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Curso de Desenho da Construção Civil

Aluno: Gerson Marques de Lima

Características Construtivas de Edificações no Mundo (HPAPU)

SÃO PAULO
2020
PESQUISA ARQUITETÔNICA

Curso: Desenho da Construção Civil – 2º Semestre


Professora: Naicir C. R. Bechara Andere.
Características Construtivas de Edificações no Mundo (HPAPU)

Objetivo: Relacionar em cada estilo arquitetônico as principais características construtivas


e dar exemplo de edificações no mundo, informando o arquiteto e inserindo no mínimo
uma imagem de cada estilo.

SÃO PAULO
2020
1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA EGÍPCIA

A arquitetura egípcia é marcada, principalmente, pela grandiosidade. Isto pode ser notado
em algumas de suas maiores representantes: as pirâmides. Porém, algumas outras características
também são importantes como: a simplicidade nas formas, aspecto maciço e pesado,
predominância de superfícies sobre os vazios, policromia.

Imagem 01 – templo de Edfu, Egito

1.1 IMHOTEP

O Arquiteto egípcio Imhotep. Ele chegou a fazer parte das ilustrações de uma estátua do
faraó, uma coisa muito rara pra um mortal. Após sua morte recebeu o status de divino, mesmo
fazendo parte de um grupo de plebeus.

Além de arquiteto, ele também foi filósofo e poeta, sua existência foi comprovada através
de inscrições feitas no pedestal da estátua do faraó Djoser. A sepultura de Imhotep foi construída
por ele mesmo e nunca foi encontrada, pois foi escondida com absoluto cuidado, e continua
desconhecida até hoje.
1.2 ESTILO DA ARQUITETURA

Imagem 02 – Pirâmide do Egito

Imagem 03 – Pirâmide do Egito

Ele foi o criador das lendárias pirâmides egípcias. O motivo pelo qual elas têm aquele
formato é interessante, era para quando o faraó morresse, ele a usasse como escadaria para
chegar até o céu. Havia uma necrópole real onde o faraó descansaria em paz e em cima dela a
pirâmide era constituída.
Alguns consideram o arquiteto Imhotep como o primeiro gênio da humanidade. Ele era o
mais importante ministro do reino e dominava a escrita, que antigamente era uma arte. Foi
responsável pelo primeiro conhecido edifício de pedra monumental do mundo, a Pirâmide de
Sakkara.

2. ARQUITETURA GREGA

Ictinos foi um grande arquiteto grego que junto com o seu colega  de profissão, Calícrates,
são o expoente máximo da arquitetura dórica ateniense, que uniram força e talento para
construírem o Pártenon, na Acrópole de Atenas (447- 432 a.C.), considerado por unanimidade o
mais perfeito modelo de templo grego, e que com o incomparável escultor grego, e também
arquiteto, Phídias (ou Fidias, 490-432 a. C.), compôs o trio de responsáveis pela forma final da
acrópole da capital ática.

 Conhece-se pouco sobre sua vida e o pouco que se conhece provém de alguns escritos
de Plutarco. O exemplo mais bem preservado de seus projetos é o Templo de Hefesto, em Atenas,
de ordem dórica e que foi bem preservado (um dos mais intactos originais gregos) devido o fato de
ter sido utilizado como uma Igreja Cristã por séculos.

 
Imagem 04 - templo de Hefesto, Athenas (425 a.C.)
Também é provável que ele projetou o templo de Apolo Epicurius, em Basséa, perto de
Figália, na Arcádia, o primeiro templo conhecido em ordem coríntia nas suas colunas, e que
projetou e reconstruiu o Teléstrion ou Hall dos Mistérios, em Elêusis (~430 a. C.), ampliação da
entrada do Templo a Demétrio e Perséfone, em colaboração com outros artistas, entre
eles Coroebo, Metágenes e Xenocles.

 O Parthenon era dedicado a Atena, deusa padroeira da cidade, e foi erguido durante a
administração do célebre estadista Péricles (495-429 a. C.). Ictino provavelmente, morreu em
Atenas.

Imagem 05 - Templo de Apolo em bassas (450-425 a.C)

O Parthenon era dedicado a Atena, deusa padroeira da cidade, e foi erguido durante a
administração do célebre estadista Péricles (495-429 a. C.). Ictino provavelmente, morreu em
Atenas.

Imagem 06 - Parthenon, Athenas (447-432 a.C)


3. ARQUITETURA ROMANA

O Arc de Triomphe de Paris (O Arco do Triunfo de Paris), é um dos monumentos mais


famosos do mundo. Está localizado na praça Charles de Gaulle, no extremo oeste da avenida
Champs-Élysées. Antigamente, o nome da praça era Place de l Étoile. O imperador francês
Napoleão Bonaparte decidiu construir este arco no dia 18 de fevereiro de 1806 em homenagem à
vitória em uma de suas mais importantes batalhas, a de Austerlitz (1805).

Imagem 07 – Arco do Triunfo de Paris

Foi projetado pelo arquiteto francês Chalgrin, inspirado na arquitetura romana, e atinge
uma altura de 49 metros e 45 de largura. Possui uma estátua em cada um de seus quatro pilares.
Dentro do Arco há um museu que explica sua história e construção. É possível subir ao teto, de
onde se pode ter uma vista panorâmica de alguns dos lugares turísticos mais famosos de Paris.

Imagem 08 – Panorama do Arco do Triunfo de Paris


4. AQUITETURA BIZANTINA

Famosa principalmente por sua enorme cúpula (ou domo), a Basílica de Santa Sofia é
considerada a epítome da arquitetura bizantina e é tida como tendo “mudado a história da
arquitetura”. Ela foi a maior catedral do mundo por quase mil anos, até que a Catedral de Sevilha
fosse completada em 1520. O edifício atual foi construído originalmente como uma igreja entre 532
e 537 por ordem do imperador bizantino Justiniano I e foi a terceira igreja de Santa Sofia a ocupar
o local, as duas anteriores tendo sido destruídas em revoltas civis. Ela foi projetada pelos
cientistas gregos Isidoro de Mileto, um médico, e Antêmio de Trales, um matemático.

Imagem 09 – Basílica de Santa Sofia

A igreja continha uma grande coleção de relíquias e tinha, entre outras coisas, uma
iconóstase de 15 metros de altura em prata. Ela era a sede do Patriarcado Ecumênico de
Constantinopla e o ponto central da Igreja Ortodoxa por quase mil anos. Foi ali que o Cardeal
Humberto, em 1054, excomungou o patriarca Miguel I Cerulário, iniciando o Grande Cisma do
Oriente, que perdura até hoje.

Em 1453, Constantinopla foi conquistada pelo Império Otomano sob o sultão Maomé II, o
Conquistador, que subsequentemente ordenou que o edifício fosse convertido numa mesquita. Os
sinos, o altar, a iconóstase e os vasos sagrados foram removidos e diversos mosaicos foram
cobertos por emplastro e só foram restaurados em 1931 na conversão da igreja , a um museu
secular. Diversas características islâmicas — como o mirabe, o mimbar e os quatro minaretes —
foram adicionados durante esse período. Ela permaneceu como mesquita até 1931, quando Kemal
Atatürk ordenou que ela fosse secularizada.

A Basílica de Santa Sofia permaneceu fechada ao público por quatro anos e reabriu em
1935 já como um museu da recém-criada República da Turquia. Não obstante, os mosaicos
coloridos remanesceram emplastrados na maior parte, e o edifício deteriorou-se. Uma missão da
UNESCO em 1993 notou queda do emplastro, revestimentos de mármore sujos, janelas
quebradas, pinturas decorativas danificadas pela umidade e falta de manutenção na ligação da
telhadura. Desde então a limpeza, a telhadura e a restauração têm sido empreendidas. Os
excepcionais mosaicos do assoalho e da parede que estavam cimentados desde 1453 agora são
escavados e recriados gradualmente.

Imagem 10 – Vista Panorâmica Basílica de Santa Sofia

Por quase 500 anos, a principal mesquita de Istambul, Santa Sofia serviu como modelo
para diversas mesquitas otomanas, principalmente a chamada Mesquita Azul, que fica em frente a
Santa Sofia, a Mesquita Şehzade, a Mesquita Süleymaniye, a Mesquita de Rüstem Pasha e a
Mesquita de Kılıç Ali Paşa.
5. ARQUITETURA ESTILO ROMÂNICO

Coimbra (Aeminium, na época romana) é sede episcopal desde o século V, sucedendo à


vizinha Conímbriga. Apesar da sua longa história, não há notícia da catedral até à construção da
Sé de Santa Maria de Coimbra, que teve início em 1164 por iniciativa do bispo D. Miguel Salomão.
Esta foi consagrada em 1184, embora o resto do edifício ainda não estivesse terminado e, em
1185, ali foi coroado o segundo rei de Portugal, D. Sancho I. É a única catedral portuguesa
românica, da época da Reconquista, que sobreviveu relativamente intacta até aos nossos dias.

Imagem 11 – Sé Velha de Coimbra vista panorâmica

Coimbra (Aeminium, na época romana) é sede episcopal desde o século V,


sucedendo à vizinha Conímbriga. Apesar da sua longa história, não há notícia da catedral
até à construção da Sé de Santa Maria de Coimbra, que teve início em 1164 por iniciativa
do bispo D. Miguel Salomão. Esta foi consagrada em 1184, embora o resto do edifício ainda
não estivesse terminado e, em 1185, ali foi coroado o segundo rei de Portugal, D. Sancho I.
É a única catedral portuguesa românica, da época da Reconquista, que sobreviveu
relativamente intacta até aos nossos dias.

O projeto do edifício é atribuído a mestre Roberto, de origem francesa, que


dirigia a construção da Sé de Lisboa na mesma época e visitava Coimbra periodicamente. A
direção das obras ficou a cargo de mestre Bernardo, também francês, mais tarde substituído
por mestre Soeiro, um arquiteto que trabalhou depois em outras igrejas na diocese do Porto.
É um edifício de três naves, transepto ligeiramente saliente, torre lanterna sobre o cruzeiro e
cabeceira tripartida. Esta construção marca uma rutura com o esquema das catedrais
românicas seguido até então no país (Braga e Porto) e o início de uma nova tipologia
designada de catedrais do Sul (Coimbra, Lisboa e Évora).

Imagem 12 – Sé Velha de Coimbra,entrada


6. ARQUITETURA ESTILO GÓTICA

A origem da arquitetura gótica, um estilo que definiu a Europa na Idade Média tardia,
pode ser rastreada até uma única igreja nos subúrbios do norte de Paris. A Basílica real de Saint-
Denis (Basilique royale de Saint-Denis), construída no terreno de uma abadia e um relicário
estabelecidos na Dinastia Carolíngia (800-888), foi reconstruída parcialmente sob a administração
de Abbot Suger no início do século XII ; Estas adições - utilizando uma variedade de técnicas
estruturais e estilísticas desenvolvidas na construção de igrejas românicas nos séculos
precedentes - colocariam a arquitetura medieval em um novo curso que carregaria pelo resto da
época.

Imagem 12 - Basílica real de Saint-Denis (Basilique royale de Saint-Denis)

Saint Denis de Paris foi estabelecido como o santo padroeiro do povo franco (um grupo
de pessoas que ocuparam o que é hoje conhecido como a França) no século IIV. Denis, junto com
dois companheiros, foi enviado a Paris pelo papa Fabian como um missionário, e
subsequentemente martirizado pelo imperador romano Decius [1]. A lenda diz que depois de sua
decapitação, o corpo de Denis levou sua cabeça para o local da cidade e da igreja que agora
carregam seu nome. A vila era bem estabelecida antes que o rei franco Dagobert construiu lá uma
abadia no século VII, mas os presentes generosos dos benfeitores reais e multidões de peregrinos
aumentaram seu status tanto na igreja católica como no reino da França. Apesar do significado da
abadia, no entanto, não seria alterado de forma significativa durante quinhentos anos.

Imagem 13 - Basílica real de Saint-Denis (Basilique royale de Saint-Denis) vista por dentro

Em 1122 Suger tornou-se Abade de Saint-Denis numa altura em que a própria abadia


necessitava de reforma. A Basílica de madeira, tendo sido um símbolo (e necrópole) dos
governantes franceses merovíngios, carolíngios e capetianos e sediando relíquias da Paixão, era
demasiado pequena para acomodar as multidões de peregrinos que atraía durante as festas e
festivais. [3] O próprio Saint Denis também havia sido ordenado recentemente como o padroeiro
oficial da França pelo rei Luís VI, dando ênfase ainda maior à abadia que levava seu nome.
Infelizmente para as ambições de Suger, ele não poderia simplesmente demolir a velha igreja para
abrir caminho para o novo - acreditava-se amplamente que ela fora consagrada pelo próprio Jesus
Cristo.
7. ARQUITETURA RENASCENTISTA

7.1 PRINCIPAIS ARQUITETOS E OBRAS RENASCENTISTAS

Filippo Brunelleschi (1377-1446): arquiteto e escultor italiano. De suas obras


arquitetônicas merecem destaque a Cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiore, o Hospital dos
Inocentes, o Palácio Pitti e a Capela Pazzi, todas em Florença.

Imagem 14 - Cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiore


Imagem 15 - Cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiore visão panorâmica
Michelangelo di Lodovico (1475-1564): pintor, escultor e arquiteto italiano. De suas obras
arquitetônicas destacam-se a fachada para a Basílica de São Lourenço, a Biblioteca Laurenciana,
ambas em Florença. Além disso, participou da reforma da Basílica de São Pedro, em Roma.

Imagem 16 - Biblioteca Laurenciana – salão interno


Imagem 17 - Biblioteca Laurenciana - escadas

Rafael Sanzio (1483-1520): pintor e arquiteto italiano que também colaborou no projeto


arquitetônico da Basílica de São Pedro, em Roma. Além disso, projetou a Villa Madama, um bairro
da capital italiana.

Imagem 18 - Basílica de São Pedro


Imagem 19 - Basílica de São Pedro

Donato Bramante (1444-1514): arquiteto italiano que contribuiu para a construção da


Basílica de São Pedro, em Roma. Além disso, trabalhou no projeto da Igreja de São Pedro em
Montorio na capital italiana.

Imagem 20 - São Pedro em Montorio na capital italiana


Giulio Romano (1499-1546): pintor e arquiteto italiano, participou do projeto do Palácio
do Té (Palazzo del Te), em Mântua, uma de suas obras mais emblemáticas.

Imagem 21 - Palácio do Té (Palazzo del Te), em Mântua


8. ARQUITETURA BARROCA

 É um estilo arquitetônico praticado durante o período barroco, precedido pelo


Renascimento e Maneirismo. Ele foi predominante na Europa entre os séculos XVI e primeira
metade do século XVIII. A palavra barroco significa “pérola irregular, imperfeita”.

Os principais arquitetos do barroco foram Borromini, Bernini e Guarini que contribuíram


para a vasta quantidade de obras barrocas presentes em toda Europa e principalmente na Itália.
Imagem 22 - Palácio Carignano – Guarini.

Imagem 23 - Palácio Carignano – Guarini, vista panorâmica

9. ARQUITETURA ROCOCO

A arquitetura rococó surgiu em torno da década de 1700, em Paris, e foi usada,


inicialmente, em decoração de interiores. Primeiramente, desenvolveu-se na França como um
desdobramento do barroco, representando um estilo mais leve e intimista e, em seguida, difundiu-
se por toda a Europa.
Caracterizada pela utilização de curvas e pelo forte caráter decorativo, a arquitetura
rococó apareceu como uma oposição aos excessos e às suntuosidades do barroco. Logo, ficou
conhecida por sua natureza hedonista e aristocrática, manifestada com delicadeza e elegância. 

Imagem 24 - Piazza di San Pietro – Bernini.

9.1 CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA ROCOCÓ

As características da arquitetura rococó são várias, entre elas:  

 leveza dos traços;


 suavidade e luminosidade das cores;
 linhas curvas;
 ausência de interferência religiosa em quase todos os lugares (o Brasil, é claro, é uma das
exceções);
 busca pelo refinado e exótico;
 design elegante;
 paisagens e representações da natureza pintadas nos tetos;
 formatos ovais;
 portas e janelas maiores com arcos;
 menores proporções;
 uso do ferro forjado em grades para varandas, lagos, portas e jardins;
 salão principal como centro das dependências;
 utilização de materiais que imitam mármores; e
 paredes claras.

9.2 ARQUITETURA ROCOCÓ NA EUROPA

A arquitetura rococó na Europa foi marcada pela sensibilidade, percebida na distribuição


dos ambientes interiores, destinados a valorizar um modo de vida individual e caprichoso. Essa
manifestação adquiriu importância principalmente no sul da Alemanha e na França. 

O rococó nasceu em Paris e despontou como uma reação da aristocracia francesa contra
o barroco suntuoso, palaciano e conservador praticado no período de Luís XIV. Em seguida, o
estilo se propagou para outros lugares do mundo. 

A arquitetura rococó na Europa acompanhou a corrente artística e se manifestou


principalmente na decoração dos espaços interiores. Feito de forma detalhada e contando com
salões ovais, esse estilo arquitetônico apresentava paredes com pinturas luminosas e suaves. Na
parte externa, os edifícios refletiam um barroco sem exageros ou o estilo clássico dos
renascentistas italianos. 

Imagem 25 - Hôtel de Soubise, construído por  Germain Boffrand e decorado por Nicolas Pineau, em Paris. 

Já na Alemanha, a maioria dos edifícios foi construída no sul católico, entre 1710 e 1750,
após a Guerra dos Trinta Anos. Nesse período, os construtores das igrejas do local foram
especialmente influenciados pelo estilo rococó, expressando uma mistura entre as diversas artes. 
Os irmãos Zimmermann (Dominikus e Johann) foram bastante influenciados por esse
estilo. Demonstraram isso ao projetaram abadias e igrejas de peregrinação características desse
movimento, como a famosa Die Wies, na Bavária. Essa obra contou com a mistura das cores
branca e rosas, e a sua delicadeza ficou tão evidente que a igreja foi comparada com uma caixa
de jóias. 

Imagem 26 – Igreja Die Wies, na Bavária

Na mesma região também se destacou o palácio episcopal de Würzburg. Projetado


por Balthasar Neumann e construído entre 1719 e 1744, sua célebre sala imperial conta com
pinturas afresco de Tiepolo. 
Imagem 27 – Palácio episcopal de Würzburg

De forma geral, essa corrente de arquitetura ficou conhecida por edifícios baixos,
proporções menores, fachadas alinhadas e ângulos retos suavizados por curvas. Internamente, a
decoração ficou caracterizada por seu caráter ornamental e rico em detalhes, com formatos ovais,
pinturas suaves e luminosas, além de espelhos e o uso de flores nos detalhes.  

Imagem 28 – Arquitetura Rococó parte interna


9.3 ARQUITETURA ROCOCÓ NO BRASIL

A arquitetura rococó no Brasil foi bastante influenciada por temas religiosos, e isso pode
ser notado pelo visual das igrejas do século XVIII. Com linhas arquitetônicas claras e estilo
equilibrado, essas construções se destacaram pela leveza e originalidade. 

Nos Estados de Minas Gerais, Belém, Pernambuco e Bahia encontramos obras com a
tendência religiosa assumida por esse estilo arquitetônico.  

A Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, Mina Gerais, é um dos exemplos
mais conhecidos do estilo rococó no Brasil. 

Imagem 29 – Igreja de São Francisco de Assis,  em Ouro Preto, Mina Gerais


Outra obra que merece enfoque é a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em
Salvador, na Bahia. A fachada, construída pelo mestre-de-obras Caetano José da Costa em 1780,
tem estilo rococó. O retábulo, por sua vez, data de 1871, aos moldes neoclássicos, do entalhador
João Simões F. de Souza. 

Imagem 30 – Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Salvador, na Bahia


9.4 QUAL A DIFERENÇA ENTRE A ARQUITETURA BARROCA E A ROCOCÓ?

Há algumas diferenças entre a arquitetura barroca e a rococó. São elas:

1. enquanto a arquitetura barroca representa a religião, a rococó reproduz a nobreza e os


prazeres da vida;

2. o estilo arquitetônico barroco é conhecido pelo exagero, já o rococó se caracteriza pela


leveza;

3. o estilo rococó se destaca por suas cores leves e vivas, já o barroca é famosa pelo uso de
tons sombrios; 

4. enquanto a barroca tem como foco o exterior e as fachadas, a rococó valoriza os interiores;

5. o estilo arquitetônico barroco enfatiza os tetos e as cúpulas altas, enquanto o rococó


favorece as curvas e as estruturas graciosas.

A arquitetura rococó valorizava a leveza nos interiores, cheios de obras de arte.

10. ARQUITETURA NEOCLÁSSICA

A arquitetura neoclássica teve destaque na Europa entre a segunda década do


século XVIII até o XIX. Ela nasceu com o objetivo de resgatar a cultura clássica na Europa
Ocidental.

Para os arquitetos e artistas daquela época, era a hora de retomar as


características da arquitetura grega  e romana  e adaptá-las à idade moderna.

E de onde veio essa vontade?

Com o iluminismo do século XVIII, vários intelectuais e filósofos começaram a


estudar com mais interesse as obras do passado.

Além disso, o descobrimento das cidades de Pompeia e Herculano também


despertou esse interesse e influenciou a criação da arquitetura neoclássica.

Elas foram preservadas em partes após a erupção do Vulcão Vesúvio, e durante as


escavações realizadas a partir do século XVIII foram encontrados vários painéis, murais e
objetos das cidades.

Diante desse contexto, a arquitetura neoclássica nasceu e trouxe de volta diversas


características das obras clássicas.
10.1 CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA NEOCLÁSSICA

 uso da proporção e simetria


 plantas retangulares, geométricas, simétricas
 uso das 3 principais ordens de arquitetura da antiguidade (Coríntia, Dórica e Jônica)
 materiais nobres (pedra, mármore, granito, madeiras)
 processos técnicos avançados
 sistemas construtivos simples
 linhas ortogonais
 formas regulares, geométricas e simétricas
 volumes corpóreos, maciços, bem definidos por planos murais lisos
 uso de abóbada de berço ou de aresta
 uso de cúpulas
 frontões triangulares

10.2 ARQUITETURA NEOCLÁSSICA NA EUROPA

O estilo neoclássico sucedeu a arquitetura barroca e rococó nos países da Europa.


Ele foi um movimento de oposição a esses estilos, considerados exagerados, rebuscados e
muito complexos.

10.3 ARQUITETURA NEOCLÁSSICA NA FRANÇA

A transição da arquitetura barroca francesa para o estilo neoclássico começou em


meados do século XVII com as obras do arquiteto Ange-Jacques Gabriel.

A Revolução Francesa (1789 – 1799) também contribuiu para o avanço da


arquitetura neoclássica, pois Napoleão Bonaparte quis construir várias obras para mudar a
cara do país e mostrar seu poder.

A arquitetura francesa tem uma das mais belas obras neoclássicas do mundo: o


Panteão de Paris.
Imagem 31 - Arquitetura neoclássica, Panteão de Paris

Imagem 32 - Arquitetura neoclássica: Igreja de la Madeleine


Imagem 33 - Arquitetura neoclássica: Grand Théâtre

10.4 ARQUITETURA NEOCLÁSSICA NA FRANÇA

No início do século XVII, o arquiteto inglês Inigo Jones começou a divulgar na


Inglaterra o trabalho de Andrea Palladio, um dos maiores nomes da arquitetura
italiana naquela época.

O chamado estilo palladiano agradou tanto que permaneceu por muitas décadas
na arquitetura inglesa, até receber pequenas alterações do arquiteto Robert Adam.

Ele, que é considerado por muitos o maior arquiteto da segunda metade do século
XVIII, deu origem a arquitetura neoclássica na Inglaterra.

O conceito pitoresco é uma das características da arquitetura neoclássica inglesa.


Imagem 34 - Arquitetura neoclássica: Museu Britânico

Imagem 35 - Arquitetura neoclássica: Saint George’s Hall


10.5 ARQUITETURA NEOCLÁSSICA NA ITALIA

A Itália é o berço da arquitetura barroca, antecessora da arquitetura neoclássica.

Foi a partir da segunda metade do século XVII que as primeiras obras neoclássicas
surgiram no país, mas sua expansão até estados menores demorou bastante tempo.

Esses locais eram comandados por governos estrangeiros na época, e a ausência


de uma cultura unitária junto com a pobreza das regiões não contribuía para o surgimento
de um novo estilo arquitetônico.

Além disso, a Itália também teve um período barroco tardio em Roma. Por esse
motivo, é comum que as obras da arquitetura neoclássica italiana tenham alguns elementos
barrocos.

10.5.1 OBRAS DA ARQUITETURA NEOCLÁSSICA ITALIANA

Imagem 36 - Arquitetura neoclássica: Fachada da Basílica de San Francesco di Paola


Imagem 37 - Arquitetura neoclássica: San Simone Piccolo

Imagem 38 - Arquitetura neoclássica: Igreja de San Nicola da Tolentino


10.6 OBRAS DA ARQUITETURA NEOCLÁSSICA PORTUGUESA

A primeira obra da arquitetura portuguesa construída no estilo neoclássico foi


importada da Itália. Trata-se da capela de São João Batista na igreja de São Roque de
Lisboa.

O arquiteto português José da Costa e Silva se destacou nessa época e realizou


grandes projetos de arquitetura neoclássica.

10.6.1 OBRAS DA ARQUITETURA NEOCLÁSSICA PORTUGUESA

Imagem 39 - Arquitetura neoclássica: Palácio da Bolsa


Imagem 40 - Arquitetura neoclássica: Palácio Nacional da Ajuda

Imagem 41 - Arquitetura neoclássica: Teatro Nacional de S. Carlos


11. ARQUITETURA BEAUX-ARTS

A arquitetura Beaux-Arts foi o estilo arquitetônico académico ensinado na École des


Beaux-Arts em Paris, particularmente entre a década de 1830 e o final do século XIX. Baseou-se
nos princípios do neoclassicismo francês, mas também incorporou elementos góticos e
renascentistas, e usou materiais modernos, como ferro e vidro. Foi um estilo importante na França
até o final do século XIX. Também teve uma forte influência na arquitetura nos Estados Unidos,
por causa dos muitos proeminentes arquitetos americanos que estudaram na Beaux-Arts, incluindo
Henry Hobson Richardson, John Galen Howard, Daniel Burnham e Louis Sullivan.

Imagem 42 - Aquitetura Beaux-Arts

O estilo “Beaux Arts” evoluiu do classicismo francês do estilo Louis XIV, e depois do
neoclassicismo francês, começando com Louis XV e Louis XVI. Os estilos arquitetônicos franceses
antes da Revolução Francesa eram governados pela Académie royale d’architecture (1671–1793)
e, depois da Revolução Francesa, pela seção de Arquitetura da Académie des Beaux-Arts. A
Academia disputava o “Grande Prêmio de Roma”. “na arquitetura, que ofereceu aos vencedores
uma chance de estudar a arquitetura clássica da antiguidade em Roma.
O estilo conhecido como Beaux-Arts em inglês atingiu o ápice de seu desenvolvimento
durante o Segundo Império (1852-1870) da Terceira República que se seguiu. O estilo de
instrução que produziu a arquitetura Beaux-Arts continuou sem grande interrupção até 1968.

O estilo Beaux-Arts influenciou fortemente a arquitetura dos Estados Unidos no período


de 1880 a 1920. Em contraste, muitos arquitetos europeus do período 1860-1914 fora da França
gravitaram longe da Beaux-Arts e em direção a seus próprios centros acadêmicos nacionais.
Devido à política cultural do final do século XIX, os arquitetos britânicos do classicismo imperial
seguiram um curso um pouco mais independente, um desenvolvimento que culminou nos prédios
do governo de Sir Edwin Lutyens em Nova Deli.

Todos os arquitetos em treinamento passaram pelos estágios obrigatórios – estudando


modelos antigos, construindo analos, analisando modelos gregos ou romanos, estudos de “bolsos”
e outros passos convencionais – na longa competição pelos poucos lugares desejáveis na
Académie de France. Roma (alojada na Villa Medici) com os requisitos tradicionais de enviar, a
intervalos, os desenhos de apresentação chamados de envois de Rome.

Imagem 43 – Aquitetura estilo Beaux-Arts


A arquitetura Beaux-Arts dependia de uma decoração escultórica ao longo de linhas
modernas e conservadoras, empregando fórmulas barrocas e rococó francesas e italianas
combinadas com um acabamento impressionista e realismo. Na fachada mostrada à direita, Diana
agarra a cornija em que se senta em uma ação natural típica da integração Beaux-Arts de
escultura com arquitetura.

Detalhes levemente superescalados, consoles de suporte esculturais ousados, cornijas


ricas em profundidade, guirlandas e enriquecimentos esculturais no final mais brilhante que o
cliente podia dar deram emprego a várias gerações de modeladores de arquitetura e escultores de
origens da Itália e da Europa Central. Um senso de linguagem apropriada no nível do artesão
apoiou as equipes de design dos primeiros escritórios de arquitetura verdadeiramente modernos.

12. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DE EDIFICAÇÕES NO BRASIL

12.1 ARQUITETURA COLONIAL NO BRASIL

Imagem 44 - Arquitetura colonial na cidade de Ouro Preto


Ouro Preto em Minas Gerais, Olinda em Pernambuco e Salvador na Bahia. O que todas
estas cidades têm em comum?

A arquitetura colonial é a arquitetura realizada no território brasileiro desde 1500, ano do


descobrimento do Brasil pelos portugueses, até a independência, em 1822.

Imagem 45 – Arquitetura Colonial de Olinda

Durante o período colonial, os colonizadores importaram o estilo da Europa ao Brasil,


adaptando as condições da colônia. No Brasil nós encontramos edifícios coloniais com traços
renascentistas, maneiristas, barrocos, rococós e neoclássicos.

Imagem 46 - As portas e janelas tem um charme especial


A transição entre estes estilos aconteceu de maneira progressiva ao longo dos séculos e
a classificação de todos esses períodos e estilos artísticos do Brasil colonial é motivo de debate
entre vários especialistas. Resolvemos deixar a discussão para eles e só apreciar esse estilo
arquitetônico maravilhoso, que é patrimônio histórico e cultural do nosso país.

Imagem 47 -Arquitetura colonial em Salvador

A importância de todo esse legado arquitetônico e artístico colonial no Brasil é declarada como
Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Imagem 48 - Arquitetura colonial em São Sebastião


Salvador, Ouro Preto, Olinda, Diamantina, São Luís do Maranhão, Goiás Velho, o
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas do Campo e as ruínas das Missões
Jesuíticas Guarani em São Miguel das Missões são centros históricos tombados.

Imagem 49 - Paraty e a arquitetura colonial

A arquitetura colonial é apaixonante e está aí para ser apreciada por todos nós, é um
patrimônio do nosso país. Nossa cultura é riquíssima e a arte e arquitetura colonial são símbolos,
contam a nossa história.

12.2ARQUITETURA BARROCA NO BRASIL

Considerado um dos mais emblemáticos exemplos de arquitetura barroca


brasileira, o Convento e Igreja de Santo Antônio (Cairu), na Bahia, é a obra precursora
desse estilo.

Criada pelo Frei Daniel de São Francisco, a fachada dessa construção é


considerada uma obra-prima e contou com a inserção de elementos inovadores. Logo,
ficou famosa e seu modelo foi imitado em muitas construções seguintes.
Imagem 50 – Arquitetura no estilo Barroco

Vale destacar que as construções sacras são consideradas símbolos da


arquitetura barroca no Brasil. Suas primeiras obras aconteceram no século XVI e
contaram com técnicas bastante simples, por meio da utilização de elementos como o pau
a pique e o bambu.

Com o passar do tempo, outros elementos, como alvenaria e taipa foram


agregados à arquitetura barroca no Brasil.

Arquitetura Barroca mineira

A arquitetura barroca mineira foi, sem dúvida, a mais emblemática representante


desse estilo no Brasil. Sua importância teve início em uma fase específica de nossa
história, quando Minas Gerais chamou a atenção por apresentar grandes depósitos de
ouro e diamantes.

Assim, o estado contou com uma forte movimentação comercial que, como
consequência, promoveu a cultura do local. Além disso, a arquitetura barroca mineira
sofreu forte influência do catolicismo por meio de irmandades religiosas, um grupo
formado por artistas, escravos e profissionais liberais.

Essas irmandades influenciaram muito o estilo da região, que apresentou características


do estilo rococó, marcado pela valorização dos espaços interiores. Um dos exemplos
mais icônicos é o teto da Igreja de São Francisco de Assis (Ouro Preto), pintado por Manuel da
Costa Ataíde, o Mestre Ataíde.  

Imagem 51 – Pintura no estilo Barroco


No entanto, em 1750, depois de ser muito explorado, o ouro começou a se tornar
escasso na região. Dessa forma, toda a movimentação social e cultural também entrou em
declínio. Porém, como um aparente paradoxo, foi exatamente nesse momento que
Aleijadinho e Mestre Ataíde, por meio de suas obras, conquistaram o sucesso. Logo,
ambos acabaram se tornando os mais conhecidos representantes do estilo barroco, sendo
Aleijadinho considerado um dos arquitetos mais importantes da época.

Presente em Ouro Preto, a Igreja de são Francisco de Assis é uma das mais belas
obras de arquitetura de Minas Gerais. Apesar de não haver provas concretas, alguns
estudiosos afirmam que a obra foi construída por Aleijadinho.

Imagem 52 - Igreja de são Francisco de Assis


Vale ressaltar que é Minas Gerais o estado que apresenta o maior repertório de obras de
estilo barroco no Brasil. Muitas delas apresentam riqueza de detalhes, rebuscamento e o ouro
como recurso decorativo.

12.3ARQUITETURA GÓTICA NO BRASIL

Antes de mais nada, devemos salientar que durante a Idade Média não foram erigidas no
Brasil construções de estilo gótico.

Portanto, quando falamos de “gótico no Brasil” estamos nos referindo ao “neogótico”.


Esse estilo surgiu em fins do século XIX e esteve inspirado na arte gótica do medievo.

Imagem 53 – Catedral da Sé

No Brasil, as principais construções que carregam características desse estilo são:

 Catedral da Sé (SP)
 Catedral de Santos (SP)
 Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem (MG)
 Igreja do Santuário do Caraça (MG)
 Catedral Metropolitana de Fortaleza (CE)
 Catedral Metropolitana de Vitória (ES)
 Catedral de Petrópolis (RJ)
 Palácio da Ilha Fiscal (RJ)
12.4 OBRAS DA ARQUITETURA NEOCLÁSSICA BRASILEIRA

Em 1816, o Brasil recebeu um grupo chamado Missão Artística Francesa. Ele era
composto por pintores, arquitetos, escultores, gravadores de peças, mecânicos, ferreiros,
entre outros profissionais.

Um dos integrantes desse grupo foi o arquiteto Grandjean de Montigny. É dele o


projeto da Academia Imperial das Belas Artes, inaugurada em 1826 no Rio de Janeiro.

Em 1822, ela passou a ser conhecida como Escola Belas Artes.

A instituição foi a principal responsável pela reorganização de todo o sistema das


artes visuais e arquitetura brasileira.

Foi dessa forma que a arquitetura neoclássica passou a ser o padrão para as obras
do país naquele período.

Após chegar no Rio de Janeiro, a arquitetura neoclássica se espalhou por outras


cidades. Ele também deu origem à arquitetura eclética no Brasil, uma mistura de estilos
arquitetônicos anteriores para a criação de uma nova linguagem arquitetônica.

ARQUITETURA NEOCLÁSSICA NO BRASIL

Imagem 54 - Arquitetura neoclássica: museu da caixa


Imagem 55 - Arquitetura neoclássica: Pinacoteca de São Paulo

Imagem 56 - Arquitetura neoclássica: Palácio de Liberdade – Curitiba

12.5 ARQUITETURA ECLÉTICA NO BRASIL


O Ecletismo foi um estilo arquitetônico que teve início no Brasil ao final do século XIX e
perdurou até as primeiras décadas do século XX. É basicamente a mistura de estilos
arquitetônicos que exibiam elementos da arquitetura clássica, gótica, barroca e neoclássica

Imagem 57 – Arquitetura Neoclássica

Imagem 58 – Arquitetura Neoclássica Mercado Municipal


O processo de passagem do Neoclassicismo para o Ecletismo foi um processo gradual,
gerado dentro da Academia de Belas Artes, fundada durante o período Neoclássico. Até os anos
1870 os edifícios ainda eram de características neoclássicas, a partir daí o Ecletismo surge de
maneira quase que absoluta, deixando pouco espaço para os estilos que surgiram posteriores a
ele como o Art Nouveau ou o Art Déco.

12.6ARQUITETURA ART NOUVEAU NO BRASIL


O Art Nouveau no Brasil começou a surgir no começo do século XX.A
primeira obra de Art Nouveau em São Paulo foi o edifício Vila Penteado, projetado
pelo arquiteto sueco Carlos Ekman e finalizada em 1902.

Trata-se de duas casas em uma só, idealizada para abrigar duas importantes
famílias paulistas. A obra tem dois pavimentos e mais de 60 cômodos.

Em 1949, o edifício foi doado à USP e passou a abrigar a Faculdade de


Arquitetura e Urbanismo até 1968. Hoje ele é sede do curso de pós-graduação da
mesma faculdade.

Imagem 59 - Art Nouveau: Vila Penteado atualmente


Outra obra de Art Nouveau presente em São Paulo é o Viaduto da Santa Efigênia,
projetado pelo italiano Giulio Micheli. A curiosidade é que a sua estrutura veio totalmente
pré-fabricada da Bélgica.

Imagem 60 - Art Noaveau: Viaduto Santa Efigênia

Nas artes, o nome que se destacou no Art Nouveau no Brasil foi  Eliseu Vinconte. O
premiado pintor e designer percorreu alguns estilos, entre ele o Art Nouveau.

Essa influência veio após uma viagem à Paris para aperfeiçoar seus estudos na
Academia Imperial de Belas Artes.O artista é o responsável pela decoração interna do
Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Imagem 61 - Art Nouveau: Castelinho da Brigadeiro (São Paulo)

Imagem 62 - Art Nouveau: Colégio Santa Inês (São Paulo)


Imagem 63 - Art Noaveau: Confeitaria Colombo

Sem dúvida, o Art Nouveau é um que estilo trouxe grandes transformações


para as artes, arquitetura e decoração.

12.7 ARQUITETURA ART DÉCO NO BRASIL

No Brasil, a Art Déco manifestou-se a partir de 1920, principalmente na arquitetura.

Merece destaque o escultor ítalo-brasileiro Victor Brecheret (1894-1955) e algumas de


suas obras com influência notória desse estilo são: Daisy (1921) e Luta da Onça (1947-48).

Algumas construções com influência da Art Déco no Brasil são:

 Elevador Lacerda em Salvador;

 Viaduto do Chá e o Estádio do Pacaembu em São Paulo;

 Teatro Carlos Gomes, o interior da sorveteira Cavé, O Cristo Redentor a Central do Brasil
no Rio de Janeiro;

 Estação Ferroviária e o Coreto da Praça Cívica em Goiânia;


 a Biblioteca Municipal Félix Araújo, em Campina Grande.

Imagem 64 - Fachada do Estádio do Pacaembu em São Paulo

Principais Artistas da Art Déco

 Emil Nolde (1867-1956) - pintor alemão

 Erich Heckel (1883-1970) - pintor e ilustrador alemão

 Ernst Ludwig Kirchner (1880-1938) - pintor alemão

 Fritz Bleyl (1880-1966) - designer alemão

 Joost Schmidt (1883-1948) - designer gráfico alemão

 Karl Schmidt-Rottluff (1884-1976) - pintor e gráfico alemão

 László Moholy-Nagy (1895-1946) - designer e pintor húngaro

 Maurice Ascalon (1913-2003) designer industrial israelense

 Max Pechstein (1881-1955) - pintor e artista gráfico alemão

 Otto Mueller (1874-1930) - pintor e gravurista alemão


 Paul Poiret (1879-1944) - designer francês

 René Lalique (1860-1945) - designer e escultor francês

 Sonia Delaunay (1885-1979) - estilista, pintora e designer russo-francesa

 Walter Gropius (1883-1969) - arquiteto alemão

 William Van Alen (1883-1954) - arquiteto norte-americano

12.8 ARQUITETURA MODERNA NO BRASIL

O arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer  (1907-2012) é um dos maiores


representantes da arquitetura moderna no mundo.

Sua carreira começou em 1935, no escritório de arquitetura de  Lúcio Costa . Em


1938, ele partiu para Nova York e, juntamente com Lúcio, projetou o Pavilhão Brasil na Feira
Mundial.
Imagem 65 - Arquitetura Moderna: Pavilhão Brasil na Feira Mundial, em Nova York

Depois de outros projetos internacionais e da construção de Pampulha, em Minas


Gerais, Oscar Niemeyer recebe o convite do presidente Juscelino Kubitschek para projetar a
nova capital brasileira, Brasília.

Dentre as principais obras da arquitetura moderna de Niemeyer, estão o Palácio da


Alvorada, o Congresso Nacional e Palácio do Planalto.

Imagem 66 - Arquitetura Moderna: Palácio da Alvorada


Imagem 67 - Arquitetura Moderna: Congresso Nacional

12.9 ARQUITETURA PÓS-MODERNIDADE


A arquitetura pós-moderna é um termo genérico para designar uma série de novas
propostas arquitetônicas cujo objetivo foi o de estabelecer a crítica à arquitetura moderna, desse
ponto surge uma nova corrente arquitetônica, desta vez antagônica ao modernismo como um todo,
o chamado “pós-modernismo”. A expressão pós-modernismo tentava identificar tudo o que vinha
após o modernismo. No entanto, é difícil definir esse movimento, porque ele bebeu de todas as
fontes arquitetônicas ocidentais, até mesmo do modernismo, apesar de renegá-lo em muitos
aspectos.

Surgiu a partir da década 60 e perdurou até o início da década de 90 . Seu auge é


associado à década de 80 (e final da década de 70) em figuras como Robert Venturi, Philip
Johnson e Michael Graves nos Estados Unidos, Aldo Rossi na Itália, e na Inglaterra James Stirling
e Michael Wilford, entre outros.

Imagem 68 - Museu de Mineralogia, Belo Horizonte, Minas Gerais, Éolo Maia.


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Imagem 69 - Centro Empresarial Cidade Jardim, Salvador-BA, Fernando Peixoto .

COMPARAÇÕES

Pós-Modernismo Modernismo

Simbolismo figurativo Simbolismo Insinuado

Ornamento aplicado Ornamento integrado

Arquitetura heterogênea Arquitetura pura

Arquitetura populista Arquitetura elitista

Evolutiva, seguindo ideais históricos Revolucionária

Convencional e configuração barata Singular, arrojada até heróica

Fachadas frontais belas e luxuosas Todas as fachadas tratadas iguais

Construção convencional Tecnologia progressiva

Aceita escala de valores do cliente Ideal do arquiteto


12.10 ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA NO BRASIL E SUAS CARACTERÍSTICAS

As principais características da arquitetura contemporânea brasileira não são diferentes


das outras espalhadas pelo mundo. Entre seus destaques estão:

 a busca por luz natural, por meio de claraboias ou janelas amplas;

 o reaproveitamento de materiais ou uso de matéria proveniente da natureza;

 a reciclagem e utilização de materiais que não agridam o meio ambiente.

É importante destacar também a busca por individualidade e personalidade, exprimidas


nos projetos contemporâneos: os arquitetos buscam, cada vez mais, transpor os limites da
tradição e inovar tanto em forma quanto em funcionalidade.

No âmbito da forma, destacam-se as construções irregulares, fragmentadas ou de


aparência distorcida, com grandes janelas que convidam a luz natural a entrar e materiais
reutilizados, como pallets industriais e madeira de demolição.

O material reciclado não se torna apenas uma forma de preservar o meio ambiente, mas
também uma estética almejada, uma forma financeiramente mais acessível de decorar
ambientes.

Já no que diz respeito à funcionalidade, as edificações contemporâneas buscam maneiras


de trazer conforto através do design orgânico. Os edifícios verdes são uma solução que vem
sendo cada vez mais explorada.

Além de aproveitarem melhor o espaço, com os telhados vivos que podem funcionar
como hortas para os próprios moradores, essa área verde também ajuda a regular a temperatura.
Em conjunto com a valorização da luz natural, os telhados vivos garantem também menos custos
com energia.

A arquitetura contemporânea no Brasil é fortemente marcada pelo minimalismo.

Ainda influenciados pelas referências modernistas, os arquitetos ajustam os padrões


estéticos vindos de tradições anteriores à demanda da atualidade: a convivência com a tecnologia
e a demanda por soluções menos danosas ao meio ambiente.

Um dos pioneiros e talvez o nome mais importante da arquitetura contemporânea


brasileira é Oscar Niemeyer, cujas edificações são cartão-postal de diversos destinos brasileiros e
internacionais.

Um de seus mais famosos edifícios é o Museu de Arte Contemporânea, em Niterói. O


projeto de construção de Brasília, capital brasileira, também foi elaborado por Niemeyer.
Imagem 70 – Museu de Arte Contemporânea de Oscar Niemeyer

Outro importante arquiteto contemporâneo brasileiro é Ruy Ohtake, que nasceu em 1938
em São Paulo e se formou em arquitetura pela Universidade de São Paulo aos vinte e dois anos.
Ohtake já executou mais de 300 projetos arquitetônicos, sendo o mais conhecido deles o
imponente Hotel Unique, em São Paulo.

Imagem 71 - Hotel Unique, em São Paulo | Foto: Nelson Kon


CONCLUSÃO

Achei a proposta do trabalho muito interessante e enriquecedora para o aprendizado dos


diversos estilos Arquitetônicos de vários países, que envolvem muitas histórias além de cultura e
aprendizado, vemos a importância dos profissionais da construção, e uma grande inspiração para
nossas carreiras na Arquitetura e Construção Civil.

É importante salientar as diversas culturas que existem pelo mundo, o homem sempre quis
mostrar a importância das suas crenças através de templos e construções, isso mostra o quanto
estamos ligados com a arquitetura, cabe a reflexão que até em nossas casas somos influenciados
pelo nossos valores religiosos e humanos para executar uma construção e decorar nosso
ambiente.

Gostei muito de ter feito esse trabalho, que mostra a importância de termos essa reflexão
sobre as construções, conhecer os valores, as crenças e principalmente os diversos estilos
arquitetônicos é muito importante para um bom profissional.

Gerson Marques de Lima


REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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