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1. Caracterizar a arquitetura grega.

-Carácter público;
-Conceito de Belo (teor estético);
-Monumentos com escala humana;
-Perspectiva e proporcionalidade;
-Simetria e harmonia;
-Equilíbrio e rigor das formas;
-Presença de colunas e pórticos;

2. Distinguir as ordens dórica e jónica.


Ordem Dórica:
-Grande simplicidade;
-Caráter robusto, sóbrio e austero;
-A altura da coluna é igual a cerca de seis vezes o diâmetro;
-Não tem base;
-O fuste apresenta cerca de 20 caneluras talhadas em aresta viva;
-O capitel tem um equino simples em forma troncocónica;
Ordem jonica:
-Por ser esbelta e elegante mas proporções e com um sentido mais decorativo;
-A altura da coluna é igual acerca de oito vezes o diâmetro;
-Tem base;
-O fuste possui cerca de 24 caneluras semicilíndricas;
-No capitel, o equino é ornamentado com volutas enroladas em espiral;
-O friso é contínuo e ornamentado com relevos mitológicos;
-Está associado ao caráter feminino.

3. Analisar as particularidades do Pártenon.


O Parténon é o monumento predominante da acrópole de Atenas. Foi projetado pelos arquitetos
Ictinos e Calícrates, sob a coordenação do escultor Fídias e tinha como objetivo albergar a estátua
colossal da deusa Atena Partenos, com 12 metros de altura. O Parténon é uma obra invulgar. É um
templo dórico, mas apresenta um conjunto de aspetos característicos de um templo jónico, o que o
distingue de outros templos conhecidos:
-É um edifício de sistema trilítico de planta retangular, com 69,5X30,88 metro;
-É um edifício períptero (com colunas em todo o seu perímetro); octáslito (com 8 colunas nas
fachadas frontais e 17 nas laterais) como os templos jónicos, pois os dóricos costumam ser
hexástilos; anfiprostilo (com vestíbulos porticados nas fachadas frontais) e com dupla nao ou cella.
-As 46 colunas do peristilo são de ordem dórica com um fuste de 10,43 m de altura, formada por 11
tambores estriados e unidos em aresta viva.
-As colunas, sem base, assentam diretamente no estilóbata, e o capitel de equino troncónico suporta
uma arquitrave com um único nível.
-As fachadas anterior e posterior, a planta apresenta dois pórticos hexástilos (6 colunas)
antecedendo o pronaos e o opistódomos.
-A planta integra um naos ou cella, que alojava a deusa Atena, estava fechado por muros de
alvenaria de pedra, dividido em três naves por uma colunata dórica em forma de U, constituída por
colunas duplas sobrepostas, enquadrando a colossal estátua.
-Diante da estátua situa-se um pequeno tanque cuja água refletia a imagem da deusa.
-O opistódomos, a sala situada na zona posterior, possui quatro colunas jónicas no centro e
guardava o Tesouro dos Deuses da Liga de Delos. Era também nesta sala que as jovens virgens
preparavam os preparativos da Deusa para a comemoração das Panateneias.
-Os frontões apresentam motivos escultóricos nos tímpanos: o Nascimento da vénus, no frontão
este; e a Disputa da Ática, no frontão oeste.
-Nos frisos, as métopas apresentam cenas de “Gigantomaquia”, “Amazonomaquia”, cenas da
“Guerra de Troia” e cenas de “Centauromaquia”.
-As paredes exteriores da cella estão revestidas por um friso jónico com 160 m, representando a
“Procissão das Panateneias”, da autoria de Fídias.
-Todo o sistema estrutural assenta numa regra de proporção de 4:9.
-O Pártenon constitui o paradigma da ordem, da proporção e da harmonia.
-Para criar uma imagem de perfeição ótica, os arquitetos aplicaram ligeiras correções no traçado do
edifício, de modo a compensar os defeitos óticos gerados pelos efeitos da perspetivadas linhas retas,
horizontais e verticais.

4. Analisar o espírito que inspirou os princípios neoclássicos.


Em meados do séc. XVIII, o Barroco e o rococó foram abruptamente interrompidos e substituídos
por uma expressão artística mais sóbria, austera e racional – o Classicismo – valorização dos aspetos
culturais e civilizacionais da Antiguidade Greco-Romana. Privilegia o racionalismo, o humanismo e o
antropocentrismo. Em termos formais são considerados os valores da ordem, proporção, harmonia,
equilíbrio, simetria, simplicidade e pureza formal.
Fatores desta alteração:
-Mudanças no ambiente cultural, social e político ocorridas na Europa.
-Gosto por formas mais adequadas ao espírito racional e científico da época.
-As igreja perdera o seu papel de unificadora cultural, social e política, cedendo a sua posição de
principal encomendadora às instituições públicas, aos industriais privados e à burguesia.
-Surgimento de uma arquitetura secular inspirada nos ideais igualitários, racionais e progressistas do
Iluminismo.
-A arquitetura passa a privilegiar o desenvolvimento do serviço público à comunidade, criando-se
uma arquitetura mais pura, útil e funcional.
Uma das consequências mais imediatas do Iluminismo foi o interesse pelo passado histórico. Que
motivou a redescoberta das civilizações da Antiguidade Clássica e Pré-Clássica. Foi neste contexto
que Napoleão Bonaparte empreendeu as célebres campanhas ao Egito, onde saqueou um
importante espólio artístico e arqueológico, os quais se encontram dispersos por Paris, Londres e
Berlim.

5. Caracterizar a escultura neoclássica.


-plástica clássica em todas as suas vertentes
- a calma contida, de contornos suaves e de uma luz serena
- ideal universal da beleza
-formas clássicas, na postura, na composição (que é simples, orientada por eixos verticais e/ou
horizontais) e na expressividade; são corpos reais, nus ou seminus.
-Os temas dominantes foram os históricos, alegóricos, mitológicos e o retrato.
-A estatuária foi a modalidade mais praticada, relegando os relevos para a decoração arquitetónica,
principalmente, para frisos e tímpanos.
-Tecnicamente virtuosos, a estatuária e os relevos do neoclassicismo são o resultado das
metodologias rigorosas, aplicadas desde a conceção até ao acabamento.

-6. Identificar características da arquitetura neoclássica.


-Recurso a materiais nobres, tradicionais e outros produzidos industrialmente (ladrilho cerâmico e
ferro fundido);
-Utilização de sistemas construtivos clássicos – o trilítico e a sua associação ao arco redondo e à
cúpula em ferro;
-Usos de plantas de formas regulares e simétricas e os consequentes volumes e espaços interiores,
claros, bem definidos segundo princípios geométricos e funcionais;
-Aplicação das seguintes coberturas: tetos planos de madeira ou de estuque, ou ainda em abóbada
de berço e de arestas e cúpulas apoiadas em tambores altos;
-Emprego de estruturas arquitectónicas completadas por pórticos colunados, entablamentos retos
de frisos lisos ou decorados e frontões triangulares com tímpanos esculpidos, cuja decoração é
equilibrada e simétrica;
-Utilização, na decoração interior, de colunas, nichos, pinturas murais (influência de Pompeia) e
relevos em estuque.
Nos edifícios as tipologias mais empregues reproduziam as basílicas romanas, o Panteão de Roma e
o templo grego. Nesta época, a encomenda pública, estatal e privada, suplantou a religiosa.
Em França, o gosto clássico manteve-se sempre e, especialmente, no período napoleónico, pela mão
dos arquitetos Pierre Vignon e Jacques-GermainSoufflot.
O primeiro arquiteto a traduzir os princípios neoclássicos na sua obra foi Jacques-Germain Soufflot,
na Igreja de Santa Genoveva, transformada em Panteão após a Revolução Francesa.

7. Caracterizar a pintura neoclássica.


À Revolução e ao Iluminismo os artistas foram buscar o interesse pela história, pelo conhecimento
do passado e pelos temas heroicos. Do classicismo greco-romano foi importada:
-a temática alegórica e mitológica;
-a monumentalidade das obras;
-as composições simples e equilibradas;
-o aperfeiçoamento técnico;
-o desenho rigoroso e linear;
-o cuidadoso tratamento da luz.
Assim, explorou temas históricos, mitológicos, alegóricos e de retrato, em telas de grandes
dimensões.
A sua linguagem plástica caracteriza-se por:
-Composição geométrica, com pontos de fuga centrais, segundo linhas verticais e horizontais, que
criam o equilíbrio e a simplicidade.
-Tratamento naturalista das formas, com tendência para a idealização, pelo uso de modelos
perfeitos, que expressam valores universais.
-Desenho rigoroso, de recorte nítido, que, juntamente com o claro-escuro das cores, dá a ideia de
volume, conferindo às figuras a aparência de baixos-relevos pintados.
-Técnica e processo de execução visando a perfeição.
-Pintura descritiva, composições geométricas, harmonia, equilíbrio, proporção e simetria.
-Cores primárias, aplicadas de um modo sóbrio e frio para conter as emoções.
-Luminosidade forte no primeiro plano e no resto homogénea.
-Expressividade contida e austera.
-Mensagem de leitura fácil para ser bem apreendida.

8. Identificar os principais edifícios e artistas associados ao neoclássico.


9. Conhecer as características que nortearam o urbanismo pombalino.
O terramoto, maremoto e incêndio de Lisboa a 1 de novembro de 1755, destruiu totalmente a Baixa
da cidade, destruindo cerca de 10 mil edifícios e matando entre 12 mil a 15 mil pessoas.
Ao terramoto seguiu-se um total desgoverno e horror, com corpos entre escombros, pilhagens e
fugas em pânico para fora da cidade. Sebastião José de Carvalho e Melo, mais tarde Marquês de
Pombal, foi responsável pela reconstrução da cidade. Seguindo o modelo iluminista, pragmático e
racional, esta nova cidade converteu-se numa das mais ousadas intervenções urbanísticas da época,
caracterizada por:
-um rigoroso traçado geométrico, estabeleceu uma malha urbana regularizada e vinculada a uma
geometria de ruas ortogonais, definindo quarteirões retangulares de prédios de habitação cujos
pisos térreos deveriam ser consagrados ao comércio.
-As ruas foram hierarquizadas através da sua largura e em função da sua importância, definindo-se
três ruas principais que uniam o Rossio (centro comunitário ao Terreiro do Paço (centro político e
económico), rebatizado de Praça do Comércio.
-O racionalismo desta intervenção ficou marcado pelo rigor geométrico, mas também nas
preocupações relativamente à salubridade e segurança dos edifícios.
-Foi o primeiro plano a criar infraestruturas de saneamento de esgotos, a ter preocupações
antissísmicas e a providenciar dispositivos de combate a incêndios.
-Ficou célebre o sistema antissísmico de estrutura em “gaiola”, consistindo numa armação de
madeira de vigas horizontais e verticais com travamentos em X.
-A cota dos edifícios foi elevada em relação ao rio, aproveitando o entulho e os escombros.
-As ruas largas foram dotadas de sistema de abastecimento de água.
-Foi pioneira a produção industrializada em série de diversos elementos construtivos (cantarias,
janelas, sacadas, azulejos), obedecendo a uma lógica de uniformização de tipologias e racionalização
construtiva.
-A matriz da arquitetura, também uniformizada, parte de um prédio com quatro pisos e águas
furtadas na cobertura, sendo o piso térreo reservado a lojas e os pisos superiores reservados à
habitação. As fachadas foram alinhadas.

10. Analisar o contexto político, social e cultural vivido no período entre 1815 e 1905.
11. Analisar o contexto político, social e cultural de Portugal no período em que se desenvolveu o
Romantismo.
12. Caracterizar a gare como polo de dinamização urbana e cultural.
Os caminhos de ferro foram um dos fatores mais importantes para as aceleradas mudanças
ocorridas nas sociedades europeias no séc. XIX, nos seus mais diversos aspetos e setores:
● Ligaram as cidades e centros fabris e industriais.

● Facilitaram as comunicações.

● Encurtaram distâncias e tempo de viagem.

● Tornou-se no principal transporte de pessoas, bens e produtos.

● Constituiu-se como um ponto aglutinador de ideias, experiencias e trocas, uma vez que aí se
cruzam várias pessoas em trânsito, num permanente movimento e burburinho.
● A chegada da locomotiva era transformada em momentos mágicos de grande agitação e
autêntica festa, com multidões eufóricas a aplaudir e a acenar a quem chegava e partia.

13. Mostrar como a Exposição Universal de Londres é a expressão de um mundo novo,


industrializado e urbano.
O desenvolvimento dos caminhos de ferro constituiu o grande impulso para todo o tipo de
construções metálicas – gares, pontes e viadutos -, resultantes das novas conquistas tecnológicas,
dos novos materiais e dos novos processos construtivos.
Era necessário criar um evento que mostrasse ao mundo o triunfo da modernidade. Patrocinada
pelo príncipe Alberto (marido da rainha Vitória), Henry Cole e Francis Henry, entre outros,
organizaram a I Exposição Universal de Londres, em 1851, dando início às Exposições Universais que
doravante ocorreriam periodicamente, promovidas pelos países industrializados com o pretexto de
divulgar as mais recentes inovações e conquistas científicas, tecnológicas e artísticas.
Com esta I Exposição Universal a Inglaterra afirmava o seu papel pioneiro na Revolução Industrial.
O projeto das instalações da grande exposição foram realizados pelo arquiteto Joseph Paxton, que
criou um edifício que marcou a nova era da arquitetura. Concebeu uma enorme nave em ferro e
vidro que cobria uma superfície de 563,3x124,4m, e com uma altura interior de 33m, criando um
Palácio de Cristal. Este edifício, com uma capacidade superior a 92.000m 2, não era mais do que uma
gigantesca estufa em ferro e vidro, criando um espaço amplo e translúcido que surpreendeu a
sociedade da época.
Estes amplos pavilhões de ferro e vidro adquiriram um caráter monumental, constituindo
verdadeiras manifestações do potencial industrial, do progresso tecnológico, do arrojo técnico e da
inovação científica, convertendo-se nas “catedrais” da sociedade moderna.
A exposição durou 6 meses e aí estiveram presentes mais de 13 mil expositores, vindos de todo o
mundo, que receberam a visita de mais de 6 milhões de pessoas, um terço da população inglesa, na
época.
O Palácio de Cristal foi considerado um enorme sucesso, uma maravilha arquitetónica e um triunfo
da engenharia e da indústria. Foi também uma verdadeira apologia da máquina, motor de
desenvolvimento e de progresso, assim como da indústria que produzia os novos sistemas pré-
fabricados e estandardizados, permitindo uma maior rapidez na construção e uma economia de
meios.
Mais tarde o edifício foi desmontado e reconstruído em Sydenham, sul de Londres, até ser destruído
por um incêndio em 1936.
As exposições universais realizaram-se por todos os países industrializados, constituindo
importantes momentos de afirmação do progresso e da modernidade, bem como a audácia dos
novos criadores – os engenheiros.
Esta foi a época dos engenheiros, porque eram os mais habilitados a responder com eficácia às
novas solicitações da sociedade industrial, substituindo os arquitetos.

14. Caracterizar a arquitetura romântica.


Características:
● Preferência por materiais naturais e formas irregulares, organizadas com o sentido orgânico,
quer em planta quer em volume;
● Uso abundante de decoração, sobretudo nos interiores;

● Optaram por uma estética do passado, surgindo os revivalismos ou historicismos,


inspirando-se sobretudo na Idade Média, como o neogótico ou o neorromânico, mas
também o neorrenascentista e o neobarroco.
● Além da Idade Média também as civilizações exóticas foram fonte de inspiração, como as de
África ou do Oriente, inspirando os exotismos, como o neoárabe, neo-hindu e outros.
● Em meados do séc. XIX todas estas tendências se foram misturando no mesmo edifício,
gerando-se os ecletismos.

15. Caracterizar a pintura romântica.


A pintura foi a expressão artística que melhor refletiu os valores românticos. Privilegiou a
expressividade pessoal (individual) e a espontaneidade, cultivando a liberdade de execução o que a
fez romper com o academismo neoclássico.
O culto do indivíduo, a exaltação do “eu” e o predomínio da sensibilidade e da imaginação do artista
encontraram na pintura um terreno fértil para se exprimir. Os pintores projetaram nas suas obras a
sua individualidade, o seu caráter e os seus sentimentos.
Características:
● Preferiu o pincel ao lápis, ou seja, sobrepôs a cor ao desenho. Uso de fortes contrastes
cromáticos, de modo expressivo e numa paleta variada.
● A luz é tratada com intensos efeitos de claro-escuro, o que vai acentuar o sentimentalismo
dos ambientes, o dramatismo da ação e, por vezes, o insólito das atmosferas.
● Pinceladas largas, fluidas e vigorosas, aplicadas com grande espontaneidade.

● Expressou-se essencialmente pela cor que usou de modo mais livre, emocional e
espontâneo.
● Deu à luminosidade um tratamento artificial e dramático à maneira barroca.

● Organizou as composições por grandes diagonais e outras linhas sinuosas, de modo a


acentuar o movimento, a excitação e o trágico das cenas.
● Composições movimentadas e estruturas dinâmicas, de onde resultam cenas de grande
agitação.
● Usou temáticas muitas variadas:
o umas tradicionais:
▪ históricas, recorrendo a um passado histórico idealizado ou exaltando os
acontecimentos a ação heroica dos seus protagonistas;
▪ literárias, inspiradas nos romances medievais ou épicos clássicos;

▪ mitológicas;

▪ e o retrato;
o Outras inovadoras:
▪ baseadas na atualidade político-social do tempo, traduzindo as lutas
nacionalistas pela libertação dos povos;
▪ temas oníricos, retirados do mundo do sonho e do fantástico;

▪ inspiradas em costumes e povos exóticos ou em cenas populares;

▪ animais, sobretudo selvagens;

▪ a paisagem retratada emocionalmente, como reflexo do estado de espírito


do pintor.
● Os artistas preferiram as emoções fortes (solidão, angústia e dor), os sentimentos de
compaixão ou revolta (contra a opressão, a injustiça ou as desigualdades) ou a
representação de sonhos e pesadelos, de visões místicas e fabulosas, figurações do seu
imaginário interior e universo subjetivo.

16. Caracterizar a arquitetura romântica portuguesa.


17. Contextualizar o Palácio na Pena como obra romântica, revivalista e eclética.

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