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1.1.

- Histórico do emissor

A Americanas é uma varejista centenária, com ampla capilaridade e impacto social. A Companhia combina
diferentes plataformas: digital, física, fulfillment, fintech, ads e um motor de inovação (IF), operando por meio
de um modelo estratégico que tem como foco oferecer jornadas de consumo customizadas e com mais
conveniência a todos os perfis de clientes. Ao longo de uma trajetória de mais de 90 anos, construiu ativos
que fortalecem sua estratégia com foco na rentabilidade.

No ano de 1929, a primeira Lojas Americanas foi inaugurada em Niterói, no Rio de Janeiro, pelos americanos
John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Boger com o slogan “Nada além de 2000 réis”. Em 1940,
a Lojas Americanas promoveu a abertura de seu capital na Bolsa de Valores e se tornou uma sociedade
anônima. Em 1982, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, sócios do Banco Garantia
na época, assumiram o controle da Companhia.

Em 1999, a Companhia completou 70 anos, reunindo 88 lojas e iniciou a venda de mercadorias através da
Internet, inaugurando a sua plataforma digital com a americanas.com. Em 2003, acelerou o plano de
expansão com a inauguração de 16 novas lojas. Nesse ano, foram inauguradas as três primeiras lojas no
modelo "Americanas Express", concebidas segundo o "conceito de vizinhança", em um formato de loja com
metragem menor e a oferta de produtos mais selecionados.

Em 2004, foram abertas 35 novas lojas, número recorde da companhia até aquele ano, e inaugurado o centro
de distribuição em São Paulo, que aumentou a capacidade de armazenamento, transporte e abastecimento.
Nesse período, foram lançados os quiosques da americanas.com nas lojas físicas, que permitiam que os
clientes acessassem produtos da plataforma digital, complementares aos encontrados nas lojas, e
recebessem as compras em suas casas, propiciando a difusão do e-commerce junto à população, e dando
início à integração do mundo físico com o digital - Online to Offline (“O2O”). Em 2005, o grupo deu mais um
passo na expansão de sua operação online com a aquisição do Shoptime, canal de TV e site de comércio
eletrônico.

Em 2006, seguindo a estratégia de expansão da plataforma digital, a Lojas Americanas adquiriu o site de
comércio do Submarino e na sequência ocorreu a fusão com americanas.com, resultando na criação da B2W.
Após a fusão, a Lojas Americanas S.A. passou a ser a titular de ações representativas de 53,25% do capital
social total e votante da B2W e aos antigos acionistas do Submarino coube uma participação de 46,75% do
capital social total e votante da B2W. No mesmo ano, a Lojas Americanas passou a conceder tag along
integral (100%) às suas duas classes de ações, ordinárias e preferenciais.

Em 2007, a Lojas Americanas anunciou a aquisição da BWU Comércio e Entretenimento S.A., detentora da
operação de aluguel de vídeo da Blockbuster no Brasil, adicionando 127 lojas à sua rede. No mesmo ano, foi
aprovada pelos acionistas da B2W e Shoptime, subsidiária integral da B2W, a incorporação do acervo líquido
da B2W pela TV Sky Shop. Após a incorporação, a TV Sky Shop passou a ser denominada “B2W –
Companhia Global do Varejo”. Foi também após a incorporação que os administradores da Companhia
solicitaram o registro de companhia aberta junto à CVM, concedido em 26 de julho de 2007, bem como
apresentaram à B3 S.A. - Brasil, Bolsa, Balcão - o pedido de listagem e adesão às regras do Novo Mercado.

Em 2009, a Lojas Americanas anunciou seu primeiro plano de expansão “Sempre Mais Brasil – 80 anos em
4!”, com o objetivo de inaugurar 400 novas lojas ao longo dos quatro anos subsequentes e, dessa forma,
dobrar o seu número de lojas.

Em 2012, a B2W Digital montou um plano de negócios de três anos (2013-2015), que incluía um novo ciclo
de investimentos. O plano de negócios tinha como objetivo principal o cliente, peça central da sua estratégia.
Estar mais próximo dos clientes e melhorar a experiência de compra eram componentes fundamentais. Os
principais pilares do plano de negócios eram Logística, Distribuição e Tecnologia, para fazer frente aos
desafios do e-commerce na América Latina. Para viabilizar esse processo, a Companhia adquiriu, entre 2013
e 2016, 14 empresas, sendo 3 operadores logísticos e 11 com foco em tecnologia.

Em 2013, a Lojas Americanas concluiu com sucesso o plano de expansão anunciado em 2009, finalizando o
ano com 838 lojas em todo o território nacional e com presença em 291 cidades do país. No mesmo ano, a
B2W adquiriu três empresas de tecnologia (Tarkena, Uniconsult e Ideais), além da transportadora Click Rodo.
Ainda em 2013, a denominação social da B2W – Companhia Global do Varejo foi alterada para B2W –
COMPANHIA DIGITAL.
Após o sucesso do primeiro plano de expansão da Lojas Americanas, em 2014, foi lançado um segundo plano
de expansão: o “85 anos em 5 – Somos Mais Brasil”, com o objetivo de abrir 800 novas lojas entre 2015 e
2019. No mesmo ano, foi criada a +AQUI, plataforma responsável pela gestão e promoção de serviços da
Lojas Americanas.

Em 2015, com foco na transformação digital, a B2W adquiriu seis empresas de tecnologia, entre elas, Skyhub,
Sieve e Site Blindado, e criou o seu marketplace, para a venda de produtos de parceiros. No fim de 2016, a
Lojas Americanas lançou mais um formato de loja, a “Local”, com tamanho reduzido e seleção de produtos
com foco em conveniência alimentar.

Após os investimentos na construção dos ativos de logística e tecnologia, a B2W deu início a um novo ciclo
estratégico que aconteceu entre 2017 e 2019, e que previa a migração do modelo de negócios da Companhia,
de operador de vendas diretas (1P), para uma plataforma digital híbrida que combinaria o melhor do 1P, 3P
(marketplace) e serviços digitais. O ajuste no modelo de negócios objetivava conciliar crescimento com
geração de caixa livre.

Em 2018, foi criada a IF – Inovação e Futuro, motor de inovação da Companhia e responsável pela criação
da fintech Ame Digital, que iniciou sua operação como a carteira digital do ecossistema Americanas; e a
plataforma de gestão integrada dos ativos logísticos do Grupo, permitindo importantes avanços para a
construção de um modelo omnichannel. No ano seguinte, a Lojas Americanas concluiu com sucesso o plano
de expansão “85 anos em 5 – Somos Mais Brasil”.

Em 2020, a B2W iniciou um novo plano estratégico de 3 anos (2020-2022) com o objetivo principal de
transformar a experiência do cliente e tornar a Companhia mais relevante na sua jornada de compra,
oferecendo “Tudo. A toda Hora. Em qualquer lugar”. O foco foi expandir a base de clientes, além de aumentar
o engajamento e a recorrência de compras desses clientes, ampliando a atuação do grupo em novas
categorias - como mercado - que apresentam maior frequência de compras. Dentro dessa estratégia, foram
feitas importantes aquisições, como o Supermercado Now em 2020, e o Hortifruti Natural da Terra em 2021.

Ao longo desse período, a Ame também apresentou importantes avanços: a expansão da aceitação no off-us
(fora do ecossistema), em 2020, por meio de parcerias estratégicas; o desenvolvimento de uma plataforma
financeira, em 2021, com as aquisições da Parati (Bank as a Service e Regtech), Bit Capital (Software as a
Service e Pix) e Nexoos (Credit as a Service e empréstimos P2P); e a aceleração, em 2022, da oferta de
crédito e de outros serviços financeiros, com foco em monetização e rentabilidade.

Em 2021, a Lojas Americanas marca sua entrada em novos segmentos, com a aquisição de uma participação
relevante no Grupo Uni.co - dona das marcas Imaginarium, Puket, Lovebrands e MinD. No mesmo período,
a B2W adquire a Shipp, startup de delivery on demand especializada em entregas ultrarrápidas. Em 2022, a
companhia criou uma joint venture com o Grupo Vibra, para a criação da Vem Conveniência, na qual a
Americanas possuía uma participação de 50% (sendo os outros 50% detidos pelo Grupo Vibra). A JV é
composta pelas lojas Local e as franquias BR Mania, as quais contam com um sortimento voltado para itens
de conveniência.

A pandemia da COVID-19 teve um impacto significativo no comportamento dos consumidores e dos negócios,
além de acelerar a adoção dos serviços digitais no cotidiano das pessoas. Nesse contexto, as plataformas
digital e física do ecossistema da Americanas passaram a ser cada vez mais integradas. Em decorrência
disso, em 28/04/2021, a B2W e a Lojas Americanas divulgaram Fato Relevante sobre a proposta de
combinação de negócios, que foi aprovada nas Assembleias Gerais Extraordinárias no dia 10/06/2021,
resultando na combinação das operações da B2W e Lojas Americanas. Na mesma data, a Assembleia Geral
Extraordinária da Companhia aprovou a mudança da denominação da B2W para “Americanas S.A.”

Considerando a combinação operacional de negócios, foi identificada a oportunidade de reorganização


societária, consolidando as bases acionárias das Companhias (LAME3, LAME4 e AMER3) no Novo Mercado.
A transação, que simplificou a estrutura societária, foi aprovada nas Assembleias Gerais Extraordinárias,
realizadas em 10 de dezembro de 2021 e concluída no dia 21 de janeiro de 2022, último dia de negociações
de LAME4 e LAME3. Para tornar possível este novo passo, o então controlador da Lojas Americanas S.A.
abriu mão do controle e passou a ser um acionista de referência com 30% do capital da Americanas S.A.

No final de 2022, a Americanas S.A. consistia em um ecossistema que combinava as plataformas digital (com
as marcas Americanas, Submarino, Shoptime), física (com as Lojas Americanas tradicional, express, Ame
Go, Hortifruti e Natural da Terra), franquias (Imaginarium, MinD, Puket e LoveBrands), fulfillment, fintech (Ame
Digital) e publicidade (ads).

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