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Após a leitura do texto e pesquisa sobre os termos que você não conheça, responda às
seguintes questões:
Resposta: Segundo Guilhermina Lopes, autores do século XIX a exemplo de Porto Alegre
(1836) viam tanto no lundu quanto na modinha, a manifestação do “espírito nacional”,
contudo não as classificava como sendo uma “música nacional”, pois de acordo com o
pensamento que permeava o ideário desse período histórico: a produção musical de origem
popular, não seria suficientemente elaborada sendo assim categorizadas como um patamar
inferior ao da música erudita. Dessa forma, os gêneros supracitados seriam elementos
basilares de uma “música erudita nacional”, ainda por se fazer.
B- Quem são as pessoas que começam a pensar uma história da música brasileira de
forma mais consistente, e em qual período?
Resposta: De acordo com o texto de Lopes se pode inferir, de forma sintetizada, que
mesmo sofrendo influência de inúmeras correntes do pensamento humano ao longo do
tempo, nas décadas finais do século XIX, a concepção acerca contribuições culturais
portuguesas, indígenas e africanas na formação da música brasileira permanecia na
definição de que a música portuguesa representava a mera transplantação de valores
coloniais, sendo as músicas indígena e africana, classificadas como rudes e pouco
elaborada quando se partia de uma análise eurocêntrica.
Resposta:O pensamento nacionalista, impulsionado pela vinda da corte para o Brasil (1808)
e pela independência política em 1822, se manifestou não somente na política, mas também
na literatura e nas artes. O liberalismo motriz da Independência refletiu-se no romantismo
subjetivo, na busca da liberdade individual e por consequência, na construção de uma
narrativa histórica na perspectiva do brasileiro, inclusive no que se refere à construção de
uma identidade musical nacional. Nesse contexto, o nacionalismo musical brasileiro encontra
o seu marco propulsor com a Semana da Arte Moderna. O projeto nacionalista encabeçado
por Mario de Andrade visava à construção de uma “música artística brasileira” a partir da
elaboração baseada em princípios estéticos e estruturais europeus, do material musical
proveniente da música popular. Pode-se concluir que o legado musical deixado pela geração
participante da Semana da Arte Moderna foi a receptividade do pensamento cultural
brasileiro para as informações circulantes no mundo e a articulação das mesmas com a
musicalidade oriunda dos valores nacionais, de origem popular (urbana ou rural).
Alguns aspectos sobre estrutura e compreensão do texto.
Comente com suas palavras, sobre o que trata o texto (de cinco a dez linhas).
Resposta:No artigo em questão, Guilhermina Lopes busca traçar de forma panorâmica com
base na historiografia e na Etnomusicologia, quais sejam os marcos iniciais formadores da
“música brasileira”, bem como nos situar acerca dos olhares e conceitos norteadores da
definição de "música brasileira” existentes em cada período histórico abordado por ela. De
forma bastante hábil, a autora consegue nos fazer compreender cronologicamente os
movimentos que influenciavam as perspectivas acerca do que se poderia conceituar como
"música brasileira” até desembocar nos paradigmas contidos na Etnomusicologia
contemporânea.