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A CRISE DO ROMANCE

A CRISE DO ROMANCE
• Crise do romance

• O fenómeno das vanguardas (a destruição do


estabecido

• Estudo do romance desde meados do século XVIII


A CRISE DO ROMANCE

• Esquecimento voluntário das convenções romanescas,


desaparecimento de uma ilusão obsessiva da realidade e lenta
construção de um discurso que se reinventa e se serve da tradição
para a destruir ou reorganizar.
• Ilusão de verdade: os romances por cartas: Jean-Jacques Rousseau,
Choderlos de Laclos
• Perigos do romance: má influência sobre as jovens
Jean-Jacques Rousseau, La Nouvelle Héloïse
(1760)

• Il faut des spectacles dans les grandes villes, et des romans aux
peuples corrompus. (…) Il [ce livre] doit déplaire aux dévots, aux
libertins, aux philosophes; il doit choquer les femmes galantes et
scandaliser les honnêtes femmes. A qui plaira-t-il donc? Peut-être à
moi seul. (…) Jamais fille chaste n’a lu de romans. (…) Celle qui, malgré
ce titre, en osera lire une seule page, est une fille perdue
Camilo Castelo Branco

• Anos 50 e 60 do século XIX exprime a mesma ideia, de forma irónica,


mas também, revelando, na estrutura profunda um discurso que
reporta à sociologia, à teoria literária e à moda.
Camilo Castelo Branco, Onde está a
Felicidade? (1856)

• Os romances fazem mal a muita gente


Camilo Castelo Branco, Anos de Prosa
(Discurso Proemial,1863)

O mau romance tem afistulado as entranhas deste país. (...) Bendita e


louvada seja a ignorância! Os romances franceses até 1830,
encontraram as almas portuguesas hermeticamente calafetadas. Até
esse ano infausto, a mulher era o anjo caseiro, a alma da despensa, a
providência da peúga, e sobretudo a fêmea do homem (...). E, depois, o
malefício do romance não está somente no plagiato irrisório; o pior é
quando as imaginações frívolas ou compassivas se entalham os lances
da vida fantasiosa da novela, e creem que a norma geral do viver é
essa.
Camilo Castelo Branco, Coração, Cabeça,
Estômago (1862)
Ai! Dez anos depois, a mulher do Porto já não era assim, não!
Tinha passado por elas o bafo pestilencial do romance. Liam e morriam
para a verdade, e para a natureza legítima. Invejavam a palidez das pálidas,
e a espiritualidade das magras. Tal menina houve que bebeu vinagre com
pó de telha; e outras, mais suspirosas e avessas ao vinagre, desvelavam as
noites emaciando o rosto à claridade doentia da lua. Algumas tossiam
constipadas, e queriam da sua tosse catarrosa fingir a debilidade do peito,
que não pode com o coração. Muitas, à força de jejuns, desmedravam a
olhos vistos, e amolgavam as costelas entre as compressas d'aço do colete.
(...)
• Foi o romance que degenerou as raças
Victor Hugo, Notre Dame de Paris (1831)
Esforço da ilusão de realidade

Fazem hoje trezentos e quarenta e oito anos seis meses e


dezanove dias que os parisienses acordaram com o barulho
de todos os sinos tocando com toda a força no triplo
altifalante da Cidadela, da Universidade e da Cidade.
Alessandro Manzoni, Del Romanzo Storico e, in genere,
de' componimenti di storia e d'invenzione(1850)

Quantas vezes se disse e se escreveu, que os romances de


Walter Scott eram mais verdadeiros do que a História! Mas
são palavras que escapam num primeiro entusiasmo e não
se repetem depois de uma reflexão.
Émile Zola, L’Assommoir (1876)

É uma obra que fala da verdade, o primeiro


romance sobre o povo, que não mente e que
tem o cheiro do povo
Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra

Saberás, pois, ó leitor, como nós outros fazemos o que te fazemos ler.
Trata-se de um romance, de um drama – cuidas que vamos estudar a
história, a natureza, os monumentos, as pinturas, os sepulcros, os
edifícios, as memórias da época? Não seja pateta, senhor leitor, nem
cuide que nós o somos. Desenhar carateres e situações do vivo da
natureza, colori-los das cores verdadeiras da história…isso é trabalho
difícil, longo, delicado, exige um estudo, um talento, e sobretudo um
tato!... Não senhor: a coisa faz-se muito mais facilmente. Eu lhe explico.
Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra
Todo o drama e todo o romance precisa de:
Uma ou duas damas, mais ou menos ingénuas,
Um pai, - nobre ou ignóbil,
Dois ou três filhos, de dezanove a trinta anos,
Um criado velho,
Um monstro, encarregado de fazer as maldades,
Vários tratantes, e algumas pessoas capazes para intermédios, e
centros.
Ora bem; vai-se aos figurinos franceses de Dumas, de Eug. Sue, de Vítor
Hugo, e recorta a gente, de cada um deles, as figuras que precisa
Camilo Castelo Branco, Mistérios de Lisboa
(1854)

Antes eu gostava muito de ter nascido na terra dos homens


verdadeiros, porque, peço me acreditem, que os romances são uma
enfiada de mentiras (...)
Não senhor. Este romance não é um romance: é um diário de
sofrimentos, verídico, autêntico e justificado.
Camilo Castelo Branco, Um Homem de
Brios (1856)

(…) o romance, que visar à exatidão dos costumes, é frio, e não


pode acabar bem. Romance sem sarrabulho é coisa triste como o
dezembro em casa do lavrador que não matou cevado.
As Vanguardas Europeias (o princípio do
século XX)
• André Breton e o Surrealismo: Nadja, L’Amour Fou, Arcane 17

• Futurismo e Surrealimo Portugueses:

1. Almada Negreiros, K4, O Quadrado Azul (1917)


2. Mário Cesariny de Vasconcelos, Titânia (1977)
Almada Negreiros, K4, O Quadrado Azul
(1917)

• Mas eu não era Eu nem Eu era a minha amante. Eu era apenas a


minha Inteligência fechada dentro da cabeça da minha amante e sem
comunicação absolutamente nenhuma coa minha amante. (…)
• O coração de minha mãe ainda era um coração de gente, o meu
coração já é uma hélice que abrevia o dia porque faz girar a Terra
mais depressa! Viva a Velocidade aceleradamente prémio! Morram a
Saudade e o Regresso! Morram o verbo parar e o verbo recuar! (…) A
minha amante é a Velocidade que Eu monto. Bravo! Morram os
relógios, mentira! O mês é que tem 24 horas! O ano são só 12 dias!
Mário Cesariny de Vasconcelos, Titânia
(1977)

• Deixa o estilo realista, parte à aventura.


• Nasceu rapaz e chamou-se Titanin.
O Romance Contemporâneo

• Os anos 50 e 60:

• Gabriel García Márquez, Cem Anos de Solidão (1967) ;


• Tomasi di Lampedusa, O Leopardo (1957) ;
• Roger Caillois, Pôncio Pilates (1961) ;
• Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (1951), A Obra ao Negro (1968) ;
• José Cardoso Pires, O Delfim (1968) ;
• Herberto Helder, Os Passos em Volta (1963) e Apresentação do Rosto (1968).
O Romance Contemporâneo

• Romances históricos em primeira pessoa que derivam de práticas que


remontam aos anos 30 (Robert Grave, I Claudius et Claudius the God)

• Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (1951), A Obra ao Negro (1968) ;


• Lourdes Ortiz, Urraca (1991) ;
• Isabelle Comtesse de Paris, Moi, Marie Antoinette (1993) ;
• Pierre Grimal, Mémoires d’Agrippine (1992) ;
• Michel Tournier, Gaspar, Melchior & Balthasar (1980) ;
• Maria Bellonci, Rinascimento Privato (1985).
O Romance Contemporâneo

• Os romances históricos em primeira pessoa:

• Fernando Campos, A casa do Pó (1987), A Sala das


Perguntas (1998) ;
• Teresa Bernardino, Eu Nuno Álvares (1987) ;
• Seomara da Veiga Ferreira, Memórias de Agripina (1993) e
Leonor Teles ou o Canto da Salamandra (1998).
Gabriel García Márquez, Cem Anos de
Solidão (1967)

(…) a cidade dos espelhos (ou dos espelhismos) seria arrasada pelo
vento e desterrada da memória dos homens no instante em
Aureliano Babilonia acabasse de decifrar os pergaminhos, e que
tudo o que estava escrito neles era irrepetível desde sempre e para
sempre porque as estirpes condenadas a cem anos de solidão não
teriam uma segunda oportunidade sobre a terra
Herberto Helder, Apresentação do Rosto
(1968)
• Escreve-se.
• Há as nuvens, as árvores, as cores, as temperaturas.
• Há o espaço.
• É preciso encontrar a nossa relação com o espaço.
• Fazer escultura.
• Escultura: objeto
• Objetos para a criação de espaço, espelhos para a criação de imagens, pessoas para a criação de silêncio.
• Objetos para a criação de espelhos para a criação de pessoas para a criação de espaço para a criação de
imagens para a criação de silêncio.
• Objetos para a criação de silêncio.
• Temos enfim o silêncio. É uma autobiografia.
• É algo que se conquista à força de palavras.
• Pode-se morrer, depois, quero dizer
Herberto Helder, Apresentação do Rosto
(1968)

O facto que eu fugia de admitir, isto é: que o livro me perseguia, o livro


aterrador que eu aspirava escrever, para que fosse a minha purificação
– seria colocado, o livro, o facto, seria colocado, no norte, numa nova
perspetiva.
Sim.
Já não me equilibrava nas linhas do antigo estilo
O Romance Contemporâneo – 1980-2020

Alguns exemplos:

Maria Bellonci Umberto Eco


Mário de Carvalho Francesca Duranti
Agustina Bessa-Luís Teolinda Gersão
José Saramago Helder Macedo
António Lobo Antunes Le Clézio
Alberto Oliveira Pinto Mario Pasa
Paloma Díaz-Mas Michel Tournier
Mário de Carvalho, A Arte de Morrer Longe
(2010)

Na bela e nunca por demais celebrada cidade de Lisboa


Maria Isabel Barreno, Inventário de Ana
(1985)

Não vamos discutir como é que ela subsistia, não sendo


rica, porque entraríamos numa história “realista”
Maria Isabel Barreno, Célia e Celina
(1985)

Verdades que só são verdades nas histórias a que


pertencem, e não noutras
Mário de Carvalho, A Arte de Morrer Longe
(2010)

Abaixo os expedientes para introduzir uma narração à


conta dum adormecimento. Ponto de exclamação. O leitor
é mais experimentado que eu nestes artifícios e bem sabe
como o momento de adormecer é perigoso para as
personagens, porque os autores costumam atormentá-las
com analepses.
António Lobo Antunes, Que Cavalos são
Aqueles que fazem Sombra no mar?
(2009)
a chave duas voltas e a seguir silêncio, outro escondido na quinta, outra dois maridos que se foram
em
(o vendedor trazia mais estojos, o alfinete de gravata uma pérola cor de rosa
- A sua esposa vai apreciar senhor)
bora e o filho dela com um brinquedo qualquer não respondendo se o chamo, nem a cabeça
levanta, peço
- Diz avó
e o vendedor
- Usas brincos agora?
errado, o vendedor
- A sua esposa vai apreciar
Le Clézio, Revoluções (2003)

É um sentimento bizarro, estar simultaneamente


aqui e algures, pertencer a diferentes histórias.
Alberto Oliveira Pinto, A Sorte e a Desdita
de José Policarpo (1995)

Lisboa, Forte de Junqueira, 9 de Junho 1772

Estrada do Porto à Régua, 20 de Dezembro de 1758


Agustina Bessa-Luís, A Ronda da Noite
(2006)

• Não é o que aconteceu que lá está, mas um acontecimento em


vias de se produzir.
• Como se o homem não fosse o modelo mas o indicativo para outra
coisa inabordável que pertencia ao não criado.
• A Ronda tinha desaparecido.
• Ficava a ilusão de se tratar do Rembrandt original
Paloma Díaz-Mas, O Sonho de Veneza
(1992)

Quem sabe se algum dia um afortunado achado nos permitirá saber


qual foi o destino da jovem, do mesmo modo que o achado fortuito
do quadro objeto do nosso estudo nos permiriu – com os meios
científicos ao nosso alcance – reconstruir cabal e verdadeiramente a
história anterior da rapariga e da sua família.
Francesca Duranti, O Projeto Burlamacchi
(1994)

É mesmo assim que deve escutar o meu relato: como se


fosse uma hstória inventada
Helder Macedo, Vícios e Virtudes (2000)

• é necessário ir criando espaço para o passado que mais


convém ao nosso futuro.
• inventou o meu passado
José Saramago, História do Cerco de Lisboa
(1989)

(...) (...) com a mão firme segura a esferográfica e acrescenta uma palavra à
página, uma palavra que o historiador não escreveu, que em nome da verdade
histórica não poderia ter escrito nunca, a palavra Não, agora o que o livro
passou a dizer é que os cruzados Não auxiliarão os portugueses a conquistar
Lisbonne, assim está escrito e portanto passou a ser verdade, ainda que dife­
rente, o que chamamos falso prevaleceu sobre o que chamamos verdadeiro,
tomou o seu lugar, alguém teria de vir contar a história nova, e como
José Saramago, História do Cerco de Lisboa
(1989)

(...) quando escrevi Não os cruzados foram‑se embora, por isso não
me adianta nada procurar resposta ao Porquê na história a que
chamam verdadeira, tenho de inventá‑la eu próprio, outra para
poder ser falsa, e falsa para poder ser outra.
José Saramago, História do Cerco de Lisboa
(1989)
Raimundo Silva tem diante de si os dois textos, compara‑os, nenhuma dúvida
pode subsistir, Mogueime é indiscutivelmente mentiroso, tanto pelo que resulta
da lógica das situações hierárquicas, ele soldado, o outro capitão, quanto pela
autoridade particular de que se investe, como texto anterior que é, a Crónica
dos Cinco Reis. A pessoas só interessadas nas grandes sínteses históricas,
hão‑de estas questões parecer‑lhes irremediavelmente ridículas, mas nós
devemos é atender a Raimundo Silva, que tem uma tarefa a cumprir e que logo
de entrada se vê a braços com a dificuldade de conviver com personagem tão
duvidosa, este Mogueime, Moqueime ou Moigema, que, além de mostrar não
saber exac­tamente quem é, porventura está maltratando a verdade que, como
tes­temunha presencial, seria seu dever respeitar e transmitir aos vindouros,
nós
José Saramago, História do Cerco de Lisboa
(1989)

Lisboa estava ganha, per­dera‑se Lisboa.


António Lobo Antunes, O Esplendor de
Portugal (1997)
lembrei-me que em miúdo, em Luanda ou na fazenda, deitado no colchão a olhar o escuro, a ouvir o escuro e
as hastes do girassol que murmuravam e sofriam no escuro, me surpreendia com o meu nome, dizia o meu
nome
Carlos
e eu era diferente daquele nome, não era aquele nome, não podia ser aquele nome, as pessoas ao chamarem
Carlos
chamavam um Carlos que era eu e não era eu nem era eu em eu, era um outro da mesma forma que se lhes
respondia não era eu quem respondia era o eu deles que falava, o eu em eu calava-se em mim e portanto
sabiam de mim e eu permanecia um estranho, um eu que era dois, o deles e o meu, e o meu por ser meu não
era, então dizia como eles diziam
Carlos e o Carlos deles não existia para mim, lembrei-me que em Luanda ou na fazenda, a ouvir o escuro e o
silêncio do escuro povoado do sofrimento dos girassóis eram as únicas ocasiões em que de facto dormia com o
eu em eu, em que dormia comigo repetindo
Carlos Carlos Carlos. 
António Lobo Antunes, As Naus (1988)

o espelho do vestíbulo comprado na feira de Almeirim (…)


deformava os rostos e torcia os gestos em ondulações
embaciadas, devolvendo a cada um a sua face secreta e
genuína, aquela que apenas a solidão do sono ou o abandono
do amor finalmente revelam.
Gonçalo M. Tavares, Aprender a Rezar na
Era da Técnica (2007)
Não o irritava [a Lenz Buchmann] ser considerado competente, mas sim
que essa competência fosse confundida com uma certa bondade,
sentimento que desprezava em absoluto. (…)
Foi por essa razão que, nessa tarde, quando a mulher ingénua, ao
agradecer o facto de ter operado com sucesso a mãe, lhe disse:
- Você é um homem bom!
Ele sentiu necessidade de, à frente do pessoal do hospital, responder,
com rudeza:
- Desculpe, não sou nada disso. Sou médico
Teolinda Gersão, Os Guarda-Chuvas
Cintilantes (1984)

O único romance que valeria a pena escrever seria aquele em que a


personagem procurava desesperadamente uma saída, e um dia
tropeçava efetivamente nela, e caía para fora, pensou. Mas esse
romance era impossível, porque o que caía para fora não era pensável.
A própria linguagem também ficava dentro do sistema.
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