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Apontamentos História da Antiguidade Pré-Clássica

PARTE I: Arqueologia

Problemas com o estudo ou investigação das sociedades pré-clássicas?

— Documentos/Textos: São as fontes de muito do conhecimento que temos destas civilizações, mas pelos
seus materiais frágeis, acabaram muitos deles fragmentados ou em mau-estado, o que nos impede de
contextualizar ou confirmar uma informação.

— Escavações: Com o passar dos séculos, algumas cidades conhecidas destas civilizações acabaram
subterradas, e muitas vezes rehabitadas até aos dias de hoje. Como tal, não é possível mover uma população
dessas dimensões para que se façam escavações aprofundadas.

Fontes externas usadas no estudo destas civilizações:

— Antigo Testamento: Passa uma visão maioritariamente negativa dos povos que estudamos.
Pentateuco (referência à torre de babel); Livros Proféticos, Livros Históricos.

— Novo Testamento: Livro do Apocalipse.

— Textos Greco-Romanos: Homero, Hérodoto, Plutarco, Justino, Estrabão.


Mencionam maioritariamente os jardins suspensos da Babilónia.

— Relatos de Historiadores/Viajantes: Procuram especialmente vestígios de cristandade, tais como a torre de


Babel ou a arca de Noé.
* Don Garcia de Silva y Figueroa: faz um relato dos monumentos que encontra na sua viagem à Pérsia.
* Pietro Della Valle: o primeiro a enviar artefactos para a Europa.
* Jean de Thévenot: escreve um relato onde faz menção ao Egito.
* Claude Sicard: vai ao Egito e faz o primeiro mapa do país.

Grandes Expedições:

— Carsten Niebuhr: É importante porque Niebuhr copia e trás com ele inscrições de escrita uniforme, que
leva à decifração dessa escrita. Traça ainda o primeiro mapa de uma antiga cidade que visita na Síria.

— Napoleão: Faz uma expedição ao Egito e a maior descoberta é a Pedra Roseta, que se encontra inscrita em
3 idiomas, e ajuda a decifração de antigos hieróglifos egípcios por Jean Champollion e Henry Rawlinson
(que também decifra o rochedo de behistun da mesopotamia).

Inovações e descobertas da arqueologia pré-clássica no século XIX:

Paul Émile Botta, 1842: Inicia a arqueologia de campo em grande escala na Mesopotâmia com as escvações
na antiga cidade de Dur-Sarrukin, atual Khorsabad, motivado por relatos orais de habitantes da cidade.
Encontra imensos artefactos, dentre eles os restos do grande palácio de Sargon e a estátua de Lamassu.

Austan Layard: Faz escavações pela Síria e encontra antigos painéis na antiga Calú, atual Ninrude, que se
encontram até hoje no Museu Britânico.
É conhecido ainda pela descoberta da primeira grande biblioteca de antiguidade,- Biblioteca de
Ashurbanipal.
Robert Koldewey: Começa um projeto de escavações em grande escala na Babilónia, e introduz novos
métodos úteis para a arqueologia, como: a atenção à estratigrafia e ao registo de campo, tipografias
cerâmicas, abertura de sondagens horizontais e verticais, e o interesse nas estruturas arquitetónicas.

Auguste Mariette: É o responsável por escavações nas cidades de Abidos e Saqqara, onde se descobre o
Templo de Seti I e o templo de Dendara, um dos mais bem conservados dos Egito.

Flinders Petrie (aprofundador da tipografia cerâmica) e Howard Carter (primeiro descobridor do túmulo de
Tutancâmon) trabalham juntos na cidade de Armana, em 1892.

PARTE II: Mesopotâmia

O nome Mesopotâmia é na verdade atribuído a esta zona pelos egípcios, e não usado pelas civilizações que
lá habitavam. Era uma zona de contacto entre várias culturas, sendo a primeira a suméria, que desaparece,
mas os seus aspetos culturais continuam, e isso prova-nos que nesta área atravessam-se diferentes períodos
históricos e e culturas distintas, mas que havia contacto entre os poderes existentes.

Sabemos também que era uma civilização especialmente dual, havendo provas da existência de uma
Babilónia e Assíria que, apesar de completamente distintas em vários aspetos, como a religião, partilhavam
ainda assim alguns.

Localização: Médio Oriente/Próximo Oriente (atualmente: Iraque, após 1921)

Norte: Montanhas Taurus — um dos locais de abastecimento das civilizações da Mesopotâmia.

Este: Deserto arábico/Montanhas Zagros — conflitos com as populações existentes.

Sul: Golfo Pérsico — contacto a longas distâncias.

- A localização da Mesopotâmia é também importante por incluir a crescente fértil (na zona da atul Síria,
Irão, etc).

Agricultura:
— Levante/Norte: Chuva abundante, permite que a agricultura se desenvolva sem irrigação.
— Sul: Foi necessária a construção de diques e canais para que se levasse a água dos rios às populações.

- Na era da colheita (primavera), os rios Eufrates e Tigre inundavam, (ao contrário do que acontecia no rio
Nilo).

Na Mesopotâmia, podemos afirmar que existiam principalmente 3 tipos de solo:


— Terra cultivável: que permite que as populações se sustentem da agircultura;
— Terra não-cultivável: onde se desenvolve a atividade pastorícia;
— Terra pantanosa: que obriga a civilização a sobreviver de atividades como a pesca e a caça.

— São conhecidos pelo uso de argila e suas variantes (Ex: adobe, que consistia numa mistura de argila e
outros materiais como palha) para muitos aspetos da sua vida, como na escrita ou na construção de casas. A
argila era também mencionada como o material de que o ser humano era feito, pela sua natureza instável e
não segura.
— Pela falta de recursos, os povos que aí habitam são ainda obrigados a procurar abastecimentos nas
montanhas, o que leva à exposição a outros povos que se transmite numa série de conflitos externos
conhecidos.

Rios e a sua importância para a cultura mesopotâmica:


Na cultura mesopotâmica, a água era vista como a base da vida. Acreditava-se que, antes do mundo como o
conheciam, não existia nada além de um grande oceano, cujo nome deu origem a uma das Deusas dessa
cultura, Tiâmat. A água provede sustento, cria vida e permite a comunicação com outros povos que
dinamizam a vida desta civilização.

Os rios (Tigre e Eufrates) e os seus afluentes vão ser muito importantes para o desenvolvimento das
civilizações desta área, que se vão instalar muitas vezes à sua volta pela quantidade de recursos e vantagens
conhecidas.

Alguns afluentes mais conhecidos de interesse para estas populações:


— Tigre: -Diyala (ligações diretas com as montanhas)
- Zab
— Eufrates: - Khabur
- Balih
- Alto/Médio Eufrates

Como era feito o aprisionamento das águas?

— Recolha da água da chuva;


— Recolha dos lençóis de água através de poços;
— Recolha da água dos rios usando o "shafud" ou através de canais e diques que redirecionavam a água.

Contactos externos:

Neste tópico, a água ganha também um grande papel pelas redes extensas de comunicações que se
desenvolvem nos rios e no Mar Mediterrâneo e que obrigam à gestão ordenada das mesmas.
Alguns dos contactos mais conhecido foram feitos com:
— Afeganistão;
— Vale do Indo;
— Arábia;
— Bahrein;
— Líbano.

Exemplo de uma cidade que se desenvolve numa das margens:

Cidade de Mari:
— É uma das primeiras cidades da antiga Mesopotâmia, criada de raíz pelo Homem, ou seja, toda a sua
estrutura é pensada e estudada de forma a ser eficiente para a sua sobrevivência.
— Assim, a cidade é construída na margem do rio Eufrates, com uma rede de canais que permitem o
contacto com este e ainda é conhecida pelas suas fortificações .

— Outras cidades conhecidas que se aproveitam dos rios e se desenvolvem em volta deles são. Babilónia e
Nínive.

NEOLÍTICO (9000 a.c.-7000 a.c.)

— Significado: Novo (Neo) e pedra (lithos).


— Divide-se em dois períodos: o pré-cerâmico e cerâmico.
— Nele surgem uma série de inovações na civilização mesopotâmica:
- Neste período, o modo de vida das populações deixa de ser nómada e há uma sedentarização destes
povos, que leva ao aparecimento das primeiras aldeias.
- Com esse movimento, há a origem da domesticação não só de animais, como também de plantas,
permitindo o desenvolvimento da agricultura.
- O aparecimento das cidades significa ainda o aparecimento de redes comerciais, que impulsiona o
desenvolvimento artesanal, e surgem então atividades como a olaria (onde é usada a argila), a tecelagem, o
fabrico de armas, e ainda de utensílios (provenientes da obsidiana).

Aldeias neolíticas:

— Podem ser caracterizadas como auto-suficientes e restritivas nas trocas comerciais com outras aldeias, e
fazem uma exploração circunscrita e limitada do espaço em que se encontram.

— Estrutura da cidade:
- Nestas aldeias não há ruas ou espaços definidos entre as habitações diferentes, e também não há
diferenciação destas unidades, sendo notável uma fórmula de habitação repetitiva.

— Estrutura da habitação:
- São maioritariamente feitas de adobe seco ao sol;
- Normalmente decoradas com gesso ou pinturas e ainda ornamentadas com crânios de touros, muitas vezes
ligados ao poder, força e ainda à fertilidade;
- A distinção dos espaços da habitação era:
* interior: havia um forno (usado para cozinha mas também na olaria), um espaço para dormir e
outras atividades quotidianas.
* superior: na casa havia uma escada de acesso a um andar superior aberto, onde eram realizadas
também atividades quotidianas.
* subsolo: era no subsolo das habitações que eram enterrados os ancestrais de cada família.

Tipologia cerâmica:
— A cerâmica deste período desenvolve-se na segunda parte mencionada, o neolítico cerâmico.

* Hassuna (6000-6400 a.c), no extremo norte.


— Caracterizado pelas pastas de tons claros e pintura monótona (normalmente em tons vermelhos), as
peças eram imensas vezes grandes recipientes cozidos em fornos de altas temperaturas, que constavam nas
habitações.
— Apesar das pinturas, havia ainda alguma decoração embutida, especialmente linear.

CALCOLÍTICO (6000 a.c.- 4000 a.c.)

— Significado: Cobre (Khalkos) + Pedra (Lithos).


— As inovações são essencialmente:
- O aparecimento dos tholos, habitações de planta circular, com um longo corredor na entrada que foi
criado para a segurança das famílias;
- A criação de selos que eram usados para autenticação;
- O surgimento dos calculli, peças de argila ou pedra que representavam uma certa quantidade de um bem,
nas trocas comerciais. Eram usados maioritariamente para se fazer o registro dessas trocas;
- Os sistemas de contagem que surgem dão origem à escrita;
- Aparece também vestígios de joalharia.

Tipologia cerâmica:

* Samarra (6000-5500 a.c) no centro e sul.


—Aparecem grandes vasos e é introduzida a pintura geométrica mas ainda nos tons monótonos em
vermelho;
— Começam a representar-se animais e ainda figuras humanas.
* Halaf (5500-5000 a.c) no norte.
— Nesta cultura há uma maior diversidade de formas cerâmicas;
— A pasta ainda é em tons claros mas a pintura começa a ganhar tons também pretos e brancos e passa a
cobrir toda a peça e não apenas uma parte;
— Continua-se a representar animais e também há representação vegetal.

* Obeid (5000- 4000 a.c.) no sul.


— Enorme perda de qualidade;
— Decoração desleixada e incompleta, cobrindo apenas metade da peça de novo;
— Pintura novamente monótona e em tons de vermelho;
— A representação preferida é a animal e as formas geométricas;
— A representação animal começa a aparecer também nos selos;
— Nesta altura aparecem vestígios de estatuetas humanas com cabeças animais, especialmente lagartos.

— Obeid foi um arqueossítio do sul da Mesopotâmia que não só desenvolveu uma cultura cerâmica como
outras inovações e ideologias culturais que se expandiram lentamente até ao Norte da Mesopotâmia, como:
- Os edifícios começam a ter uma forma cruxiforme, e ganham um uso mais comunitário, onde as
pessoas podem descansar, ou até se juntar para praticar qualquer atividade.
- Aparecem ainda templos, altares e mesas de oferenda para se prestar o culto aos deuses em conjunto;
- E esses edifícios começam também a ter divisões com funções como o armazenamento de alimentos
e bens.

PERÍODO DE URUK

— Tem origem na cidade de Uruk, localizada no sul da Mesopotâmia, nas margens do rio Eufrates.
- Porquê no Sul?
É reconhecido que o sul da Mesopotâmia tenha sido um local com uma fauna e flora diversas e sistemas de
irrigação efetivos, que levava a uma agricultura sustentável e produtiva.
Por esse motivo, era mais fácil a fixação de aglomerados de população cada vez maiores.
- Questão Suméria:
A civilização suméria é considerada a principal originária deste período, mas não se sabe de onde possam
ter surgido e acabam por ser extintos e substituídos por semitas, que ainda seguem aspetos da cultura que
deixam.

— A sua expansão cultural vai desde a atual Turquia, passando a Síria e Iraque até ao Irão Oriental depois
das montanhas Zagros.

— Esse movimento caracteriza-se principalmente pela sua internacionalização, com a criação e manutenção
de uma rede de interações coloniais que chega até ao Egito.

— Para acompanhar esse movimento, vemos serem criadas várias colónias mercantis, no que muitos
consideram o primeiro sistema colonial conhecido pela História.
Estas colónias podiam ser criadas do zero — Habuba Kabira — ou serem impostos em povos indígenas, o
que explica o aparecimento dessa cultura de uma forma súbdita e abruta.

CIDADES ≠ ALDEIAS:

— Surgem neste período os primeiros aglomerados a que podemos chamar cidades, e com eles trazem um
conjunto de inovações na vida urbana:
Cidade Aldeia

Arquitetura: A arquitetura das cidades é organi- A cidade não tem ruas ou limites que
zada e começa a ser hierarquizada. diferenciem ruas, e a fórmula de ar-
Há essencialmente 3 fórmulas de or- quitetura das habitações é repetitiva.
ganização da cidade: circular, ortogo-
nal e triangular.

Espaço interior: Começa a haver a distinção dos es- Não há diferenciação do espaço inte-
paços interiores para uso específico rior de uma habitação.
de certas atividades ou funções.

Relação com o espaço: Há uma relação mais aprofundada e A exploração feita do espaço que os
explorada com o meio ao seu redor, rodeia é limitada e menor.
tanto que há uma preocupação ge-
ográfica que antes não havia

Quantidade: 50/60 hectares: difícil de sair da 1/2 hectares: maior flexibilidade para
cidade pelo tempo que a viagem con- sair e entrar da aldeia
sume.
Crescimento: O crescimento das cidades tem um O crescimento é pouco mas não tem
limite (a muralha) e podem começar a qualquer limite, por isso é horizontal.
crescer verticalmente.
Propriedades: É nesta época que começam a apare- Vimos que no Período anterior, as
cer as primeiras propriedades pri- habitações começam a ter uma na-
vadas com destino a famílias ou clãs. tureza mais comunitária, havendo es-
paços comuns para a prática de certas
atividades.

A Revolução Urbana e o Urbanismo:

Este ajuntamento de pessoas leva a que a vida quotidiana comece a evoluir para um urbanismo, que os
obriga a adaptar aspetos da sua vida que antes eram simples, como:
— A rede comercial e social que surge a nível internacional;
— A especialização artesanal das pessoas que têm que satisfazer a uma maior procura;
— A escrita cuneiforme: surge para auxílio da burocracia e a sua origem são os registos de contabilidade e
atividade comercial que já existiam antes;
— Surgimento de estados.

Outras inovações:

— Arquitetura monumental, ou seja, em uma maior escala.


— Glíptica (selos cilíndricos que substituem o selo estampa).
— A roda, para mover cargas e carros.
— A domesticação de animais para o transporte das cargas.
— Metalurgia, que vai servir para o fabrico de armas e utensílios, etc.
— Figura do Líder das cidades — normalmente representado com saia, barba longa e turbante.

Cerâmica (4000-3100 a.c.)


— A grande novidade na cerâmica é que as peças começam a ser feitas em série;
— Não apresentam sinais de decoração;
— Aparecem muitas vezes taças de bordo biselado, cujo propósito era discutido e podia ser:
- religioso (oferendas às divindades)
- utilitárias (para cozinhar alimentos, molde de pão/sal, etc)
- socioeconómico (medir as rações de comida)
— Há ainda a introdução neste período de estatuetas, cujo nome atribuído é "Eye Idols" por se tratarem de
pequenas estatuetas especuladas de serem habitantes ordinários com os olhos em evidencia (provavelmente
como símbolo de adoração às divindades).

CRONOLOGIA:

- Uruk (4000-3000 a.c.)


- Jemdet-Nasr
- Período Dinástico I (2900 a.c.)
- Período Dinástico II (2600 a.c.)
- Período Dinástico II (2400 a.c.)

— O Período Dinástico é considerado maioritariamente de influência suméria, mas é durante este período
que vamos notar o aparecimento do povo semita na Mesopotâmia, o que leva a uma sociedade híbrida.

Estes dois povos têm relações de:


— complementaridade/dualidade: enquanto os sumérios eram um povo sedentário, urbano e agrícola, os
semitas eram ainda semi-nómadas, com organizações tribais e que se dedicavam à pastorícia e ao comércio
para se sustentarem.
— confronto e oposição.

A cultura sumérica é passada a escrito mais tarde pois a sua literatura era passada oralmente.

— Neste período surgem dois conceitos muito importantes para a vida urbana:

CIDADE ESTADO:

— As cidades estado eram as cidades independentes que se formaram mais cedo, e são governadas por
uma figura individual, o Líder.
— Cada cidade tinha a sua divindade, mas também era prestado culto a deuses menores, como é visto me
templos que eram construídos para isso e onde se administrava a vida económica.
— Nela, haviam duas instituições que rivalizam, o templo e o palácio (mais tardiamente).
— Cidades mais importantes deste período: Uruk, Ur, Eridu, Lagash, Larsa, Nippur e Kish.

A FIGURA DO LÍDER (EN/ENSI/LUGAL):

— Era o chefe religioso e líder secular que governa a cidade estado, mas a rege em nome da divindade e
não do seu.
— Tinha funções judiciais, políticas, religiosas e militares.
— Vivia no palácio (Egal) e não se sabe como era eleito.

DIVINDADES:

— O panteão estava organizado da mesma forma que a sociedade humana.


— Possuíam características humanas e comportavam-se como estes, apresentando emoções, mas
diferenciando na imortalidade.
— Cada cidade tinha um Deus que era considerado o principal (também era prestado culto a outros) mas o
panteão era igual em todas as cidades.
— A sociedade custava usar a religião como resposta para alguns problemas que surgiam, como pestes,
fome, secas ou epidemias, que eles afirmavam ser um castigo desses Deuses.
— Os humanos acreditavam que o seu destino estava diretamente ligado aos Deuses e às suas vontades.
CONFRONTOS ENTRE CIDADES:

- Como não há coesão na sociedade que habita na Mesopotâmia neste Período, é normal que se encontre
registro de alguns conflitos. Tinham origem normalmente na gestão dos canais e de territórios e são notáveis
através da irregularidade de circulação de bens entre cidades a partir da segunda fase do período dinástico
arcaico. Um dos mais conhecidos:

Lagash X Umma:
— Foi um conflito documentado que teve origem na questão das fronteiras que partilhavam.
* Urukagina: Soberano de Lagash.
Cria o que é considerado as primeiras reformas sociais que visam favorecer as camadas
mais pobre e corrigir as irregularidades da cidade.

* Lugalzagesi: Soberano de Umma.


Responsável pela primeira tentativa de unificação dos estados da Mesopotâmia,
conseguindo conquistar Lagash e Uruk.

* Sargão de Akkad: Soberano semita.


Termina com o estado que Lugalzagesi cria e torna-se o paradigma para futuros
governantes.
Inicia-se um processo de aculturação das culturas semitas e suméricas onde as duas
se misturam numa única sociedade verdadeiramente híbrida (dimorfismo social). Ex: unem-se as divindades,
adota-se a escrita.

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