Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2- Arquitetura gótica:
O estilo gótico surgiu na França, por volta do século XII, é uma evolução do estilo
românico e precede o renascimento e permaneceu até meados do século XV. Rompeu
com o modelo de construção vigente na altura e tornou-se uma vertente inovadora, num
período de profundas transformações de novos centros de poder. O gótico é o produto de
uma sociedade dinâmica e em evolução. Por ter aparecido na França, este estilo
arquitetónico é denominado como Opus Francigenum (“Obra Francesa”).
- O bispo Maurice de Sully foi bastante influente durante o século XII, e foi responsável
pela construção de uma série de igrejas e abadias, sendo sua principal obra a Notre Dame
de Paris. A catedral de Notre Dame de Paris é feita principalmente de pedra calcária,
sendo a estrutura do telhado feita em madeira e a
cobertura feita em placas de chumbo.
Foi um conceituado pintor dos finais da Idade Média (finais do século XIII e século
XIV essencialmente).
Procurou afirmar uma nova linguagem pictórica que ficou conhecida como
“Ocidental” e que tinha como origens o mundo latino e tinha como propósito exprimir
os conteúdos da cultura contemporânea.
Com Giotto podemos observar o domínio da cor e do espaço, o que cria a ilusão de
que as figuras se movem em espaços reais.
Representa as narrativas de forma visual.
Trabalhou na igreja de São Francisco de Assis, em Itália.
Fez um grande trabalho na Capela Scrovegni de Pádua (Capela Arena), entre 1302 e
1305, em que todas as paredes são pintadas com frescos, porque é um espaço fechado,
logo há espaço para a pintura, com cenas da vida de Cristo e da Virgem e, também, a
representação do Juízo Final. E por baixo pintou personificações de virtudes e vícios.
Nesta obra excecional podemos ver o domínio do pintor relativamente à utilização de
efeitos especiais observável nos nichos vazios do arco triunfal que podem ser
denominados “coretos” ou “capelas secretas” em que ele representa dois vãos
escondidos por uma abóbada de arestas de forma ilusória.
As suas pinturas são morais e em frescos, “à maneira grega”, pintar o espaço todo
porque no gótico do Sul não há espaços entre os muros.
Existem personagens visualmente verosímeis, ou seja, figuras com volume ou com
presença física, mas também com as expressões faciais reais (realidade psicológica e
física).
O volume atribuído por Giotto faz com que os seus quadros tenham alguma
semelhança com estátuas esculpidas como podemos ver na sua obra intitulada “Figura
da Fé” que é uma matrona que carrega numa das mãos uma cruz e na outra um
pergaminho.
Sabe colocar as figuras no espaço, ou seja, enquadrá-las de forma a ter sentido e noção,
com diferentes posições (inclusive figuras de costas). Abandonou, portanto, a ideia de
que para entendermos a história/narrativa, todas as figuras tinham de ser totalmente
mostradas.
Também tem a capacidade de mostrar momentos fulcrais, na hora H.
Não se interessa pelas paisagens, mas sim, as histórias que conta através das pinturas,
daí que apareçam representadas geometricamente.
Quanto mais importantes forem as figuras representadas, em maior escala são
representadas, para além de, habitualmente, estarem ao centro e corta a paisagem de
modo a dar mais enfâse às figuras centrais.
Por vezes, apresenta erros relativos à perspetiva, porém tem a capacidade de dar a ideia
de profundidade numa superfície plana.
As suas imagens têm um caráter psicológico, de diálogo e de expressão facial, em que
o pintor pretende representar sentimentos humanos.
Nota-se que existe um diálogo entre as diferentes figuras, através da posição em que
aparecem e da expressão do seu rosto.
Outra caraterística da pintura de Giotto tem que ver com a preocupação do mesmo com
a representação da natureza e dos sentimentos humanos, havendo uma gestualidade
viva e expressiva.