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(5 valores)
Resposta:
A transição da Antiguidade Clássica para a Alta Idade Média é um processo em que se refletem
diversas mudanças, a todo os níveis. As estruturas de povoamento são um dos principais aspetos em
que podemos verificar alterações, neste caso da villae de S. Cucufate, no espaço rural. Inicialmente as
villae eram uma moradia rural cujas edificações formavam o centro de uma propriedade agrícola. Na
parte urbana (pars urbana) viviam o proprietário e a sua família. Na parte rústica (pars rustica) viviam
e trabalhavam os escravos rurais. Na parte frumentária (pars frumentaria) situavam-se os campos,
bosques, vinhas, ribeiras ou rios e toda uma série de edifícios auxiliares para a extração ou
transformação de matérias primas, como é o caso de moinhos de água ou mesmo de lagares.
Os motivos de transformação e abandono das villae são vários, como: o facto de a possessão das
villae estar relacionada com um conceito cultural e ideológico romano, e o abandono das mesmas
resulta de uma mudança dos modelos culturais e das suas formas de representação social; a sua
posição não era a ideal, sendo que há o seu abandono como consequência das invasões germânicas; e
por fim, a militarização da sociedade poderia explicar que os grupos dirigentes perdessem interesse
por este tipo de assentamentos, a favor de outras morfologias fortificadas ou ocupações de altura. Nos
locais onde existiam as villae, ou seja, no ocidente, predominava o povoamento disperso e de facto,
da Antiguidade Clássica para a Alta Idade Média deram-se processos de modificação importantes para
a constituição das futuras casas rurais.
2. Com base na imagem infra apresentada construa um texto (de c. de 20/30 linhas) que faça a
sua contextualização histórico-cultural e se refira a aspectos relacionados com o
enquadramento espacial, a arquitectura, os rituais associados e, ainda, a outros aspectos
relavantes que a mesma lhe possa suscitar.
(5 valores)
Resposta:
Na Alta Idade Média (séculos VIII-X), no mundo cristão existiam já algumas tendências como: a
homogeneização dos rituais funerários; o espaço dos mortos convivia com o dos vivos, não só em
termos físicos como mentais e ideológicos; o cemitério adquiriu um papel central na construção de
uma memória social que passava através da coesão da comunidade; os cemitérios instalaram-se no
centro das aldeias e cidades, de maneira que a presença da morte estivesse patente não só em termos
ideológicos e religiosos, como também materiais; o binómio Igreja – Cemitério perdurou na Europa
até ao século XIX; o espólio ritual fica praticamente extinto.
A localização das necrópoles era variável, consoante o espaço geográfico, por exemplo, no espaço
urbano as necrópoles localizavam-se junto a igrejas ou no seu interior. No espaço rural disperso
localizavam-se no solo ou escavadas na rocha, em áreas próximas ao habitat e respetivas zonas de
produção. E no espaço rural aldeão as necrópoles eram igualmente escavadas na rocha ou no solo, em
áreas próximas ao habitat e respetivas zonas de produção, porém, também poderiam estar perto ou
no interior da Igreja Paroquial após a afirmação das mesmas nesta altura.
Em relação à arquitetura das sepulturas, estas poderiam ser fossas simples, fossas escavadas na
rocha, túmulos delimitados por muros ou por lajes ou sarcófagos. Abandonam-se as estelas funerárias
e os símbolos de reconhecimento que haviam sido muito importantes em épocas anteriores (Império
Romano). As sepulturas abertas na terra por vezes apresentam caixa sepulcral construída em paredes
de tijolo e/ou alvenaria. Em relação à deposição, os indivíduos encontravam-se em decúbito dorsal
com os braços estendidos ao longo do corpo. Na maioria dos casos o decúbito dorsal apresentava-se
com as mãos ou sobre a pélvis (figura acima) ou sobre o tórax. No Portugal cristão também poderia
ser decúbito lateral direito/esquerdo, ou ainda decúbito ventral, no caso de serem pessoas ligadas a
bruxaria, doenças contagiosas e marginais. A orientação era, tendencialmente, no sentido Norte-Sul.
Dentro do espólio encontrado, estão jarros, fivelas, anéis, punhais e epígrafos.
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Objecto 1 – Funcionalidade: Molde.
Objecto 2 - Designação: Objeto de iluminação.
Objecto 2 - Funcionalidade: Lucerna.
Objecto 2 - Tipo de produção cerâmica: Terra Sigillata africana.
Objecto 2 – Temática decorativa: Antropomórfica com ritual religioso.
Objectos 1 e 2 – Período cronológico: Entre a Antiguidade Clássica e a Alta Idade Média
(séculos I-VII).
2. Coloque os objectos cerâmicos nos compartimentos onde os mesmos fazem sentido tendo
em conta a sua funcionalidade.
(2 valores)
5. Tendo presente o que aprendeu sobre os edifícios da Idade Média identifique aquele cuja
planta e reconstituição tridimensional abaixo se reproduzem referindo-se sumariamente à sua
arquitectura e ao enquadramento sócio-cultural associado à sua função.
(2 valores)
Resposta:
É um edifício público, típico das cidades muçulmanas e da cultura islâmica, que são os banhos,
eram chamados de (hammam): vestíbulo, sala fria, sala temperada, sala quente, caldeira, forno,
lucerna. Estes eram os compartimentos que compunham este tipo de edifícios.