispo Dom Duarte Leopoldo e Silva» (http://www.arq
uisp.org.br/historia/dos-bispos-e-arcebispos/arcebispos/dom-duarte-leopoldo-e-silva).
Consultado em 29 de dezembro de 2015
3. Marcos Eduardo Melo dos Santos (2014). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP), ed. «A Catedral Metropolitana de São Paulo por Maximilian Emil Hehl (1891 -
1916): História, arte e ecletismo na arquitetura sacra paulistana» (http://revistas.pucsp.br/ind
ex.php/reveleteo/article/viewFile/19718/14600). Consultado em 29 de dezembro de 2015
4. As torres da Sé — um esforço de 58 anos (https://acervo.folha.com.br/compartilhar.do?nume
ro=3478&anchor=5172713&pd=1f325054e62e93ff35e07a8f125017ba), Folha de S.Paulo,
primeira página, 15 de novembro de 1969
5. Na Sé, as torres marcam o fim de um longo trabalho (https://acervo.folha.com.br/compartilha
r.do?numero=3479&anchor=5172743&pd=7500f7d22b1dd999fbe7687ff5751521), Folha
deS. Paulo, primeira página, 16 de novembro de 1969
6. Torres da Sé abençoadas por D. Agnelo Rossi (https://acervo.folha.com.br/compartilhar.do?
numero=3479&anchor=5172755&pd=3fc2abf16db060a923862a5da4d714b9), Folha de
S.Paulo, página 15, 16 de novembro de 1969
7. Lívia Marra (28 de setembro de 2002). Folha de S.Paulo, ed. «Catedral da Sé reabre após
restauração que consumiu R$ 19,5 milhões» (http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ul
t95u59891.shtml). Consultado em 29 de dezembro de 2015
8. Lívia Marra (28 de setembro de 2002). Folha de S.Paulo, ed. «Altura da catedral da Sé é
equivalente a prédio de 20 andares» (http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u599
08.shtml). Consultado em 29 de dezembro de 2014

Ligações externas
SPMetropole.com - Portal sobre a cidade de São Paulo (http://www.spmetropole.com/)
Cobertura da Restauração da Catedral - Folha de S.Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/folh
a/especial/2002/catedraldase/)
Visita virtual 360 graus da Catedral da Sé São Paulo (http://www.catedralsp360.tk/)
Catedral da Sé no WikiMapia (http://WikiMapia.org/#y=-23551168&x=-46634340&z=17&l=0
&m=a&v=2)
A página da catedral em SkyscraperPage (http://skyscraperpage.com/cities/?buildingID=10
918)

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