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Capitéis da Antiguidade Clássica: Entenda a diferença entre as Cinco Ordens

Em linhas gerais, há cinco ordens clássicas arquitetônicas: dórica, jônica e coríntia, de


caráter grego e ainda, as ordens toscana e compósita, de caráter romano. As
diferenciações a cada uma das nomenclaturas são evidenciadas na composição e/ou
ornamentação dos capitéis – extremidade superior da coluna, responsável por
transferir os esforços do entablamento ao fuste e descarregá-los sobre a base e/ou
estilobata. Junto ao capitel, há outros elementos constituintes das ordens clássicas –
cornija, friso, frontão, epistilo, fuste, pódio e estilobata.

Dórica

Como a mais antiga e simples das Ordens Clássicas gregas, surgiu durante o século VII
a.c.. Com linhas rudimentares e estética ligada à proporção do corpo masculino e seu
arquétipo robusto, foi empregada em edifícios gregos em homenagem a divindades
masculinas. Nas palavras de Vitrúvio, o dórico exemplifica “proporção, força e graça do
corpo masculino” [4], denotando equilíbrio, e para ele, deve ser usada em “igrejas
dedicadas aos santos mais extrovertidos (S. Paulo, S. Pedro ou S. Jorge)” [5]. Na
arquitetura grega, o desenho dos capitéis também são dispostos em função da
distribuição de cargas à coluna, e a partir desse pressuposto, por desenho simplificado,
a ordem dórica contempla edifícios mais baixos, com aproximadamente 8 módulos de
altura. Nesse modelo, o capitel é composto por duas partes, o équino e ábaco. O
primeiro diz respeito à espécie de uma almofada e o segundo a um elemento quadrado
que recebe diretamente as cargas do frontão.

Jônica
Com linhas orgânicas, leves e fluídas, alude às linhas do corpo feminino, caracterizando
a “esbelteza feminina” [6], como pontua Vitrúvio. Na composição do capitel,
influências orientais são vistas, como entalhes de folhas de palmeira, papiros e folhas
vegetais, possivelmente inspirados pela arquitetura egípcia. As colunas têm cerca de
nove módulos de altura – um módulo maior que a Ordem dórica. Para Vitrúvio, deve
ser empregada em templos dedicados a “santos tranquilos – nem muito fortes nem
muito suaves – e também para homens de saber” [7]. Na composição, apresenta uma
base mais larga, possibilitando receber maior carga; fuste esguio e abrindo-se
levemente à medida que chega à base; e capitel com volutas. Vale destacar que em
algumas obras, capitéis dessa ordem são substituídos por cariátides – figuras femininas
esculpidas na pedra, sustentando todo o entablamento.

Coríntia
Caracterizando o estilo mais rebuscado dos três modelos baseados no desenho grego,
esta ordem apresenta uma série de detalhes e desenhos altamente pensados e
elaborados de modo a imitar a “figura delgada de uma menina”, como pontua Vitrúvio
[8]. Brotos e folhas de acanto caracterizam o grafismo tridimensionalizado pelo esculpir
na pedra. Possui dez módulos em altura, sendo a coluna mais esguia das três.

Toscana
Concebida pelos romanos, denota uma reinterpretação da ordem dórica. Com sete
módulos em altura – um módulo a menos que a coluna dórica apresenta simplificação
formal e consequentemente estrutural. Para Vitrúvio, é “adequada para fortificações e
prisões” [9]. Diferente dos três modelos de origem grega, onde o fuste apresenta
caneluras, nesta, o mesmo é liso, buscando a simplificação.

Compósita

Desenvolvida a partir da união das ordens clássicas jônica e coríntia, detém a mais
rebuscada das cinco ordens arquitetônicas. Com volutas jônica e brotos e folhas de
acanto coríntios, desdobra uma sobreposição de ornamentos. Apresenta dez módulo
em altura.

Arquitetura Renascentista

A arquitetura renascentista foi desenvolvida durante o período do renascimento


europeu, que teve início no século XIV e permaneceu até o século XVI. Esse novo estilo
que surgia, estava alijado dos modelos medievais e da arquitetura gótica.
Esse momento de ruptura esteve inspirado nas artes clássicas (greco-romana), fazendo
surgir um estilo próprio e singular dos profissionais da arte.

Muitos monumentos importantes da história da arte foram erigidos durante esse


período de efervescência artística e cultural, sobretudo as igrejas, catedrais, palácios e
mosteiros.

Vale lembrar que o Renascimento é o período posterior a Idade Média (século V ao


XV), que surgiu na Itália e transformou diversas áreas do conhecimento, com novas
descobertas nos campo científico, cultural, político, econômico e social.

Características
As principais características da arquitetura renascentista são:

 Retomada dos modelos clássicos


 Visão humanista e racionalista
 Uso da matemática e da geometria
 Busca da perfeição e da beleza
 Preocupação com a proporção
 Formas equilibradas e harmoniosas
 Burca da simetria e da ordem
 Estilo formal e individual
 Temas religiosos, mitológicos e da natureza
 Uso dos arcos, abóbodas, cúpulas e colunas
 Predomínio das linhas horizontais

Principais Arquitetos e Obras Renascentistas

 FilippoBrunelleschi (1377-1446): arquiteto e escultor italiano. De suas obras


arquitetônicas merecem destaque a Cúpula da Catedral de Santa Maria del
Fiore, o Hospital dos Inocentes, o Palácio Pitti e a Capela Pazzi, todas em
Florença.
 Michelangelo di Lodovico (1475-1564): pintor, escultor e arquiteto italiano. De
suas obras arquitetônicas destacam-se a fachada para a Basílica de São
Lourenço, a Biblioteca Laurenciana, ambas em Florença. Além disso,
participou da reforma da Basílica de São Pedro, em Roma.
 Rafael Sanzio (1483-1520): pintor e arquiteto italiano que também colaborou
no projeto arquitetônico da Basílica de São Pedro, em Roma. Além disso,
projetou a Villa Madama, um bairro da capital italiana.
 Donato Bramante (1444-1514): arquiteto italiano que contribuiu para a
construção da Basílica de São Pedro, em Roma. Além disso, trabalhou no
projeto da Igreja de São Pedro em Montorio na capital italiana.
 Leon Battista Alberti (1404-1472): arquiteto e teórico italiano que trabalhou na
reforma da Basílica de Santo Estêvão Redondo, em Roma; e na fachada da
Igreja de Santa Maria Novella, em Florença.
 Andrea Palladio (1508-1580): arquiteto italiano que projetou diversas obras no
período da renascença, da qual se destaca o edifício da Villa Capra (La
Rotonda), na região de Veneto, em Vicenza.
 Giulio Romano (1499-1546): pintor e arquiteto italiano, participou do projeto
do Palácio do Té (Palazzo del Te), em Mântua, uma de suas obras mais
emblemáticas.

É por isso que a arquitetura renascentista é considerada por alguns como um


rompimento da arte arquitetônica em inúmeros aspectos, especialmente
considerando que os arquitetos desse período dedicaram um tempo extra às
pesquisas, inovações, invenções e aos aperfeiçoamentos técnicos.

Os dois grandes pilares nos quais se assentam a arquitetura renascentista são o


classicismo e o humanismo.

O primeiro buscava reviver o período clássico, sobretudo a arquitetura grega e


romana. Já o segundo visava colocar o homem no centro de tudo, em oposição à visão
da Igreja que predominou durante a Idade Média, se contraponto
especialmente à arquitetura gótica.
Fachada do Palazzo Rucellai, desenhado por Leon Battista Alberti, um exemplo clássico
da arquitetura renascentista

As fachadas renascentistas são simétricas em torno do seu eixo vertical.

No caso das igrejas, é possível notar um frontão na parte superior e uma organização


com pilastras, arcos e entablamentos, além de colunas e janelas com uma progressão
em direção ao centro.

A Catedral de Pienza foi uma das primeiras a receber uma fachada tipicamente
renascentista. O projeto é atribuído ao arquiteto florentino Bernardo Gambarelli,
conhecido como Rossellino.

As casas, geralmente, eram encimadas por uma cornija. Há uma repetição regular de
aberturas em cada andar, com a porta localizada no centro e marcada por um recurso
como um ambiente rústico ou uma varanda.

Plantas

Os edifícios renascentistas tinham as suas plantas com uma aparência simétrica e


quadrada, com as proporções geralmente baseadas em um módulo.

Colunas e pilastras

As colunas e pilastras passaram a ser usadas como um sistema integrado na


arquitetura renascentista. O primeiro a realizar isso foi Brunelleschi na Velha Sacristia.

Todas as ordens da arquitetura grega foram usadas como inspirações para os projetos
renascentistas. 

Por isso, vemos características das ordens jônica (colunas mais altas e com linhas
esculpidas na sua superfície), dórica (simplicidade e ausência de base) e coríntia (mais
elaborada, com a forma básica de um sino invertido).
Arcos e abóbadas

Os arcos aparecem em formas semicirculares ou segmentares, frequentemente


dispostos em arcadas e suportados em pilares ou colunas com capitéis.

As abóbadas renascentistas não têm frisos e nem vigas, são semicirculares ou


segmentares e em planta quadrada. Bem diferente da abóbada gótica, que era
frequentemente retangular.

Portas e janelas

Geralmente, as portas contavam com lintéis quadrados e podiam estar inseridas em


um arco ou encimadas por um frontão triangular ou segmentado.

As aberturas que não tinham portas geralmente eram arqueadas e contavam com uma
grande pedra angular decorativa.
Brunelleschi

Filippo Brunelleschi é considerado o “pai” da arquitetura renascentista. Também é um


dos nomes mais importantes da primeira fase do Renascimento. A principal palavra
para definir o trabalho dele é “ordem”.

A partir da observação sistemática da arquitetura romana, Brunelleschi começou a


criar edifícios com um cuidado cada vez maior com a simetria e a proporção.

A primeira grande possibilidade do arquiteto de colocar em prática as suas ideias foi a


enorme cúpula de tijolos que cobre o espaço central da Catedral de Florença,
projetada por Arnolfo di Cambio no século XIV, mas deixada sem cobertura.
Fachada da Igreja de Santo Spirito ou Santa Maria do Espírito Santo, projeto de
Brunelleschi (Foto: Ettore Timi)

Embora esse seja considerado o primeiro prédio renascentista, Brunelleschi utilizou o


arco gótico pontudo e as vigas góticas planejadas pelo antigo arquiteto.

No entanto, é possível notar que o domo foi fortemente influenciado pelo grande
domo da Roma Antiga: a cúpula do Panteão.
O estilo de Brunelleschi, contudo, pode ser mais visivelmente notado nas igrejas de
San Lorenzo e Santo Spirito, ambas em Florença e com a forma da cruz latina.

Alberti

Leon Battista Alberti tem nas suas obras um forte aspecto humanista, dando ênfase à
anatomia da natureza. Os edifícios mais conhecidos dele são o Palazzo Rucellai e a
Santa Maria Novella, ambos em Florença.

Para o palácio, Alberti aplicou as ordens clássicas de colunas e fachadas em três níveis.

Em Santa Maria Novella, o destaque vai para a decoração, principalmente em


mármore policromado, com uma natureza bastante plana e uma ordem estabelecida
com os compartimentos retangulares e os motivos circulares que repetem a forma
redonda das janelas.

Bramante

Donato Bramante é um dos nomes importantes da Alta Renascença. E um dos


principais exemplares do arquiteto é a adição de travessia e coro à Igreja da Abadia de
Santa Maria delle Grazie, em Milão.

Outro grande feito de Bramante é o Tempietto, no claustro de San Pietro, considerado


uma joia arquitetônica perfeita. O edifício adapta o estilo aparente das ruínas do
Templo de Vesta, o local mais sagrado da Roma Antiga.
Tempietto, considerado uma das obras-primas de Bramante (Foto: Torvindus)

Bramante trabalhou durante muitos anos no Vaticano e foi selecionado pelo papa Julio
II para a reconstrução da Basílica de São Pedro.

Após a sua morte e inúmeras mudanças de planos, Michelangelo liderou o projeto


como arquiteto-chefe e levou as suas ideias para algo próximo da proposta original de
Bramante.

Michelangelo

Michelangelo Buonarroti é um dos arquitetos mais associado ao estilo maneirista.

Credita-se a ele a invenção da ordem colossal — uma ou mais pilastras que se


estendem do piso ao topo de uma fachada atravessando pavimentos.

Michelangelo usou essa invenção no seu projeto para a Piazza del Campidoglio, em
Roma.
Biblioteca Laurenziana, projeto de Michelangelo que teve a sua construção iniciada em
1523 e terminada em 1525. O arquiteto não viu a sua conclusão (Foto: Richardfabi)

Além da arquitetura, Michelangelo tem o seu nome gravado nos campos da pintura e
da escultura, com realizações que trouxeram mudanças significativas em cada área.

Entre as obras arquitetônicas, destaque para o interior da Biblioteca Laurenziana e a


Basílica de São Pedro, sendo essa última considerada a maior criação do
Renascimento.
Fachada da Basílica de São Pedro, considerada uma das principais criações da
arquitetura renascentista

Cúpulas

A cúpula é um recurso muito usado pelos arquitetos renascentistas.

O primeiro a lançar mão desse artifício foi Brunelleschi, na Basílica de Santa Maria del
Fiore, seguido de Bramante, na Basílica de São Pedro.
Interior da cúpula de Santa Maria del Fiore, com afresco de Giorgio Vasari e Federico
Zuccari (Foto: Stefan Bauer)
Plantas

Os edifícios renascentistas tinham as suas plantas com uma aparência simétrica e


quadrada, com as proporções geralmente baseadas em um módulo.

Colunas e pilastras

As colunas e pilastras passaram a ser usadas como um sistema integrado na


arquitetura renascentista. O primeiro a realizar isso foi Brunelleschi na Velha Sacristia.
Todas as ordens da arquitetura grega foram usadas como inspirações para os projetos
renascentistas. 

Por isso, vemos características das ordens jônica (colunas mais altas e com linhas
esculpidas na sua superfície), dórica (simplicidade e ausência de base) e coríntia (mais
elaborada, com a forma básica de um sino invertido).

Em arte, classicismo refere-se à valorização da Antiguidade Clássica como padrão por


excelência do sentido estético. A arte classicista procura a pureza formal, o equilíbrio,
o rigor ou, segundo a nomenclatura proposta por Friedrich Nietzsche, pretende ser
mais apolínea que dionisíaca.
Alguns historiadores de arte, entre eles Giulio Carlo Argan, alegam que, na história da
arte, concorrem duas grandes forças, constantes e antagônicas: uma delas é o espírito
clássico; a outra, o romântico. As três grandes manifestações classicistas da Idade
Moderna europeia são o renascimento, o humanismo e o neoclassicismo. A arte
clássica, por conta de seu contexto histórico, é impulsionada por grande explosão de
vida e confiança no ser humano. Por isso, essas manifestações artísticas são marcadas
pela visão antropocêntrica, que evidenciará a beleza do corpo humano na pintura e na
escultura.

Teatro Wielki em Varsóvia, na Polônia: exemplo de arquitetura com influência clássica

A arquitetura clássica construiu obras que são até hoje verdadeiros marcos mundiais, o
Partenon, em Atenas, e o Coliseu, em Roma, por exemplo.

Por um lado, a arquitetura clássica grega construiu principalmente obras destinadas a


abrigar programas religiosos, já a arquitetura clássica romana foi utilizada para erguer
edifícios de diversas funções além de templos, como anfiteatros, aquedutos e até
banhos públicos. 
Partenon

Partenon, Atenas. Fonte: Pinterest

O Partenon está entre as obras mais emblemáticas da arquitetura clássica grega, sendo
um dos edifícios mais visitados na Grécia até os dias atuais. Construído no século V
a.C., o templo foi projetado pelos arquitetos Calícrates e Ictinos e decorado pelo
escultor Fídias e sua equipe.

O templo Partenon foi construído especialmente dedicado à deusa Atena,


materializada em uma escultura, feita em marfim e ouro, que ocupava o interior da
obra. 

Localizado em uma área alta da Acrópole de Atenas, o templo foi construído


totalmente em pedra, a partir de um embasamento de três degraus. De planta
retangular, seu perímetro é contornado por uma série de colunas dóricas, ordem que
rege todo o edifício, conformando uma galeria, que sustentava um entablamento.

Panteão
Panteão, Roma. Fonte: Pinterest

Localizado na Piazza della Rotonda, em Roma, o Panteão é uma das obras mais
relevantes da arquitetura clássica romana. Encomendado no ano 27 a.C. por Marcus
Agrippa, e reconstruído no ano 110 por Adriano, após dois incêndios no local, o edifício
é então a terceira construção existente no local. 

O edifício de planta circular é coberto por uma imensa cúpula, que é a estrela do
edifício. No centro da cúpula, a mais de 40 metros de altura, está um óculo, que banha
o espaço interior de luz natural de maneira única. 

A fachada principal do edifício é demarcada por um pórtico com uma série de colunas
coríntias que suportam um frontão. 

O edifício do Panteão apresentou inovações estruturais bastante relevantes para a


época; construído em concreto, paredes cilíndricas de 6 metros de espessura
sustentam a cúpula de caixotões de concreto, que durante muito tempo foi
considerada a maior do mundo. 

Arquitetura classicista: contexto histórico


O Classicismo foi um estilo arquitetônico bastante posterior ao período clássico, que
utiliza este como inspiração, seguindo suas características essenciais. 

A arquitetura classicista é aquela que combina duas características principais da


arquitetura clássica: a harmonia e a proporção das partes do edifício, e os elementos
decorativos derivados da arquitetura greco-romana.

Surgida na Europa durante o século XIV, o movimento do Classicismo marcou o fim da


Idade Média e o início da Idade Moderna. O Classicismo é paralelo ao período
Renascentista, e esteve presente tanto na arquitetura quanto nas artes visuais, na
literatura e na música. 

David Michelangelo foi um dos mais importantes artistas do Classicismo, que, em suas
obras, buscava proporção perfeita, simetria, além da notável valorização da figura
humana.
Entre as características principais do Classicismo estão: recorrentes representações de
cenas gregas e romanas, o equilíbrio, a harmonia, a solidez das construções, o rigor
formal, a valorização da racionalidade e a grandeza de intenções. 

O Classicismo em Portugal
O Classicismo em Portugal teve início no século XVI, no âmbito da literatura, e foi
marcado pela chegada do poeta Francisco Sá de Miranda a Portugal, que, inspirado no
humanismo italiano, levou uma nova forma de poesia, chamada dolce stil nuevo (“doce
estilo novo”). Os poetas desse período valorizavam as conquistas do povo português. 

 
Arco da Rua Augusta, Praça do Comércio, Lisboa, Portugal. 

Na arquitetura, o maior exemplo do Classicismo no país é o Arco da Rua Augusta, na


Praça do Comércio, em Lisboa, cuja construção é bastante posterior ao movimento
literário do Classicismo, em 1875. 

As 5 Ordens da Arquitetura Clásica


No contexto de Arquitetura Clássica, temos cinco ordens clássicas
arquitetônicas, sendo de caráter grego:

 Dórica
 Jônica
 Coríntia
E as ordens romanas:

 Toscana
 Compósita
O que as difere são suas composições e ornamentações em seus
capiteis, que são as extremidades da coluna, responsáveis por
transferir os esforços do entablamento ao fuste e descarregá-los
sobre a base.

Além do Capitel, outros elementos constituem as ordens com suas


especificidades, entre eles estão a Cornija, Estilobata, Arquitrave ou
Epistílio, Friso, Frontão, Fuste e Base.

Elementos das Ordens


Clássicas
Ordens da Arquitetura Clássica Grega
Ordem Dórica

A Dórica é a mais antiga das ordens clássicas gregas, esta surgiu em


torno do século VII a.C. É considerada a mais simples entre elas.
É caracterizada por linhas rudimentares, sua estética faz analogia ao
corpo masculino, utilizada como forma de homenagear divindades
masculinas.

Ordem Dórica
Seus edifícios possuem cerca de oito módulos de altura, com capitel
de duas partes, equino e ábaco.

De acordo com Vitrúvio, a ordem dórica remete a proporção, força e


graça do corpo masculino, denotando um equilíbrio.

Ordem Jônica

A Ordem Jônica ao contrário da Dórica, valoriza a beleza feminina e


sua esbeltes, através de colunas com linhas fluídas, orgânicas e leves,
fazendo alusão ao corpo feminino
Ordem Jônica
Também possui influências orientais em sua composição, pelos
capiteis, entalhes de folhas, papiros e vegetais, que provavelmente
foram inspirados pelos egípcios.
Com relação a estrutura, esta possui uma base maior, possibilitando
um maior recebimento de carga, suas colunas podem chegar até nove
módulos de altura.

Ordem Coríntia

A Ordem Coríntia é considerada a mais requintada, nela são criados


detalhes que imitam a “figura delgada de uma menina” por meio de
elementos da natureza como brotos e folhas.

Ordem Coríntia
Sua altura atinge a dez módulos, é a mais alta de todas.
Ordens da Arquitetura Clássica Romana
Ordem Toscana

A Ordem Toscana é considerada uma reinterpretação da Ordem


Dórica.
Possui sete módulos de altura e uma simplificação formal e estrutural,
como é mostrada em seu fuste liso.
Ordem Toscana
Esta ordem foi bastante utilizada para fortificações e prisões.

Ordem Compósita

A Ordem Compósita é considerada a união entre as ordens coríntia e


jônica através da junção das volutas jônicas e elementos da natureza
coríntios.

Ordem Compósita
É a mais requintada entre todas as cinco ordens e sua altura chega a
dez módulos.

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