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Arte

Gótica
Século XII até séculoXV
Nasce no norte da França. Estende-se por toda Europa

Discentes: Docente:

 Edson Oliveira  Emanuel Simango

 Lawrence André

 Simone Moiane Maputo, 09 de Agosto de 2019


Arte Gótica
O estilo Gótico desenvolveu-se,
entre os finais do século XII e o
século XV na Europa,
principalmente em França, a norte
de Paris, e a partir daí estendeu-se
a toda aEuropa.

Surgiu num período de grandes


transformações sociais e
económicas e é identificado como
a Arte dasCatedrais.

Este estilo arquitectónico é


caracterizado pela forma ogival
das abóbadas e dosarcos.

A Arte Gótica reflecte o


desenvolvimento das cidades e
surge como resposta àausteridade
do estilo românico.
No século XII, entre os anos 1150 e 1500, tem
início uma economia fundamentada no
comércio. Isso faz com que o centro da vida
social se desloque do campo para a cidade e
apareça a burguesia urbana.

No começo do século XII, a arquitetura


predominante ainda é a românica, mas já
começaram a aparecer as primeiras mudanças
que conduziram a uma revolução profunda
na arte de projetar e construir grandes
edifícios.
O estilo gótico foi um
aprofundamento dos elementos
básicos do Românico, principalmente
no que diz respeito à verticalidade.
O clima religioso daquela época
favoreceu a construção de edifícios
bem mais altos, que refletiam o
desejo de uma ascensão
espiritual.
1) Fachada com
3 portais

Catedral de Notre-Dame, París


A primeira diferença que notamos entre a igreja
gótica e a românica é a fachada. Enquanto, de
modo geral, a igreja românica apresenta um
único portal, a igreja gótica tem três portais
que dão acesso à três naves do interior da igreja:
a nave central e as duas naves laterais.

A arquitetura expressa a grandiosidade, a crença


na existência de um Deus que vive num plano
superior; tudo se volta para o alto, projetando-se
na direção do céu, como se vê nas pontas
agulhadas das torres de algumas igrejas
góticas.
2) Arcos ogivais, que apresentam
uma quebra em sua parte superior.
Possibilitou a construção de igrejas
mais altas, acentuando a impressão de
verticalidade
3) Abóbadas de nervuras,
substituindo as de berço e de arestas usadas no românico
4) Torres altas e finas
5) Gárgulas

As gárgulas, na arquitetura, são


desaguadouros, ou seja, são a parte
saliente das calhas de telhados que se
destina a escoar águas pluviais a certa
distância da parede e que, especialmente na
Idade Média, eram ornadas com figuras
monstruosas, humanas ou animalescas.
O termo se origina do francês gargouille,
originado de gargalo ou garganta.
Gárgula da Catedral de Notre-Dame de Paris.
6) Vitrais, cuja
função era
melhorar a
iluminação e contar
a história e os
ensinamentos do
cristianismo

Vitrais coloridíssimos que


filtram a luminosidade
para o interior da igreja.
A rosácea é um elemento arquitetônico muito
7) Rosácea característico do estilo gótico e está presente em
quase todas as igrejas construídas entre
os séculos XII e XIV.

Rosácea vista do interior da igreja de Kloster Ebrach em Ebrach, Alemanha.


Catedrais
Góticas
Arquitectura Gótica

A arquitectura foi a principal expressão da Arte Gótica e propagou-se por diversas regiões da
Europa, principalmente com as construções de grandiosas igrejas.

Apoiava-se nos princípios de um forte simbolismo teológico, as paredes eram a base espiritual da
Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus. Além
disso, eram ensinados ao povo as histórias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras através dos
vitrais pintados e decorados por meio da mágica luminosidade de cores.

Características da arquitectura gótica:

•Verticalismo dos edifícios;


•Leveza no interior;
•Janelas predominantes, com a introdução de vitrais, que permitiam a iluminação
natural das naves;
•Torres embelezadas por rosáceas;
•Utilização do arco de volta quebrada;
•Consolidação dos arcos feita por abóbadas de arcos cruzados ou de ogivas;
•Nas torres (principalmente nas torres sineiras) os telhados são em forma de
pirâmide.
A partir do ano 1150, o Românico foi substituído pelo
Gótico, cuja origem situa-se na Ilha de França (perto de
Paris).

A diferencia do que sucedia no Românico, agora


o espaço interior das igrejas já não e concebido
como a soma dos distintos espaços, mas como uma
unidade espacial.

UNIDADE
Catedral de Chartres
Catedral de Chartres, França.
Arco Ogiva

Fachada do sul da Catedral de Notre-Dame de Chartes. A catedral foi uma das primeiras
a serem construídas com estilo gótico durante o século XII
Catedral de Notre Dame de Paris
Catedral de Colônia
ALEMANHA
Catedral de Reims
Corte esquemático de uma catedral gótica
Uma série de suportes que
eram constituídos por
arcobotantes e contrafortes
possuíam a função de
equilibrar de modo externo
o peso excessivo das
abóbadas.
As igrejas se fazem mais altas, e os nervos
cruciformes descarregam o elevado peso das
abobadas sobre as colunas, que pela sua vez
descarregam sobre os arcobotantes e os
contrafortes, que estão encostados ao muro
exterior.

Abadia de Bath, Inglaterra.


As abóbadas
cada vez mais
elevadas, não
apoiavam-se
em muros e
paredes
compactas e
sim sobre
pilastras ou
feixes de
colunas.
Desta forma,
imensas paredes
espessas foram
excluídas dos
edifícios de estilo
gótico e foram
substituídas por
vitrais e rosáceas
que iluminavam o
ambiente interno
PINÁCULO

O contraforte
CONTRAFORTE

afasta-se do muro
a través do
arcobotante e é
rematado pelo
pináculo, para
aumentar o peso e
a estabilidade
Arco apontado e
abóbada de nervuras:
concentram os
empuxos em pontos
determinados e não
em todo o muro. Isso
permite aumentar a
ALTURA e a
LUMINOSIDADE.

É o final do muro como


elemento estrutural:
aparece o muro como
simples fechamento
CLERESTÓRIO
Planta Chartres Planta Notre
Damme.
Fachada Notre
Damme
LUMINOSIDADE
-Predomínio do vão sobre o maciço:
sensação de ligeireza e flexibilidade.
- Vitrais e rosáceas
-Contrariamente ao românico,
predomínio do espaço aberto e diáfano.
Unidade espacial.

VITRAIS
-Vãos divididos com parte-luzes, efeito de O gótico é forte e tende ao perene. A
puzzle catedral é envolvida por vitrais que a
-Cores do vitral, azul escuro, vermelho iluminam de um colorido diferente da
rubi brilhante. luz normal do dia. Os vitrais
representam cenas sagradas e dão a
-Traceria com motivos vegetais e impressão de entrar no céu.
geométricos.
VERTICALIDADE
-Idéia de elevação.
-Sentido ascensional e
luminosidade como
formas de inspiração
divina.
-No exterior potencia-
se mediante pináculos,
torres acabadas em
flechas, agulhas na
fachada.
-No interior reforça-se
com arcos apontados.
-Duplo sentido
direcional: para o altar
e para o teto.
ESTRUTURA
-Nova forma de sustentar o peso.

-Suportes externos: contraforte e


arcobotante.

-Arcobotante é um arco de descarga,


continuação do arco da abóbada, que se
apóia num contraforte afastado do muro.
Permite elevar a altura, e sendo que os
muros deixam de ter função estrutural
podem encher-se de vitrais.

- No extremo superior do contraforte


coloca-se um pináculo para afincar o
contraforte e assegurar o peso do
arcobotante.
ABÓBADA DE NERVURAS / AB. DE OGIVAS / AB. EM CRUZARIA
-Abóbada de nervuras, inventada a começos do século XII. Cruzamento de dois
arcos que formam o esqueleto, e zonas de recheio pouco pesadas porque não
suportam peso.

-Vantagens deste tipo de abóbada: o peso descansa sobre os arcos (esqueleto) e


como as zonas de recheio são levianas o peso se reduz e a altura pode elevar-se
ainda mais.

- Além disso, a abóbada adapta-se a qualquer tipo de planta.


PILARES
-Pilares no interior que recolhem o peso dos nervos e o transmitem as fundações. Os
pilares vão complicando-se cada vez mais: pilares compostos ou fasciculados.

- Colunas encostadas aos pilares que sustentam os nervos.

ARCO OGIVAL
-Arco ogival, apontado ou de volta quebrada.

-Fruto do corte de dois segmentos de circunferência.


-Dão maior verticalidade ao edifício.
FACHADA
-Fachada principal gótica com três corpos
horizontais e três seções verticais ou ruas, onde
se abrem as 3 portas às 3 naves.
-Duas torres laterais na fachada culminadas em
agulhas estreitas e altas, remate piramidal.

ALÇADO INTERIOR
Podem encontrar-se três níveis de piso:
-A tribuna, galeria de circulação situada sobre
as naves laterais, da mesma largura que aquelas.
-o trifório: fiada de janelas de três vãos,
situadas sobre as arcadas que dão às naves
laterais. Pode coincidir com a tribuna o situar-se
sobre ela
-o clerestório: fiada de janelas no último piso,
desde onde iluminam diretamente a nave central.
Escultura gótica
1)Ligada à arquitetura, como no
Românico
2)Figuras esculpidas de forma
isolada, ao contrário do Românico,
que eram aglomeradas e entrelaçadas
Iluminura

Iluminura é a ilustração sobre o pergaminho de livros


manuscritos (a gravura não fora ainda inventada, ou
então é um privilégio da quase mítica China). O
desenvolvimento de tal genero está ligado à
difusão dos livros ilustrados patrimônio
quase exclusivo dos mosteiros: no clima de
fervor cultural que caracteriza a arte gótica, os
manuscritos também eram encomendados por
particulares, aristocratas e burgueses. É precisamente
por esta razão que os grandes livros litúrgicos (a
Bíblia e os Evangelhos) eram ilustrados pelos
iluministas góticos em formatos manejáveis.
Iluminura da Bíblia Morgan, c. 1240, Expulsão dos Israelitas de Ai.
Pintura gótica
1) Profundidade: Diferentemente da
pintura românica, onde as cenas
aconteciam num único plano, a
pintura gótica procura dar alguns
movimentos às figuras através da
postura dos corpos e das paisagens de
fundo
2) Realismo: As figuras são
representadas de forma mais
detalhada e realista. O artista tenta
reproduzir os seres exatamente como
eles são.
Crucificação, de Giotto (transição entre o Gótico e o Renascimento), Itália.
Fresco de Giotto, A Lamentação, c. 1305, Itália.
Giotto. Abraço
ante a porta
dourada.

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