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Introdução à historiografia

6. A historiografia na época moderna. A divisão do passado em períodos


6.1 O pré-humanismo e a formação do conceito de Idade Média

 Período de 200 a 300 anos, século XIII  século XV

 Criação do Purgatório: etapas de vida depois da morte


 Desenvolvimento urbano
 Novos movimentos evangélicos
 Aparição das universidade
 Incremento da cultura laica: livros de cavalarias e poesia
 Crise demográfica dos meados dos século XIV

 Características:

 Interesse pelo indivíduo


 Interesse pela natureza
 Interesse pela vida depois da morte e pela preservação da memória
dos finados1
 Aumento da valorização dos clássicos latinos
 Incremento da produção escrita
 Incremento do número de leitores, sobretudo nas cidades

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Mortos
Progressiva criação do conceito de Idade Média

Nota:
A igreja tinha estabelecido uma serie de bases, onde os habitantes das cidades
não se identificados (com esse tipo de religião).
Surgem várias contestações.
Os reis nesta altura queriam ser enterrados com o habito de São Francisco.
Existe nesta altura uma mudança das mentalidades.
Nas cortes (reis e nobres) começam a desenvolver uma parte literária,
desenvolvimento uma nova mentalidade, que irá ter impacto na vida das pessoas.
Incremento da produção escrita, como também um incremento das pessoas
que sabem ler.

6.2 O humanismo e a imagem dos três períodos da História

 Entre a Antiguidade e o presente, um período de trevas


(tenebrae) ou medium aevum.

 Os géneros historiográficos medievais, crónicas e anais, tiveram continuidade


nos séculos XV, XVI e XVII.
 Nas cidades, sobretudo do Mediterrâneo, apareceu a historiografia urbana.
 Menção à autoria individual das obras, frequente aparição dos nomes nos
escritos.
 Progressiva valorização da cultura clássica, da oratória e da escrita em latim.
 Importância do estilo, da retórica, dos discursos, das arengas, das descrições de
personagens e batalhas.
 Marcado uso político da história: textos escritos para celebrar o passado de um
lugar, para lisonjear a reis e nobres, para legitimar direitos numa disputa.
 Importância crescente da crítica das fontes.

Autores característicos do humanismo:

 Petrarca (1304-1374)

 De virus illustribus – sobre personagens destacadas da Roma clássica


 Africa – poema sobre a Segunda Guerra Púnica (218-201 a.C.)

 Leonardo Bruni (1370-1444)

 Laudatio florentine urbis – considerada o primeiro livro de história moderna


Vita Ciceronis ou Cicero novus

 Lorenzo Valla (1407-1457)

 De Falso Credito et Ementita Constantini Donatione Declamatio


 De Voluptate (sobre o prazer)

6.3 O renascimento e o desenvolvimento da explicação histórica

 Valor didático da análise do passado – compreende, a partir de exemplos


históricos, o que deve e o que não deve ser feito.
 Identificação de paralelismos entre episódios do presente e episódios do
passado.
 Historiadores ligados a atividades políticas.

6.4 Os filólogos e os antiquários

Filólogos

 A análise de textos jurídicos: a História do direito e a importância das fontes.


 A identificação de falsificações textuais.
 A restituição dos textos (crítica textual) e as edições.
 A aparição do aparato crítico e das notas de rodapé.
Antiquários

 Estudo de inscrições, restos arqueológicos, objetos.


 Interesse pela história local, sobretudo de cidades.
 Aparição da ideia de ‘contexto histórico’.

6.5 A expansão do Ocidente: os livros de viagens e as Crónicas de Indias


 A importância crescente na historiografia da cartografia, da etnografia, da
etnologia, das tradições culturais.

Livros de viagens

 Relatos que frequentemente incluíam breves narrativas historiográficas.

Crónicas de Indias

 Escritos que narram explorações e conquistas na América, muitos deles escritos


por testemunhas, frequentemente legitimadores e providencialistas.

6.6 A Revolução Científica e o Iluminismo: a ciência moderna e o espírito crítico

A Revolução Científica

 Importância das metodologias (indução, dedução, hipóteses, experimentação,


conclusão, …)
 Desenvolvimento das matemáticas, da física, da química, da biologia, da
astronomia,… ‘ciências da natureza’.
 Giambattista Vico (1668-1744), Ciência Nova

- Interesse por outras áreas geográficas e culturas:

 Interesse por outras historiografias.


 Introdução de outras áreas geográficas na historiografia
europeia.

A Noção do “outro”

- Importância das academias: publicação de documentos, escavações, bibliotecas,


coleções:

 Multiplicação das pesquisas, das análises e das publicações


 Desenvolvimento de projetos de grandes dimensões
 O peso do espírito enciclopédico:
o Descrever o estado presente do conhecimento
o Criar obras de referência com uma organização
clara

- As ideias de civilização e de progresso


O Iluminismo

 Voltaire (1694-1778)

6.7 A imagem orgânica dos impérios e das instituições: as noções de declínio,


decadência, queda

 Edward Gibbon, The Decline and Fall of the Roman Empire (1776-1789)

6.8 Do Iluminismo ao Romantismo: os impérios e as revoluções

 David Hume (1711-1776)\

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