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Parágrafo 12:
A Igreja de S. Apollinare Nuevo (construída no começo do séc. 6 por Teodorico, rei dos ostrogodos em
Ravena, na Itália) foi feita na forma de basílica, ou seja, possui uma nave central e naves laterais separadas
por colunatas; no lado ocidental pode ter um nártex ou um átrio e um abside (redondo ou poligonal); pode-se
ter também duas torres dos lados esquerdo e direito do nártex. Mosaicos de vidro eram utilizados na estética
da basílica, oferecendo reflexos pela entrada de luz do sol pelo vidro, causando uma atmosfera sagrada.
Parágrafo 13:
A basílica utilizada pela arquitetura sacra é de origem romana, mas com muitas modificações. Nas
basílicas romanas as colunatas também existiam na transversal nas duas extremidades, e as absides eram
isoladas do corpo por colunatas.
Parágrafo 14:
Croqui Planta da Basílica de Porta Maggiore. Foto interna da Basílica de Porta Maggiore.
Fonte da imagem: Archive of Affinities. Fonte da imagem: Revista Adiós.
As basílicas cristãs primitivas e as construções feitas para seitas religiosas pagãs dos primeiros séculos
cristãos se assemelham. A basílica Porta Maggiore (1 d.C. - Roma) é subterrânea, mede 12 metros de
comprimento, e se parece muito a uma capela cristã pois possui nave central, naves laterais, pilares e abside.
Pelos relevos em estuque, pode-se afirmar que ela servia como local de reunião para várias seitas místicas.
Parágrafo 15:
Quando Constantino reconheceu o cristianismo foram construídas muitas igrejas, a maioria eram
basílicas, mas muitas também eram construídas com um plano central, tipo um mausoléu romano, mas os
modelos eram muito variados.
Parágrafo 16:
Outra variante do plano central é a cruz grega isolada (braços com o mesmo comprimento inscrita em
um quadrado). Esta é coberta por uma cúpula em sua interseção, e os quatro cantos são cobertos por
abóbodas menores em quincôncio.
Parágrafo 17:
Durante o reinado de Justiniano a maioria das igrejas eram construídas em cruz grega isolada
encimada por cinco cúpulas. A base circular da cúpula era obtida por trompas (pequenos arcos que cortam
cada um dos ângulos, construídos uns sobre os outros, sendo que cada um tem o diâmetro maior que o seu
precedente).
Parágrafo 18
Planta e Corte da Igreja de San Vitale. Fonte das imagens: História da arte, arquitetura e cidade 1.
A igreja de San Vitale em Ravena (548 d.C.) é de plano central, mas um pouco mais elaborada. A igreja
possui um formato octogonal, com um deambulatório desta mesma forma encimado por uma galeria e a parte
central possui uma cúpula com arcos. Ademais, em cada uma das extremidades há um nártex com absides, e
um espaço reservado para o altar. Além disso, o octógono central é separado do deambulatório por sete
absides. Na decoração das paredes há placas de mármore e mosaico e nos capiteis há entalhes rendados e
vazados.
A igreja de Santa Sofia (532 d.C. – 537 d.C.) mede aproximadamente 100 m por 70 m e é uma junção entre
plano da basílica e plano central, em que a cúpula central (33 m de diâmetro) predomina soberanamente
sobre um quadrilátero central, sustentada por semicúpulas mais baixas, que ficam sobre dois nichos com
arcadas curvas e abertas. Os materiais de construção são silhar e tijolo romano.
O exterior das igrejas bizantinas é pouco ornamentado, muitas vezes revestido apenas de mármore. Tampouco
havia torres.