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IGREJA DO COLÉGIO DO ESPÍRITO

SANTO

Afonso Gonçalves | Arianna Reyes | Felipe Rodas | Tiago Andrade Yanara Campos

Arquitetura: Renascimento e do Barroco 2022/2023


A Igreja do Espírito Santo de Évora está integrada no
complexo do Colégio do Espírito Santo e apresenta um plano
arquitetónico inspirado em S. Francisco de Évora (planta, alçados
interiores e desenho da fachada axial), embora tenha sido adaptada à
arquitetura característica da contrarreforma. Esta é considerada uma
das principais igrejas da Companhia de Jesus, com um importante
papel no que concerne ao contexto da arquitetura portuguesa.

Companhia de Jesus e da sua missão no âmbito da Contrarreforma

Segundo Reimers Ortiz a companhia de Jesus foi a resposta


católica à Reforma Protestante. A educação era um instrumento para
sua expansão, por isso ela foi, por excelência, instrumento de
mudança e de renovação do ensino no séc. XVI.
Nesse momento histórico, a Companhia de Jesus, única na
Europa, surgiu como grande instrumento de promoção da formação,
tendo como primeiro documento norteador a Constituição redigida
pelo fundador da Ordem, Inácio de Loyola. (Reimers Ortiz, 2017)

Inácio de Loyola
Inácio de Loyola nasceu em 1491 na família aristocrática da
família Loyola, em Espanha. Enquanto jovem viveu em casa de Juan
de Velázquez, tesoureiro dos monarcas católicos da Espanha, que o
acompanhou até à sua morte. Aprendeu práticas militares, o uso de
armas e o gosto pela cavalaria.
Em 1521 foi gravemente ferido durante uma batalha. Esta
situação permitiu-lhe dedicar-se à leitura de livros, entre outros,
livros espirituais como a vida de Cristo e a vida dos Santos. A partir
desse acontecimento tornou-se cavaleiro de Cristo, na batalha de
Pamplona.

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Recuperado da doença e depois de confessado, renunciou às


suas vestes e armas, passando a viver em atitude de sacrifício e
penitência.

Fundação da Companhia de Jesus


Segundo Reimers Ortiz, a história dos jesuítas pode ser dividida
em duas etapas de acordo com a cronologia. A primeira, abrangendo
a Sociedade desde sua fundação em 1540 até sua abolição em 1767.
D. José I (1714-177) foi quem impulsionou a expulsão, em 1759,
tanto da Companhia de Portugal, como a de todo o império com o
objetivo de conseguir a extinção da ordem religiosa que só acabou
por acontecer anos mais tarde. Esta primeira etapa é chamada de
Sociedade Antiga, e a segunda é definida como Companheira.
Enquanto Inácio estudava em Paris, juntam-se a ele os seus
primeiros seis seguidores, os quais estavam entre os dez membros
fundadores da Companhia de Jesus. A educação que recebem em
Paris, conforma-se com "o programa sacerdotal cultivado pelas
Ordens Mendicantes durante séculos".

Concílio de Trento
O Concílio de Trento lançou uma série de processos de expansão
católica como forma de combater o protestantismo.
“A ação era característica tanto do sentimento religioso
reformista quanto das estratégias definidas em Trento. Daquele
concílio, saiu todo um programa para reconquistar os reinos que
haviam sido perdidos para o protestantismo (…)” (COSTA; OLIVEIRA,
2016, p.56).
Em Roma, aliaram-se a pessoas influentes e conquistaram a
atenção do Cardeal Contarini, convencendo-o a apresentar ao Papa

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Paulo III o projeto de carta de fundação da Ordem dos jesuítas.


(COSTA; OLIVEIRA, 2016, p.55)

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A Igreja do Colégio do Espírito Santo começou a ser construída


no dia 4 de outubro de 1566 pelo arcebispo D. João de Melo e Castro,
que substituía D. Henrique (principal impulsionador da expansão
ultramarina, www.parlamento.pt).
Em outubro de 1572 fechou-se a abóbada e posteriormente, em
1974, foi consagrada com grandes festejos e solenidade.
Para a construção desta igreja foi utilizado o corpo original da
residência do Cardeal Infante D. Henrique (1394-1460) e o primeiro
convento do Salvador do Mundo, edifício este que o prelado
expropriou às religiosas clarissas e que se situava no atual adro do
templo e Largo do Colégio.
Segundo o Inventário Artístico de Portugal, escrito por Túlio
Espanca (Lisboa, 1966), “[…]a fundação do Templo de Jesú, de Roma,
data de 1568 e as igrejas de S. Roque, de Lisboa e o Espírito Santo de
Évora, de 1565 e 1566, respetivamente, não é de excluir, todavia, a
hipótese das plantas destas se terem modelado em projetos-tipo de
Sebastião Sérlio ou nos trabalhos de Jacoomo Da Vignola para os
padres inacianos, certamente executados e aprovados pela
Sociedade de Jesus muito antes das datas acima mencionadas.” (Pág.
82) A Igreja do Colégio do Espírito Santo apresenta uma planta
retangular de nave única, com cinco tramos, capelas laterais
intercomunicantes, transepto inscrito e capela-mor pouco profunda,
ladeada por duas outras de dimensões mais reduzidas. Esta igreja é

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funcional e austera, que será o ponto que irá desenrolar uma


arquitetura chã (estilo arquitetónico marcado pela austeridade,
sobriedade e despojamento). [pois sim, mas falta citar Kubler]
O modelo da igreja é S. Francisco, uma estrutura do século XIII,
remodelada após 1460 e consagrada em 1501. A Igreja de Évora foi
pensada não só para fazer parte da comunidade religiosa da
Universidade Jesuíta, fundada em 1554, mas também para atender
às necessidades das mulheres da cidade, que estavam proibidas de
assistir. As suas funções religiosas foram emocionantes para a nova
igreja em 1574, pelo que o seu programa incluía serviços aos jesuítas
e congregações leigas.
A Igreja do Espírito Santo tem três naves, como as igrejas de São
Francisco, mas as naves laterais são formadas por capelas, e a
comunicação entre elas é restrita ao clero. Para Francisco, Nártex
ligado à antiga estrutura, mas não o jesuíta "Galiléia", que foi
projetado integralmente com o resto da igreja. A Igreja do Espírito
Santo, tal como a Igreja franciscana, abre-se para fora através de um
amplo nártex (“Galileia”) com cinco tramos presos à fachada.
Diz-se que a Igreja do Espírito Santo contém um plano criado em
Roma, mas ainda não se sabe se existe. O que é certo é que o edifício
expressa as aspirações arquitetónicas portuguesas e ao mesmo
tempo reflete fielmente a tradição arquitetónica do Alentejo, sendo
pouco antes que a política romana tenha levado a esta forte
expressão local. No entanto, esta igreja terá trazido para Portugal
uma arquitetura “descoerente” influenciada mais pelo Escorial do
que pelo Maneirismo italiano.
Esta igreja foi a primeira em Portugal a tratar a nave como uma
unidade unificada espaço com abóbadas de canhão.Ao reduzir o
número de capelas laterais, o espaço da nave foi unificado. Cada

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capela tem a forma de um arco triunfal de três vãos, repetindo a


trindade das paredes frontais do coro.
Há muita iluminação de fontes de luz direta que não são visíveis do
lado de fora e de fontes de luz indireta dentro do estande que não
são visíveis de dentro.
O esquema visual da estrutura exterior apresenta proporções esguias
e fustes de pedra amplamente espaçados. Esses pilares de pedra são
como postes escuros sustentando uma fina parede de cortina. Estas
paredes estendem-se de um lado da igreja ao outro, interrompidas
apenas por cinco pequenas janelas baixas ao nível da tribuna.
Seis persianas perfuradas com aberturas de ventilação se estendem
entre esses suportes, dando ao perfil do telhado um efeito
pontilhado. A abóbada de canhão sobre a nave principal recebe uma
luz do óculo e é rasgada na parede ao fundo e recoberta por colocada
em vigas sobre a azulejos abóbada, dando uma impressão de um
templo clássico rematado em frontão. A fachada noroeste lembra a
fachada oeste de uma igreja carolíngia ou românica no norte da
Europa medieval, ladeada por um púlpito, mas com duas torres
sineiras abaixo do frontão.
Esta igreja apresenta uma grande solidez de linhas, embora todo
o pórtico, de sete arcos de pedraria, em arcos de volta perfeita e
protegidos por pilares lhe dê uma certa monumentalidade.
A fachada com grande austeridade, apresenta uma solução
proposta por L. B. Alberti, que seria um corpo médio mais elevado
que se liga aos laterais mais baixos através de uma pequena ala.
A galilé, de amplas arcadas é inspirada na igreja de S. Francisco.
Esta solução era bastante utilizada desde o final do gótico em
espaços sagrados alentejanos, no entanto era bastante rara na

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arquitetura da Companhia de Jesus, o que faz desta igreja ter um


caráter muito especial.
O frontão é aberto, com uma luneta de moldura em mármore.
As empenas laterais apresentam contrafortes e foram concebidas, no
projeto original, para terem terraços com o objetivo de receber fiéis
durante as procissões , porém esta ideia não foi aceite e cobriram de
telha. O extradorso, a poente, termina com duas torres quadradas de
cunhais de cantaria aparelhada. Os olhais permanecem com os dois
sinos de bronze, da continuidade da Igreja dos Franciscanos da
Terceira Ordem.
No que diz respeito às capelas laterais no interior da igreja, o
Inventário Artístico de Portugal, escrito por Túlio Espanca (Lisboa,
1966), apenas é referido que estas
apresentam arcos redondos feitos de granito, tendo sido dourados
no século XVIII e que agora voltaram à sua pureza primitiva. No livro
A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal, de Ana
Maria Borges e José Alberto Gomes (2009), é-nos acrescentado que o
acesso a estas capelas laterais “segue uma fórmula de arco do triunfo
de três vãos, retomada por Alberti, na Igreja de S. André de Mântua,
também utilizada por Torralva, no claustro de Tomar.
Nestas capelas, a Igreja do Colégio do Espírito Santo apresenta
diversos altares, entre eles, o Altar de Santo António (retábulo e
escultura são de certa de 1715); o Altar de Santa Ana (consagrado no
ano de 1721); o Altar de S. Bento ou de S. José (atualmente venera-se
neste Santo Agostinho e o Altar de S. Sebastião.
A arquitetura das capelas do lado da Epístola apresenta
influência clássica, nomeadamente de coluna toscana. Esta capela é
idêntica à do fundador, tendo ficado pronta no ano de 1575. A

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abóbada, de caixotões geométricos e as paredes laterais estão


cobertas por pinturas a fresco.
Sobre o tímpano do arco, em pórtico de pilastras, conseguimos
ver a imagem da Virgem e o Menino.
Relativamente à cabeceira o facto de esta ser plana e pouco
profunda, permite ter melhores condições acústicas. O transepto
inscrito apresenta no topo esquerdo o cenotáfio (memorial fúnebre)
do Cardeal D. Henrique. Santo Inácio dedicou muita atenção ao
padroado, uma vez que exigia que todos os colégios tivessem um
mecenas para garantir apoio financeiro para a construção e
manutenção dos colégios. O facto de o túmulo estar presente na
zona mais nobre do edifício reflete a sua importância, agradecimento
e lembrança eterna do seu fundador.
É ainda de grande destaque a decoração, tanto relativo à talha
dourada, como também à arte do azulejo. As igrejas eram muitos
simples e austeras, mas, a partir de meados do século XVII, quer em
território nacional, quer internacional muitas destas igrejas foram
influenciadas pela cultura barroco, apresentando, portanto, mais
decoração.
Os santuários são espaçosos e comunicam entre si através de
galerias de arcos de pedra e, para além dos confessionários
conservam ricas grades de madeiras exóticas, africanas e brasileiras,
com balaústres torcidos, influenciados pelo estilo barroco, sendo
estes terminados em fogaréus, realizados no período final do reinado
de D. Pedro II.
O altar-mor apresenta o retábulo de talha dourada, muito simples,
cuja tipologia é muito utilizadas pelos jesuítas. As paredes laterais
desta capela apresentam na parte inferior revestimento azulejar
polícromo, armoriado e cronografado, datado do ano de 1631,

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apresentando uma clara influência italiana. O superior apresenta


albarradas e grinalda, azul e branco que já são do início do século
XVIII.
Esta igreja apresenta uma iconografia mista, no que toca à
estatuária da capela-mor, que é esclarecida pelas vicissitudes da
igreja, tendo sido entregue aos franciscanos aquando da expulsão
dos jesuítas. Encontramos assim, no nível superior, representações
seiscentistas de S. Francisco de Xavier e S. Francisco de Borja e no
nível inferior, representações de S. Francisco de Assis e de S.
Gusmão.
O teto desta capela-mor é coberto por caixotões quadrangulares,
com pinturas modernas, conservando ainda o retábulo dos alvores
do século XVI, baseado no de S. Roque de Lisboa, integrando as linhas
da Contrarreforma enviesadas “contaminadas” por combinações
clássico-barrocas e de sugestivos brutescos.
O altar está dividido em dois corpos, onde é articulado colunata
coríntia e o terço é preenchido por decoração vegetalista.
Como é referido em A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da
Câmara Municipal, de Ana Maria Borges e José Alberto Gomes
(2009), “Não é demais realçar o papel desempenhado pelo púlpito
numa igreja vocacionada para a pregação de S. Carlos Borromeu,
dando seguimento às emanações do Concílio de Trento, deu aliás
instruções no sentido de se situar no ponto central da igreja, em
posição elevada, para que o pregador pudesse ser visto e ouvido por
toda a assembleia dos fiéis.” (Pág. 486)
Nos topos norte e sul da sacristia ainda podemos encontrar três
frescos, um de maiores dimensões, apresentando A Aprovação da
Ordem e outros dois em forma de lunetas, estando estes

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relacionados com a presença dos Jesuítas em Portugal (neste caso


concreto em Évora).
Em meados do século XVIII foram realizadas diversas
alterações, transformando o interior deste edifício em algo muito
colorido e sumptuoso, nomeadamente nos altares laterais,
apresentando uma disparidade com a pureza e despojamento que
exigia a ordem dos Jesuítas.
O chão é pavimentado com chapas de ardósia, onde está
sepultado o insigne arcebispo Frei Manuel do Cenáculo, falecido em
1814.
A nave apresenta um comprimento de 33,25m por 11m de
largura; o cruzeiro apresenta 21,40m de comprimento por 5,65m de
largura e a capela-mor apresenta um fundo de 4,40 m e uma largura
de 4,80m.

Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Évora – Captação da


fachada da Igreja do Colégio do Espírito Santo, na década de 1960,
fotografias de David Freitas, 1960s.

Plantas
do
Colégio
do
Espírito
Santo:

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Fotos Atuais da Igreja:

fig. 1- Igreja ES Évora fig. 2- Igreja ES, Évora Vista fig. 3- Igreja ES, Évora fig. 4- Igreja ES, Évora
Fachada principal Foto: do alçado principal Foto: Detalhe da galillé Foto: Pórtico da galillé Foto:
Yanara Campos, 2023 Yanara Campos, 2023 Yanara Campos, 2023 Yanara Campos, 2023

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Desenhos da Igreja:

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Referências
Arnaut, C., & Ruckstadter, F. (2008). Estrutura e organização das Constituições
dos jesuítas (1539-1540) . Acta Scientiarum. Human and Social Sciences,
24(0), 103–113. https://doi.org/10.4025/actascihumansoc.v24i0.2416

Borges, A., & Machado, J. (2009). A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da


Câmara Municipal. Évora.

Espanca, T. (1966). Inventário Artístico de Portugal – Concelho de Évora. Lisboa:


Academia Nacional de Belas- Artes.

Murray, P. (1986). Renaissance Architecture. Great Britain: Electa.

Ognibeni, F., & Botolossi, C. (sem data). A Companhia De Jesus No Contexto


Contrarreformista Do Séc. XVI.

Reimers Ortiz, V. (2017). Diseño como estrategia de comunicación, inculturación


e indoctrinación. Tese de Doutoramento. Universidade de Lisboa,
Faculdade de Arquitetura.

 https://www.parlamento.pt/VisitaParlamento/Paginas/
BiogInfanteDHenrique.aspx

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